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quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Wellington Duarte, diretor do ADURN-Sindicato recebe nesta sexta-feira (16), a Comenda Mery Medeiros


 Foto: Ascom - Adurn

O diretor do ADURN-Sindicato, Wellington Duarte, receberá na próxima sexta-feira, dia 16 de dezembro, a Comenda Mery Medeiros para Defensores e Defensoras de Direitos Humanos, concedida pela Secretaria de Estado das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (SEMJIDH). A solenidade de entrega da comenda será realizada durante o Seminário em alusão aos 25 anos do Conselho Estadual dos Direitos Humanos e Cidadania (Coedhuci), que acontece a partir das 9h30, no auditório do SINE RN.

Além de integrar a diretoria do ADURN-Sindicato, Duarte é professor do Departamento de Economia do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), especialista em Economia Regional e Desenvolvimento Econômico, mestre e doutor em Ciências Sociais, pela mesma universidade. Filiado ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), nos últimos anos tem desenvolvido importantes trabalhos na área de comunicação política, por isso, recebe a homenagem na categoria Comunicação em Direitos Humanos.

Comenda Mery Medeiros

Criada em 2021, a Comenda Mery Medeiros homenageia personalidades e instituições com destaque na defesa dos direitos humanos, em áreas como a do direito à memória e à verdade, educação, garantia dos direitos da população LGBTI+, da criança e do adolescente, da pessoa idosa ou com deficiência, da autonomia das mulheres e pessoas em situação de rua, prevenção e combate à tortura, segurança pública, garantia dos direitos à saúde, no campo e sociais.

A homenagem carrega o nome do escritor, militante comunista, ex-dirigente sindical e defensor da Democracia e dos Direitos Humanos: Mery Medeiros da Silva. O ativista faleceu aos 77 anos, em julho de 2020.

Veja abaixo a programação do evento:

9h30 – Mesa de Abertura

10h – Fala do Vice-Governador (representando a Governadora Profa.Fátima Bezerra), fala da Secretária da SEMJIDH, e fala do Presidente do COEDHUCI RN

10h30 – Palestra " A importância dos Órgãos Colegiados para a Promoção e Defesa dos Direitos Humanos" – Prof.Dr. Daniel Pessoa ( ex-presidente do COEDHUCI)

Fonte: Ascom - ADURN

CARTA ABERTA À MARGARETH MENEZES E AO FUTURO DA CULTURA BRASILEIRA

Neste momento histórico, queremos saudar e celebrar o anúncio do nome de Margareth Menezes para esta missão, de enorme responsabilidade, que é a reconstrução do Ministério da Cultura do Brasil.

Pedimos a benção aos mais velhos e aos mais novos. Saudamos a sua ancestralidade, seus cantos e encantos, batuques e axés. Que os Odus que escrevem seu destino conduzam ao melhor propósito, guiando os caminhos da futura Ministra nessa jornada pela Cultura de nosso país e de nosso povo.

Que as muitas vozes do Brasil falem pelo seu tom grave e potente. Que ao lado de Lula, uma Ministra da Cultura, mulher, negra, artista, nordestina, seja a expressão de um governo que coloque a cultura na centralidade de um projeto de país.

A criação do Ministério da Cultura, em 1985,  foi  fruto do processo de abertura democrática. Cultura e Democracia são indissociáveis. A retomada do MinC se dará no contexto de uma nova redemocratização do país, após anos de ataques deliberados e desmonte das instituições culturais.

Nos últimos anos, em meio à pandemia e ao pandemônio, o setor cultural brasileiro foi capaz de empreender uma grande mobilização nacional que permitiu a aprovação das Leis Aldir Blanc, Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2.

Vitórias públicas em um contexto improvável, que revelam força, resiliência e capacidade de articulação. O Congresso Nacional teve um papel fundamental para garantir tais  conquistas.

A nova Ministra poderá se apoiar nestas forças, e ao fazer isso contará com uma massa de fazedores e fazedoras de cultura de todo o país, neste mutirão de reconstrução.

Executar e implementar as Leis Aldir Blanc 2 e Paulo Gustavo significará uma revolução do fomento à cultura no Brasil. Pela primeira vez, o Sistema Nacional de Cultura contará com orçamento necessário para garantia dos direitos culturais previstos na Constituição Federal.

Caberá revisitar o “Do-in antropológico”, metáfora genial do ex-Ministro Gilberto Gil,  “massageando pontos vitais, mas momentaneamente desprezados ou adormecidos, do corpo cultural do país” – mais Pontos de Cultura em todo o Brasil, com os recursos das novas Leis da Cultura.

Será necessário ir além, pensando em políticas culturais para o Brasil do Futuro, para recuperar o tecido social brasileiro e promover o reencontro do Brasil consigo mesmo.

Conte com a força da cultura brasileira nesta caminhada. Boa sorte, Ministra Margareth Menezes!

Você sabia que Pixinguinha foi barrado em hotel e lamentou em choro?

Um choro de Pixinguinha guardou certo fato que retrata bem a época em que o músico pioneiro viveu. 

Está certo que a letra colocada em Lamento por Vinicius de Moraes, bem mais tarde, caracterizou a canção como um tema de amor. Mas, segundo o flautista Altamiro Carrilho, amigo de Pixinguinha, a melodia tem sentido mais profundo sobre a sociedade.

 “Racismo, naquela época, não era proibido por lei”, ressalta o jornalista Sergio Cabral a respeito dos anos 1920, na biografia sobre Pixinguinha. 

Quando o grupo Os Oito Batutas, do chorão, Donga e outros músicos (metade deles negros), excursionou em Paris com seus maxixes e modinhas, um cronista do Diário de Pernambuco, por exemplo, afirmava não entender como se permitia que fosse mostrado na Europa “um Brasil pernóstico, negroide e ridículo”. 

 Na volta da excursão, no entanto, o País já reconhecia o grupo ovacionado em Paris. Com prestígio, os Batutas foram convidados pelo jornalista Assis Chateubriand a se apresentar num hotel carioca. Só que, chegando lá, parte do grupo não pôde passar do tapete de entrada. 

O porteiro orientava que negros entrassem pelos fundos. Pixinguinha fitava o funcionário: “Lamento, mas sei que está cumprindo ordens”. Donga não admitia a situação, sem parar de reclamar. O companheiro só repetia: “Lamento, mas está tudo bem, não podemos fazer nada”. Até que Donga teve a ideia: “Pixinguinha, você fala tanto essa palavra que devia fazer uma música com esse título”. Daí o clima tristonho do choro Lamento, de 1928. Altamiro afirmava, quando o interpretava na flauta: “Toco com arranjo bem para baixo, de propósito” 
 

Oito Batutas foi um conjunto musical brasileiro criado em 1919 no Rio de Janeiro e formado por Pixinguinha na flauta, Donga e Raul Palmieri no violão, Nelson Alves no cavaquinho, China no canto, violão e piano, José Alves no bandolim e ganzá e Luis de Oliveira na bandola e reco-reco. WhatsAppFacebookLinkedInTwitterEmailCompartilhar