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sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Festa do Boi será aberta neste sábado (08) e promete edição histórica com recorde de público

 Foto: Divulgação/Festa do Boi

Uma sexagenária cheia de energia e com fôlego para seguir sua trajetória de sucesso ainda por muitos anos. Assim é a tradicional Festa do Boi, que este ano chega à emblemática 60ª edição com a expectativa de quebrar recordes de público e negócios.

O evento deve movimentar R$ 65 milhões em negócios e atrair cerca de 500 mil visitantes, que irão circular pelos 300 estandes montados no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim, durante os seus oito dias. Com realização da Associação Norteriograndense de Criadores (Anorc) e do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape), Sebrae e Prefeitura de Parnamirim, a Festa do Boi 2022 será oficialmente aberta em uma solenidade especial, marcada para às 17h deste sábado, 8, e segue até o próximo dia 15.  

Oficialmente denominada de Exposição de Animais, Máquinas e Equipamentos Agrícolas do Rio Grande do Norte, a Festa do Boi 2022 retorna este ano pela primeira vez com força total após a pandemia da Covid 19, que a obrigou a realizar uma edição virtual (2020) e outra com uma série de restrições de público no ano passado.

“Iremos realizar a maior Festa do Boi da história, não tenho dúvidas disso”, afirma o presidente da Anorc, Marcelo Passos. Este ano, mais uma vez, o acesso aos shows musicais será gratuito para quem pagar pela entrada no parque (R$ 10) ou estacionamento (R$ 25). Por terem caráter beneficente eles apenas pedirão ao público a doação de um quilo de alimento não perecível. Os alimentos arrecadados serão entregues à instituição DOE Parnamirim, que atende pessoas carentes do município.

O bom momento vivido pelo setor rural potiguar é um dos combustíveis para o otimismo dos realizadores. O titular da Sape, Guilherme Saldanha, pontua este sentimento positivo. “Temos muitos dados positivos a comemorar no agronegócio potiguar. O ano foi de boas chuvas e o setor rural está animado. A edição de número 60 da Festa do Boi tem, de fato, tudo para ser histórica”, afirma ele.

Marcelo Passos, da Anorc, ressalta que praticamente todos os 300 estandes da exposição foram comercializados, o que gera a expectativa também de um recorde na oferta e comercialização de animais, máquinas, implementos, insumos e produtos agropecuários. Ele pontua que o fato de a Festa englobar na sua programação um feriado (o do dia 12) serve para potencializar a já tradicional programação em homenagem ao Dia da Criança. “Já virou tradição. O dia 12 é o Dia da Família na Festa. É o nosso dia de maior público”, pontua ele.

Também merece destaque na Festa o Espaço Agência Sebrae, que contará com palestras, minicursos e exposição de produtos e das principais iniciativas da instituição de suporte ao agronegócio. O espaço, aliás, terá uma nova roupagem, moderna e interativa.

Como sempre, os leilões e os shows estão entre os pontos altos da Festa do Boi. Este ano, os shows terão uma atenção ainda mais especial da organização. Serão dois dias com atrações gratuitas, sendo pedida apenas a doação de um quilo de alimento não perecível. Todos os alimentos arrecadados serão entregues à DOE Parnamirim, uma entidade que cuida de pessoas carentes no município.

Os shows

Na abertura, neste sábado, 8 de outubro, a Arena Festa do Boi (montada dentro do próprio Parque Aristófanes Fernandes) irá receber, ninguém menos que as bandas Ferro na Boneca e Cavaleiros do Forró, e ainda, o cantor Aduílio Mendes, uma das vozes mais icônicas do forró nordestino.

Já no sábado 15, no encerramento da Festa do Boi, os shows ficam por conta das bandas Circuito Musical, Na Pegada do Coyote e Chama as Meninas. A programação da Arena de Shows começa sempre às 20h.

Os leilões

Já nos leilões, destaques para os tradicionais Nuleite, ANQM (cavalos Quarto de Milha) e Leilão da Emparn. Apenas os leilões deverão movimentar cerca de R$ 5 milhões.  

Estrutura do Governo do Estado na Festa também será especial

Ratificando o seu compromisso com o setor rural potiguar, o Governo do Estado está investindo forte e terá uma presença maciça na tradicional Festa do Boi, que este ano chega ao seu jubileu de diamante, completando 60 anos de tradição. A maior feira e exposição agropecuária do Rio Grande do Norte terá, mais uma vez, o espaço denominado “O RN que dá certo” no qual estarão expostas as inúmeras ações do Governo da professora Fátima Bezerra em prol deste segmento econômico de enorme relevância social.

A estrutura será montada no espaço chamado “Gabinete do Governo”, próximo à já tradicional Fazendinha da Emparn. A própria fazendinha, aliás, já é um ponto que merece destaque. Este ano ela traz como novidade uma Arena, fruto da parceria firmada com o Sistema Nacional de Aprendizagem Rural-Senar RN.

O espaço do Governo do Estado também irá apresentar cases, números e detalhes de ações desenvolvidas pelo setor de Pesca da Secretaria Estadual da Pecuária e da Pesca (Sape/RN), Empresa de Pesquisas Agropecuárias do Rio Grande do Norte (Emparn) e a Centrais de Abastecimento (Ceasa/RN).

Haverá exposição de itens produzidos no Distrito de Irrigação do Baixo Açu (Diba), concluído no ano passado pelo Governo, com a entrega de 19 km de canal de irrigação e de rede elétrica, além da nova estação de bombeamento. A ação do Governo, após 30 anos de espera, tem feito com que a área total irrigada passe de 2,7 mil hectares para 5,9 mil hectares (equivalente a mais de sete mil campos de futebol).

Também serão montadas estruturas para divulgação do Mel Potiguar, outro produto que contou com uma ação de apoio do Governo do Estado. Em 2021 foi editado um Decreto do Estado regulamentando a lei que trata da atividade de meliponicultura no Rio Grande do Norte. Com ele, os pequenos produtores de mel de abelha nativa, sem ferrão, estão legalmente amparados no estado. Com a regulamentação, a expectativa do governo estadual é que a atividade seja alavancada, com incremento qualitativo e quantitativo da produção e consequente ampliação do mercado, principalmente nas regiões Central, Oeste e Mato Grande, onde há uma presença mais maciça da cadeia produtiva do mel. A Festa do Cavalo 2023 e a Expofruit 2023, que é promovida pelo Comitê Executivo de Fruticultura do RN (Coex) igualmente com apoio do Governo do Estado também irão merecer destaque.

Emparn terá novidades na Fazendinha e leilão de gado de alto valor genético

Já a partir do sábado (8), a tradicional Fazendinha da Emparn, apresenta para os visitantes uma amostra das pesquisas realizadas nas Estações Experimentais com plantações de diversas culturas adaptadas para o semiárido, como milho, sorgo, banana e palma forrageira consorciada.

De segunda (10) à sexta (14), a equipe de pesquisadores da Emparn irá esclarecer dúvidas e orientar produtores de diversas caranavas de diversos municípios do RN, sobre as tecnologias desenvolvidas. Além dos cultivares, os produtores terão acesso a orientações sobre os serviços prestados pela Emparn por meio de Laboratório de Análise de Águas, solos, plantas e rações, o Laboratório de Biotecnologia e o setor comercial com sementes com alto valor genético que poderão ser adquiridos.

“Preparamos uma programação muito especial para compor a Festa do Boi, um dos maiores eventos do setor do Nordeste, que neste ano comemora 60 anos”, comentou o diretor Presidente da Emparn, Rodrigo Maranhão.

Arena do Conhecimento

“Com o intuito de facilitar o acesso do produtor a produtos de alto valor genético, disponibilizaremos para venda pintos de um dia, mudas de coco e sementes diversas”, comentou Maranhão.

Uma das novidades no local é a Arena montada no espaço da Fazendinha, fruto da parceria firmada com o Sistema Nacional de Aprendizagem Rural-Senar RN. No local, uma equipe técnica irá ministrar para os produtores cadastrados, diversas práticas relacionadas a cadeias produtivas da bovinocultura, avicultura, piscicultura e outras.

Ainda no espaço da fazendinha, a Emparn apresenta uma unidade demonstrativa do Projeto Pró-Ave Caipira, que objetiva incentivar a produção de galinha caipira pelo interior do estado. Estarão em exposição no local também, bovinos das raças pesquisadas pela Emparn, além de exemplares de ovinos e caprinos do seu plantel.

O Leilão Emparn e Convidados, promovido e realizado pela E.M. Leilões, acontecerá no domingo (09), às 18h, no Tatersal José Bezerra de Araújo.

A Empresa vai disponibilizar 29 lotes de alto valor genético das raças Guzerá, Gir, Sindi e Pardo-Suiça, além de muares e asininos. O pagamento será feito em 2(dois) + 28 (vinte e oito) parcelas. Durante os dias do evento serão realizados ainda Leilões da Urna com caprinos e ovinos.  

FESTA DO BOI 2022 - PROGRAMAÇÃO OFICIAL (sujeita a alterações)

Sexta-feira (07/10)

- 13h: Pesagem e diagnóstico de gestação

Sábado (08/10)

- 06h: Torneio Leiteiro – 1ª Pesagem

- 10h: Abertura dos Portões

- 17h: Solenidade de Abertura da 60º Festa do Boi

- 18h: Torneio Leiteiro – 2ª Pesagem

- 18h: Desfile de Abertura da 60ª Festa do Boi

- 20h: Arena Show

          Ferro na Boneca

          Aduílio Mendes

          Cavaleiros do Forró

Domingo (09/10)

- 06h: Torneio Leiteiro – 3ª Pesagem

- 09h: Início do julgamento da raça Pardo-Suíça

- 10h: Abertura dos Portões

- 18h: Leilão EMPARN e Convidados

- 18h: Torneio Leiteiro – 4ª Pesagem

- 18h: Missa Campal com Padre Robson

   *Pista de julgamento: Pardo-Suíço

Segunda-feira (10/10)

- 06h: Torneio Leiteiro – 5ª Pesagem

- 09h: Sequência do julgamento da raça Pardo-Suíça

- 10h: Abertura dos Portões

- 10h: Geração Agro - Eventos promovidos pelo Nuleite

- 18h: Torneio Leiteiro – 6ª Pesagem

- 18h:Apresentação Galeria de Garanhões

- 19h: Apresentação dos Animais do Leilão ANQM

  *Pista de julgamento: Pardo-Suíço

Terça-feira (11/10)

- 06h: Encerramento das pesagens do Torneio Leiteiro

- 09h: Início dos julgamentos das raças Sindi e Gir.

- 12h: Abertura dos Portões

- 13h30: Sequência dos julgamentos das raças Sindi e Gir.

- 19h: Leilão ANQM

  *Pista de julgamento: Cindir e Gir Leiteiro

Quarta-feira (12/10)

- 08h: Julgamentos das raças Sindi e Gir

- 12h: Abertura dos portões

- 14h: Encerramento dos julgamentos das raças Sindi e Gir. 

- 14h às 20h: Programação especial com diversos personagens em todo o parque com entrega de brindes para as crianças.

- 15h: Show Palhaço Sorriso e Palhaço Carequinha

- 17h: Cia Era Uma Vez – Show Patrulha Canina

- 18h: Entrega das premiações do Torneio e Melhores Expositores  

   e Criadores.

- 19h: Cia Era Uma Vez – Show Encanto

- *Pista de julgamento: Cindir e Gir Leiteiro

Quinta-feira (13/10)

- 08h: Início do Julgamento das raças Guzerá Leiteiro e Nelore

- 12h: Abertura dos Portões

- 14h: Julgamentos das raças Nelore, Guzerá e Girolando.

- 19h: Leilão Sindi Estrelas

   *Pista de julgamento: Nelore, Guzerá Leiteiro e Girando

Sexta-feira (14/10)

- 08h: Início dos julgamentos das raças Guzerá Leiteiro e Nelore

- 10h: Abertura dos Portões

- 14h: Julgamentos das raças Nelore, Guzerá e Girolando.

- 18h: Entrega das premiações de melhores expositores e criadores.

  *Pista de Julgamento: Nelore, Guzerá e Girolando

Sábado (15/10)

- 10h: Abertura dos Portões

- 12h: Leilão Nelore Montana

- 20h: Arena Show

          Chama as Meninas

          Na Pegada do Coyote

          Circuito Musical

ASSESSORIA DE IMPRENSA - ASSOCIAÇÃO NORTERIOGRANDENSE DE CRIADORES (ANORC)

FONTE: POTIGUAR NOTÍCIAS

Ritmos do Brasil: Uma viagem pela trilha sonora brasileira

O Dia Internacional da Música, celebrado no último 1º de outubro, homenageia a cultura musical também presente na história e raízes do Brasil. Através do Samba, Frevo, Baião, MPB, Sertanejo, Forró, Piseiro, Maracatu, Funk e vários outros ritmos, os brasileiros se divertem e conhecem artistas que representam e fomentam essa cultura no país. Não é de hoje que, internacionalmente, somos reconhecidos pelo Samba e Futebol, mas o Brasil tem muito mais para mostrar e revelar sobre a sua riqueza e diversidade cultural.

SERTANEJO – Conhecido como música caipira, o sertanejo foi criado na década de 1970 e está vivíssimo até hoje em todo o Brasil. Abrangendo Minas Gerais, Espírito Santo, os sertões da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Distrito Federal, Goiânia e outros, o estilo costuma ser apreciado, principalmente, por amantes da “sofrência” e apaixonados. Prova disso é a música “Evidencias”, que ultrapassou todas as gerações e segue sendo o hit do sertanejo.

BAIÃO, XOTE E XAXADO – Popularmente conhecido em 1940 e 50 nas rádios brasileiras, o artista pernambucano Luiz Gonzaga foi o grande responsável por consagrar o estilo baião, popular na região Nordeste, em todo o país, com trechos musicais executados na viola e desafios de improviso com os cantores. Parecidos, baião, xote e xaxado estão presentes com um ritmo feito para dançar “agarradinho” e em “arrasta pé”. Instrumentalização forte, trazem a presença de rabecas, violas, pandeiro e triângulo, além do vocal e da sanfona.

AXÉ – Reconhecido originalmente no estado da Bahia em 1980, no trio elétrico de carnaval, o ritmo contagiante possui instrumentos da percussão comuns nas baterias das escolas de samba do Brasil. O movimento adquiriu força e arranjos e com o tempo foi conquistando todo o país. Hoje, o ritmo quente está sempre presente nos festivais do Brasil inteiro e é difícil ver uma pessoa parada quando escuta Axé.

FREVO – Ritmo contagiante que embala todo o país, tem origem no Pernambuco e anima a todos que escutam. O estilo representado pela dança de rua, incorpora a alegria e efervescência do povo Recifense. Conhecido como ‘frevura’, ‘frever’, a coreografia é quase que acrobática e nos festivais utilizam sempre muita cor e um objeto de representação especial, a sombrinha.

A expressão artística pernambucana conquistou o mundo, sendo reconhecido pela Unesco como Patrimônio Imaterial da Humanidade. No Brasil, como uma ação de fortalecimento da cultura local, em 2021 o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) revalidou o título do Frevo como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

EVENTOS MUSICAIS – Em outubro, durante os dias 12 e 15 de outubro, acontecerá o Festival de Forró da Chapada, evento para os amantes do estilo musical que celebra o ritmo com muito baião, xaxado e xote, revelando ainda novos valores e artistas do autêntico forró brasileiro, segmento da música popular nordestina. O evento é um dos que integram o Calendário de Eventos do Ministério do Turismo. Saiba mais AQUI.

Por Vitória Moura

Com Portal BRASIL CULTURA

Paraná – Turismo Gastronômico

A culinária paranaense é a mistura das influências de todos os povos que aqui chegaram ou dos que aqui já habitavam. Assim os índios paranaenses essencialmente coletores, tinham no pinhão, o alimento por excelência. Os coroados guardavam as sementes em cestos submersos em água corrente por 48 horas, sendo posteriormente secas ao sol, para serem consumidas fora da época de safra.

Até hoje o pinhão incorpora-se aos hábitos alimentares dos paranaenses, associados às festas  juninas ou aos costumes do homem do campo como a sapecada, a paçoca ou ainda em saborosos pratos servidos em sofisticados restaurantes: croquetes, sopas, aperitivos, suflês e panquecas de pinhão.

Relativos a esses hábitos era comum entre os índios notadamente os xetás, ingerir folhas de erva-mate como alimento. Dali a herança do paranaense que, cultiva até hoje o costume de tomar chimarrão,  chá-mate e outras formas de bebida e infusão.
É ainda de influência indígena na gastronomia, o conhecimento das frutas e raízes nativas, o preparo do milho e da mandioca na confecção das farinhas, do cuscuz, pamonhas e bijus, na pesca e na caça com a carne “moqueada” que é assada em buracos aquecidos.

De influência portuguesa, o Barreado originário dos sítios dos pescadores, com o decorrer do tempo, passou para as cidades litorâneas, onde é cultivado há aproximadamente 200 anos nos municípios de Antonina, Guaraqueçaba, Guaratuba, Morretes e Paranaguá.

Da expressão “barrear” a panela, com pirão de cinza e farinha de mandioca, para evitar que o vapor escape e o cozido seque depressa, vem o nome Barreado uma contribuição dos açorianos, que deu nome ao prato.

O Barreado representa fartura, festa e alegria, adotado como prato do período do entrudo – o precursor do carnaval, sendo sua característica a de que mesmo requentado, não perde o sabor original, o que liberava as pessoas durante os folguedos populares, não precisando                        cozinhar.
Os ingredientes que compõem o Barreado constituem-se de carne, toucinho e temperos. Antes, seu cozimento era feito pelos antigos habitantes do litoral em valas sobre um braseiro, levando cerca de 24 horas para que ficasse no “ponto”.
Um verdadeiro ritual, para preparar àquele que se definiu como o prato típico do Paraná.

Com o Ciclo do Tropeirismo mudou não só o foco econômico do Estado, mas a cultura e os costumes, que sofreram influências dos locais por onde passaram os Tropeiros, que transportavam não só tropas, mas foram mensageiros de notícias, consolidadores                        de caminhos e fundadores de núcleos populacionais ao longo do percurso. Constituíram-se em elos de integração entre vilas, povoados do Brasil meridional e até do exterior, assimilando inclusive palavras de origem castelhana, como churrasco, charque, bombacha, arroio, incorporado ao linguajar do paranaense.

A gastronomia também sofreu influência das “andanças” dos tropeiros que assimilavam      certos tipos de comidas disseminando-as por onde passavam. Desta maneira, as cidades nascidas de antigos “pousos” como a Lapa, Castro e Tibagi cultivam ainda hoje saborosos        pratos como a Quirera Lapiana, o Virado de Feijão, o Arroz Tropeiro, o Castropeiro e a Paçoca de Pinhão com Charque.

Com os movimentos migratórios e imigratórios, os paranaenses incorporavam hábitos alimentares dos novos habitantes notadamente alemães, italianos, poloneses, ucranianos dos quais o costume de conservar a carne de porco imersa na banha, o uso da quirera de milho amarelo, o boi, o porco e o carneiro, assados inteiros no rolete.

Mais recentemente vários municípios instituíram pratos típicos, cultivando as tradições dos antepassados e os aspectos sócio-econômicos regionais, que muitas vezes traduzem-se em animados eventos gastronômicos, que fazem a delícia dos visitantes como:

  • Concurso do Dourado Assado – Foz do Iguaçu
  • Concurso do Porco à Paraguaia– Missal
  • Festa da Costela – Apucarana
  • Festa da Costela no Chão – Maria Helena
  • Festa da Costela no Chão e Porco no Tacho– Iporã
  • Festa da Leitoa ao Fogo-de-Chão – Santo Antonio da Platina
  • Festa da Leitoa Desossada à Pururuca – Paraíso do Norte
  • Festa da Leitoa Entrincheirada – Juranda
  • Festa da Leitoa Fuçada – Janiópolis
  • Festa da Leitoa Mateira – Mamborê
  • Festa da Leitoa no Tacho – Lobato e Ribeirão Claro
  • Festa da Piapara na Telha – Alto Paraíso
  • Festa da Tainha – Paranaguá
  • Festa da Tilápia – Porecatu
  • Festa da Vaca Atolada – Boa Esperança
  • Festa do Boi no Rolete – Altônia, Engenheiro Beltrão, Marechal Cândido Rondon, Planalto, Ribeirão Claro, Santa Fé e Santa Terezinha de Itaipu
  • Festa do Borrego no Rolete – Irati
  • Festa do Caranguejo – Pontal do Paraná
  • Festa do Carneiro ao Molho Procopense – Cornélio Procópio
  • Festa do Carneiro ao Vinho – Peabiru
  • Festa do Carneiro Desossado e Recheado – General Carneiro
  • Festa do Carneiro no Buraco – Campo Mourão
  • Festa do Carneiro no Rolete – Carambeí, Piraquara e Ribeirão Claro
  • Festa do Charque – Candói
  • Festa do Charque a Vapor – São Mateus do Sul
  • Festa do Costelão – Luiziana, Maripá, Palotina e Santa Helena.
  • Festa do Costelão ao Fogo-de-Chão– Paranavaí
  • Festa do Cupim Assado – Pato Bragado
  • Festa do Cupim Noroeste – Alto Paraná
  • Festa do Dourado na Grelha – Medianeira
  • Festa do Dourado no Carrossel – Itaipulândia
  • Festa do Frango – Bom Sucesso, Cafelândia, Novo Itacolomi, Toledo e Umuarama
  • Festa do Frango Caipira Graciosa – Quatro Barras
  • Festa do Frango Desossado e Recheado– Maripá
  • Festa do Frango, Polenta e do Vinho– Curitiba
  • Festa do Lambari – Porto Vitória
  • Festa do Leitão a Dois Vizinhos– Dois Vizinhos
  • Festa do Leitão à Pururuca – Engenheiro Beltrão
  • Festa do Leitão à Sarandi – Toledo
  • Festa do Leitão a Xaxim – Toledo
  • Festa do Leitão Maturado – Goioerê
  • Festa do Leitão na Grelha – Céu Azul
  • Festa do Matambre Recheado – Pato Bragado
  • Festa do Peixe na Telha – Marilena
  • Festa do Pernil à Pururuca – Farol
  • Festa do Pierogi – Araucária
  • Festa do Pintado na Telha – Guaíra
  • Festa do Pirá de Foz – Foz do Iguaçu
  • Festa do Porco à Paraguaia – Céu Azul
  • Festa do Porco na Lata – Mandaguaçu e Santo Inácio
  • Festa do Porco no Rolete – Cidade Gaúcha, Mandaguaçu, Sertaneja e Toledo
  • Festa do Porco Recheado e Assado ao Forno– Toledo
  • Festival da Alcatra – Santa Helena
  • Festival da Carne Suína – Medianeira
  • Festival de Frutos do Mar – Pontal do Paraná
  • Festival do Frango – Matelândia
  • Galinhada Orgânica – Missal

Assim, na Região Oeste do Paraná, o Porco no Rolete é uma das principais atrações                        gastronômicas. Prato típico do município de Toledo que requer técnica e arte na hora do preparo.

O porco de aproximadamente seis meses é assado inteiro num rolete que gira sempre na mesma direção e velocidade. Um mês antes do abate, a alimentação do animal é trocada para que haja diminuição da banha sem a perda de peso.

Não há como precisar a origem desse prato, uma vez que o costume de assar animais inteiros no espeto, é comum a diversos povos. O município de Toledo foi colonizado basicamente por alemães e talvez por isso o Porco no Rolete leve uma quantidade de temperos refinados, como a alfazema, a noz-moscada o alecrim e muito vinho branco seco.

Cada assador tem seus próprios segredos na hora de preparar a carne. Sabe-se que mais de 30 ingredientes fazem parte do recheio, de acordo com o paladar e com a imaginação de cada um. A receita tradicional leva lingüiça calabresa, carne moída, milho verde, ervilha, palmito e cogumelos. Um dos segredos na hora de assar o animal consiste em furar o couro para que a gordura saia, o que facilita a digestão.
O Porco no Rolete leva cerca de 20 horas para ficar pronto. Segundo os gourmets, todo o sacrifício do preparo vale a pena.

Em maio de 1974, na sede campestre do Clube de Caça e Pesca de Toledo, entre uma cuia de chimarrão e uma caipirinha, aos acordes do violão e gaita, em torno de um braseiro onde se assa um churrasco temperado com muita história, bravatas apostas e desafios, clima ideal para uma grande idéia. Assim foi e assim se fez.

Celeste Vivian, progressista agricultor local, afirmou que sabia assar um porco inteiro recheado com temperos exóticos, enfiado num só espeto de madeira, que girava impulsiona manualmente. Desafio feito e aceito, nos dias seguintes o assunto passou a empolgar outros sócios do clube que começaram a formar equipes, com seus respectivos assadores.

A Diretoria do Clube de Caça e Pesca, juntamente com as equipes participantes, organizou o regulamento e convidou um grupo de pessoas de destaque na cidade para constituir um corpo de juízes degustadores. Estava criado o mais delicioso evento gastronômico do Brasil, a Festa do Porco no Rolete, cujo ponto alto é o torneio entre as equipes de assadores.

O prato típico de Campo Mourão, o Carneiro no Buraco, resgata o costume indígena de se cozinhar alimentos em buracos escavados no chão, para evitar o risco de provocar incêndios nas florestas. Existem indícios de que o prato incorpora costumes resultantes do intercâmbio acontecido por volta de 1580 com a chegada dos jesuítas ao continente sul-americano.

Esta forma inusitada de preparo da comida chamou a atenção de um grupo de pioneiros da cidade, que resolveu introduzir na receita uma série de inovações.   Da primeira utilizada à atual, foram realizadas muitas experiências e adaptações para aprimorar a iguaria, que ao longo dos anos foi servida esporadicamente em encontros de amigos.

Na década de 80 a tradição se arraigou e autoridades e outros visitantes ilustres passaram a ser recepcionados no município sempre com Carneiro no Buraco. Campo Mourão instituiu a iguaria como prato típico e criou a Festa Nacional do Carneiro no Buraco em 1990, a partir de um movimento desencadeado pela confraria da Boca Maldita. O evento gastronômico é realizado sempre no segundo domingo de julho e tem por objetivo preservar e divulgar essa deliciosa tradição do município e de seus colonizadores.

O prato tem hoje um alto padrão de qualidade e está entre as comidas típicas mais conhecidas do Paraná. Agrada até mesmo os vegetarianos, em razão da grande quantidade de legumes e tubérculos. O Carneiro no Buraco divulga Campo Mourão em todo o Brasil e até em países vizinhos.

Pratos Típicos  e Receitas com Pinhão

 

ROTEIRO GASTRONÔMICO DO PARANÁ

Campo Mourão – Gastronomia

Cascavel – Roteiro Gastronômico

Curitiba – Alimentação

Foz do Iguaçu – Gastronomia

Guaratuba – Alimentação

Lapa – Restaurantes

Londrina – Gastronomia

Morretes – Alimentação

Ponta Grossa – Gastronomia

Pontal do Paraná – Gastronomia

São José dos Pinhais – Onde Comer

Toledo – Gastronomia

Fonte: Portal BRASIL CULTURA