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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

CPC/RN PROSSEGUE COM SUAS REUNIÕES RUMO AO ENCONTRO ESTADUAL DO ORGULHO NEGRO

Diretoria do CPC/RN se reunirá amanhã (01) com representantes do Grupo de Capoeira Boa Vontade (CBV - Nova Cruz) e Arte do Corpo.  A presente reunião acontecerá as 19 horas no CEMEI - Centro  Municipal de Educação Infantil, cuja pauta será a realização do IV Encontro Estadual do Orgulho Negro.

Ana Júlia, jovem que encantou o país: Ocupação é aprendizado de vida

O Brasil se emocionou com a estudante secundarista, que, com lágrimas nos olhos, discursou na Assembleia Legislativa do Paraná nesta quarta-feira (26) (leia aqui), defendendo a legitimidade das ocupações de escolas contra a Medida Provisória da Reforma do Ensino Médio e a PEC 241. O Portal Vermelho conversou nesta quinta-feira (27) com Ana Júlia, que contou como estão sendo os dias de resistência, no maior movimento de ocupações da história do movimento estudantil brasileiro.
Discreta, a estudante de apenas 16 anos conta como se sentiu durante a exposição na Assembleia Legislativa. “Os parlamentares não entenderam, em nenhum momento, o meu discurso, tanto que interromperam a minha fala quando eu citei que as suas mãos estavam sujas de sangue [a estudante estava se referindo ao estudante Lucas Eduardo Araújo Mota, assassinado em um colégio ocupado na segunda-feira] mas, mesmo assim, consegui somar forças para descriminalizar o movimento em minha fala, a opinião pública precisa saber que as ocupações são sérias e organizadas”, explica a estudante.
Ana Julia, que estuda no Colégio Estadual Senador Manoel Alencar Guimarães, explica que teme pela exposição, pois a ideia não é personificar o movimento de ocupações em uma só pessoa, mas sim dar o caráter geral, onde milhares de secundaristas possuem o seu protagonismo. “Tudo aqui é baseado na opinião coletiva”, afirma.
Quando indagada sobre o apoio dos pais dos alunos sobre as ocupações, Ana considera que muitos apoiam e outros não, mas o importante é o diálogo, “vamos explicando o valor de reivindicarmos nossos direitos e de lutarmos em defesa da educação, aos poucos eles vão percebendo a importância da nossa luta”, enfatiza Ana Júlia.
“Aprendizado para a vida”
A jovem, que conversa bastante com seus pais enquanto está ocupada no colégio, inclusive contando com o apoio deles para permanecer no local, fala sobre a importância da ação. “Esse movimento no Paraná é uma aula de cidadania. Com certeza, o que eu vivi ocupando meu colégio servirá como aprendizado para toda minha a vida”, salienta.
A secundarista afirma ainda sua preocupação em demonstrar a não partidarização do movimento, pois esse fator é ponto estratégico da grande mídia para desqualificar as ocupações. “O nosso movimento é apartidário, aqui somos a gente pela gente, não recebemos nenhum centavo de ninguém, assim como não existe apoio de partidos políticos ou parlamentares”, conclui Ana Júlia.
Ocupações
Os estudantes paranaenses ocupam mais de 800 escolas em todo o estado. Em assembleia realizada nesta quarta-feira (26), os jovens definiram que irão continuar ocupados até que o governador Beto Richa (PSDB-PR) revogue a Medida Provisória de Reforma do Ensino Médio no estado.
Por Laís Gouveia, do Portal Vermelho

MUDE SEMPRE. ATÉ A ULTIMA GOTA. NÃO MATA

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Mudanças podem ser extremamente positivas quando elas estão na direção de descobrirmos e colocarmos para dançar novas formas de ser e de estar no mundo. Mudanças são o oposto do estagnado, da poeira varrida para debaixo do tapete. Mudanças são o avesso do vazio. Mudança é coragem, novas perspectivas, reinvenções de nós mesmos e de nossas vidas, recriações de novas posturas, de novas visões da vida e de novos pensamentos e sentimentos, novos rearranjos da música da vida. Mudança é vida.
Mudar é inerente à vida. De acordo com a ciência, biologicamente falando, toda célula do corpo humano se regenera em média a cada sete anos. Portanto, somos literalmente novas pessoas a cada sete anos mais ou menos. Mudamos também de idade, de lugares, de pensamentos, de sentimentos, de conceitos, de paradigmas, de representações e de visões de mundo durante toda a nossa vida. A mudança em nós, nos outros, em tudo o que nos cerca e na vida é fato. Acontece que essas mudanças externas e naturais pelo movimento próprio da vida são mais fáceis – ou menos complicadas de lidarmos – porque não podemos fugir da maioria delas. As maiores complexidades – e, por consequência, as maiores dificuldades - surgem quando falamos das mudanças subjetivas. Elas são mais difíceis porque estão atreladas a muitas representações também subjetivas desde a nossa infância e para realizarmos essas mudanças precisamos derrubar nossas resistências. Se conseguirmos derrubar as resistências - ou parte delas – elas nos levam a novas formas de ser, a novas subjetivações, nos tornando mais conscientes do enfrentamento dos nossos medos, das nossas dores, das nossas angústias e de tudo o que nos prende e tenta evitar que mudemos.
Esse enfrentamento, que é o próprio começo da mudança pode gerar conflitos, crises, dúvidas e, muitas vezes, vontade de permanecer no mesmo lugar. Temos que a resistência pode ser, ao mesmo tempo, fator de mudança e de permanência a um mesmo estado. Mas, se conseguirmos ir além, quebrar a resistência – ou que seja pelo menos, parte dela – enfrentar as angústias, as crises, o medo do salto e do novo, os sofrimentos e o caos que podem surgir dessa inicial desestabilização das coisas; o que pode surgir do outro lado, se estivermos mesmos dispostos a "pular o muro" são novos direcionamentos, novas visões e novas possibilidades. Lembro-me aqui de Nietzsche: "Eu vos digo: é preciso, às vezes, ter um pouco de caos dentro de si, para poder dar à luz uma estrela dançante."
Sempre que o assunto é mudança, não há como deixar de fora a intrínseca relação entre o carvão e o diamante natural, talvez umas das mudanças mais impressionantes encontrada na natureza. O diamante natural é a mudança, a coragem e a persistência do carvão sob a ação do tempo e de fortíssimas e altíssimas pressões e temperaturas. Ambos possuem a mesma composição. O que os difere é a maneira como esta composição está estruturada, ou seja, exatamente a estrutura promovida pela mudança. Assim somos nós. Se soubermos enfrentar as inúmeras pressões e se soubermos enfrentar e aceitar a mudança pelas altíssimas temperaturas – que podem ser todas as adversidades, dificuldades e adaptações que a vida traz em si e são inerentes a todo ser humano - poderemos nos estruturar de forma tal que o resultado será uma brilhante e belíssima pedra de diamante, que não pode ser riscada nem cortada por nenhum outro mineral ou elemento da natureza, exceto por outro diamante.
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Cada um – se assim decidir e escolher - fará suas mudanças à sua forma, no seu tempo e ritmo. Freud já dizia em "O Mal Estar na Civilização" (1996[1927-1931], vol XXI): "Não existe uma regra de ouro que se aplique a todos: todo homem tem de descobrir por si mesmo de que modo específico ele pode ser salvo". Sim, mudanças e transformações podem ser uma das muitas maneiras de sermos salvos. Salvos de que? Ah, Caetano Veloso disse muito bem certa vez: “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é" (Dom de Iludir, 1982). Cada um de nós precisamos nos salvar todos os dias... de nós mesmos, de nossas intempéries, de nossas ilusões, de nossas veladas e não assumidas – às vezes sequer reconhecidas ou até negadas - vitimizações, de nossos conflitos que nos apavoram e de uma melhor maneira de lidarmos com eles, de nossas meias verdades, de nossas inteiras mentiras, de nossos medos, de nossas parcas visões, de nossas considerações enviesadas e de nossas caquéticas certezas atravessadas pelo nebuloso opaco ou obstáculo que impomos aos nossos olhos. Sim, para o espanto de muitos e a aversão de outros tantos – que os céus os protejam - todos somos seres imperfeitos e, com as devidas graças, insatisfeitos também – não muito, mas o necessário para nossas buscas e descobertas, para novas perspectivas, novos olhares, novos saberes, novos sabores, novos anseios e... mudanças.
Mudar, ir em direção ao novo, à novas formas de ser e de estar no mundo não é tarefa das mais fáceis, mas plenamente possível a quem decide começá-la. O novo, o desconhecido, aquilo que não sabemos – e, por vezes, nem queremos saber, mesmo sabendo – provoca angústia, medo, sofrimento e, não raro dor. Mudar (de verdade) provoca desconforto porque mudar é, entre tantas coisas, mexer e remexer, alterar a ordem, sair da zona de conforto, dar a cara a tapa, desnudar-se, desvendar-se - com a possibilidade de desvendar o outro e o mundo também, desaprender para aprender de novo, ir ao encontro de – na maioria das vezes, ir de encontro a – dúvidas, incertezas, perguntas sem respostas, inesperados, dores passadas e presentes, angústias de ser, estar e existir, lugares escuros dentro e fora de nós e, não obstante, ir de encontro também a muitas dessas mesmas questões em relação aos que convivemos e mantemos algum tipo de vínculo relacional.
Mudar provoca desconforto porque o processo de mudança vai nos "obrigando" a olhar necessariamente para dentro. E olhar para dentro não é tarefa para qualquer um, não. Não mesmo. Quando começamos a olhar para dentro, começamos a perceber que todas as nossas atitudes ou a falta delas terão sempre consequências e começamos a entender que nada nos ajudará - muito pelo contrário - se continuarmos no processo de esquivas, desculpas, justificativas, mentiras e omissões para transferir o peso dessas nossas atitudes e as consequências delas para os ombros de outras pessoas ou para a roda da vida. Mudar implicar maturidade, maior responsabilidade conosco, com a vida que vivemos, com o outro e com tudo o que nos cerca. Sobretudo, mudar implica sermos capazes - seja de que forma for - de enfrentar e superar todo esse desconforto, toda a inquietude que a angústia do medo provoca - seja medo do novo, medo da aceitação ou da rejeição, medo do vir-a-ser, medo do não vir-a-ser, medo do salto, medo do susto, medo do “outro lado” e até mesmo medo da própria mudança e sermos capazes de transformar toda essa salada em coisas boas para nós, em aprendizados e em crescimento.
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Mudanças... transformações... são questões de escolhas e da capacidade ou incapacidade de cada um em promover essas escolhas. São também questões de coragem e ousadia e de um verdadeiro pertencer a si mesmo. Mudanças são as únicas coisas permanentes no mundo. Deixo o pensamento último com Sigmund Freud, novamente em “O Mal Estar na Civilização" (1996[1927-1931], vol XXI – Grifos meus): "Todos os tipos de diferentes fatores operarão a fim de dirigir sua escolha. É uma questão de quanta satisfação real ele – o indivíduo, o homem – pode esperar obter do mundo externo, de até onde é levado para tornar-se independente dele e, finalmente de quanta força sente à sua disposição para alterar o mundo..." E enfim, parafraseando Clarice... Mude sempre. Até a última gota. Não mata.
Por Veruska Queiroz - Escritora - Psicanalista - Consultora de Estilo e de Moda.
Fonte: http://obviousmag.org/

Grande Potiguar! Comissão da Verdade de SP resgata a história de Virgílio Gomes da Silva,...

O Morro Não Tem Vez - Criolo, Rael, Terra Preta & Marcel Powell