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quinta-feira, 12 de outubro de 2017

28 frases de Verissimo sobre o Brasil num novo livro que mostra seu gênio. Por Celso Vicenzi

Verissimo (Foto: Igor Sperotto)
POR CELSO VICENZI, jornalista
Por trás do olhar doce de menino que nunca envelheceu, Luis Fernando Verissimo tem se revelado um observador incisivo e crítico contumaz da mediocridade e dos desmandos que aqui continuam a reinar mesmo depois de extinta a monarquia.
Criador de personagens que entraram para a história, como a Velhinha de Taubaté, o detetive Ed Mort e o Analista de Bagé, é autor de dezenas de livros que desnudam a alma brasileira e transformam os mais áridos temas em motivo de humor e fina ironia. Afinal, no Brasil, tudo acaba em tragicomédia, na vida pública ou privada.
Marcelo Dunlop, que desde os 10 anos coleciona crônicas desse portoalegrense e brasileiro que é internacional até na paixão pelo futebol, reuniu centenas delas, organizadas por verbetes em ordem alfabética, de A a Z, de Abacaxi a Zodíaco, no livro “Ver!ssimas – frases, reflexões e sacadas sobre quase tudo”, da editora Objetiva.
Sobre quase tudo que vem acontecendo no Brasil, principalmente. Verissimo e suas Ver!ssimas são a mais elegante tradução de um país que está perdendo a elegância e o bom humor.
ANTECEDENTES
A corrupção é muito antiga no Brasil. As contas que o Cabral trocou com os índios já não fechavam.

BRASIL
No Brasil o fundo do poço é apenas uma etapa.

CLASSES
O Brasil é formado por uma classe dominante e uma classe ludibriada.

CONSTITUIÇÃO
Nossa Constituição é como “A Voz do Brasil”: a maioria não liga.

CORRUPTORES
Brasil, esse estranho país de corruptos sem corruptores.

DEMOCRACIA
Toda a história da democracia no Brasil é a história da educação da nossa elite na arte de não mudar nada, ou só mudar o suficiente para não perder o controle.

ELITES
O Brasil é governado por minoria esmagadora.

EXPLICAÇÕES
O político brasileiro, uma vez eleito, se sente a salvo em outro país, o Brasil oficial, que não deve nada ao Brasil de verdade, muito menos explicações.

FALCATRUAS
Nossa alma amazônica não se satisfaz com pequenas falcatruas, queremos pororocas de sujeira, dilúvios de canalhice.

GENERAIS
Há algumas décadas instituímos no país a democracia condicional. Qualquer um podia ser presidente da República, desde que tivesse quatro estrelas. O que restringia a escolha a generais e hotéis.

HIPOCRISIA
No Brasil parece não haver escolha entre ser bobo e ser cínico.

IDEOLOGIAS
É só você decidir se é de meia esquerda, um quarto de esquerda, três quartos de esquerda, direita dissimulada, direita responsável ou direita Gengis Khan, e há um partido pronto para você no Brasil.

IGUALDADE
Todo brasileiro é igual perante a lei, contanto que não seja pé de chinelo, porque aí é culpado mesmo.

IMPREVISÍVEL
O Brasil não é mais um país imprevisível. É um país tristemente previsível.

INDEPENDÊNCIA
Todos deviam ser donos do seu nariz, mas infelizmente isto não acontece. Num país como o Brasil o sonho do nariz próprio continua inalcançável para a maioria.

INTRIGA
A intriga é a única indústria de Brasília.

JEITINHO
Nós brasileiros somos, paradoxalmente, a raça do jeito pra tudo e a raça que não tem jeito mesmo.

JORNAL
Às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data.

MEMÓRIA
Até hoje, ninguém que confiou na falta de memória do Brasil se arrependeu.

MUDANÇAS
As nossas elites não mudaram muito desde dom João VI. Vamos lhes dar mais um pouco de tempo.

NOTÍCIAS
Um dia é da notícia, o outro é do desmentido.

OURO
Numa hipotética modalidade de corrupção sem barreiras, o Brasil levaria o ouro, a prata e o bronze – para a Suíça.

PACIÊNCIA
No Brasil, as classes inferiores cumprem seu papel e dão às elites repetidos exemplos de bom senso, honestidade e, principalmente, contenção e paciência. Quando a paciência acaba – como na questão das invasões de terra –, não falta quem se sinta ultrajado, como se os pobres estivessem, irresponsavelmente, esquecendo as regras da etiqueta.

PARTIDOS
Houve um tempo em que três letras definiam um homem. Alguém dizia “Eu sou PTB” e você sabia com quem estava falando. “Eu sou UDN”. Você sabia com quem estava falando. E saía de perto. Hoje trocam de partido, fazem alianças estranhas… Conseguiram que as letras não signifiquem mais nada. Uns FDP.

PMDB
O partido que transformou “heterogeneidade” em palavrão.

PRIVILÉGIOS
Confundir ordem e normalidade com seus próprios privilégios é um velho hábito de qualquer casta dominante.

SALVADORES DA PÁTRIA
Do próximo que se apresentar como nosso salvador, vamos exigir prova de mãe virgem e no mínimo três milagres – em cartório!

TAXISTAS
O Brasil vai mal porque as únicas pessoas que sabem como governá-lo estão dirigindo táxis, em vez de no governo. Os motoristas de táxi  têm a solução para todos os problemas do país ou – dependendo do tamanho da corrida – do mundo. Um dia, quando estivermos na iminência do caos terminal (pode ser amanhã), uma revolução popular colocará os homens certos nos lugares certos. Os motoristas de táxi, os dentistas e os barbeiros assumirão o poder, colocarão em prática suas teorias e resolverão todos os nossos problemas.

Ver!ssimas frases, reflexões e sacadas sobre quase tudo / Luis Fernando Verissimo : organização Marcelo Dunlop : seleção de ilustrações Fernanda Verissimo e Fraga – 1ª ed. – Rio de Janeiro : Editora Objetiva. 2016.
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POLÍTICA - Nunca um governo tomou tanto
 de quem não tem nada. Por Wadih Damous

Por
 Diario do Centro do Mundo

A frase-título desse artigo foi proferida por uma faxineira desempregada brasileira ouvida em uma reportagem do jornal francês Libération sobre os estragos sociais causados pelo ultraneoliberalismo pós-golpe no Brasil, citada pela revista CartaCapital desta semana.
Ela, a exemplo de dezenas de milhões de mulheres e homens espalhados Brasil afora, diz sentir saudades de Lula. A desgraça dos barões da mídia, do mercado financeiro e das grandes corporações capitalistas que sustentam Temer é que o povo tem discernimento. O sofrimento atroz que lhe é imposto hoje remete a um passado recente, no qual ele tinha dignidade, emprego e aumento real do salário mínimo todos os anos.

É por isso que Lula acende a esperança no coração justamente dos que mais precisam do Estado, embora o ex-presidente tenha larga aceitação também na banda progressista dos estratos médios da sociedade. Em que pese se constitua num fenômeno político intrincado e complexo, a teimosa liderança de Lula em todas as pesquisas, a despeito do massacre midiático diário que sofre, tem a ver também com o dia a dia do povo, com sua realidade cotidiana.

Basta uma caminhada pelos centros urbanos do país para se obter um retrato em preto e branco da deterioração das condições de vida dos integrantes da parte baixa da pirâmide social. O aumento da pobreza e da miséria salta aos olhos ante o número de moradores de rua, de pedintes, de vendedores ambulantes e de pessoas que simplesmente perambulam pelas ruas tomadas pelo desalento.
E, enquanto o regime democrático não for reconquistado e um referendo revocatório convocado para anular de fio a pavio a obra antipopular e antinacional dos golpistas, a tendência desse cenário é piorar. Sim porque a partir de 1º de novembro entra em vigor a reforma trabalhista, que liquidou mais de 100 artigos da CLT e provocará mais empobrecimento.
A volta do país ao mapa da fome é tida como certa, depois de ter saído em 2014. Os pobres estão sendo arrancados a fórceps do orçamento. A aprovação da PEC 55, que congelou por 20 anos os gastos sociais, a reforma trabalhista, a forte ameaça da reforma da previdência, os cortes no Bolsa Família e no Mais Médicos, o fim do programa Farmácia Popular, da política de valorização do salário mínimo, a venda a preço de banana de estatais estratégicas, a redução do investimento público a patamares alarmantes e a  destruição pela Lava Jato do setor de petróleo e gás traçam um horizonte sombrio marcada pela penalização dos menos favorecidos.
Os 13 milhões de desempregados e os índices de violência na estratosfera completam o quadro tenebroso. Levantamentos recentes indicam que uma quantidade considerável da população sairia do país caso tivesse condições. No Rio, 78% dos cariocas, por temerem a violência, pensam em se mudar do estado.
Contudo, os governos de Lula e Dilma mostraram que esse país pode dar certo. O Brasil virou centro das atenções mundiais, visto como um país que superava suas dificuldades e seguia um caminho de prosperidade .A autoestima das pessoas estava elevada, havia otimismo em relação ao presente e fé no futuro. O desânimo, portanto, é um péssimo conselheiro. Mas a mobilização popular e a luta são as condições essenciais para que tenhamos o nosso Brasil de volta.
.x.x.x.
Wadih Damous – deputado federal e ex-presidente da OAB
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‘Rá-Tim-Bum, o Castelo’ fica até fevereiro no Memorial

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Ingressos para a terceira temporada começam a ser vendidos na terça, dia 26/9, em www.ratimbumocastelo.com.br e na bilheteria do Memorial
Sucesso e líder de público no Brasil em 2017, a exposição ”Rá-Tim-Bum, O Castelo” foi novamente prorrogada e poderá ser visitada até o dia 4 de fevereiro de 2018. O projeto é uma realização da Fundação Memorial da América Latina e do Governo do Estado de São Paulo, em parceria com a TV Cultura e a Caselúdico.
“A decisão de prorrogar mais uma vez a exposição – explica Irineu Ferraz, presidente do Memorial da América Latina – levou em conta o grande número de pedidos que chegam todos os dias por nossas redes sociais. A prorrogação também atende aos interesses de muitos fãs do seriado que moram fora da capital e querem aproveitar a semana do Dia das Crianças e as férias escolares do final de ano para vir a São Paulo”.
A terceira temporada chega com uma novidade. Quem conta é o diretor Felipe Pinheiro. “Teremos um novo cenário dentro da exposição: um grande mural para que as pessoas extravasem suas  emoções, deixem seu autógrafo, façam selfies e, assim, eternizem o momento da visita”.
Público – Embora não haja, no Brasil, dados atualizados em relação à frequência de público em eventos artísticos e museológicos, “Rá-Tim-Bum, o Castelo” está entre as mais visitadas do mundo. De 31 de março, quando foi inaugurada, até 30 de setembro – fim da primeira prorrogação – 570 mil pessoas terão visitado a exposição. A este número, somam-se ainda 20 mil visitas com ingressos gratuitos, cedidos para escolas públicas, além de entidades filantrópicas e assistenciais.
De acordo com levantamento feito a partir de informações da revista britânica The Art Newspaper – que mapeia o público de museus -, esses números colocam o projeto entre os top 5 mais visitados em todo o mundo.
Em 2016, o Memorial da América Latina estabeleceu seu recorde histórico de público, com mais de 2,2 milhões de visitantes. Parcela significativa dessa marca coube ao evento em que o Memorial recriou a Vila do Chaves, em parceria com o SBT, visto por mais de 250 mil fãs do seriado mexicano.

Serviço

Rá-Tim-Bum, o Castelo – Terceira Temporada

Data: De 1/10/2017 a 4/2/2018

Visitações: Terça a sexta-feira, das 9h às 21h | sábados, domingos e feriados, das 9h às 22h
Ingressos: R$ 20 (meia-entrada, R$ 10,00)
Bilheterias (Vendas a partir de 26/9): Memorial e www.ratimbumocastelo.com.br
Funcionamento da bilheteria do Memorial: terça a sexta-feira, das 9h às 18h | sábados, domingos e feriados, das 10h às 20h.

Estacionamentos: portões 4, 8 e 15 (pagos)
Recomenda-se transporte público até o Terminal Barra Funda
Acesso: portões 8, 9 e 12
Classificação livre

Tropicália emergiu como voz contra ditadura e ecoa até os dias atuai

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O movimento da Tropicália começou e terminou durante a ditadura, mas sua influência não morreu: seus debates mudaram o rumo da história brasileira
A década de 1960, sobretudo no Brasil, foi um momento histórico decisivo: a ascensão das forças militares ao poder pelo  golpe de 1964 representou a tomada do governo pelos setores conservadores da sociedade. Concomitantemente movimentos sociais eclodiam por todo o mundo reivindicando liberdade e a mudança dos paradigmas capitalistas e imperialistas que eram dominantes. Se por um lado os governos tentavam sufocar e reprimir vozes contrárias, aqueles que lutavam por seus ideais prometiam gritar para serem ouvidos – e no caso da Tropicália cantar, ensurdecer a repressão com suas guitarras distorcidas, desnortear os conservadores com suas roupas absurdas e cabelos volumosos.
Tropicália foi grito de resistência contra ditadura e seus questionamentos perduram até hoje na cultura brasileira

Contra-ataque

Em 1967, apenas três anos após o golpe que retirou João Goulart do poder central do Brasil, emergiu na Bahia o movimento da Tropicália , capitaneado pelos músicos Caetano Veloso , Gilberto Gil, Gal Costa, Nara Leão, Tom Zé e Os Mutantes. Apesar de expressarem sua inconformidade por meio da música , a Tropicália tem um forte componente político intrínseco em sua expressividade, portanto, é impossível dissocia-la do contexto ditadorial da política do Brasil.
Na visão do pesquisador Cláudio Coelho o golpe regido pelas forças de direita representava mais do que apenas o controle político do país, mas toda uma série de outros aspectos que incluíam valores culturais e comportamentais da época que passaram a confluir com os ideais da direita. “[A Tropicália] era uma reação que tinha sim característica política […] mas era também uma reação contra o conservadorismo cultural”, ressalta.
De fato, a forma com que o grupo se posicionava provocou fortes reações naqueles que ocupavam o poder e tornaram-se um dos alvos atingidos pela repressão. Não é acaso que o final da Tropicália coincida com o Ato Institucional número 5 (AI-5), que legalizou a censura e a possibilidade de que qualquer um fosse preso sem que houvesse um habeas corpus . Esse foi o pretexto para que Caetano Veloso e Gilberto Gil fossem presos e em seguida exilados na Inglaterra, sinalizando o fim do movimento. “Foi algo quase suicida, mas foi um ato extremamente corajoso. [Porém] pagaram um preço alto por isso”, reflete Cláudio.

Terra de ninguém

Mesmo sendo clara a filiação do grupo contra a ditadura militar, sua credencial política é algo incerto: ao mesmo tempo em que lutavam contra o regime, não se associavam diretamente às forças de esquerda. Com uma ideologia definida apenas como “vanguardista”, setores da esquerda eram fortes críticos do movimento tropicalista – a historiadora Heloísa Buarque de Hollanda defende essa cisão, pois, de fato, houve reações contrárias ao movimento por parte desse segmento. Nessa perspectiva, eles conseguiam desagradar “gregos e troianos” no Brasil, sendo uma incógnita desse sentido.
Por outro lado, como aponta o pesquisador Cláudio, havia intersecção entre as propostas da esquerda e da Tropicália. “A ideia de guerrilha era muito valorizada inclusive, se não tanto uma guerrilha política, mas talvez uma guerrilha cultural”, explica. A estética absurda e provocativa que adotam era uma espécie de “guerrilha” simbólica para ele, pois gerava estranheza e choques com aquilo que era dominante, assim como a guerrilha política, por trás de suas atitudes havia uma motivação transformadora.

Ponte global

Tropicália virou tema de pesquisas por seu caráter globalizado anos após seu término e é um marco da cultura brasileira
Reprodução

Tropicália virou tema de pesquisas por seu caráter globalizado anos após seu término e é um marco da cultura brasileira
Mesmo sendo visto como um movimento genuinamente brasileiro, a Tropicália tinha grande influencia externa vinda de outros países. Em um artigo, Heloísa Buarque de Hollanda comenta a efervescência cultural do período da década de 60 como um impulso global que esquentou os motores de produções culturais que passaram a questionar políticas dominantes. Foi um momento em que brotavam expressões críticas ao status quo que regia a sociedade ao redor de todo o globo e, nesse sentido, a Tropicália faz parte desse conjunto que ações que promoviam a transformação através de suas atitudes.
Outra questão que, inclusive lhes causou problemas com os “puristas culturais” que valorizavam a expressão das raízes nacionais na música, foram influência diretas de artistas de outros países. O rock estava vivendo seu auge e foi incorporado ao estilo da Tropicália – guitarras distorcidas e outros elementos do estilo entraram como assinaturas das composições do movimento que soavam com estranheza para os artistas nacionais.
Cláudio aponta que o conceito por trás do tropicalismo explica o fato de terem buscado fontes de todo o mundo para criar sua identidade. “A tropicália dizia que a gente num podia enxergar o Brasil apenas como um país atrasado do ponto de vista cultural”. Assim, escorada na ideia da antropofagia do movimento modernista da década de 1920, o grupo passou a consumir influências dos mais variados formatos para moldar aquilo que posteriormente viria a ser lido como uma vanguarda do período.

Reverberações

Na época a Tropicália fez barulho – e muito. Contudo, mesmo após chegar ao fim em 1968 o movimento plantou suas raízes tanto na cultura brasileira , quanto na internacional, quando passou a ser objeto de análise de estudiosos estrangeiros que começaram a descobrir movimentos que iam além do eixo europeu. O pesquisador indica que após a década de 1990 o tropicalismo passou, pelo menos dentro de círculos mais intelectuais, a ser pauta frequente por suas características ligadas à globalização – idealizadas em um momento em que isso ainda estava longe de ser discutido.
No cenário brasileiro para ele o movimento também perdurou, sendo fundamental para a mudança de paradigmas que até então eram vigentes quando se trata de debates que envolvem transformações sociais. Para Cláudio é importante notar que as críticas comportamentais feitas pela Tropicália passaram a ser cada vez mais incorporadas no discurso político do País, pois, apesar de não serem criadores desses conceitos, foram eles que conseguiram trazer essa dimensão à tona por aqui.
“É uma herança, é algo que veio dessa época e desse movimento. nesse aspecto acho que ele foi um movimento vitorioso”, explica sobre os resultados obtidos pela Tropicália no longo prazo. E, de fato, atualmente quando se olha para a retomada conversadora nas esferas do poder público, questões de grupos identitários que dizem respeito ao comportamento são indiscutivelmente uma das mais relevantes.