O emprego melhorou no Brasil. No trimestre encerrado em agosto de 2023, a taxa de desocupação no Brasil registrou um significativo declínio, atingindo o patamar de 7,8%, o menor índice desde 2015
A taxa de desocupação
(desemprego) ficou em 7,8% no trimestre encerrado em agosto deste ano. Esse é o
menor patamar do índice desde fevereiro de 2015 (7,5%).
A taxa mostra a proporção de pessoas que buscaram emprego e não
conseguiram no período em relação à força de trabalho, que é a soma de empregados
e desempregados.
A taxa recuou em relação tanto ao trimestre anterior – encerrado
em maio deste ano (8,3%) – quanto ao trimestre finalizado em agosto de 2022
(8,9%). Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad)
foram divulgados nesta sexta-feira (29), no Rio de Janeiro, pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A população desocupada chegou a 8,4 milhões, apresentando recuos
de 5,9% (menos 528 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e de 13,2%
(menos 1,3 milhão de pessoas) em relação ao ano anterior. Para o IBGE, esse é o
menor contingente desde junho de 2015 (8,5 milhões).
Já a população ocupada (99,7 milhões) cresceu 1,3% no trimestre
(mais 1,3 milhão de pessoas) e 0,6% (mais 641 mil pessoas) no ano. O nível da
ocupação, isto é, o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de
trabalhar, ficou em 57%, acima do trimestre anterior (56,4%) e estável em
relação ao ano passado.
O rendimento real habitual foi calculado em R$ 2.947,
apresentando estabilidade no trimestre e crescimento de 4,6% no ano. A massa de
rendimento real habitual (R$ 288,9 bilhões) foi recorde da série histórica,
crescendo 2,4% frente ao trimestre anterior e 5,5% na comparação anual.
Carteira
assinada
O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado
– sem considerar trabalhadores domésticos – chegou a 37,25 milhões, o maior
total desde fevereiro de 2015 (37,29 milhões). Em relação ao trimestre
anterior, a alta é de 1,1% (mais 422 mil pessoas), enquanto na comparação com o
ano anterior o avanço é de 3,5% (mais 1,3 milhão) no ano.
O total de empregados sem carteira no setor privado (13,2
milhões) também cresceu no trimestre (2,1% ou mais 266 mil pessoas), mas ficou
estável no ano.
O mesmo aconteceu com os trabalhadores domésticos (5,9 milhões
de pessoas), que cresceram ante o trimestre anterior (2,8%). Houve estabilidade
em relação ao trimestre encerrado em agosto de 2022.
O número de trabalhadores por conta própria (25,4 milhões de
pessoas) ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 2,0% no ano (menos
509 mil pessoas). Já o item empregadores (4,2 milhões de pessoas) ficou estável
nas duas comparações.
A taxa de informalidade atingiu 39,1 % da população ocupada (ou
38,9 milhões de trabalhadores informais), acima dos 38,9% no trimestre
anterior, mas abaixo dos 39,7% no mesmo trimestre de 2022.
Subutilização
A população subutilizada, isto é, que poderia trabalhar mais do
que trabalha, ficou em 20,2 milhões de pessoas, quedas de 2,2% no trimestre e
15,5% no ano.
A população fora da força de trabalho, ou seja, aqueles com mais
de 14 anos que não trabalham nem procuram emprego, foi de 66,8 milhões, uma
queda de 0,5% ante o trimestre anterior (menos 347 mil pessoas) e uma alta de
3,4% (mais 2,2 milhões) na comparação anual.
Já a população desalentada, ou seja, aquela que gostaria de
trabalhar, mas não procurou emprego por vários motivos, representou 3,6 milhões
de pessoas, uma estabilidade em relação ao trimestre anterior e uma queda de
16,2% (menos 692 mil pessoas) na comparação com o ano passado. É o menor
contingente desde setembro de 2016 (3,5 milhões).
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário