Postagem em destaque

FIQUEM LIGADOS! TODOS OS SÁBADOS NA RÁDIO AGRESTE FM - NOVA CRUZ-RN - 107.5 - DAS 19 HORAS ÁS 19 E 30: PROGRAMA 30 MINUTOS COM CULTURA" - PROMOÇÃO CENTRO POTIGUAR DE CULTURA - CPC-RN

Fiquem ligados nas ondas da Rádio Agreste FM - 107.5 - NOVA CRUZ, RIO GRANDE DO NORTE, todos os sábados: Programa "30 MINUTOS COM CULTU...

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

UFRN - Segurança em Saúde

Por Hellen Almeida de Agecom

A  Divisão de Vigilância à Saúde e Segurança no Trabalho (DIVIST) da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progesp) elaborou e disponibiliza para a comunidade acadêmica o Protocolo de Biossegurança da UFRN – Cenário Pandemia Covid-19. O documento estabelece medidas voltadas para ações de prevenção, minimização ou eliminação de riscos no retorno das atividades presenciais administrativas e acadêmicas da Instituição. O Protocolo está disponível na página da Progesp para consulta.

A pró-reitora de Gestão de Pessoas, Mirian Dantas dos Santos, coloca que “o Protocolo foi elaborado com intuito de orientar  os gestores e a comunidade  universitária nas atividades presenciais das rotinas laborais e acadêmicas no ambiente institucional, de modo seguro e saudável diante do contexto da covid-19”. Isso não significa, ressaltou, que a UFRN vai voltar agora com as atividades presenciais, contudo o Protocolo vai orientar a gestão na aquisição de EPIs e também no retorno às atividades presenciais, de caráter essencial, de forma segura.

Medidas preventivas buscam reduzir riscos no retorno das atividades presenciais. Foto: Cícero Oliveira

O Protocolo foi apresentado ao Comitê Covid-19 no dia 22 de julho e agora está sendo disponibilizado para servidores, terceirizados e alunos. Ele reúne recomendações e melhores práticas com base técnico-científica, que podem ser ajustadas a peculiaridade de cada setor, com vistas a segurança com saúde para a comunidade acadêmica. Os casos específicos deverão ser abordados em protocolos de biossegurança desenvolvidos por setores ou unidades de acordo com o reconhecimento da demanda, como exemplo os hospitais universitários.

Ao retornar às atividades presenciais, os membros da comunidade acadêmica, sejam servidores, discentes ou funcionários terceirizados, devem adotar condutas preventivas próprias que, além de favorecer a manutenção de suas condições de saúde, também serão difundidas como medidas de Saúde Coletiva aos demais membros de nossa sociedade, mantendo, assim, o papel de responsabilidade social da UFRN.

Com mais de 60 páginas, o documento segue as recomendações do Ministério da Saúde (MS) e deve ser atualizado com base no cenário da pandemia e do avanço científico acerca do novo coronavírus. O Protocolo traz medidas gerais para a toda a Universidade em relação a uso de Equipamentos de Proteção Individual (IPIs), distanciamento social, regras de conduta comportamental, higienização, infraestruturas de áreas comuns, áreas de vivência, serviço de transporte, laboratórios, entre outras orientações.

Confira aqui o BOOK PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA

Plano de Aquisições de Retomada 

A Secretaria de Gestão de Projetos (SGP) da UFRN está coordenando a elaboração do Projeto de Aquisições de Retomada, realizado em parceria com a Diretoria de Compras e a Diretoria de Logística, ambas da Pró-Reitoria de Administração (Proad), e a Divisão de Vigilância à Saúde e Segurança no Trabalho (DIVIST), da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progesp). O projeto é parte das providências previstas no Protocolo de Biossegurança da UFRN com vista ao retorno de atividades presenciais na Instituição. 

A elaboração do projeto teve início ao final de julho, quando o Protocolo passava por ajustes finais. A partir daí, foram iniciadas as frentes de trabalho para identificação dos itens e gêneros que serão necessários para garantia da biossegurança da comunidade acadêmica. No início de agosto, o projeto começou a ser elaborado e busca levantar as necessidades de aquisições/contratações do Protocolo de Biossegurança, que serão coletadas junto à comunidade ainda neste mês de agosto, de forma participativa, com todos os setores.

“Será um trabalho bem colaborativo junto às unidades acadêmicas/administrativas, assim que for dada ampla divulgação do protocolo à comunidade. As demandas serão coletadas junto às unidades a partir das suas especificidades, com base no Protocolo de  Biossegurança, além de orientações para o uso e aplicação de forma adequada”,  explicou a equipe de execução do projeto.

Dentre as aquisições previstas estão equipamentos de proteção individual e coletiva, produtos sanitizantes, sinalizações de segurança e disponibilização de barreiras físicas entre outros gêneros, de acordo com a especificidade das unidades (laboratórios, restaurantes, espaços coletivos, transportes etc) e as condutas contidas no Protocolo.

“O projeto de compras vai caminhar sob três perspectivas/entregas, que são: diagnóstico de itens e unidades demandantes na UFRN; levantamento junto à comunidade; e formalização do plano de aquisições, contando sempre com a participação das unidades”, salienta Adson Araceli, administrador na SGP e gerente do projeto.

UFRN vai adquirir equipamentos de proteção individual e coletiva. Foto: Cícero Oliveira

Fonte: Portal UFRN

3ª edição do Prêmio Nacional do Turismo é adiada para 2021

 

Decisão, publicada nesta semana, foi baseada nas limitações ocasionadas pela pandemia de coronavírus

Em razão dos impactos da pandemia de Covid-19, a 3ª edição do Prêmio Nacional de Turismo foi adiada para o ano que vem. A decisão foi publicada na segunda-feira (17.08) em portaria interna do MTur. O Prêmio do Ministério do Turismo tem por objetivo, em parceria com o Conselho Nacional de Turismo (CNT), identificar, reconhecer e premiar iniciativas de destaque do turismo e profissionais que tenham inovado ou trabalhado de forma proativa para o desenvolvimento do setor no País.

Criado em 2018, o Prêmio contou, no primeiro ano, com sete categorias para premiar 21 iniciativas, a partir de 242 inscrições, além de 5 categorias para profissionais de destaque. Já em 2019, 33 iniciativas, de 11 categorias, receberam troféus. 418 iniciativas foram inscritas, o que representou um crescimento de mais de 70% entre a primeira e a segunda edição.

“O adiamento do prêmio tem como objetivo respeitar esse momento delicado para o setor que foi tão fortemente impactado pela pandemia do novo coronavírus. Mas acreditamos que, graças ao conjunto de ações desenvolvidas pelo governo federal em prol do turismo, a edição de 2021 será ainda mais especial porque iremos celebrar a recuperação de uma atividade que é fundamental para a economia do nosso país”, comentou William França, secretário nacional de Desenvolvimento e Competitividade do Turismo.

A premiação possui caráter simbólico, sem valor comercial ou financeiro, e é concedida na forma de troféus – ou medalhas – e certificados, entregues aos primeiros colocados de cada modalidade.

Portal BRASIL CULTURA

O dia em que Leci Brandão foi barrada em portaria por ser negra

Há 40 anos, na tarde de 18 de agosto de 1980, Leci Brandão foi ao prédio de número 112 da Rua Doutor Otávio Kelly, na Tijuca, Zona Norte do Rio, apenas para deixar a mãe, que ficou de visitar uma amiga. Chegando lá, a cantora decidiu acompanhar Dona Lecy até o elevador. Mas, para surpresa de mãe e filha, ambas foram barradas pelo porteiro, que indicou para elas a entrada de serviço.

Sem entender bem o que estava acontecendo, a artista perguntou ao funcionário por que ele estava impedindo a passagem delas. Nunca mais se esqueceu da resposta: “Vocês são duas negras, não sei se são empregadas”. Como conta a própria Leci ao Blog do Acervo, naquele momento, “o tempo fechou”.

“Sou uma pessoa educada, mas a indignação foi tanta que eu parti pra cima do porteiro. Até quebrei os óculos dele”, relembra a cantora, que hoje também é deputada estadual (PCdoB-SP). “Atualmente, quando acontece algo assim, tem sempre alguém filmando. Mas, naquela época, não tinha celular. Fui prestar queixa e, no caminho, liguei para um amigo que trabalhava no Globo. Quando cheguei na 19ª DP (Tijuca), a imprensa já estava toda lá.”

O caso foi destaque em jornais e telejornais. Em 1980, Leci já era uma cantora respeitada. Ela foi a primeira mulher a entrar na ala dos compositores da escola de samba Mangueira, em 1972. Sua canção Ombro Amigo integrou a trilha da novela Espelho Mágico, da TV Globo, em 1977. Meses antes do episódio na Rua Doutor Otávio Kelly, ela havia lançado o disco Essa Tal Criatura e era finalista do Festival MPB, também da Globo, cantando a música de mesmo nome. Na delegacia da Tijuca, todos os policiais a conheciam.

De acordo com a reportagem do jornal O Globo publicada no dia seguinte ao caso, o porteiro foi autuado por “constrangimento ilegal”. A Lei Afonso Arinos, única regra para coibir o racismo naquela época, não pôde ser aplicada porque se referia apenas a estabelecimentos comerciais acusados de preconceito – a Lei 7.716, que classificou o racismo como crime inafiançável, só foi promulgada em 1989.

O funcionário alegou que estava cumprindo ordens do síndico, que, em depoimento, negou ter orientado a barrar pessoas com base na cor. O responsável pelo condomínio confirmou, no entanto, que empregadas domésticas eram proibidas de usar o elevador social – algo que hoje também é considerado crime de discriminação. Segundo a cantora, quando desceu para apartar a briga na portaria, o síndico chegou a dizer: “Se ele soubesse que a senhora era a Leci Brandão, não teria barrado”.

“Eu disse a ele: ‘Meu nome é Leci Brandão da Silva!’. E que não estava me queixando só porque era cantora. Ninguém pode ser barrado na portaria social por causa da cor. Isso é racismo”, conta a artista, nascida em Madureira e criada em Vila Isabel, hoje aos 75 anos. “Alguns dias depois, na final do Festival MPB, quando cantei o verso ‘Clama! Só é linda a verdade nua e sem preconceito’, fechei o punho para enfatizar ‘preconceito’. O Maracanãzinho veio abaixo.”

Leci sempre fez da arte uma ferramenta social, algo explícito em canções como Marias (1977), Zé do Caroço (1979), Negro Zumbi (1995) ou na sua regravação do samba da Mangueira Casa Grande e Senzala (1976), baseado no clássico de Gilberto Freyre. Hoje, ela tem certeza de que já teve portas de gravadoras fechadas porque os empresários achavam que ela era contestadora demais. Mas isso não a fez parar.

Na primeira década do novo século, Leci foi conselheira da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e membro do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, a convite do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2010, foi eleita deputada. Era a segunda mulher negra da história da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). “Sou otimista em relação a lutas sociais. Nas minhas letras, sempre quis encontrar uma solução para os problemas”, diz ela.

A cantora tem total consciência de que o episódio racista de 1980 só ganhou o noticiário porque envolvia uma pessoa famosa. Quantas outras pessoas não foram barradas em portarias e elevadores sociais sem alarde nenhum?

Hoje, porém, situações como a que ela viveu não precisam envolver celebridades para gerar comoção. Graças às câmeras de celular e às redes sociais, casos como o do motoboy Matheus Pires, vítima de racismo em um condomínio em São Paulo, ou do entregador Matheus Fernandes, agredido num shopping center na Zona Norte do Rio, vêm sendo amplamente divulgados, causando ondas de repúdio.

“Em São Paulo, a juventude negra é assassinada sistematicamente. Há um genocídio da população negra acontecendo no Brasil”, afirma Leci, que vê com bons olhos o debate atual, mas diz que é preciso avançar: “Nosso país é racista. Hoje, as cenas são filmadas e divulgadas nas redes sociais – o racista não tem como negar. E a imprensa está discutindo de forma aberta, o que é fundamental. Podemos dizer que estamos sendo vistos, mas ainda não estamos sendo ouvidos. O povo negro é maioria e precisa ser ouvido.”

Para a cantora, a população negra precisa fazer valer seu tamanho e levar mais negros ao poder. Só assim, diz ela, haverá mais políticas públicas contra atos racistas no Brasil e ampliar ações afirmativas, eliminando desigualdades. Hoje, enquanto o País tem 56% da sua população formados por pretos e pardos, apenas 17,8% dos parlamentares no Congresso Nacional são negros.

“Não podemos continuar servindo de escada para outras pessoas. Temos de colocar negros em posições de poder. Há muitos candidatos negros. É nossa chance. Há políticos brancos que defendem nossas bandeiras, mas precisamos de mais representatividade. É o poder que muda as coisas”, afirma a deputada. “Claro que há pessoas negras que não nos representam, como esse sujeito chamado Sérgio Camargo, que preside a Fundação Palmares, mas não defende as lutas do movimento negro por igualdade. Políticos negros têm que ter compromisso com as nossas causas.”

Na visão de Leci, há muito para mudar. “A história do Brasi não mostra nossos heróis – você só vê estátuas dos nossos perseguidores. Nossas religiões são perseguidas, nossos jovens são mortos. A população negra precisa ser tratada com respeito.”

Com informações do Blog do Acervo

Fonte: Portal BRASIL CULTURA