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sábado, 15 de agosto de 2020

Coordenação das Casas de Cultura do RN, promoveu no último dia 14/08 Vídeo Conferência com o Coordenador Administrativo, prof. AÉCIO CÂNDIDO

Foto 1 (esquerda), Gelson Pessoa, foto 2 (direita), Jefferson Tavares, Foto  3 (esquerda), Messias Domingos e Foto 4 (direita),professor, Aécio  Cândiso

Encerramos as atividades da semana com uma reunião administrativa de forma remota no formato teletrabalho através de vídeo conferência, com o Coordenador Administrativo da Fundação José Augusto, professor Aécio Cândido.

"A referida Vídeo Conferência promovida e realizada pela Coordenação das Casas de Cultura do Rio Grande do Norte, Messias Domingos e Jefferson Tavares voltada para os Agentes de Cultura.  Momento único com objetivos fundamentais voltados para a cultura e orientação aos Agentes de Cultura, que cuja participação foi maciça! Uma forma salutar e sintonizar com os agentes. Outras virão" - Eduardo Vasconcelos, agente de cultura da Casa de Cultura "Lauro Arruda Câmara" - Nova Cruz/RN.

Mário Frias tenta intervir na escolha de filme brasileiro indicado ao Oscar - Por BRASIL 247

Mário Frias

Mário Frias (Foto: Roberto Castro/Mtur)

O ator, que ficou famoso como ator da novela teen Malhação, e hoje atual secretário de Cultura do governo Bolsonaro, forçou participação do governo na escolha do filme que irá representar o Brasil no Oscar.

247 - O jornalista Guilherme Amado, em sua coluna no Portal Época, relata que “Mário Frias chegou causando. O secretário da Cultura tentou que o governo tivesse participação ativa na escolha do filme que representa o Brasil no Oscar”.

Segundo o jornalista, “Frias propôs uma alteração no termo de cooperação com a Academia Brasileira de Cinema (ABC), que é hoje quem indica os membros da comissão que faz a escolha”.

“O governo queria ter a metade dos votos na comissão. Pela proposta de Frias, o Conselho Superior de Cinema, submetido à Casa Civil, passaria a indicar nove titulares e dois suplentes à comissão eleitoral, mesmo número de integrantes indicados pela ABC”, relata Amado. 

“A ABC já indicou os nomes para a comissão deste ano. Entre os nove titulares da lista, está Roberto Berliner, produtor de Bruna Surfistinha, filme duramente criticado por Bolsonaro no ano passado”, informa o jornalista.

Fonte: Brasil 247

"HUMOR NO CASO QUEIROZ!" - Por MIGUEL PAIVA - (BRASIL 247)

 

Considerações finais da boca do sertão

 

Expansão da fronteira agrícola do centro-sudoeste paulista na segunda metade do século XIX: presença e atuação indígena em terras almejadas pela apropriação privada, “um empecilho de dura transposição”

DOSSIÊ: HISTÓRIA DA COLONIZAÇÃO EM TERRAS PAULISTAS: DINÂMICAS E TRANSFORMAÇÕES (SÉCULOS XVI A XX).

por Soraia Sales Dornelles

Tal qual no passado oitocentista, os problemas relativos ao avanço de fronteiras econômicas movimentam as pautas cotidianas e trazem à tona os conflitos que envolvem as populações indígenas. Na Amazônia de hoje, o avanço agropecuário cumpre um papel semelhante ao que representou outrora a cafeicultura no oeste paulista. O interesse sobre as terras ocupadas por populações indígenas não parece ter um limite! Do mesmo modo que os povos da floresta denunciam procedimentos ilegais, violentos, contra grandes e pequenos invasores, os povos indígenas paulistas o fizeram anteriormente. Sua atuação deixou lastro em inúmeros documentos: na imprensa, na polícia, naqueles produzidos pelas instituições estatais, nos relatos de observadores contemporâneos. É preciso reconhecer que o movimento que silenciou esse imprescindível elemento social nas narrativas sobre o passado imperial foi historiográfico .


Desenho de Eliseu Visconti – 1889

O Estado brasileiro tem uma longa e conflituosa história em relação às terras ocupadas por povos nativos. O processo de regulamentação fundiária projetado durante o período imperial postulou que as terras “desocupadas” poderiam ser adquiridas por compra privada. Assim, o processo de apropriação dos territórios do interior envolviam, inicialmente, desalojamento de diferentes grupos indígenas e, posteriormente, garantias que as reivindicações e lutas desses povos contra esse sistema seriam eliminadas, tanto física como historicamente. Para os indígenas, a insegurança reinava tanto em termos de reivindicações de propriedade e sua capacidade de moldar as relações de trabalho impostas pelos esquemas de modernização, como o Regulamento das Missões de 1845, que privilegiava fundos estatais e atuação de diretores para os aldeamentos indígenas. Enquanto isso, o Estado fez pouco esforço para regularizar as terras, anteriormente sob ocupação indígena, e depois sob colonização estrangeira por meio da expansão agrária.

Funcionários do governo, como os diretores de aldeamentos e diretores provinciais, foram fundamentais para promover os interesses privados frente aos indígenas. Estado e iniciativa privada construíram e subverteram direitos territoriais indígenas, em um duplo movimento que se mostrou essencial à construção de estruturas de privilégios e padrões de posse de terra. Observamos a persistência de práticas de origens remotas como as reveladas pelo uso do termo “bandeiras” pelo Diretor Geral paulista e do posseiro Felicíssimo Antonio Pereira. A presença indígena nas terras que se desejava conquistar e sua insistência em não as abandonar, conforme as normas estabelecidas pelo Regulamento das Missões, fez emergir uma série de discussões e práticas sobre a necessidade de usar a violência para solucionar o problema.

Os indígenas, por sua vez, mostravam-se cada vez mais indolentes, ferozes ou audazes nas vozes de muitas das testemunhas apresentadas aqui, que repetiram que eles buscaram se relacionar “por precisarem” dos objetos que necessitavam. Contudo, nada mais imprudente do que negar que as populações indígenas não tenham lutado pela propriedade dos territórios. Muitas vezes, tomaram a iniciativa de formar aldeamentos, mostrando-nos seus entendimentos da política imperial e, certamente, dos perigos que enfrentavam pela ação ilegal de posseiros. As constantes chacinas experimentadas no interior foram motivo para que muitos indígenas participassem do sistema de aldeamentos. Outros, contudo, empreenderam também o uso da violência perante aqueles que avançavam para o interior.

https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-90742020000100206&script=sci_arttext

Imagem em detalhe de capa, por Dagmar Targa, luto e enterro de Don Pedro Casaldáligaimagens e edição por helio carlos mello.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornalistas Livres

Fonte: Jornalistas Livres