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domingo, 5 de dezembro de 2021

Vidas Secas de Graciliano Ramos - Daniela Diana Professora - licenciada em Letras

"Vidas Secas" é a obra mais emblemática do escritor brasileiro moderno Graciliano Ramos (1852-1953). O livro foi publicado em 1938 e trata-se de um romance documental inspirado nas experiências do autor.

O local de desenvolvimento da estória é o sertão brasileiro nordestino, onde Graciliano Ramos retrata a vida de uma família de retirantes, traçando a figura do sertanejo. Ao mesmo tempo, ele explora os temas da miséria e da seca do Nordeste.

Em resumo, a obra descreve os momentos de uma família de retirantes que atravessam o sertão nordestino. Todos estão fugindo da miséria e da seca e em busca de uma vida melhor.

Estrutura da Obra

Capa de vidas secas
Capa da obra (1938)

Vidas Secas está escrito em terceira pessoa e apresenta um narrador onisciente.

A obra possui um tempo psicológico em detrimento do cronológico, e está dividido em 13 capítulos:

  • Capítulo I – Mudança
  • Capítulo II – Fabiano
  • Capítulo III – Cadeia
  • Capítulo IV – Sinhá Vitória
  • Capítulo V – O Menino Mais Novo
  • Capítulo VI - O Menino Mais Velho
  • Capítulo VII – Inverno
  • Capítulo VIII – Festa
  • Capítulo IX – Baleia
  • Capítulo X – Contas
  • Capítulo XI – Soldado Amarelo
  • Capítulo XII – Mundo coberto de penas
  • Capítulo XIII – Fuga

Personagens Principais

  • Fabiano: nordestino pobre e alcoólatra, Fabiano representa o chefe da família e designa um homem ignorante e grosseiro.
  • Sinhá Vitória: nordestina sofrida e lutadora, mulher de Fabiano e a mãe dos 2 filhos.
  • Filhos: representam os filhos de Fabiano e Vitória, o "menino mais novo" e o "menino mais velho". Tal qual seus pais, são pobres e sofridos.
  • Baleia: é a cadela da família, muito querida por todos, sobretudo pelos meninos. Ela é tratada como um membro da família.
  • Patrão: representa o patrão de Fabiano, explorador e dono da fazenda em que ele trabalha.

Personagens Secundários

Além deles, há os personagens secundários que surgem em apenas alguns momentos da história: Soldado, Soldado Amarelo, Seu Inácio, dentre outros.

Resumo Completo

Vidas Secas é um profundo retrato da sociedade brasileira, sobretudo de seus problemas sociais.

Dessa forma, Graciliano traça uma crítica social retratando as dificuldades encontradas por uma família pobre de retirantes. Eles tem de conviver constantemente com a miséria e a seca que assola o sertão nordestino.

Fabiano e Sinhá Vitória é um casal simples que possuem dois filhos: o mais novo e o mais velho. Dos filhos, nenhum nome é mencionado durante toda a estória. Mesmo convivendo constantemente com a miséria, ele são crianças que possuem sonhos. O mais velho é muito curioso, e o mais novo anseia por fazer algo importante, para que todos fiquem orgulhoso dele.

A Baleia é a cadela que curiosamente tem um nome, e faz referência a um animal aquático, ou seja, uma baleia, em contraste com a seca. Ela é muito adorada pelos meninos e no decorrer da história adoece e por fim, morre. Interessante notar que a baleia é considerada um ser humano.

Vale lembrar que a obra muitas vezes não possui diálogos. Fabiano, deveras ignorante, tem dificuldade de se expressar e prefere ficar quieto. Sua mulher, Sinhá Vitória, é uma lutadora que busca melhorar a situação, sendo menos ignorante que seu marido, que a admira muito.

Quando a família encontra um lugar para descansar do sol escaldante, se deparam com o dono da terra, que será o patrão de Fabiano.

Ele permanece no local com sua família, trabalhado como vaqueiro na fazenda. Fabiano é preso injustamente pelo soldado amarelo, momento em que reflete sobre sua vida e sua condição.

O romance é repleto de pequenas felicidades dentro da família de retirantes. No entanto, os problemas sociais e animalização das personagens permeiam toda obra.

Além disso, o sonho do sofrimento acabar, permanece em todos, na esperança de encontrar melhores oportunidades.

Note que o último capítulo “Fuga” aponta que a seca vem novamente assolar a região, com o verão que se aproxima. Assim, se inicia uma nova fuga sendo a mesma do início: a fuga da seca.

Trechos da obra

Para melhor exemplificar, segue abaixo dois trechos da obra, do primeiro e último capítulo:

Capítulo I - Mudança

Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da catinga rala.

Arrastaram-se para lá, devagar, Sinha Vitória com o filho mais novo escanchado no quarto e o baú de folha na cabeça, Fabiano sombrio, cambaio, o aió a tiracolo, a cuia pendurada numa correia presa ao cinturão, a espingarda de pederneira no ombro. O menino mais velho e a cachorra Baleia iam atrás.

Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiram-se. O menino mais velho pôs-se a chorar, sentou-se no chão.

—Anda, condenado dCapítulo XIII – Fuga

(...)O que indignava Fabiano era o costume que os miseráveis tinham de atirar bicadas aos olhos de criaturas que já não se podiam defender. Ergueu-se, assustado, como se os bichos tivessem descido do céu azul e andassem ali perto, num vôo baixo, fazendo curvas cada vez menores em torno do seu corpo, de Sinha Vitória e dos meninos.

Sinha Vitória percebeu-lhe a inquietação na cara torturada e levantou-se também, acordou os. filhos, arrumou os picuás. Fabiano retomou o carrego. Sinha Vitória desatou-lhe a correia presa ao cinturão, tirou a cuia e emborcou-a na cabeça do menino mais velho, sobre uma rodilha de molambos. Em cima pôs uma trouxa. Fabiano aprovou o arranjo, sorriu, esqueceu os urubus e o cavalo. Sim senhor. Que mulher! Assim ele ficaria com a carga aliviada e o pequeno teria um guarda-sol. O peso da cuia era uma insignificância, mas Fabiano achou-se leve, pisou rijo e encaminhou-se ao bebedouro. Chegariam lá antes da noite, beberiam, descansariam, continuariam a viagem com o luar. Tudo isso era duvidoso, mas adquiria consistência. E a conversa recomeçou, enquanto o sol descambava.

— Tenho comido toicinho com mais cabelo, declarou Fabiano desafiando o céu, os espinhos e os urubus.

— Não é? murmurou Sinha Vitória sem perguntar, apenas confirmando o que ele dizia.

Pouco a pouco uma vida nova, ainda confusa, se foi esboçando. Acomodar-se-iam num sítio pequeno, o que parecia difícil a Fabiano, criado solto no mato. Cultivariam um pedaço de terra. Mudar-se-iam depois para uma cidade, e os meninos freqüentariam escolas, seriam diferentes deles. Sinhá Vitória esquentava-se. Fabiano ria, tinha desejo de esfregar as mãos agarradas a boca do saco e à coronha da espingarda de pederneira. (...)

Confira a obra na íntegra, fazendo o download do pdf aqui: Vidas Secas.

Filme

filme vidas secas

O romance do escritor modernista tornou-se um longa-metragem brasileiro em 1963, dirigido por Nelson Pereira dos Santos. Vidas Secas (o Filme) recebeu o prêmio do Festival de Cannes na França, em 1964.

Fonte:  https://www.todamateria.com.br

Dois anos depois de desastre, PF responsabiliza petroleiro, mas nem sinal de reparação a pescadores - POR NINJA

 

Foto: Salve Macareípe

Depois de mais de dois anos, a Polícia Federal concluiu a investigação sobre o maior derramamento de petróleo da história do Atlântico Sul e indiciou a empresa, o comandante e o chefe de máquina do navio de bandeira grega, NM Bouboulina como responsáveis por despejar o material na costa brasileira

De acordo com a PF, a investigação coletou indícios de que o navio NM Bouboulina foi responsável pelo vazamento e que a empresa Delta Tankers, o comandante Konstantinos Panagiotakopoulos e o chefe de máquinas Pavlo Slyvka deixaram de comunicar às autoridades o lançamento do material no oceano. O despejo pode ter sido proposital ou para limpeza dos tanques.

As primeiras manchas de óleo surgiram em 30 de agosto de 2019, nas praias da Paraíba, e já na primeira semana de setembro, chegaram a outros cinco estados do Nordeste: Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Ceará e Pernambuco.

Ao todo, foram 11 estados atingidos, incluindo mais de 50 unidades de conservação. Cerca de 5 mil toneladas de resíduos foram recolhidas, grande parte, por moradores de comunidades tradicionais e moradores de localidades que dependiam do turismo para sobrevivência.

A comunidade de Jardim, no município de Fortim (CE) foi uma das comunidades atingidas. A pescadora Maria Eliene do Vale, a Maninha, disse à reportagem da Mídia NINJA que é difícil relembrar o que passaram, a começar pela tensão de que a mancha chegaria ao litoral. A solidariedade entre as famílias é que garantiu a sobrevivência.

“Você sabe o que é ver seu filho com fome? Muita gente ficou até com problema psicológico. E além do mais, fomos nós que limpamos a praia, nós que fizemos todo o trabalho. O Ibama chegou a tempo de nos ajudar a criar uma barreira para evitar que as manchas adentrassem o rio Jaguaribe”.

A comunidade de pescadores e marisqueiros da região fez de tudo para impedir que elas chegassem ao manguezal, mas chegaram. É lá que ela pesca mariscos.

“Ninguém queria comprar o pescado e nem o marisco, ainda mais se viesse do Jaguaribe. Muitas mulheres têm na pesca de mariscos a única fonte de renda para cuidar de suas famílias, muitas, sozinhas. Então, foi bem difícil”. Ainda mais, que a comunidade tradicional não recebeu apoio da prefeitura.

“Eu tenho 50 anos. Não tinha nem 10, já pescava. Mas eu nunca tinha visto algo assim. Os sururus morreram todos. Foi há pouco tempo que conseguimos encontra-los de novo, mas de outro lado, as ostras sumiram. Pesquisadores disseram que têm relação com a salinidade, mas eu não acredito nisso não, porque isso nunca aconteceu antes e foi justamente depois do derramamento de óleo”.

Nestes mais de dois anos, apenas três pescadores, da comunidade com 120, conseguiram receber recurso prometido pelo governo federal, após uma ação civil pública ajuizada em fevereiro do ano passado pela Defensoria Pública da União no Ceará, a Justiça acatou o pedido de indenização a todos os pescadores profissionais artesanais e marisqueiras atingidos pelo derramamento de óleo no litoral cearense, e não apenas àqueles que possuíam Registro Geral de Pesca (RGP) ativo.

“Mas eu sou uma das que tentou e não conseguiu. Só mesmo estes três pescadores que têm RGP (carteira de pesca). Não sabemos quais são os critérios, porque outros não conseguiram. Segundo a colônia, veio uma lista do governo”. Pescadores sempre encontram dificuldades burocráticas para se cadastrarem ou renovarem a carteira de registro.

“E quando as coisas estavam voltando ao normal, em fevereiro de 2020, a pandemia veio e mais uma vez, saímos prejudicados”, desabafa. Segundo Maninha, os pescadores ainda aguardam a tão prometida indenização.

Prejuízo para o governo?

A Polícia Federal, ao divulgar o resultado da investigação apontou que houve um dano mínimo de R$ 188 milhões para o governo federal e que ainda elabora um laudo do valor total que vai considerar outros fatores como o prejuízo às comunidades pesqueiras e ao turismo.

Ao saber das declarações da PF, Raimundo Silva, o Siri, avalia que é muito frágil o desfecho. “Não deixa claro se serão obrigados a arcar com a responsabilidade pelo crime. Isso precisa ser melhor explicado”. Para ele, o envolvimento dos funcionários pode abrir brechas jurídicas para que a empresa seja isentada.

Ele é morador da comunidade da Onça, que fica em Cairu, Baixo-Sul da Bahia, bem perto da Ilha Boipeba. “A gente já enfrenta tantas lutas, como territoriais com as invasões de grandes resorts, de registro de pescadores, direitos previdenciários… e aí então, vieram as manchas de óleo e a pandemia na sequência”. Depois do desastre, vieram os impactos ambientais, sociais e econômicos, agravados pela crise sanitária.

“Vejo matérias de TV falando que o governo teve um prejuízo milionário. Mas e nós? Fomos nós que sofremos mais. Falam que os governadores fizeram isso, os prefeitos aquilo. Mas o prefeito da minha cidade pediu à população que não se alimentasse com os peixes e mariscos. E daí, até o que tínhamos armazenados nos refrigeradores de semanas anteriores, nem estes conseguimos vender”.

Ele viu também celebrarem a ação do Ibama, da Secretaria do Meio Ambiente, a Marinha. “Mas fomos nós pescadores que tiramos o produto da praia. Não recebemos equipamentos, não tinha instrução alguma, tiramos o óleo do mar, dos corais. Agentes do Ibama, por exemplo, só chegaram dias depois e ficaram sobrevoando de helicóptero”.

Siri ressalta que não houve reconhecimento e tampouco suporte.

Até hoje muitos tentam resolver suas vidas, pois tiveram que contrair empréstimos e outros, que já tinham dívidas, as viram se acumular.

“O governo federal falou de antecipar o seguro defeso, um benefício que recebemos no período de desova. Mas já estava inclusive, devendo a muitos pescadores, defesos anteriores. Daí alguns poucos foram contemplados com auxílios… tinha gente nessa lista, que já tinha morrido! Então, não sabemos quais os critérios o governo utiliza para escolher quem vai ou não receber”.

Então, na pandemia alguns conseguiram receber a primeira parte do auxílio e foi só, porque o governo fez um cruzamento de dados e negou a segunda parcela, alegando que já tinham recebido auxílio.

Siri diz que segue na luta, resistindo. “Afinal, o mar é uma empresa que não fecha. Não demite, não reclama quando eu chego atrasado e não entra em falência. Somos pescadores, empreendedores e nosso empreendimento é livre”.

Andrea Gaivotas, da Comissão Pastoral dos Pescadores da Bahia diz que há muita apreensão dada a falta de perspectiva de reparação a essas comunidades. “Ficaram ainda mais vulneráveis com a pandemia, justo quando começavam a se recuperar”. A demora em se descobrir os culpados também foi motivo de preocupação, porque era algo que outros órgãos já tinham apontado em 2019.

“Acendeu um alerta sobre as ações do Brasil em relação à reparação e mitigação. Falou-se muito sobre os prejuízos das rede hoteleira, bares e restaurantes, mas os pescadores e pescadoras foram invisibilizados. Eles, que usaram braços, mãos e pés para retirarem o petróleo do mar e praias”, diz Andrea.

“Como é que o Brasil vai agir daqui para a frente? Continua investindo na exploração de petróleo, mas não há um plano de contingência. Não há um sistema de monitoramento. O governo demorou muito até para reconhecer que havia um problema. Foram os pescadores e pescadoras que avistaram as manchas! Eles devem ser indenizados e reivindicam ações de reparação”.

Uma CPI foi aberta na Câmara dos Deputados para apurar o caso, mas foi encerrada em abril após limite imposta pelo regimento. À época, a gestão do Ministério do Meio Ambiente foi alvo de críticas de ambientalistas e órgãos como o Ministério Público Federal. Ignorando o problema o quanto pôde, o governo demorou para consolidar um plano de contingência e ainda negou que tivesse demorado na tomada de ações.

Fonte: MÍDIA NINJA

O ciclo de reabertura dos principais equipamentos culturais do RN começou!

Governadora, FÁTIMA BEZERRA

 O ciclo de reabertura dos principais equipamentos culturais do RN começou!

Com imensa alegria estamos reabrindo hoje este que é o templo das artes plásticas do nosso estado! Após cinco anos fechada, a Pinacoteca Potiguar está oficialmente de portas abertas a toda a população!
Esse não é um prédio qualquer, de forma nenhuma. Há quase 150 anos o Palácio Potengi faz parte da história do RN. Aqui investimos mais de 6,4 milhões na restauração da estrutura e implantação de acessibilidade, por meio do projeto @projetogovernocidadao em parceria com a @seturrn.
Este já é o Governo que mais investiu na cultura do RN, e a boa notícia é que até 31 de dezembro todos os principais equipamentos histórico-culturais do estado (TAM, Fortaleza dos Reis Magos e Biblioteca Câmara Cascudo) serão devolvidos a quem é de direito: o povo!
Valeu pelo empenho @projetogovernocidadao, @seturrn, @culturarn, @infraestruturarn e a toda nossa equipe que trabalhou diuturnamente para que esse sonho finalmente fosse realizado!
Viva a Pinacoteca do Estado! VIVA A NOSSA CULTURA POTIGUAR!
Fotos: Elisa Elsie/ Sandro Menezes

Ensaio para o Recital de Natal da Casa de Cultura Palácio Dehon Caenga d...


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30 Músicas Brasileiras que marcaram sua Vida! (Anos 70 e 80) Com os Nomes!


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Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores - ( Geraldo Vandré )


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SE LIGA, HEIN! Campanha da UBES incentiva secundas a tirar título de eleitor

"Nós, jovens estudantes, temos o DNA da rebeldia e precisamos entender que isso precisa ser visto nas urnas”.

A importância do voto do jovem e o aumento da sua presença na política do país sempre foi uma das bandeiras da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES). Mas segundo dados do TSE, a procura dos adolescentes para tirar o documento caiu, em média, quase 30% em todo o país em comparação à eleição de 2014. Para conversar com os estudantes sobre a necessidade de ser o agente de seu próprio futuro, a entidade retomou a campanha histórica Se Liga 16, mas com uma diferença – o nome mudou para SE LIGA HEIN! A ideia é aproveitar um bordão bem conhecido da internet, que não sai da boca dos estudantes do Brasil.

“Muitos estudantes não sabem, mas em 1988, durante as discussões da Assembleia Constituinte, a UBES lutou e conquistou o voto facultativo para os jovens de 16 e 17 anos já nas eleições. Esses mesmos estudantes secundaristas “cara-pintadas” foram os principais personagens da campanha “Fora Collor!”, que em 1992 arrastaram multidões pelo país após o presidente Fernando Collor de Mello se envolver em escândalos de corrupção. E a volta do nosso protagonismo nunca se fez mais urgente”, explica Rozana Barroso, presidenta da entidade.

A campanha Se Liga Hein! é baseada em ações dos Grêmios Estudantis dentro das escolas, panfletagem e informações nas mídias sociais. A ideia é disponibilizar as informações, principalmente que hoje se pode tirar o título de eleitor online:

“Desde 1988 a UBES sempre incentivou os estudantes a participarem das decisões políticas de nosso país. É fundamental que estejamos presentes nas eleições assim como em candidaturas. Nós, jovens estudantes, temos o DNA da rebeldia e precisamos entender que isso precisa ser visto nas urnas”

A entidade reforça para os estudantes que só com a sua participação será possível ver e viver uma real mudança no Brasil. “É por meio das leis construídas no Congresso que podemos garantir nossos direitos, como uma educação de qualidade e mais igualitária para todos. É só pelo nosso voto que poderemos ver novamente um Enem mais justo, uma escola mais inclusiva e ter cada vez mais brasileiros na Universidade”, finaliza Rozana.

Fonte; UBES

'Neopentecostalismo é a religião do neoliberalismo', diz Gilberto Nascimento

 

Edir Macedo e Gilberto Nascimento (Foto: Reprodução | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

Escritor discorreu sobre o crescimento das igrejas evangélicas no país e ponderou sobre possibilidades de diálogo com a esquerda.

Opera Mundi - No programa 20 MINUTOS ENTREVISTA desta quarta-feira (01/12), o jornalista Breno Altman entrevistou o escritor Gilberto Nascimento sobre o crescimento das igrejas evangélicas e sua relação com a política brasileira.

“O neopentecostalismo é a religião do neoliberalismo porque tem essa coisa do empreendedorismo, da busca por prosperidade, por ganhar bem. E é um discurso que ressoou com setores menos privilegiados da população. A teologia da prosperidade diz que a riqueza é uma bênção de Deus, que ele quer ver as pessoas ricas e prósperas, então basta doar a Deus e, por tabela, à igreja e ao pastor, que você irá receber”, começou explicando o jornalista.

Assim, a lógica das igrejas fundamentalistas se assemelharia mais à de uma empresa que quer aumentar seu poder de influência sobre a população e a política para obter benefícios financeiros. Nascimento reforçou esse argumento contando que chegou até a ler o livro do pastor Edir Macedo, publicado em 2007, “e não consegui ver ali fundamentação política ou ideológica”. 

Nesse sentido, o grupo — que não é único e homogêneo, chegando até a existir evangélicos de esquerda — não teria um projeto de poder de construir um Estado teocrático cristão: “Acho que se eles conseguissem, iam adorar, mas não dá para dizer que têm esse projeto. Por enquanto têm relações mais pragmáticas e fazem alianças em torno de interesses e objetivos específicos”.

Por isso, também se trata de um grupo que, apesar de ter suas preferências políticas, se transforma a cada governo “para poder se dar bem com o grupo que for”. O jornalista destacou que os evangélicos da Assembleia do Reino de Deus e da Universal, os dois grupos mais poderosos e conservadores, chegaram a demonizar o Partido dos Trabalhadores e Lula, mas, quando ele venceu as eleições, “embarcaram de maneira intensa no governo”.

“Aliás, mesmo nas eleições de 2018, com Bolsonaro, que era o candidato mais próximo ao que eles queriam, Edir Macedo começou apoiando Geraldo Alckmin, porque se pensava que ele tinha mais chances de ganhar do que Bolsonaro”, ponderou.

Fonte: BRASIL 247

LIVES DA BN | O centenário de Edson Nery da Fonseca (1921-2021)

Edson Neryda Fonseca, 

Figura essencial no processo civilizatório brasileiro, homem que consolidou o ensino de biblioteconomia no Brasil, se vivo estivesse – faleceu em 2014 – celebraria 100 anos no dia 6 de dezembro.

Gilbertólogo, ensaísta, crítico literário, renomado memorialista, graduado em Biblioteconomia e oblato do Mosteiro de São Bento de Olinda, Edson Nery da Fonseca foi fundador de diversos cursos de biblioteconomia de graduação e pós-graduação, e sua vida, portanto, se confunde com a história da biblioteconomia brasileira.

Edson tornou-se bibliotecário depois de receber uma bolsa de estudos nos Cursos da Biblioteca Nacional, que funcionavam no porão habitável do imponente edifício da Cinelândia, à época de Rubens Borba de Moraes. Antes disso, porém, chegou a passar as tardes na Seção de Manuscritos e Obras Raras, ajudando Gilberto Freyre em suas pesquisas.

Em novo episódio da série “LIVES DA BN", Germana Monte-Mór, Claudio Leal e Humberto Werneck discorrerão sobre a importância deste grande expoente da biblioteconomia. E para comentar Joaquim Marçal Ferreira de Andrade e Luciana Grings.

A Fundação Biblioteca Nacional convida para mais um episódio da série "LIVES DA BN"

Segunda-feira, 6 de dezembro de 2021, às 17:00

O centenário de Edson Nery da Fonseca (1921-2021)

Por Germana Monte-Mór (Artista Plástica), Claudio Leal (Jornalista e Pesquisador) e Humberto Werneck (Jornalista e Escritor)

Comentários de Joaquim Marçal Ferreira de Andrade (BNDigital-FBN) e Luciana Grings (CPP-FBN)

Claudio Leal é jornalista. Faz perfis, entrevistas, críticas e reportagens para os cadernos Ilustrada e Ilustríssima, da Folha de S. Paulo. É mestre em História, Teoria e Crítica do cinema na Escola de Comunicações e Artes (ECA), da USP. Atualmente, cursa o doutorado na mesma instituição.

Germana Monte-Mór é artista plástica formada em Antropologia pela UFRJ (1982), artes Plásticas pela FAAP (1989) e mestrado em Poéticas Visuais na ECA-USP (2002). Realiza exposições individuais e coletivas desde a década de 1990. Com destaque nas exposições Capela do Morumbi 2000, Centro Universitário Maria Antônia 2002, Paço Imperial RJ 2003/04, Projeto amigos da gravura, Museu Chácara do Céu RJ 2004, Entrantes, Estação Pinacoteca SP 2005, Layers of Brazilian Art, Falcouner Gallery, Iowa, USA 2003. Bienal do Mercosul Porto Alegre 2005, Modernstarts-Arte contemporânea na coleção Século XX de Pila Citoler Córdoba, Espanha 2009. Ganhou prêmios aquisição em diversos salões e a Bolsa Vitae de arte 2004. Publicou o livro Da Cabra, que é uma coletânea de sua obra pela editora Martins Fontes 2013 e participou da Residência no Museu Iberê Camargo em 2014. Germana faz um trabalho de curadoria desde 2008, na Galeria Estação e no Instituto do Imaginário do Povo Brasileiro. Foi curadora da Exposição Teimosia da Imaginação em 2012 no Instituto Tomie Ohtake. Ganhou o prêmio Jabuti 2019 pela organização e edição do livro Arte popular brasileira: olhares contemporâneos, ed. M.F. como melhor livro de arte 2018.

Humberto Werneck é escritor e jornalista, é mineiro de Belo Horizonte e vive em São Paulo desde 1970. É editor do Portal da Crônica Brasileira, do Instituto Moreira Salles, e editor sênior de Quatro Cinco Um -- A revista dos livros. Publicou, entre outros livros, O desatino da rapaziada -- Jornalistas e escritores em Minas Gerais e O Santo Sujo -- A vida de Jayme Ovalle. Prepara uma biografia de Carlos Drummond de Andrade.

Joaquim Marçal Ferreira de Andrade é Coordenador da Biblioteca Nacional Digital (BND) da Fundação Biblioteca Nacional, lotado no CPP – Centro de Processamento e Preservação. É também curador, pela BN, do portal Brasiliana Fotográfica. Trabalha na instituição há mais de 35 anos, onde atuou como designer e chefiou a Seção de Promoções Culturais, a Divisão de Fotografia e a Divisão de Iconografia. Coordenou o projeto de resgate da coleção de fotografias doada pelo imperador d. Pedro II - hoje inscrita no Registro Internacional do Programa Memória do Mundo, da Unesco. Co-autor, com a bibliotecária Celia Zaher, do projeto do Laboratório de Digitalização da Biblioteca Nacional Digital. Bacharel em desenho industrial (ESDI/UERJ), mestre em design (PUC-Rio) e doutor em história social (IFCS/UFRJ), é professor agregado do Departamento de Artes & Design e do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio, e leciona no curso de pós-graduação lato sensu Fotografia & Imagem do IUPERJ/Universidade Cândido Mendes. Curador de exposições, perito judicial em fotografia e artes gráficas e autor de ensaios sobre a história da fotografia, das artes gráficas e do design, é autor de "História da Fotorreportagem no Brasil - a fotografia na imprensa do Rio de Janeiro de 1839 a 1900" (Rio de Janeiro, Campus/Elsevier, 2004) e "Milan Alram" (Rio de Janeiro, Bazar do Tempo/Edições de Janeiro, 2015). É membro correspondente da Câmara Técnica de Documentos Audiovisuais, Iconográficos, Sonoros e Musicais do Conselho Nacional de Arquivos/Conarq. Integrou o Comitê Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo, da Unesco, representando a Biblioteca Nacional e o Ministério da Cultura.

Luciana Grings é Mestre e Doutora em Memória Social pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Possui graduação em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e especialização em Educação Infantil também pela UFRGS. Em 2005, foi professora substituta dos cursos de Biblioteconomia e Arquivologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Desde 2009 é Coordenadora de Serviços Bibliográficos da Fundação Biblioteca Nacional, responsável pelas áreas de Depósito Legal, Intercâmbio e processamento técnico. Foi membro do Comitê Permanente da IFLALAC e do Comitê Técnico de Avaliação de Projetos da Associação de Estados Iberoamericanos para o desenvolvimento das Bibliotecas Nacionais de Ibero-América (Abinia). Fruto de sua tese de doutoramento, em 2021 lançou “O Leigo e a Especialista – memórias da administração da Biblioteca Nacional nas décadas de 60 e 70” (Fundação Biblioteca Nacional, 2021).

Acesse o canal da FBN no Youtube para acompanhar esse e outros eventos:

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