Postagem em destaque

FIQUEM LIGADOS! TODOS OS SÁBADOS NA RÁDIO AGRESTE FM - NOVA CRUZ-RN - 107.5 - DAS 19 HORAS ÁS 19 E 30: PROGRAMA 30 MINUTOS COM CULTURA" - PROMOÇÃO CENTRO POTIGUAR DE CULTURA - CPC-RN

Fiquem ligados nas ondas da Rádio Agreste FM - 107.5 - NOVA CRUZ, RIO GRANDE DO NORTE, todos os sábados: Programa "30 MINUTOS COM CULTU...

sábado, 18 de abril de 2020

FJA abrirá inscrições ao Programa Cultural Câmara Cascudo em 2 de maio

Produtor cultural é novo diretor da Fundação José Augusto ...
Imagem da FJA (Google)
Nenhuma descrição de foto disponível.
A Fundação José Augusto (FJA) publicou ontem sexta (17/04) no Diário Oficial do Estado (DOE) a modalidade de acesso aos recursos para Financiamento Estadual da Cultura, através do Programa Cultural Câmara Cascudo para 2020.

As inscrições para os projetos culturais serão abertas em 2 de maio e se estenderão até 14 de agosto de 2020. A renuncia fiscal é de R$ 3.800.000,00.

A entrega dos projetos deverá ser efetuada pelos Correios até o ultimo dia do prazo de inscrição, postada para o endereço da Fundação José  Augusto, localizada na Rua Jundiaí, 641, Tirol, Natal, RN, CEP , 59020-120, ou enviada virtualmente, através do  email projetosleicc@gmail.com


A Fundação José Augusto providenciará a publicação dos formulários e anexos para a inscrição dos projetos no site www.cultura.rn.gov.br até o próximo domingo (19/04).

Estão prorrogados até o dia 31 de outubro de 2020 os mandatos dos membros da Comissão Estadual de Cultura.
As medidas consideram a necessidade de democratizar o acesso aos recursos destinados ao Financiamento Estadual da Cultura, e as ações preventivas do Governo do Estado do RN diante da pandemia da COVID-19.

Fonte: FJA (Fundação José Augusto)

COOPERAÇÃO TRANSNACIONAL EM DEFESA DA VIDA: ESTA É A BANDEIRA A SER ERGUIDA POR QUEM TEM SENSIBILIDADE SOCIAL!

Por Dalton Rosado

A QUESTÃO DO EMPREGO

Há um consenso nacional e internacional: precisamos preservar e retomar os empregos. Isso dizem-nos de Mandetta a Boçalnaro, o ignaro; 
— do pato Donald destrumpelhado a Xiiiiiiiii... Jinping; 
— de Tô Putin ao turco energúmeno Erdogan; 
— do Maduro pra cair ao nazistoide filipino Duterte, o cruel; 
— de partidos políticos a sindicatos; 
— de Sila$ malafarta a Medir mai$cedo, e por aí vai...

Nunca a célebre afirmação de Nelson Rodrigues, toda unanimidade é burra, foi tão pertinente.

Mas, de que emprego estamos falando, se no Brasil já tínhamos, antes mesmo do coronavírus, cerca de 12 milhões de desempregados? Se na culta e tecnologicamente avançada Europa o desemprego atingia 10% da população ativa? Se a África, parte da Ásia e a América Central amargam o drama da migração forçada para lugares onde seus fugitivos da miséria são indesejados?
Agora sabemos que nos Estados Unidos, único país com taxa de empregabilidade plena antes da pandemia, cerca de 20 milhões de trabalhadores tiveram de recorrer ao seguro desemprego nas últimas semanas. Este é o cenário atual na meca do capitalismo.

O próprio Boçalnaro afirmou que o governo não pode ser fonte perene de financiamento da crise econômico-sanitária. Tão cruel está sendo o quadro atual para o mundo capitalista que ele disse uma verdade, a primeira que ouvi sair da sua boca, ao reconhecer que o capitalismo não aguenta a paralisia da economia por longo tempo.
Mas, se o emprego acabou, a vida deve continuar; e cada vez mais se evidencia que isto terá de ocorrer sob outros e novos critérios de produção social e distribuição. Daí o desespero dos autocratas de plantão, pois tal hipótese desconstrói toda a estrutura de poder vertical erigida ao longo dos séculos. 

É a própria vida a nos ensinar não só que podemos produzir sem dinheiro, como também que, dessa forma, ela se torna mais factível, viável e cômoda. Os exemplos está todos aí:

— são costureiras que fazem máscaras de pano e as distribuem entre a população;
— são leiteiros que, com as fábricas de laticínios paradas, distribuem leite para a população desempregada ou empobrecida;  
— são padarias alimentando moradores de rua; 
— é a justiça impondo uma moratória às ações de despejo contra quem atrasar os alugueis; 
— é a formação de redes para arrecadarem alimentos a serem distribuídos, etc.

Já existe até quem proponha que, ao invés de exportarmos carne e soja (itens muito valorizados agora que o mercado internacional em depressão), distribuamos ao nosso sofrido povo a carne e o leite do nosso rebanho bovino (que é o maior do mundo, pois temos mais bois do que gente), bem como a soja, que é uma base alimentar diversificada, capaz de alimentar grandes contingentes humanos. 

Mas não estamos defendendo o isolacionismo intramuros na produção material de bens. Pelo contrário, entendemos que somente a cooperação transnacional (que é diferente da internacional) será capaz de suprir carências de consumo de país para país, já que:
— se temos soja em abundância, não possuímos o trigo que se transforma em pão, alimento básico da população mais pobre; 
— se temos carne e leite para dar, faltam-nos alguns remédios cujas patentes de seus princípios farmacológicos são guardadas a sete chaves pelos grandes laboratórios do exterior;  
— se não temos capital, dispomos de barro, madeira, ferro, cal, cimento e mão-de-obra abundante, com os quais poderíamos muito bem eliminar o nosso escandaloso déficit habitacional;
— se temos água e petróleo, carecemos da tecnologia alemã sofisticada, apta a produzir equipamentos tecnológicos que atingissem o nível de produtividade requerido por uma população de 210 milhões de habitantes (ou 7,5 bilhões, se mirarmos a população planetária); e
— como temos aqui ultrajantes níveis de analfabetismo básico e funcional, urge desenvolvermos o saber básico, sem o qual não se vai a lugar nenhum, bem como o cultural e tecnológico, pois este último é a alavanca capaz de catapultar a produção e fornecimento de bens de consumo e serviços que tornariam nossa vida socialmente mais confortável.
É por termos aqui o que somente existe lá (e vice-versa) que dependemos de todos, mundialmente falando. 

O nossos hino nacional não exclui a solidariedade para com todos os outros hinos e bandeiras com suas cores que fazem o arco-íris da igualdade. Não precisamos de um Brasil first, mas de um transnacionalismo humanista no qual caibamos todos, solidariamente.

Para com todos os outros mas, vale ressalvar, não para o sistema de crédito financeiro mundial, já que, com uma produção sem a interveniência do dinheiro, a agiotagem internacional deletéria perde sentido e deixará de existir.  
Excluímos, também, por consequência, o Estado verticalizado, cobrador de impostos e controlador da moeda, porque estas categorias capitalistas igualmente estão condenados ao desaparecimento . 

A visão de uma produção social alternativa, livre da tirania do dinheiro (que hoje trava a capacidade de produção e consumo necessária), implica, necessariamente, uma visão de cooperação transnacional em defesa da vida, sendo esta a bandeira a ser erguida por todos aqueles que têm sensibilidade social, independentemente de suas localizações geográficas e posicionamentos  ideológicos. 

Evidentemente, haverá consideráveis obstáculos a serem superados, pois os grandes meios de produção continuam nas mãos dos capitalistas, ainda que a engrenagem esteja sendo paralisada por dificuldades econômicas e, agora, também sanitárias. 

Para se fazer máscaras de pano é necessário que haja pano, e somente a produção industrial têxtil é capaz de produzir tecido na quantidade necessária para suprir o consumo, aí incluída a questão do vestuário. Mas podemos ocupar as fábricas falidas com desempregados que botem as máquinas para funcionar à medida que recebam a matéria-prima necessária (o algodão que venha dos campos, p. ex.). 

Para se fazer pão e macarrão é preciso do trigo trazido pelos agricultores, que, para uma produção fora da lógica do valor, terão de se apropriar da terra e dos equipamentos que multiplicam a capacidade produtiva humana.
A produção alternativa de bens de consumo e serviços fora da lógica do valor é medida revolucionária que encontra oposição ferrenha (e militarizada) da estrutura de poder do capital, de vez que isto significa a morte definitiva da (pseudo democrática) ditadura burguesa no plano político e econômico. 

Mas, para desespero do conservadorismo recalcitrante, a realidade se sobrepõe à teoria revolucionaria convergindo com esta num encontro que a História está a promover de modo irreversível. 

A tragédia da Covid-19, que já ceifou mais de 150 mil vidas no mundo inteiro (só nos EUA acabam de morrer, num único dia, mais de 4.500 pessoas, número de guerra), com as projeções sendo extremamente preocupantes, demonstra, à saciedade, que a humanidade não pode se limitar ao comando abstrato e acanhado de uma lógica de produção que é sempre genocida, e mais nefasta ainda quando todos os seres humanos precisam estar solidários uns com os outros no enfrentamento de uma ameaça de tal magnitude.

Como depois da tempestade chega a calmaria, ainda que sobrevenha a inundação, devemos ser suficientemente sábios para navegar em mar revolto, certos de que a vida é maior do que a morte. 

(por Dalton Rosado)
Fonte: https://naufrago-da-utopia.blogspot.com

Elis Regina - Nada Será Como Antes (Nothing Will Be As Before)

Fiocruz informa que testagem de Covid-19 no Brasil vai aumentar, mas processo é lento

Um dos países com a testagem mais precária na pandemia de coronavírus - o país testou até agora apenas 62 mil pacientes -, o Brasil terá sua capacidade ampliada, mas para apenas 30 mil testes diários - e só em maio.

247 - O Brasil irá triplicar a capacidade de fazer testes para o coronavírus e chegará a 30 mil verificações por dia no mês de maio. A informação foi divulgada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) que é responsável pela produção e capacitação de laboratórios no Brasil. 
Como comparação, o Ministério da Saúde informa atualmente a realização de apenas 62,8 mil testes desde o início da epidemia, dado que já tem mais de uma semana.
A reportagem do portal Uol destaca que "a produção e aquisição de exames de RT-PCR (moleculares) —mais precisos do que os testes rápidos— já teve aumento no país. A Fiocruz entregará 1 milhão desse tipo de teste ao final deste mês. O estado de São Paulo adquiriu outro 1,3 milhão de produtos na Coreia do Sul. Agora, o próximo passo é expandir a capacidade de processar esses exames."
Marco Krieger, vice-presidente de Produção de Inovação em Saúde da Fiocruz, afirmou que os Laboratórios do Brasil "tinham capacidade de testagem de 3.000 testes por dia antes da crise do coronavírus. Já aumentou em cerca de três vezes, e chegou a 9.000 ou 10 mil. Precisamos crescer mais 20 mil testagens por dia."
A matéria ainda informa que "por isso, havia uma quantidade significativa de testes com demora para sair resultados. Em São Paulo, esse número chegou a ser de 17 mil exames, e agora caiu para 9.300. A ideia é que agora os exames sejam processados em um prazo entre 24 a 48 horas. São 30 laboratórios públicos pelo país —27 estaduais e três de referência federais. Universidades têm feito parcerias com alguns desses laboratórios para ampliar sua capacidade de testes. Já laboratórios privados estão fazendo processamento de resultados em separado."
Fonte: Brasil 247

Ensaio breve sobre: Cristãos Negros

"A Bíblia tem a cor de todas as culturas; é contemporânea de todas as eras. Ela é um livro apaixonadamente humano.

Um passado destes poderia incitar à modéstia, mas os cristãos reivindicam, pelo contrário, o monopólio da ética. Proclamam que adoram o Deus único, que deus é “amor”, e se consideram melhores que o resto da humanidade.

Sem querer agredir a fé cristã dogmática (a qual merece todo o nosso respeito), nem diminuir o valor histórico do cristianismo e da Igreja Católica, mas apenas contribuir para o diálogo inter-religioso, a fim de buscarmos o conhecimento da verdade que nos liberta (“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”), resumo nesta semana alguns dos principais dados da história negra do cristianismo dos cristãos, dados esses que comprovam minha tese de que essa modalidade de cristianismo não pode ter sido fundada pelo verdadeiro Jesus de Nazaré, o qual resumiu toda a sua doutrina religiosa na prática do amor: “Nisto reconhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros” (João 13,35). “Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros” (João 13,34). “Amarás ao Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu sentimento e com toda a tua força. 

Mitos dogmáticos ou dogmas mitológicos?- Já disseram que a cor negra é o sinal que o Senhor colocara em Caim por haver este matado a Abel, seu irmão (Gn 4.15). Outros, interpretando de maneira equivocada a profecia enunciada por Noé aos seus filhos, alimentam a hipótese de que o negro surgiu por causa da maldição imposta pelo patriarca sobre a irreverência de Cam (Gn 9.25).
Erudição alguma é necessária para se constatar a incongruência de tais mitos. Uma leitura atenta e descompromissada do Livro Santo há de mostrar que semelhantes teses não resistem a um exame mais atento. Teológica e historicamente, são falhas, dúbias, perniciosas.

Da História sagrada, infere-se ter sido toda a descendência de Caim destruída pelo Dilúvio. Além disso, a marca que pôs o Senhor no homicida não foi a cor, e, sim, um ideograma, denunciando-lhe o crime. Quanto ao caçula de Noé, o texto do Gênesis não comporta dúvidas: apenas um ramo dos camitas foi amaldiçoado: os cananeus. E a maldição cumpriu-se quando os hebreus tomaram-lhes as terras no século 15 aC. Os outros filhos de Cam são mencionados na Bíblia como nações fortes, poderosas e aguerridas. Haja vista o Egito, a Etiópia, a Líbia e as cidades de Tiro e Sidom.
De acordo com a concepção hebraico-cristã, não há nenhuma maldição em ser negro nem bênção alguma em ser branco. A bem-aventurança reside em se guardar os mandamentos de Deus, praticar a justiça e observar a beneficência:


"... Deus não faz acepção de pessoas; Mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e obra o que é justo.", At 10.34-35.

A África no índice Bíblico das Nações - Conhecido como o índice das Nações, o capítulo 10 do primeiro livro da Bíblia faz referências a pelo menos três grandes nações africanas: Cuxe, Mizraim e Pute (Gn 10.6). Ou seja: Etiópia, Egito e Líbia. Apesar das muitas tribulações de sua história, estes povos vingaram: no passado, império; no presente, o vivo testemunho do vigor das civilizações negras. Durante toda a História Sagrada, o Egito sempre foi temido como potência mundial. À Etiópia era uma nação tão aguerrida e expansionista que, no tempo dos reis de Judá, invadiu aTerra Santacom um exército de um milhão de homens (2Cr 14.9). Quanto à Líbia, era vista pela Assíria como um contrapeso às ambições babilônicas (Na 3.9). Se coletivamente os africanos foram marcantes, individualmente destacam-se no texto bíblico.

A mulher negra de Moisés -No capítulo 12 de Números, lemos: "E falaram Miriã e Aarão contra Moisés, por causa da mulher cuxita, que tomara: porquanto tinha tomado a mulher cusita", Nm 12.1. Não fora o contexto deste triste e lamentável episódio, seríamos levados a pensar que a profetisa e o sumo sacerdote hebreus eram tão racistas quanto os criadores do apartheid. Todavia, mostra-nos o desenrolar da história que a má vontade de ambos não tinha como motivação o fato de Moisés haver tomado uma negra por mulher. O que eles não toleravam eram os privilégios que o grande líder desfrutava junto a Deus. Como não achassem nenhuma falha no legislador, houveram por bem censurar-lhe a união inter-racial que, diga-se de passagem, não era algo incomum entre os israelitas. Afinal, não se unira Abraão com uma egípcia e com uma egípcia não se casara José?

Eu sou negra e aprazíve -Como você imagina a Sulamita dos Cantares? Uma nórdica encontradição nas pinturas sacras da Renascença italiana? E se você descobrisse que o maior poema de amor deEu sou morena, mas agradável, ó filhas de Jerusalém, como as tendas de Quedar, como as cortinas de Salomão." (Ct 1.5) Se o texto em português deixa alguma dúvida quanto à cor da formosíssima jovem, o texto inglês, apesar da infelicidade da partícula adversativa, é concludente: I am black but comely. Esta tradução parece estar mais de acordo com o original hebraico.
todos os tempos foi dedicado a uma negra? Ficaria escandalizado? As filhas de Jerusalém indignaram-se quando Salomão elegeu a formosa pastora de Quedar como a predileta de seu coração. Diante de tão descabida acepção, Sulamita protesta: "

O negro que ajudou a Jeremias -Jeremias profetizou no momento mais crucial e ingente do Israel do Antigo Testamento. Em breve, seriam os judeus entregues aos babilônios; perderiam em breve a soberania e em breve ficariam sem os mais caros símbolos nacionais e religiosos. É neste momento que aparece o profeta com uma mensagem impopular e nada patriótica: apregoa a submissão ao opressor e condena qualquer esboço de resistência. Por causa de sua atitude, foi Jeremias lançado no calabouço de Malaquias (Jr 38.6). E só não morreu porque um etíope chamado Ebede-Meleque intercedeu por ele junto ao rei Zedequias. Por sua corajosa postura, o negro Ebede é honrado até hoje.

Os negros no Novo Testamento- Muitos africanos ainda vêem a Igreja como típica empresa européia. Ainda se assustam com os pioneiros brancos e barbudos que, desde David Livingstone, cortam a negritude daquelas terras levando a mensagem do Cristo. Em sua origem, porém, a Igreja era tão multirracial quanto hoje. No Dia de Pentecostes encontravam-se em Jerusalém, além dos gregos, romanos e asiáticos, várias nações negras: Egito, Líbia e Cirene. E, nestes países, o Evangelho floresceu de maneira surpreendente. Haja vista a Igreja de Alexandria. Dela sairiam os teólogos Orígenes, Clemente e Atanásio.

Lembremo-nos também do ministro da Fazenda da Etiópia que se converteu quando retornava ao seu país (At 8.26-38). Acredita-se ter sido com este eunuco que teve início a Igreja Copta.

 Uma visão universal e transcultural da Bíblia -Durante vários séculos, a Bíblia foi vista como um livro exclusivamente branco e interpretado colonialisticamente pelas nações europeias. Deste triste contexto, excetuamos os missionários que sempre tiveram uma visão universal e trans-cultural das
Sagradas Escrituras. Jamais nos esqueçamos de que a Bíblia começou a ser escrita na África. Não é um livro branco, como pensamos; ou exclusivamente negro. A Bíblia tem a cor de todas as culturas; é contemporânea de todas as eras. Ela é um livro apaixonadamente humano e comprovadamente divino.

Um afro abraço.
Claudia Vitalino.

Fonte: publicado no Jornal Mensageiro da Paz de Dez/98 por Claudionor Corrêa de Andrade é pastor e chefe do Setor Hispânico da CPAD

Fonte: O Negro RJ

“Sem álcool em gel, máscaras e estudo”. Estudantes indígenas contam dificuldades na pandemia


Desamparados na saúde e na educação, os povos indígenas estão largados à própria sorte enquanto resistem por suas vidas e territórios durante a quarentena

“Nós não estamos tendo assistência, se alguém sentir os sintomas aqui como a gente faz? Há comunidades isoladas. E se fizermos o exame, quanto tempo vai demorar pra chegar? E as pessoas que tiveram contato? Nós vivemos numa realidade totalmente diferente e estamos abandonados.”
A estudante secundarista Alice Maciel de 18 anos expõe a realidade dos povos indígenas em meio à pandemia do coronavírus. Entre tantas vidas ameaçadas, a deles estão ainda mais em risco.
Segundo a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), houve um aumento de 156% em 48 horas no último dia 15/04. Até agora foram confirmadas oficialmente três mortes de três etnias distintas (kokama, tikuna e ianomâmi), duas delas no Amazonas, estado que concentra quase a todos os casos (95%). Ao todo, até agora, já são 23 confirmados. O problema maior é quando o vírus começar a entrar nas aldeias. 
Nós vivemos numa realidade totalmente diferente e estamos abandonados”, conta Alice Maciel de 18 anos.
Alice vive na Aldeia Craveiro no município de Prado, sul do estado da Bahia. Lá, ela afirma que não há respeito pelas medidas de quarentena. “Não estão respeitando as aldeias estarem fechadas, como a cidade é bem turística dificulta ainda mais”, conta a estudante.
Ela conta que a preocupação é que por ser uma comunidade ninguém vive isolado na sua casa. Todos vivem juntos no dia a dia e a aldeia concentra muitos idosos. “Não temos álcool em gel, nem máscaras. Estamos em isolamento, mas sem apoio nenhum”, ressalta Alice mostrando que os indígenas têm de se virar para garantir a própria sobrevivência, já que o poder público não está realizando nenhuma assistência.
Escolas indígenas paradas
Alice nasceu na cidade, mas a mãe não quis distanciar a filha de seus raízes então eles voltaram a morar em aldeia quando ela tinha 13 anos. Ela já passou por comunidades e escolas diferentes mas hoje estuda no Colégio Indígena Pataxó Corumbauzinho.
Diferente das escolas regulares, os colégio indígenas valorizam a cultura dos povos originários garantindo que eles não se distanciem de sua ancestralidade. Segundo o Censo Escolar de 2015, existem 3.085 escolas indígenas no Brasil. Em meio à pandemia, todos esses colégios estão fechados para garantir a vida dos indígenas.
Alice afirma que como indígena ela tem ainda mais dificuldade para entrar no ensino superior, já que existem poucos colégios indígenas próximos de aldeias. Com a quarentena, o sonho da faculdade fica ainda mais difícil já que não oferecem nenhuma alternativa ou assistência para as comunidades.
Victor Pataxó em evento das entidades estudantis na Bahia, em 2018. Foto – Dani Rebello | CUCA da UNE
O estudante indígena e vice-presidente da UNE na Bahia, Victor Pataxó conta que a permanência das datas do Enem desse ano, por exemplo, impacta no acesso dos indígenas à universidade. “Temos dificuldade com acesso a internet, pois dificilmente chega às nossas comunidades e com isso nossos meninos e meninas perdem a inscrição da prova”, conta Victor.
“Em meio a uma crise mundial, estamos sem aula, as comunidades passam por diversas dificuldades na luta pela vida, não é só contra o coronavírus mas também contra os madeireiros, garimpeiros e principalmente a fome. Muitos dos nossos não vão conseguir o ingresso a faculdade através do Enem por causa dessas datas”, explica o estudante Victor Pataxó.
Além da educação, a questão de saúde preocupa muito o estudante. “Há muito tempo, os povos indígenas estão reclamando da falta de assistência nas comunidades, falta de médicos, falta de auxílio do governo, tanto nas comunidades mais isoladas quanto nas mais próximas da área urbana. O covid-19 é só mais um vírus exposto na saúde indígena sem assistência”, aponta Victor. Em seu artigo publicado na página da UNE, “As desassistências de saúde indígena e o avanço do Covid-19”, ele fala sobre como a pandemia tem afetado o atendimento de saúde dos indígenas.
Mesmo com todo esse abandono, Victor afirma que é importante união, resistência e esperança e deixa um recado: “Lutem pelo sonho das suas comunidades e lutem pela entrada na universidade porque é também uma forma de resistir contra a todo esse extermínio diário nós povos indígenas sofremos.”
Fonte: UBES

Mais de 200 tripulantes brasileiros estão retidos em navios de cruzeiro nos EUA

Navio de cruzeiro (Foto: Divulgação)

Com restrições para voos, funcionários estão confinados em cabines minúsculas e sem receber salário
Mais de 200 trabalhadores brasileiros estão retidos em navios de cruzeiro em portos nos EUA devido as restrições estabelecidas pelo país durante a pandemia de coronavírus. Os brasileiros são funcionários de companhias marítimas e estão sendo obrigados a permanecer nas embarcações, segundo o colunista do UOL Jamil Chade.
No total, os tripulantes brasileiros estão e 14 navios diferentes, ancorados principalmente na região da Flórida, de acordo com levantamento do jornalista. Os cruzeiros estão suspensos, mas, segundo relatos de tripulantes, ficou mais complicado deixar os navios e o país.
Mais de 200 trabalhadores brasileiros estão retidos em navios de cruzeiro em portos nos EUA devido as restrições estabelecidas pelo país durante a pandemia de coronavírus. Os brasileiros são funcionários de companhias marítimas e estão sendo obrigados a permanecer nas embarcações, segundo o colunista do UOL Jamil Chade.
No total, os tripulantes brasileiros estão e 14 navios diferentes, ancorados principalmente na região da Flórida, de acordo com levantamento do jornalista. Os cruzeiros estão suspensos, mas, segundo relatos de tripulantes, ficou mais complicado deixar os navios e o país.
Fonte: Revista Fórum