As empresas de entregas e de motoristas por aplicativos, que se tornaram grandes grupos abusando do desrespeito aos trabalhadores e à Constituição Federal mostraram, mais uma vez, que são dirigidas por patifes.
Após várias rodadas de negociação realizadas no âmbito do
Grupo Tripartite montado pelo presidente Lula para buscar soluções negociadas,
as empresas insistem em manter remuneração e condições de trabalho que aviltam
a dignidade de entregadores e motoristas.
Esses trabalhadores, homens e mulheres que investem seu
carro, moto ou bicicleta sequer recebem pelos gastos com gasolina, pneus, ipva
entre outros gastos no trabalho. Já a remuneração pelas horas de trabalhadas é
baixíssima e muito distante das necessidades de quem trabalha para sobreviver
com dignidade.
Diante dos inúmeros absurdos que prejudicam a categoria,
a Bancada dos Trabalhadores do GT apostou na negociação com seriedade, mesmo
sabendo que para solucionar de vez algumas violações chegará o momento de
colocar o bloco da mobilização na rua. Questões como remuneração, reembolso de
gastos com moto/carro/bike, falta de transparência no uso dos algoritmos para
bloquear ou sacanear o trabalhador, previdência e saúde foram tratadas com
profundo desrespeito pelas bilionárias empresas de entregas e de transporte de
passageiros.
Trabalhar sim. Ficar mutilado ou morrer no trabalho, não!
Muita gente se acidenta ou até morre no trânsito, como os
motoboys, para garantir que os pedidos cheguem rápido na casa das pessoas.
Essa situação exige adoção de medidas urgentes de prevenção e também de
garantia de renda nas situações de adoecimento ou acidentes em que a pessoa não
possa trabalhar.
Diante da intransigência das empresas, que insistem em
seu “modelo de negócios” fora-da-lei, entregadores e motoristas preparam
importantes mobilizações já para o dia 18/09 e devem contar com a solidariedade
da população brasileira que é testemunha da importância do trabalho dessas
categorias.
Já o governo Lula, que tem demonstrado seu compromisso
com a garantia de direitos pra quem vive do trabalho, deve estabelecer medidas
que levem as empresas de aplicativos a cumprir suas obrigações como qualquer
outra empresa e a respeitar as trabalhadoras e trabalhadores.
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