Até onde você sabe sobre Natal-RN?
Será que sabe tanto assim após ver esses 10 fatos marcantes e curiosos da cidade, um pra cada década?
O Curiozzzo tem conteúdo pra quase todas as décadas da cidade, mas essa surgiu da entrevista dos irmãos Fred e Carlos Sizenando Rossiter para a Tribuna do Norte, em Novembro de 2019, na qual eles contam como foi o processo de criação do livro “Natal no Século XX – Memória, fatos e fotos marcantes” (Editora Offset), que conta em mais de 500 páginas histórias do intervalo de 100 anos da capital potiguar.
Então com informações deles e nossas, vamos lá…
1901
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No começo do século Natal não era bem uma cidade de praia, era uma “cidade de rio”, isso porque era justamente do Rio Potengi que vinham as novidades para a cidade. A Igreja Matriz era o prédio mais alto que se tinha notícia, ela levantava as bandeiras dos países cujos navios chegavam no porto. Já abra aí na próxima aba: 10 fotos raras do Rio Grande do Norte nos anos 1900
1920
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Nos anos 20 os natalenses só queriam saber de cinema. Era o principal lazer na época. Os picolés eram vendidos direto da forma gelada e ficaram conhecidos como “poli” por causa do Cinema Politeama, o primeiro cinema de Natal, criado em 1912, onde eram vendidos.
1930
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O que marcou essa década foi a Intentona Comunista, de 1935. Durante quatro dias Natal ficou sob regime comunista. No meio de uma solenidade do Teatro Alberto Maranhão (TAM) tiros foram disparados e muita gente ficou apavorada. Prédios ficaram crivados de bala de confrontos entre manifestantes e polícia. Leia mais sobre isso em: Natal já esteve sob regime comunista por 4 dias
1940
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A década de 40 foi marcada pela 2ª Guerra Mundial, em que o Brasil apoiou os EUA, e Natal abrigou a maior base militar americana fora daquele país, recebendo milhares de militares de lá. Em um documento da época enviado pelos americanos para o governo brasileiro havia algo como: “estamos enviando só pessoas comportadas”, formalizando que não mandariam soldados negros para o Rio Grande do Norte. Fotos daquela época realmente confirmam a ausência de negros. Não por imposição do governo brasileiro, mas um reflexo da forte descriminação racial presente nos EUA naquele tempo.
1950
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50 é conhecida como “A Era do Rádio” em Natal, isso porque era pelo rádio que a sociedade ouvia se falar de novos hábitos, formas de viver, vestir, agir e pensar, e o interesse pela música levava centenas de natalenses aos palcos e às rádios da cidade. O período marcou a modernização, e assim a “transgressão” (à época), do comportamento da mulher. No jornal local “A Ordem” foi encontrada uma manchete que dizia: “segurem suas filhas, o Rock está chegando”. Inclusive, o rock chegou a ser proibido.
1960
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Nesta época a moda em Natal era das bandinhas dos colégios. Colégios que separavam totalmente seus alunos entre sexo masculino e feminino, então os festivais de música lotados do Palácio dos Esportes eram a oportunidade de todo mundo se encontrar. A música “Twister and Shout” (dos Beatles) inspirou o surgimento da banda The Shouters, e haviam outras bandas de nomes engraçados como a “The Dadas” e a “The Funtos”.
1970
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Nos anos 70 a grande novidade foi a “Hippie Drive-in”, uma boate misturada com restaurante e clube ao mesmo tempo. Um lugar que à noite tinha luz negra e muito rock’n roll, e era tão efervescente que atraia caravanas até de estados vizinhos. Durante o dia famílias passeavam por um pequeno zoológico, o primeiro e único de Natal. Foi também época de curtir a praia (do Meio, do Forte e dos Artistas), da chegada do surf, do biquíni “asa delta”, e dos restaurantes à beira-mar. Quer saber mais sobre os anos 70? Clique aqui.
1980
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Os anos 80 foi época dos gauleses, mas não os celtas do continente europeu, sim os gauleses potiguares; filhos boêmios da classe-média natalense, que naquele tempo eram contestadores da Ditadura Militar, e adoradores de carnaval. Eles seguiam a Bandagália, que arrastava uma multidão da Praia dos Artistas, até a Ribeira e Petrópolis, passando por todo tipo de bar até chegar na praia ao raiar do dia. Quer ver mais? Reportagem de 1986 mostra como era Natal naquela época
1990
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A década de 90 foi marcada pela enorme expansão de Natal. A cidade cresceu para além dos limites imaginados na década anterior. Na praia se fazia topless. Era permitido pilotar sem capacete e dirigir carros abaixo dos 18 anos. Também teve a chegada dos celulares que virou febre entre as pessoas e o tão aguardado bug do milênio que assustou meio mundo. Veja como era Natal nos anos 90 aqui.
Com informações de Ramon Ribeiro para Tribuna do Norte, e José Narcelio Marques Sousa (Engenheiro civil e escritor).
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