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segunda-feira, 31 de maio de 2021

A ordem do dia: a eleição para o Senado

Foto: Gazeta do Povo

Está na ordem do dia a eleição para o Senado (renovação de 1/3) com várias pré-candidaturas sendo lançadas, e de certa forma uma rejeição as candidaturas a governador do Estado em face das imensas dificuldades financeiras e de caixa, que obriga uma política de muita austeridade, às vezes, apenas para garantir a folha de pagamento dos servidores ativos e inativos.

As pré-candidaturas de maior peso político que se apresentam são de Rogério Marinho, Fábio Faria, Carlos Eduardo, Ezequiel Ferreira e do próprio Jean- Paul Prates, todos com muitas dificuldades de fortalecimento das pré-candidaturas e dos arranjos partidários que serão dadas no curso da formação, da coligação que será apresentada aos eleitores e as bases políticas.

            A pré-candidatura do Ministro Rogério Marinho apesar da estrutura de liberação de verbas para obras consideradas estruturantes aos Municípios de todas as regiões do Estado tem a marca da reforma trabalhista e da previdência, que apesar da declaração de apoio de algumas personalidades e prefeitos não consegue alavancar bons índices nas pesquisas.
         A pré-candidatura de Fábio Faria em que pese se mostrar articulado com outros ministérios, como foi o caso da mobilização com o Turismo, e o compromisso da liberação de verbas para a importante obra em Santa Cruz, para fortalecer o polo do turismo religioso, que modificou o Município para melhor, vai precisar se entender com Rogério Marinho e com o governo federal.

            A pré-candidatura de Carlos Eduardo em razão da inexistência da articulação política com os Prefeitos e demais lideranças, ainda recebe a popularidade  em virtude da administração em Natal e das eleições de Álvaro Dias, no entanto ao final da candidatura para governador passou a apoiar Bolsonaro, o que deverá pesar em uma possível articulação com a pré-candidatura de Fátima Bezerra, que vai sedimentando a sua candidatura a reeleição.
            A candidatura de Ezequiel Ferreira ao Senado vai encurtando os espaços, no momento que declara apoio a candidatura a Rogério Marinho, que poderá consolidar a candidatura, no entanto, dizem que a candidatura de Rogério não vai emplacar e o Deputado Presidente da Assembleia ficaria livre para apresentar a sua pré-candidatura, que poderá ser inclusive com o apoio de Fátima Bezerra.
            A pré-candidatura de Jean-Paul Prates é considerada de forma consensual o mais preparado, foi Secretário Extraordinário de Energias, foi o articulador para a chegada da energia eólica no Estado, se coloca bem no Senado e nas entrevistas, no entanto, falta popularidade e não é conhecido no Estado, além do que ao PT para garantir o governo não é possível sair com uma chapa puro sangue.
            Os entendimentos e as estocadas públicas já começaram, poderão surgir outras candidaturas, e a oposição contínua sem um nome que seja alternativo de poder para  governador, que vai prejudicar a candidatura ao Senado. Os acontecimentos vão ocorrer com mais densidade, em todas as esferas das possíveis candidaturas de Deputado Estadual ao Senado, cabendo o acompanhamento de todos.

Fonte: Potiguar Notícias



APÓS MANIFESTAÇÕES! CACETADA! EXPLODE NOVO VÍDEO DE GLAUBER BRAGA


Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=LDkd3hjTfao

Universidade brasileira, uma espécie ameaçada de extinção - "VALE A PENA LÊ DE NOVO!" - CPC-RN

Por Vinícius Soares, Biólogo, mestre em Biologia Celular e Molecular Aplicada, Residente de Saúde Coletiva, Diretor de Comunicação da Associação Nacional de Pós-Graduandos e membro da Executiva Nacional da União da Juventude Socialista.

Em 2018, escrevi um texto em que afirmava que a Universidade brasileira era uma espécie ameaçada de extinção. Isso porque nas áreas biológicas para chamar atenção do estado atual de conservação de uma espécie de animal, planta ou outro organismo vivo, lançamos mão da Lista Vermelha, normalmente divulgada pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais. Se seguíssemos esse modelo e fosse possível publicar uma lista vermelha das instituições brasileiras que estão ameaçadas na atual conjuntura econômica e política, as universidades públicas estariam no topo da lista. 

E, três anos se passaram, mas nada foi feito pelo Governo Federal para salvar essa instituição. Pelo contrário, sucessivamente, temos vistos cortes e contingenciamentos na educação, em nome do “ajuste fiscal”, ao mesmo tempo que vemos uma verdadeira balbúrdia no orçamento público para nutrir a base do governo no Congresso e outras regalias do Executivo, como leites condensados, picanhas, cervejas…Isso tudo ao mesmo tempo que mais da metade da população está em insegurança alimentar ou passando fome. 

Mas voltemos às universidades. Aquelas instituições que, mesmo com apenas um século de vida no Brasil, vem desempenhando papel fundamental para o desenvolvimento do país, contribuindo não apenas para formação de recursos humanos com qualidade, mas também para produção científica, um fator estruturante para o desenvolvimento do país. E em tempos de pandemia, vem exercendo um papel fundamental com seus hospitais universitários, com a produção e aplicação de testes rápidos, e com sua pesquisa científica, da mais alta qualidade, tanto no enfrentamento da pandemia quanto para resolução de outros gargalos da sociedade brasileira. Cabe destacar que, segundo a CAPES, cerca de 90% da ciência brasileira é realizada no âmbito da pós-graduação, e este setor majoritariamente está concentrado dentro das universidades.

E, apesar de toda sua contribuição, o que vemos hoje é uma Instituição à beira de fechar as portas. O orçamento das universidades federais é cerca de 30% menor do que foi em 2010, com o agravante de termos quase dobrado a malha universitária de lá pra cá, isso incluindo tanto em número de alunos quanto em serviços sociais que as universidades oferecem. Ou seja, fica nítido fazer a conta que temos uma estrutura bem maior e com escassos recursos. Essa conta não fecha. 

Entretanto, esse cenário não é coincidência tampouco é para realizar um ajuste fiscal no Estado. Primeiro, porque, o que se vê são escândalos e mais escândalos do ‘Bolsolão”, com os seus orçamentos secretos para alimentar a base congressista. Em segundo, esses cortes e sufocamento financeiro fazem parte de um projeto político antidemocrático e antinacional que visa além de outras coisas, como retirada de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários, a expulsão do povo de dentro das universidades e exterminação de qualquer tentativa de execução da função social da Universidade que é a de servir a um projeto nacional de desenvolvimento econômico e social. Um verdadeiro projeto de subserviência e dependência econômica do Brasil para com outras nações desenvolvidas.  E, em terceiro, a Universidade no Brasil historicamente tem sido lugar de resistência democrática, criando espaços universitários de debates e críticas sobre os rumos do país. Tal fato se torna tão verdadeiro quando observamos que a instituição foi uma das primeiras a ser alvo da Ditadura Civil-Militar que acometeu o país na década de 60. E, assim como foi no passado, após o golpe, a Universidade brasileira voltou a se tornar um dos principais alvos daqueles que detêm a hegemonia do poder. E são ameaças vindas de vários meios e que precisam ser denunciadas!

Ameaças que vão além do estrangulamento do orçamento, são cerceamento da liberdade de cátedra, perseguição à professores, estudantes e cientistas, tentativas de privatização e projetos de lei que estão em tramitação no Congresso Nacional. Por isso, é preciso estarmos atentos e defendermos esta Instituição tão importante para construção de um Brasil independente, soberano e com qualidade de vida para o seu povo. Precisamos nos mobilizar e estarmos unidos na defesa da Universidade brasileira. Essa espécie, tão necessária para o ecossistema brasileira, está pedindo SOCORRO, e talvez seja seu último suspiro de resiliência. Como na Ecologia falamos, o sistema universitário está para além de sua capacidade de suporte. Já não consegue mais exercer suas funções sem um alívio financeiro, e um projeto robusto de urgente recomposição orçamentária. Não podemos medir esforços de retirá-las da lista de extinção. Se não for pelas mãos dos brasileiros, a universidade brasileira fechará as portas.  E, com isso, não apenas o futuro do país que estará em jogo, mas a própria vida da população que depende diretamente dos serviços prestados pela universidade brasileira.

Fonte: UJS - União da Juventude Socialista