Revista Poesia Sempre edição 41
POETA SERGIO COHN ASSUME A CURADORIA DA PUBLICAÇÃO. NOVO CONSELHO EDITORIAL É COMPOSTO SOMENTE POR MULHERES.
A Fundação Biblioteca Nacional (FBN) –
entidade vinculada ao Ministério da Cultura – lança a edição número 41 da
revista Poesia Sempre, dedicada à poesia cubana contemporânea. O lançamento
marca o início de uma nova fase da revista, que completou 30 anos em 2023,
agora sob a curadoria do poeta Sergio Cohn. Entre os dias 15 e 25 de fevereiro,
o presidente da FBN, Marco Lucchesi estará em Cuba, para apresentar a nova
edição na 32ª Feira Internacional do Livro de Havana (FILH), na qual o Brasil é
o país homenageado.
O novo conselho editorial da Poesia
Sempre é composto somente por mulheres, oriundas das cinco regiões do Brasil,
incluindo indígenas e negras: Angélica Aires de Freitas, Annita Costa Malufe,
Eliane Potiguara Lima dos Santos, Izabela Leal, Kassia Borges, Márcia Wayna
Kambeba, Tatiana Nascimento, Tenille Bezerra, Valeska Torres e Virna Gonçalves
Teixeira.
“É importante ressaltar que é um
conselho formado por poetas, críticas e artistas de grande qualidade, que muito
me honra ter ao meu lado nesse projeto. A poesia brasileira do século XXI tem
um feliz protagonismo de autoras mulheres, mostrando uma renovação salutar do
nosso contexto literário. Entre essas autoras que têm renovado a nossa poesia -
que vive um período excelente - estão mulheres negras e indígenas, o que também
é um sinal inequívoco de estarmos lentamente caminhando para uma sociedade mais
aberta e justa, a qual tanto lutamos”, afirma Sergio Cohn.
A edição 41 foi realizada em parceria
com a poeta cubana Giselle Lúcia Navarro, e busca mapear algumas
características da poesia contemporânea produzida em Cuba para apresentá-la de
modo abrangente: a poesia campesina, a poesia negra, a poesia feminina, o
neobarroco. A revista traz ensaios de importantes críticos cubanos, além de uma
antologia bilíngue de poemas.
Em complemento, há
uma homenagem ao compositor suíço-baiano Walter Smetak, trazendo fac-símiles de seus poemas inéditos, e uma
antologia de poesia brasileira em diálogo com as religiões afro-brasileiras,
abrangendo um período que vai do modernismo ao século XXI e poetas nascidos
desde o Rio Grande do Sul até o Pará, demonstrando o alcance temporal e
geográfico dessa temática.
“Espero, nessa nova fase da revista,
poder retomar seu caráter internacional, criando pontes e ampliando laços com
poesias de outros países e línguas. Sempre em diálogo e colaboração com
editores, poetas e críticos desses lugares, buscando um olhar íntimo e
informado”, diz Sergio Cohn.
A revista está
disponível para venda na Loja do Livro, na Biblioteca Nacional (R$ 35), e a
versão virtual pode ser acessada gratuitamente no link https://www.gov.br/bn/pt-br/central-de-conteudos/producao/publicacoes/colecoes/revista-poesia-sempre/revista-poesia-sempre-41.
Uma revista que tem
história
Lançada em 1993, com o objetivo de
proporcionar espaço para a produção poética contemporânea, a Revista Poesia
Sempre se tornou em pouco tempo uma referência no Brasil e no exterior. Nesta
publicação da Fundação Biblioteca Nacional, a poesia ganhou a companhia de
ensaios, entrevistas, contos, dossiês e das artes plásticas, formando um painel
amplo das artes contemporâneas. Nomes de peso da poesia brasileira já passaram
por seus quadros, como Ferreira Gullar, Ivan Junqueira e Ivo Barroso, entre
tantos outros.
“A Poesia Sempre é um caso raro
de uma publicação institucional que consegue permanecer, mesmo com algumas
descontinuidades, por mais de três décadas e quarenta edições. Isso é
importantíssimo, porque permite formar gerações de novos leitores e autores. Eu
fui um deles: comecei a atuar como escritor e editor de poesia exatamente na
época da criação da revista e esperava ansiosamente cada edição, que me abria
novos horizontes”, completa o novo curador.
Fonte: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL
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