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domingo, 30 de setembro de 2018

06 ANOS SEM VOCÊ, FERNANDO LUIZ DE SOUZA!!! FERNANDO, PRESENTE!!!

Foto: EDUARDO - FERNANDO LUIZ DE SOUZA

Fernando Luiz de Souza (Fernando da Fundação), Fernando da AMES, do CPC/RN, da ANE/RN, hoje fazem 6 anos que você nos deixou! Falta algo dentro de nós... VOCÊ!

Hoje nos momentos felizes e nos momentos tristes sempre lembramos de você! Uma pessoa pronta para ajudar, dialogar, dá conselhos e evidentemente discordar quando fosse preciso.

Cada evento que promovemos ou participamos, vem sua lembrança! És uma pessoa única para nós, por isso que tua chama nunca apagará para nós!

Aqui vamos levando a vida como ela quer, mas seria bem melhor que estivesse conosco, mas quem somos nós, pois o nosso DEUS te chamou e hoje tu nos observa, nos protege e torce por nós aqui na terra!

Desculpa amigo, pelas raivas que ti fazia, mas você estava ali, sempre levando na esportiva! Hoje, FERNANDO aqui não é mais igual sem você, por isso sentimos tanto sua falta!

Só ns resta olhar para o CÉU e obsevar você em forma de UMA ESTRELA que BRILHA INTENSAMENTE PARA NÓS! A estrela NANDO!

Me despeço pedindo a DEUS que proteja sempre a sua alma!

Fica com DEUS, MEU IRMÃO CAMARADA, FERNANDO LUIZ DE SOUZA!

Saudades

EDUARDO VASCONCELOS

Brasil - Manifestação das mulheres instaura nova etapa das eleições



As manifestações das mulheres – que reuniram ao todo centenas de milhares por todo o país e também no exterior contra o candidato fascista Bolsonaro – são o grande acontecimento da campanha eleitoral neste primeiro turno das eleições.


Essa ampla e vigorosa mobilização #EleNão, que ocupa as redes sociais e transbordou para as ruas, representa uma decidida tomada de posição contra o que representa Bolsonaro: a mais forte ameaça contra a democracia, contra os direitos das mulheres e da classe trabalhadora, desde o fim da ditadura militar em 1985.

Dia 29 de setembro é um marco divisor destas eleições.

O brado #EleNão reverberado por um coral de centenas de milhares de vozes, com a força e a legitimidade das mulheres brasileiras, fez um chamado, uma convocação, ao conjunto das forças democráticas e progressistas a não se omitirem, conclamando uma firme atitude democrática diante das ameaças representadas pela chapa fascista. 

A mensagem do 29 de setembro, do #EleNão, é clara: o fascismo é uma ameaça real, que deve ser enfrentada e derrotada. A tarefa, neste momento, é enfrentar o fascismo e derrotá-lo nas ruas, nas ideias, e sobretudo nas urnas.

O êxito dessas manifestações vem da amplitude, aglutinando mulheres de classes sociais diversas, com ou sem militância política, muitas apoiadoras de diferentes candidaturas presidenciais. 

O ponto convergente é o repúdio ao que representa a chapa Bolsonaro-Mourão, bradando um forte e uníssono “não” à barbárie e à regressão civilizatória. 

A Manifestação das Mulheres Unidas contra Bolsonaro, ao se posicionar frontalmente contra a ameaça fascista, puxa todas as correntes políticas que se pautam pela democracia para um movimento ainda mais amplo, destinado a liquidar qualquer possibilidade de vitória dessa chapa nas urnas.

Bolsonaro, em que pese ter parado de crescer nas pesquisas, salvo algo imponderável, irá para o segundo turno quando será confrontado por uma candidatura única do amplo campo da democracia, da Nação e da classe trabalhadora.

Diante dessa probabilidade, essas manifestações, de certa forma, antecipam o cenário da campanha pós-7 de outubro. 

Objetivamente, a partir de hoje, o primeiro turno entrelaça-se com o segundo turno. Está instaurado o embate entre democracia e fascismo, liberdade e ditadura, entre direitos e império do rentismo. 

Nesse cenário, agiganta-se a importância da chapa Fernando Haddad-Manuela d’Ávila; não sem motivo em franca ascendência nas pesquisas de intenções de votos. Pelo seu programa popular, patriótico, pela tradição democrática dos partidos de esquerda coligados, pela tradução pulsante do ciclo de governos progressistas dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. São condições que chamam todos os setores da sociedade comprometidos com a democracia, com os direitos, com a civilização e com o futuro digno para as brasileiras e os brasileiros, a se unirem desde agora nesse amplo movimento democrático que irrompe com as manifestações das mulheres. 

Manuela d’Ávila, como candidata a vice-presidente, fez um amplo convite à marcha e participou, na linha de frente, do ato na cidade de São Paulo, o maior do Brasil, sendo acolhida de forma entusiástica e carinhosa. Fernando Haddad, candidato a presidente, disse que as mulheres e a juventude serão prioridade caso seja eleito. Disse, também, que Manuela d’Ávila, como vice-presidenta, terá o papel destaque no governo.

Personalidades de diferentes áreas, como juristas, religiosos, lideranças avançadas do povo e dos trabalhadores, mesmo com divergência com aspectos da chapa Fernando Haddad-Manuela d’Ávila, já se manifestaram publicamente contra qualquer retrocesso democrático, numa demonstração de que esse campo pode se alargar ainda mais. 

A democracia como alicerce de um projeto de nação é um valor político incondicional. Sem ela não é possível falar em qualquer projeto de desenvolvimento do país, de nação. 

Se a intolerância, o arbítrio e a violência, como forma de governo e prática social, triunfarem, a grave crise que sufoca o país se agravará. O Brasil tem experiências amargas que mostram os resultados trágicos da imposição de regimes autoritários e de feição fascista.

As brasileiras e os brasileiros precisam de um novo governo que promova a união, o diálogo, a paz e a tolerância. Um governo verdadeiramente democrático capaz de criar uma ampla convergência para retirar o país da crise e remover as travas que impedem o progresso do país.

A chapa Bolsonaro-Mourão representa exatamente o oposto dessa plataforma política, é uma reedição, com novas roupagens, de regimes arbitrários e sanguinários de triste memória. 

A democracia, a restauração do Estado Democrático de Direito e o respeito à soberania do voto (Bolsonaro chegou ao ponto de dizer que só reconhece o resultado das urnas se este lhe for favorável) devem ser a prioridade, o ponto de destaque para se constituir desde já uma ampla frente contra o fascismo. 

A chapa Fernando Haddad presidente, Manuela d’Ávila vice, está credenciada e chamada a liderar a formação desta ampla frente desde já.

As mulheres brasileiras fizeram o mais difícil: abriram o caminho. Cabe ao conjunto das forças progressistas e democráticas segui-las e marchar, lado a lado com elas, pela democracia, pelo Brasil, por uma vida digna aos brasileiros e brasileiras.

#EleNão, democracia sim!


 Do Portal Vermelho

UFRN: Ofício de uma nação democrática

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Imagem do Google
Williane Silva de Ascom – Reitoria/UFRN
Neste nono capítulo da série especial alusiva aos 60 anos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a Assessoria de Comunicação da Reitoria da UFRN realça a relevância da gente que faz a UFRN ser, nos seus 60 anos, um dos agentes propulsores do desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Norte: os seus servidores. Não apenas, trazemos a programação do mês do servidor, que neste ano traz o tema ‘Eu mudo pelo mundo’. 
O serviço público vai além de um trabalho, pois o seu exercício tem como principal objetivo cuidar da população, de forma a consolidar a soberania nacional, contribuir para o desenvolvimento sustentável do país e, dessa forma, construir uma sociedade democrática, onde todos os cidadãos tenham suas necessidades e anseios atendidos de forma digna.
Com raízes na época do Império, o serviço público brasileiro tem evoluído em vários aspectos ao longo dos anos. A começar pelo ingresso na carreira pública, que se dava pela troca de favores ou apadrinhamentos, fazendo com que o interesse coletivo ficasse muitas vezes em segundo plano. Hoje, consolidando o princípio da equidade ou igualdade, a entrada se dá por meio de concurso público. Nessa perspectiva, os trabalhadores do povo devem guiar seu serviço pela moralidade, impessoalidade, publicidade, eficiência e legalidade, conforme o Artigo 37 da Constituição Federal Brasileira.
Embora existam críticas ao serviço público, relacionadas à falta de recursos ou de profissionais, aos trâmites burocráticos ou ainda sobre o mau atendimento à população, encontram-se exemplos de dedicação ao trabalho. Um desses casos é o do professor do Centro de Ensino Superior do Seridó (Ceres-Currais Novos) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Márcio Vieira da Silva, que traz a superação e as oportunidades como ingredientes especiais da sua trajetória profissional (confira depoimento abaixo).

O docente começou a trabalhar na Universidade em 2015, mas antes desempenhou diversas atividades na vida. Ainda na infância ajudava o pai na agricultura e no manejo do gado; aos 15 anos, trabalhou com cerâmicas e, com 19 anos, passou no concurso da Prefeitura de Currais Novos para Servente de Obras, fato que o deixou muito orgulhoso, pois foi o primeiro filho a se tornar servidor público. Obs. Não foi possível baixar o vídeo. CPC/RN.

Quem observa Márcio Vieira da Silva na biblioteca, nem imagina que, apesar de sonhar que iria trabalhar com construção, nos seis anos e 11 meses de serviço no município, o hoje docente auxiliou coveiro, sepultou corpos, recolheu lixo e limpou mato e esgoto. Foto: Bruna Krummenauer


Nesse período, Márcio conta que ainda não tinha o Ensino Médio. Contudo, em um dia de trabalho, fazendo serviço de limpeza no esgotamento sanitário, caiu em uma caixa de gordura e ficou com boa parte do corpo coberto por esgoto. Esse episódio fez com que ele quisesse mudar de profissão e estudar, até que foi aprovado no vestibular da UFRN para cursar Matemática no município de Caicó, sendo mais uma vez o primeiro da família a fazer faculdade. Contudo, o recém-aprovado se viu com uma família para sustentar, trabalhando o dia todo, ganhando pouco e tendo que estudar em outra cidade. “Naquele período, nós não tínhamos os auxílios que temos hoje na universidade e que são muito importantes para a permanência do aluno”, conta, lembrando-se das dificuldades que passou para terminar o curso em 2005.
Em seguida, fez concurso para professor da rede estadual e para substituto da UFRN, sendo aprovado nas duas seleções. Foi aí que ele encontrou a docência, como profissão que considera sua vocação, e começou a se preparar para ser professor efetivo. Fez o Mestrado Profissional em Matemática (Profmat) e prestou concurso, sendo aprovado e, hoje, é docente do Magistério Superior.
Nesses 60 anos, a UFRN foi e é palco de muitas histórias de sucesso pessoal e profissional de personagens que contribuem para o crescimento e consolidação da instituição sexagenária. Outro exemplo de dedicação ao trabalho é o técnico-administrativo José Domingos de Oliveira, um dos servidores ativos mais antigos da universidade, que completa 45 anos de serviço neste mês de outubro. “Macarrão”, forma como ele é chamado carinhosamente pelos colegas, é o atual diretor de Orçamentos da Diretoria de Contabilidade e Finanças (DCF-UFRN) e observa que, ao longo das décadas, a instituição de ensino cresceu bastante. (confira depoimento acima).Obs. Não foi possível baixar o vídeo. CPC/RN.
“Na minha época era tudo manuscrito ou datilografado, hoje a informática mudou tudo e melhorou bastante, mas também foi um desafio”, conta sobre as principais transformações na sua área. Apesar de já ter tempo de serviço suficiente para solicitar a aposentadoria, Macarrão diz que nunca quis parar de trabalhar porque gosta do que faz. “Para mim, a UFRN é tudo porque da Universidade é que eu criei minhas filhas, que hoje estão encaminhadas na vida. Tenho uma casa própria, um carro e uma moto. A Universidade, como todo mundo diz, é uma mãe e para mim ela também foi”.

“Macarrão” guarda orgulhoso algumas relíquias, como um dos seus primeiros contracheques. Ao ser questionado sobre o segredo para se manter ativo por tantos anos, o servidor considera que é gostar do que faz e diz “adorar isso aqui”, além de se sentir bem na UFRN. Contudo, Macarrão confessa que está se preparando para deixar o trabalho, visto que a aposentadoria compulsória – a idade máxima para permanência no serviço público corresponde aos 75 anos de idade – está se aproximando para ele. Foto: Bruna Krummenauer.

Mês do Servidor
Para homenagear esses trabalhadores pelo Dia do Servidor Público, comemorado em 28 de outubro, a UFRN preparou uma programação alusiva à data que segue durante todo o mês de outubro com diversas atividades em todos os campi, como campanhas, oficinas, mesa-redonda, corrida, feira, entre outras atividades. Segundo a coordenadora de Qualidade de Vida no Trabalho – Viver em Harmonia, Gilvânia Morais, este ano o slogan é “Eu mudo pelo mundo”, abordando duas temáticas: O protagonismo do servidor nos 60 anos da UFRN e a Agenda 2030 e seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). “Estamos no oitavo ano de comemoração do dia do servidor na UFRN. No primeiro ano, começou como a semana do servidor e só contemplava o Campus Central. Mas, a partir de 2012, identificamos que precisávamos contemplar um mês, em todos os campi, porque o servidor merece”, explica.
Após definida a temática, a programação foi elaborada. Dessa forma, foram escolhidos alguns ODS para nortear a programação, como os Objetivos relativos à fome zero e agricultura sustentável; saúde e bem-estar; educação de qualidade; igualdade de gênero; redução das desigualdades; cidades e comunidades sustentáveis e consumo e produção responsáveis. As novidades deste ano são uma mesa-redonda sobre diversidade; a arrecadação de cabelo e lenços, devido à Campanha do Outubro Rosa; além de homenagem aos servidores que se aposentaram em 2018, ano do sexagenário da UFRN, e aos que atingiram o nível “Supera” na avaliação de desempenho. Confira a programação do Mês do Servidor clicando aqui ou no site: www.mesdoservidorufrn.com.br.
Qualidade de Vida no Trabalho
 Atualmente, a instituição de ensino conta com 5.889 servidores do quadro permanente, sendo 2.780 docentes e 3.109 técnico-administrativos. Com o objetivo de despertar na instituição a adoção de ações e práticas que promovam o bem-estar no trabalho de maneira sustentável e duradoura, a Política de Qualidade de Vida no Trabalho da Universidade Federal do Rio Grande do Norte foi institucionalizada em abril de 2017, pelo Conselho de Administração (Consad). No mesmo ano, houve ainda a aprovação do programa Viver em Harmonia – Programa de Qualidade de Vida no Trabalho, cuja competência é coordenar, executar e acompanhar ações de promoção à satisfação e reconhecimento socioprofissional, relações interpessoais harmoniosas, um ambiente laboral saudável e um equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal.
De acordo com a pró-reitora de Gestão de Pessoas (Progesp/UFRN), Mirian Dantas dos Santos, os projetos vinham sendo realizados desde 2012, mas foram institucionalizados em 2017, com ações de promoção da saúde e segurança no trabalho, desenvolvimento de pessoas, lazer e vida social, além de práticas de gestão do trabalho. Entre as principais conquistas dos últimos anos, a gestora citou a política de desenvolvimento e qualificação, com os programas de mestrado profissional, a reserva de vagas nos programas de pós-graduação e o desenvolvimento de um curso de graduação para os servidores; o investimento na gestão de pessoas, garantindo os direitos, com a concessão dos benefícios no menor tempo possível, por exemplo; houve ainda a ampliação de espaços para a voz dos servidores com o fortalecimento dos fóruns e dos comitês, que junto à criação do Escritório de Ideias garantem a participação e a representatividade de todos nas decisões.
Já sobre as metas para os próximos anos, Mirian diz que estão relacionadas à busca e oferta de um ambiente de bem-estar visando às relações, o desenvolvimento da política de capacitação e qualificação, a construção de um ambiente de trabalho onde as pessoas se identifiquem e encontrem um significado para o trabalho, além do repeito à diversidade e à inclusão, e no incentivo aos trabalhos colaborativos.
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Reportagens e Saberes é produzido pela Assessoria de Comunicação da Reitoria da UFRN – ASCOM/UFRN

Reitora: Ângela Maria Paiva Cruz
Vice-Reitor: José Daniel Diniz Melo
Assessor de Comunicação: Wilson Galvão de Freitas Teixeira
Jornalistas: Marina Ferreira Gadelha e Williane Elayne Ricardo da Silva
Fotografia: Cícero Oliveira Júnior
E-mail: ascom@reitoria.ufrn.br

Fonte: http://www.ufrn.br/imprensa/reportagens-e-saberes/20254/oficio-de-uma-nacao-democratica.

Obs. NÃO FOI POSSÍVEL BAIXAR O VÍDEO. - CENTRO POTIGUAR DE CULTURA.

CAMPANHA: Museu Nacional Vive nas Escolas


Meta 1 - Empréstimos de material didático e ida às escolas: R$ 50.000,00
A Coleção Didática da Seção de Assistência ao Ensino foi retirada do Palácio a tempo. Entretanto, precisamos reorganizar o acervo e o sistema de empréstimos, preparar catálogo digital para expor o material didático disponível para os professores, reestruturar o acondicionamento dos materiais emprestados para cada escola parceira, e organizar a participação e ida de servidores do Museu Nacional nas próprias escolas.

Retomada de atividades do Museu Nacional com escolas, especialmente de ensino fundamental e médio.

HISTÓRICO
Fundado em 1818, o Museu Nacional é a mais antiga instituição nacional que une pesquisa, educação e divulgação científica para a sociedade. Foi incorporado à Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1946, iniciando cursos de pós-graduação a partir do final da década de 1960. Possui produção científica de impacto internacional e cursos de pós-graduação strictu sensu em Antropologia Social, Zoologia, Botânica, Arqueologia, Geociências e Linguística e Línguas Indígenas. Abriga importantes acervos científicos que, mesmo após a recente tragédia que abalou as comemorações de seu bicentenário, somam quase 2 milhões de itens ou lotes em coleções arqueológicas, de vertebrados e invertebrados, herbário e biblioteca de história natural, os quais estavam localizados em outros prédios da instituição.
MUSEU NACIONAL NAS ESCOLAS
Há quase um século o Museu Nacional mantem uma parceria muito efetiva com escolas de ensino fundamental e médio, que representa uma das relações mais emblemáticas da instituição com a sociedade e que recentemente foi drasticamente interrompida. Essa importante atuação com as comunidades escolares precisa ser reativada com urgência. Dentre outros aspectos, inclui o empréstimo de material didático e o trabalho com professores e alunos, em especial através de visitas didáticas a nossas exposições. O Museu Nacional atende por ano um público escolar de até mais de 40.000 pessoas, e empresta mais de 2.000 lotes por ano, atingindo com estes mais cerca de 16.000 alunos.
A CAMPANHA
O Museu Nacional permanece muito atuante com excelência nas áreas de pesquisa e ensino de pós-graduação, que não foram interrompidas. A Universidade e o Museu abriram diversos grupos de trabalho para o salvamento de material, restauração dos espaços e retorno da instituição à plenitude de sua atuação. Nesse sentido, consideramos extremamente importante retomar imediatamente nossa atuação com as escolas.

Com essa campanha,  faremos as necessárias mudanças em nossa forma de atendimento aos empréstimos didáticos, com a reorganização física do seu ótimo acervo preservado e do sistema de empréstimos, preparação de catálogo digital para expor o material didático disponível para os professores, acondicionamento dos materiais emprestados para cada escola parceira, organização da participação e ida de servidores do Museu Nacional nas próprias escolas. Além disso, é crucial voltar a receber turmas escolares em espaços internos e externos do Museu Nacional.

Para isso, vamos criar um roteiro de visitação focada especialmente em Botânica e Zoologia, usando os jardins históricos do Horto Botânico do Museu Nacional e reformando uma pequena edificação aí disponível, incluindo instalação de mídias digitais interativas e equipamentos ópticos, para otimizar e valorizar a apresentação de conteúdo em espaço reduzido.
ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DO MUSEU NACIONAL
Devido à sua relevância para a sociedade brasileira, há mais de 80 anos atrás, em 1937, foi criada uma associação, sem fins lucrativos, com a finalidade de apoiar as atividades do Museu Nacional e promover ou participar de ações para o desenvolvimento da ciência e cultura de nosso país – a Associação Amigos do Museu Nacional – SAMN. Esta associação, atualmente com diversas frentes de atuação, possui certificado de Utilidade Pública no Estado do Rio de Janeiro, é reconhecida no Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas, é filiada à Federação de Amigos de Museus do Brasil, entre outras habilitações.

Você pode ajudar o Museu Nacional a dar continuidade imediata às suas atividades de assistência ao ensino, que tanto contribuem para uma melhor formação de crianças e jovens de nosso país

Fonte: https://benfeitoria.com/museunacional

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A LUTA PELO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA USP E POR NOSSAS VIDAS

Estudantes da UFSCar conquistam suspensão de reajuste do RU
Por: Bianca Borges

O sistema de saúde pública brasileiro tem sido cada vez mais debatido. De tamanho e relevância sem precedentes se comparado aos sistemas de saúde do restante do mundo, tem tido seu papel reafirmado por profissionais da saúde e seu desmonte amplamente denunciado diante de medidas como o contingenciamento de gastos impostos pela EC 95 e os cortes realizados pelo governo de Michel Temer no início de 2018 para baixar o preço do diesel. Pouco se tem debatido, porém, a situação dos hospitais universitários no Estado de São Paulo, especialmente acerca do Hospital Universitário da USP, que tem reduzido cada vez mais seu atendimento em razão da falta de recursos e de pessoal.

O hospital escola, que serve tanto à formação dos estudantes quanto ao cumprimento da função social e de extensão da universidade, já serviu ao atendimento de 500 mil moradores da Zona Oeste de São Paulo e chegou a atender 17 mil pessoas por mês – número drasticamente reduzido para apenas 3 mil. O número de partos realizados mensalmente no hospital também caiu de 300 para 3 e atualmente apenas 2 dos 8 centros cirúrgicos estão em funcionamento. O Departamento de Pediatria infantil foi fechado e só 60% dos leitos estão em funcionamento.

O desmonte do hospital teve início em 2014, quando, diante da crise financeira enfrentada pela USP, o então reitor Marco Antônio Zago tentou desvincular o hospital da universidade e transferi-lo para a Secretaria Estadual de Saúde. 

 A comunidade universitária se posicionou contra a medida e realizou greves e passeatas que fizeram o governador Geraldo Alckmin recuar. Ironicamente, após a saída de Alckmin do Governo do Estado, Márcio França nomeou o ex-reitor Secretário de Saúde.

Quando reitor, a gestão de Zago foi marcada pela ampliação do controle privado das unidades de saúde, pelo arrocho salarial e demissões em massa dos servidores públicos (são 406 trabalhadores a menos desde 2013) e pelo desinvestimento em material e tecnologia para o hospital.

Diante dessa situação, o coletivo de moradores Butantã na Luta e o DCE Livre da USP entregaram um abaixo-assinado com 44 mil assinaturas ao Ministério Público Estadual e à Assembleia Legislativa de SP (Alesp) pedindo o funcionamento pleno do HU. A reivindicação era pela implementação da emenda de 48 milhões destinada ao hospital aprovada pela articulação dos mesmos grupos no final de 2017. Porém, o relator da emenda parlamentar, Marco Vinholi (PSDB-SP), errou ao publicar a lei orçamentária de 2018 colocando a atribuição da verba para custeio, o que não responde à demanda pela contratação de pessoal, levantando suspeitas de que o fez para tornar mais moroso o processo necessário para que o hospital volte a seu funcionamento pleno. O atual reitor, Vahan Agopyan, chegou a ser convocado na Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação da ALESP para prestar esclarecimentos sobre a aplicação de verbas no HU.

Diante da omissão da reitoria e de Vinholi, os estudantes e moradores da região acamparam, com dezenas de barracas, por três dias em frente ao Hospital Universitário para exigir a aplicação imediata dos 48 milhões. O movimento recebeu apoio de parlamentares e professores e promoveu uma programação completa de conscientização a respeito do papel do HU e do desmonte que o mesmo vem sofrendo.

A mobilização da comunidade universitária se mostra imprescindível para a garantia da sobrevivência do hospital e, portando, das milhares de pessoas que necessitam de atendimento do mesmo. A defesa do Hospital Universitário é essencial para garantir a potencialidade do tripé constituinte da universidade pública e, sobretudo, a defesa intransigente da saúde pública e de qualidade, elemento fundamental para a consolidação de uma sociedade democrática.

*Bianca Borges é estudante de Direito da USP, diretora do DCE Livre da USP e vice UNE do Estado de São Paulo

CPC/RN TERÁ AUDIÊNCIAS E REUNIÕES EM NATAL AMANHÃ, CONFIRAM A AGENDA! A CERN E O IFRN EM PAUTA!

Foto da última reunião: Reitor do IFRN, WYLLYS AEL FARKATT TABOSA e Eduardo Vasconcelos - CPC/RN

Amanhã (01), Eduardo Vasconcelos, presidente do CPC/RN, estará em Natal mantendo contatos com entidades sindicais e instituições de ensino, entre elas o IFRN, onde na parte da tarde será recebido em audiência pelo Reitor, Wyllys Tabosa, com pautas voltadas para as ações do CPC/RN e do apoio solidário aos residentes da CERN (Casa do Estudante do Rio Grande do Norte).

Eduardo, adianta que o objetivo da audiência com o reitor é administrativa.

Antes da referida audiência, Eduardo terá outras reuniões, inclusive com representantes da UEE/RN e DCEs, cuja pauta será a Intervenção da CERN. Quanto a CERN, Eduardo adianta, que procurará os Poderes Legislativo e Judiciário na tentativa de buscar solidariedade de ambas instituições a luta da CERN.

"É de fundamental importância a solidariedade destas duas instituições, haja vista a necessidade de preservar e fortalecer a CERN, não por causa de algum incidente ou mesmo "irregularidades", a mesma venha a ser extinta.

Por isso que as entidades de classes aguardam uma audiência com o MP/RN para juntos procurarem soluções para que nenhum prejuízo possa vir acontecer com a CERN. A CERN É LUTA, É HISTÓRIA, É GLÓRIA, É MAIOR DO QUE OS INTERESSES INDIVIDUAIS!

Lembrando que muitos, juízes, promotores, políticos, profissionais, advogados, entre outros passaram uma parte da sua vida na CERN.

Im' memória: Essa luta incorpora as lutas do saudoso, EMANUEL BEZERRA, um estudante que tanto lutou pela CERN e pelo BRASIL!

"Vamos acreditar que uma nova mudança em breve vai acontecer!"
DESISTIR JAMAIS!!!

sábado, 29 de setembro de 2018

As raízes do ódio fascista no Brasil

Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:

Momento de exacerbação de ódio, como o que vivemos no Brasil, não pode ser compreendido senão circunscrevendo-o ao quadro mundial. Eu me lembro, quando clandestino e militante da organização revolucionária Ação Popular, que qualquer análise de conjuntura começava pela situação internacional. Talvez devêssemos retomar isso, por essencial. Sapo não pula por boniteza, mas por necessidade. Há ódio espalhado pelo mundo, incluído nos países capitalistas centrais. Não me anima a ideia da simplificação, como se esse sentimento brotasse espontaneamente, nem que pudéssemos aplacá-lo com quaisquer cantilenas românticas, linha paz e amor, ou com apelo a religiões, até porque há algumas crenças que terminam por incentivar o ódio, como se com isso purgassem os pecados do mundo. O buraco é mais embaixo.

Poderíamos, preguiçosamente, resolver isso com uma frase: esse ódio decorre da luta de classes. Não estaríamos inteiramente errados, mas falta muito para que isso possa diagnosticar o mal. Temos que cavar mais fundo ainda. Descobrir qual essa luta de classes, qual o quadro em que ela se dá. Jabuti não sobe em árvore. Encontrando-o lá, pode saber: alguém o colocou lá em cima.
Ninguém nasce odiando, desculpem o lugar-comum.
O ódio é da cultura, é construído. Assim como o racismo, a xenofobia, o machismo, a legebetefobia, a misoginia, como todos os preconceitos.
Mas cada momento reclama uma explicação.
Não queimam as mulheres em praça pública, como na Inquisição, mas elas continuam a ser mortas, agredidas, espancadas pelos homens com os quais vivem – quase os chamei companheiros, e recuei. Homossexuais são mortos a torto e a direito. Negros jovens pobres são assassinados diariamente. Imigrantes são violentamente atacados em todas as partes do mundo quando não sucumbem afogados na vastidão dos mares.
E não se fale apenas do Brasil, não obstante aqui tudo seja muito grave. O ódio dos dias atuais decorre de um quadro de afirmação do neoliberalismo, no qual desde o final dos anos 70 e início dos 80 do século passado, quando elevou-se o primado da concorrência, do absoluto poder do mercado, e, como consequência, e quase imperceptivelmente, consagrou-se que devesse o mundo reger-se pela concorrência mortal entre as pessoas. Como diriam Pierre Dardot e Christian Lavan, em A Nova Razão do Mundo, as formas de gestão na empresa, o desemprego e a precariedade, a dívida e a avaliação tornam-se poderosas alavancas da concorrência entre as pessoas e definem novos modos de existência, de se colocar no mundo, novos modos de subjetivação. O neoliberalismo tende não apenas a organizar a ação dos governantes, mas também a própria conduta dos governados, e nas últimas quase quatro décadas tem conseguido isso, majoritariamente.
A polarização entre os que desistem de procurar um emprego e os que são bem-sucedidos solapa, mina a solidariedade e a cidadania, estimula a disputa e alimenta o ódio. Ao invés de olhar para o sistema, para essa fase e essa face perversa do capitalismo, para os opressores, os excluídos miram aqueles que souberam “vencer na vida”. E os que foram vitoriosos dirigem sua raiva para os que eventualmente podem deslocá-lo dos postos que alcançaram por seus “próprios méritos”. Os dois autores, cujo livro recomendo entusiasmado, dizem, e isso é fundamental, que não se deve ignorar tais mutações na subjetividade, provocadas pelo neoliberalismo. Operam no sentido do egoísmo social, e esse egoísmo leva ao ódio e podem contribuir para desembocar em movimentos reacionários ou neofascistas.
Essa marcha batida do neoliberalismo ganhou força com Margareth Thatcher e Ronald Reagan, se não quisermos recuar ao Chile de Pinochet, primeiro laboratório desse novo modo de existir do capitalismo. De lá para cá, as novas forças motrizes se puseram em movimento, assim como suas agências ideológicas, extremamente ativas na disseminação das novas culturas da concorrência, do mercado, do empreendedorismo – é, o chamado empreendedorismo está presente na raiz da formulação teórica neoliberal. Cada um é sua própria empresa, seja num pequeno negócio organizado, seja vendendo pano de chão na rua. O centro de tudo é o indivíduo, que deve lutar contra tudo e contra todos para se afirmar. Odiar o outro é essencial para obter sucesso, para deslocar o outro, derrotá-lo.
O Brasil, desde há muito, é sociedade capitalista complexa, com todas suas contradições. Enfrenta hoje, como o resto do mundo, uma violenta mutação em sua estrutura de classes, particularmente da classe trabalhadora. Lembro de um livro de André Gorz, denominado Adeus ao Proletariado, em que ele antecipa o fim das concentrações fabris, que significa uma espécie de dobre de finados da classe operária tal e qual a compreendíamos desde sempre. Esse dia está chegando. Ou já chegou. É outra classe trabalhadora: dispersa, horizontalizada, profundamente precarizada, trabalhando dia sim, dia não, semana sim, semana não, à margem de consagrados direitos, retirados agora com virulência, pronta a receber a ideia de que cada um deve cuidar de si, utilizar-se de sua capacidade para derrotar o outro, e esse outro pode ser tão pobre quanto ele. Os sindicatos terão que lidar com isso. E estão atrasados, perdidos às vezes em seus dilemas corporativistas, agarrados ao passado.
Carregamos uma herança ancestral poderosa – os quase 400 anos de escravidão. Nenhum país passa impune por mais de três séculos de subjugação, de violência, genocídio contra povos negros, trazidos a ferro desde a África. Isso criou uma mentalidade fortíssima em nossas classes dominantes, difícil de ser combatida. O ódio aos pobres vem daí. E tanto mais ele cresce se há políticas destinadas a enfrentar a desigualdade. O golpe de abril de 2016 tem essa origem, entre outras. Não se aceitou que pudessem os miseráveis, os sem renda, os negros pobres, pobres do campo ou da cidade, pudessem ter uma renda, ínfima que fosse, para sobreviver, comer, vestir-se, e isso aconteceu com algo em torno de 36 milhões de pessoas. O fascismo cresce quando os pobres ascendem. Foi assim no mundo, não é diferente no Brasil. As camadas médias, ao menos a parte inconformada com essa ascensão, odeiam os pobres, odeiam de verdade, um sentimento que cresce, ferve na alma e se expressa quando as condições políticas permitem. E tais condições foram criadas.
No Brasil, a mídia é um partido político. Tem posição. É profundamente conservadora. Não só participou de todos os golpes, como desde sempre trabalha cotidianamente na disseminação de preconceitos, no fortalecimento da ideologia individualista, da meritocracia, e do Estado forte na defesa hoje do capital financeiro. Estado mínimo é para os pobres – estes devem ficar ao deus-dará, que se virem, e palmas para os que se salvarem com seus méritos próprios. A mídia e as igrejas e o sistema de ensino superior majoritariamente privado, um ensino médio precário, público ou particular, criam as condições na mente da pessoa para desenvolver o ódio, à medida que fortalecem as ideias básicas da concorrência e da lógica e o predomínio implacável do mercado, do individualismo. É tempo de murici, cada um cuide de si.
O ódio e seu regime político correlato só podem ser combatidos com a política. Quando o ódio cresce, avoluma-se também a criminalização da política, e surgem lideranças capazes de expressar esse sentimento tão próprio do fascismo, o ódio aos diferentes, o ódio de classe, aí sim. Será a luta que irá derrotá-lo. A luta mais imediata, que está aí à nossa frente, e que não cabe recusá-la, só cabe enfrentar. E a luta de longo prazo, que enfrente desde hoje a chamada nova razão do mundo, mercado e concorrência, e que vá colocando em seu lugar ideias de uma humanidade comum, solidária, em que os trabalhadores e trabalhadoras voltem a se dar as mãos na construção do mundo. Não vamos chegar a isso sem luta, sem indignação com a miséria. Mas podemos caminhar firmes e sem ódio. Fazendo política, única possibilidade de triunfo da civilização. Fazer a cada dia a luta política, ideológica, cultural, conscientemente. A história não existe senão pela ação dos homens e mulheres, não faz nada senão por eles. Mãos à obra.
* Emiliano José é jornalista e escritor, autor de Lamarca: O Capitão da Guerrilha com Oldack de Miranda, Carlos Marighella: O Inimigo Número Um da Ditadura Militar, Waldir Pires – Biografia (v. I), entre outros.

Brasil #EleNão, mulheres contra o fascismo

Usando a melodia da canção italiana que simboliza a repulsa mundial contra o fascismo – Bella Ciao – o vídeo com o qual a União Brasileira de Mulheres convoca o grande ato das mulheres deste sábado (29), em defesa da democracia proclama: “Vamos à luta / pra derrotar / o ódio e pregar o amor”.


As mulheres compõem mais da metade da população brasileira – segundo o último censo (2010), são 51%. Elas são também mais da metade do eleitorado (52%). Têm forte presença na força de trabalho do país (44% em 2016), sendo que elas são as mais afligidas pelo desemprego, que atinge mais da metade delas (54%). As mulheres chefiam também um número cada vez maior de famílias (40% em 2015, ou 28,9 milhões de lares).

Mesmo assim a presença feminina nos órgãos de poder e decisão na sociedade ainda é muito pequena, deixando o Brasil num vexatório 115º lugar a nível mundial. Um exemplo desta sub-representação política pode ser visto no baixo número de deputadas que existe entre os 513 membros da Câmara dos Deputados – elas são apenas 54 (10,5%) naquele ambiente onde predominam os homens.

A luta pela emancipação das mulheres, contra a desigualdade, o preconceito e a violência vem crescendo no Brasil, e se acelerou durante os governos Lula e Dilma (2003/2016). É ela que os setores reacionários, simbolizados pela candidatura fascista de Jair Bolsonaro, não aceitam. O candidato da direita se vangloria de, enquanto deputado federal, ter sido o único a votar contra o projeto de lei que estende às domésticas o cumprimento da legislação trabalhista. 

Entre os absurdos que Bolsonaro já declarou sobre as mulheres, um dos mais graves diz: “Mulher deve ganhar salário menor porque engravida” – isto é, para ele este é um grave defeito da condição feminina e de mãe, que ele ataca sem pudor. Na mesma linha, seu vice Hamilton Mourão afirmou que famílias onde não há pai ou avô, ou seja, são dirigidas por mães ou avós, são “fábricas de desajustados”.

As mulheres brasileiras dão corpo e vida a seu movimento que começou no meio eletrônico da internet e em pouquíssimo tempo angariou milhões de aderentes, e agora ocupa as ruas.

Faz tempo que as mulheres lutam pela democracia, contra o autoritarismo e o fascismo. Construíram uma extensa tradição que agora reiteram, “por um Brasil sem fascismo e sem horror”, como diz a canção no vídeo das mulheres.

As mulheres e os democratas e progressistas que aderiram a seu movimento antifascista não aceitam os preconceitos machistas, racistas, homofóbicos e contra os pobres em geral. Rejeitam o programa elitista, que favorece a especulação financeira e despreza direitos dos(as) trabalhadores(as) e do povo (como o fim do 13º salário, pretensão anunciada pelo companheiro de chapa de Bolsonaro). Repudiam também ações violentas dos partidários do candidato fascista que, como autêntica milícia de arruaceiros fascistas, invadiu a página no Facebook do movimento Mulheres contra Bolsonaro, além de emboscar e agredir a socos e coronhada, no Rio de Janeiro, uma das organizadoras do #elenão.

É com este espírito de amor pelos brasileiros e rejeição ao ódio, truculência e autoritarismo, que as ruas das cidades brasileiras – e no mundo – serão ocupadas nesse sábado, sob um brado uníssono: ele não!

As mulheres que já realizam muito à construção do Brasil, agora, quando a Nação se vê ameaçada pelo fascismo, assumem a vanguarda em defesa da democracia. 

A decisão correta é segui-las! Marchar lado a lado com elas, #elenão.

A experiencia do ancião e a valorização da tradição na literatura africana


As civilizações africanas, no Saara e ao sul do deserto, eram em grande parte civilizações da palavra falada, mesmo onde existia a escrita, como na África ocidental a partir do século XVI, pois muito poucas pessoas sabiam escrever, ficando a escrita muitas vezes relegada a um plano secundário em relação às preocupações essenciais da sociedade. Seria um erro reduzir a civilização da palavra falada simplesmente a uma negativa, "ausência do escrever", e perpetuar o desdém inato dos letrados pelos iletrados, que encontramos em tantos ditados, como no provérbio chinês: "A tinta mais fraca é preferível à mais forte palavra". Isso demonstraria uma total ignorância da natureza dessas civilizações orais. Como disse um estudante iniciado em uma tradição esotérica: "O poder da palavra é terrível. Ela nos une, e a revelação do segredo nos destrói" (através da destruição da identidade da sociedade, pois a palavra destrói o segredo comum).

A civilização oral

Um estudioso que trabalha com tradições orais deve compenetrar-se da atitude de uma civilização oral em relação ao discurso, atitude essa, totalmente diferente da de uma civilização onde a escrita registrou todas as mensagens importantes. Uma sociedade oral reconhece a fala não apenas como um meio de comunicação diária, mas também como um meio de preservação da sabedoria dos ancestrais, venerada no que poderíamos chamar elocuções-chave, Isto é, a tradição oral. A tradição pode ser definida, de fato, como um testemunho transmitido verbalmente de uma geração para outra. Quase em toda parte, a palavra tem um poder misterioso, pois palavras criam coisas. Isso, pelo menos, é o que prevalece na maioria das civilizações africanas. Os Dogon sem dúvida expressaram esse nominalismo da forma mais evidente; nos rituais constatamos em toda parte que o nome é a coisa, e que "dizer" é "fazer".

A oralidade é uma atitude diante da realidade e não a ausência de uma habilidade. As tradições desconcertam o historiador contemporâneo - imerso em tão grande número de evidências escritas, vendo-se obrigado, por isso, a desenvolver técnicas de leitura rápida - pelo simples fato de bastar à compreensão a repetição dos mesmos dados em diversas mensagens. As tradições requerem um retorno contínuo à fonte. Fu Kiau, do Zaire, diz, com razão, que é ingenuidade ler um texto oral uma ou duas vezes e supor que já o compreendemos. Ele deve ser escutado, decorado, digerido internamente, como um poema, e cuidadosamente examinado para que se possam apreender seus muitos significados - ao menos no caso de se tratar de uma elocução importante. O historiador deve, portanto, aprender a trabalhar mais lentamente, é refletir, para embrenhar-se numa representação coletiva, já que o corpus da tradição é a memória coletiva de uma sociedade que se explica a si mesma. Muitos estudiosos africanos, como Amadou Hampâté-Ba ou Boubou Hama, muito eloqüentemente têm expressado esse mesmo raciocínio. O historiador deve iniciar-se, primeiramente, nos modos de pensar da sociedade oral, antes de interpretar suas tradições.

A natureza da tradição oral
A tradição oral foi definida como um testemunho transmitido oralmente de uma geração à outra. Suas características particulares são o verbalismo e sua maneira de transmissão, na qual difere das fontes escritas. Devido à sua complexidade, não é fácil encontrar uma definição para tradição oral que dê conta de todos os seus aspectos. Um documento escrito é um objeto: um manuscrito. Mas um documento oral pode ser definido de diversas maneiras, pois um indivíduo pode interromper seu testemunho, corrigir-se, recomeçar, etc. Uma definição um pouco arbitrária de um testemunho poderia, portanto, ser: todas as declarações feitas por uma pessoa sobre uma mesma seqüência de acontecimentos passados, contanto que a pessoa não tenha adquirido novas informações entre as diversas declarações. Porque, nesse último caso, a transmissão seria alterada e estaríamos diante de uma nova tradição.

Algumas pessoas, em particular especialistas como os griots, conhecem tradições relativas a toda uma série de diferentes eventos. Houve casos de uma pessoa recitar duas tradições diferentes para relatar o mesmo processo histórico. Informantes de Ruanda relataram duas versões de uma tradição sobre os Tutsi e os Hutu: uma, segundo a qual, o primeiro Tutsi caiu do céu e encontrou o Hutu na terra; e outra, segundo a qual Tutsi e Hutu eram irmãos. Duas tradições completamente diferentes, um mesmo informante e um mesmo assunto! É por isso que se inclui "uma mesma seqüência de acontecimentos" na definição de um testemunho. Enfim, todos conhecem o caso do informante local que conta uma história compósita, elaborada a partir das diferentes tradições que ele conhece.

Uma tradição é uma mensagem transmitida de uma geração para a seguinte. Mas nem toda informação verbal é uma tradição. Inicialmente, distinguimos o testemunho ocular, que é de grande valor, por se tratar de uma fonte "imediata", não transmitida, de modo que os riscos de distorção do conteúdo são mínimos. Aliás, toda tradição oral legítima deveria, na realidade, fundar-se no relato de um testemunho ocular. O boato deve ser excluído, pois, embora certamente transmita uma mensagem,


é resultado, por definição, do ouvir dizer. Ao fim, ele se toma tão distorcido que só pode ter valor como expressão da reação popular diante de um determinado acontecimento, podendo, no entanto, também dar origem a uma tradição, quando é repetido por gerações posteriores. Resta, por fim, a tradição propriamente dita, que transmite evidências para as gerações futuras.

A origem das tradições pode, portanto, repousar num testemunho ocular, num boato ou numa nova criação baseada em diferentes textos orais existentes, combinados e adaptados para criar uma nova mensagem. Mas somente as tradições baseadas em narrativas de testemunhos oculares são realmente válidas, o que os historiadores do Islã compreenderam muito bem. Desenvolveram uma complicada técnica para determinar o valor dos diferentes Hadiths, ou tradições que se pretendiam palavras do Profeta, recolhidas por seus companheiros. Com o tempo, o número de Hadiths tomou-se muito grande, e foi necessário eliminar aqueles para os quais a cadeia de informantes (lsnad) que ligava o erudito que as havia registrado por escrito a um dos companheiros do Profeta não podia ser estabelecida. Para cada ligação, o cronista islâmico determinava critérios de probabilidade e credibilidade idênticos aos empregados na crítica histórica atual. Poderia a testemunha intermediária conhecer a tradição? Poderia compreendê-la? Era seu interesse distorcê-la? Poderia tê-la transmitido? E, se fosse o caso, quando, como e onde?

Notaremos que a definição de tradições apresentada aqui não implica nenhuma limitação, a não ser o verbalismo e a transmissão oral. Inclui, por- tanto, não apenas depoimentos como as crônicas orais de um reino ou as genealogias de uma sociedade segmentária, que conscientemente pretenderam descrever acontecimentos passados, mas também toda uma literatura oral que fornecerá detalhes sobre o passado, muito valiosos por se tratar de testemunhos inconscientes, e, além do mais, fonte importante para a história das idéias, dos valores e da habilidade oral.

As tradições são também obras literárias e deveriam ser estudadas como tal, assim como é necessário estudar o meio social que as cria e transmite e a visão de mundo que sustenta o conteúdo de qualquer expressão de uma determinada cultura. f:. por isso que nas seções seguintes trataremos respectivamente da crítica literária e da questão do ambiente social e cultural, antes de passarmos ao problema cronológico e à avaliação geral das tradições.


A tradição como obra literária
Numa sociedade oral, a maioria das obras literárias são tradições, e todas as tradições conscientes são elocuções orais. Como em todas elocuções, a forma e os critérios literários influenciam o conteúdo da mensagem. Essa é a principal razão das tradições serem colocadas no quadro geral de um estudo de estruturas literárias e serem avaliadas criticamente como tal.
Um primeiro problema é o da forma da mensagem. Há quatro formas básicas, resultantes de uma combinação prática de dois conjuntos de princípios. Em alguns casos, as palavras são decoradas, em outros, a escolha é entregue ao artista. Em alguns casos, uma série de regras formais especiais são sobrepostas à gramática da língua comum, em outros, não existe tal sistema de convenções.

Um afro abraço.
Claudia Vitalino.
Fonte:http://afrologia.blogspot.com.

Marta a mulher negra 6 vezes fez história nos esportes do Brasil


Marta, a maior do futebol

Primeira mulher e negra – ou primeira negra e mulher – a jogar uma partida internacional de futebol masculino. Primeira jogadora de futebol feminino nacional. Embaixadora da Boa Vontade, eleita pela 

Organização das Nações Unidas. Bola de Ouro e Chuteira de Ouro, pela Fifa, a melhor jogadora do mundo por cinco anos seguidos, entre 2006 e 2010, um recorde entre mulheres e homens. Maior Artilheira da História da Seleção Brasileira, masculina e feminina. Supera Édson Arantes do Nascimento, o Pelé, em número de gols com a camisa da Seleção Brasileira: 117 contra 95. Maior artilheira da história das Copas do Mundo de Futebol Feminino, com 15 gols em quatro competições. Uma entre os 100 brasileiros e brasileiras mais influentes do ano de 2009, segundo a revista Época.

A artilheira dos gols não contabilizados...

Marta já foi escolhida como melhor futebolista do mundo por seis vezes, sendo cinco de forma consecutiva. Um recorde entre mulheres e homens. Foi considerada pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009 Em 2015, ela se tornou a Maior Artilheira da História das Copas do Mundo de Futebol Feminino, com 15 gols, e também se tornou a Maior Artilheira da História da Seleção Brasileira (contando a Masculina e a Feminina) com 101 gols. É considerada a maior futebolista de todos os tempos.

Após grandes exibições recentes e, principalmente, nos Jogos Pan-americanos de 2007, a alagoana declarou que se emocionou ao saber que o rei do futebol acompanhou os jogos da seleção feminina.

Marta iniciou a carreira profissional no Vasco da Gama em 2000 aos 14 anos. Após três anos no time cruzmaltino, foi emprestada ao time mineiro Santa Cruz, onde jogaria por mais duas temporadas, antes de ser negociada pelo time carioca, para defender o Umeå IK, da Suécia. Por este clube, tornou-se muito mais conhecida na Europa e foi se destacando cada vez mais, até ser considerada a melhor jogadora do mundo.

Seleção brasileira - Conquistou, com a Seleção, a medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos de 2003 e 2007, liderando a artilharia da competição com 12 gols nestes últimos. Foi ainda medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 2004 e 2008.

Em 27 de setembro de 2007, durante a partida de semifinal na Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2007, realizada na China, contra os EUA, marcou o gol mais bonito da competição e, para alguns, o gol mais bonito marcado durante toda a existência deste torneio e ajudou o Brasil a chegar pela primeira vez em sua história à final dessa competição. O Brasil ficou em 2º lugar e Marta foi escolhida a melhor jogadora da Copa, recebendo o prêmio Bola de Ouro e também foi a artilheira da competição com 7 gols.

Em 2015, Marta se tornou a maior artilheira da história da Copa do Mundo de futebol feminino, com 15 gols.

Mesmo ano em que se tornou a maior artilheira da seleção brasileira completando 117 gols. Ela superou Pelé que tem 95 gols marcados com a camisa da seleção.


Recorde -Na partida em que bateu o recorde de Pelé em número de gols com a camisa de Seleção Brasileira, em 9 de dezembro de 2015, a atacante marcou nada menos que cinco dos 11 gols da equipe, e da partida, no massacre sobre Trinidad e Tobago, na Arena das Dunas, em Natal RN), durante o Torneio Internacional de Futebol Feminino. Na época, ela declarou: "Estou feliz pelos gols, pelo recorde”, em entrevista à TV Bandeirantes. Naquele dia, o placar foi: 98 Marta x 95 Pele. Mas a jogadora continua na ativa e a distância não pára de crescer.


Marta é eleita a melhor jogadora do mundo da FIFA pela sexta vez

A brasileira Marta venceu nesta segunda-feira, em Londres, o Prêmio FIFA - The Best 2018 como melhor jogadora da última temporada, chegando a seis conquistas individuais (2006, 2007, 2008, 2009, 2010 e 2018) da entidade máxima do futebol. Entre os homens, o croata Luka Modric ficou com o prêmio de melhor jogador; Didier Deschamps, da seleção francesa, foi o melhor treinador, enquanto Salah ficou com Puskás Award, que homenageia o gol mais bonito do ano. A eleição do gol 


foi popular, enquanto as outras foram entre jogadores, treinadores e jornalistas de todo o mundo.Oito anos após vencer pela última vez, Marta, que tem 32 anos e defende atualmente o Orlando Pride, equipe norte-americana, se torna a maior vencedora de prêmios individuais da FIFA com os seis troféus. Além dos títulos, a capitã da seleção brasileira também ficou entre as três primeiras em 2011, 2012, 2013, 2014 e 2016

Atualmente, Marta joga pelo Orlando Pride, dos Estados Unidos.


Parabens Mata.

Um afro abraço.
Claudia Vitalino.

Fonte: CARTA CAPITAL