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domingo, 19 de dezembro de 2021

Qual a origem da praia de Ponta Negra em Natal - RN ? - Henrique Araújo -

 

Qual a origem da praia de Ponta Negra em Natal - RN?

A praia de Ponta Negra é famosa mundialmente, principalmente por ajuda do seu emblemático Morro do Careca, uma duna enorme que recebeu esse nome por um conceito antigo: o da aparência semelhante a uma pessoa careca, ou melhor, pelo menos calva.

Mas como surgiu a praia e seu nome? Uma das primeiras referências históricas a praia de Ponta Negra é a descrição do período da ocupação holandesa, em 1633. Registros de 1877 falam que existia uma casa de oração na povoação da “Ponta Negra”, que era uma escola pública exclusiva para o sexo masculino.

Praia de Ponta Negra (Natal-RN) nos anos 1920. Foto: Luis Grevy. Acervo: Jaeci Emerenciano.

Estima-se que, até o século passado, a Vila de Ponta Negra, centro do bairro, era habitada quase que somente por indivíduos ligados à atividade pesqueira, entre pescadores, ajudantes, suas companheiras e etc. Mas lá também haviam roçados para ajudar na economia doméstica, além do trabalho de renda de almofadas feitas por mulheres artesãs.

Após a Segunda Guerra Mundial, com a forte influência norte-americana na cidade de Natal de apreciar a praia, tomar banhos de mar, e etc, foram iniciadas construções de casas de veraneio. O desenvolvimento da Vila, núcleo do povoamento da área, teve início na década de 40. Nesse período, o Governador José Varela construiu o primeiro chafariz, localizado atrás da igreja e reconstruído, em 1931, pelo Bispo Dom Marcolino Dantas. Mais tarde, outro chafariz foi construído na Rua do Corrupio e aí foi implantada a energia elétrica.

Praia de Ponta Negra (Natal-RN) antigamente. Foto: Jaeci Emerenciano.

Só por volta da década de 90 foi que o turismo começou a se desenvolver no bairro, e alguns anos depois chegaram investimentos estrangeiros, principalmente italianos, portugueses e outros europeus.

Existem duas teorias para a origem do nome “Ponta Negra”. A primeira conta que, na época das grandes navegações, os Portugueses avistaram aquela região da costa com a característica de possuir pontas de pedras negras surgindo da água, por isso, o nome da região virou “ponta” Negra.

A segunda possibilidade diz que em meados do século XIX houve uma eventual proibição da importação de escravos africanos ao Brasil, pela qual surgiram pontos clandestinos de desembarque, e um deles seria naquele ponto do litoral, ficando o nome Ponta “Negra”. E você em qual teoria acredita mais?

E se você gostou não deixe de ver este lindo post com 5 comparações de fotos antigas e recentes de Ponta Negra [pelo mesmo ângulo]

Com informações de Praiamar Hotéis

Fonte: https://curiozzzo.com

Governo do RN reabre as portas do TAM com sessão para operários - " CONFIRA PROGRAMAÇÃO!" - Eduardo Vasconcelos - Presidente do CENTRO POTIGUAR DE CULTURA - CPC-RN


FAPERN/RN

Ação inédita do Governo do RN reabre as portas do TAM com sessão para os operários das obras de reforma

“É com grande satisfação que a gente recebe esse convite da governadora para estar aqui. Isso é uma forma de reconhecimento para nós que trabalhamos”. A fala de Carlos Alexandre expressa a emoção dos operários que atuaram na restauração do Teatro Alberto Maranhão (TAM). Depois de seis anos fechado para reforma, a reabertura do prédio centenário aconteceu nesta sexta-feira (17), com um espetáculo direcionado estritamente aos trabalhadores das obras e seus familiares. Para a grande maioria dos trabalhadores, é a primeira vez que frequentam um teatro.

“Essa pré-estreia tem a marca de um governo realmente de perfil popular. O primeiro espetáculo é dedicado aos operários, aos trabalhadores e trabalhadoras que construíram essa reestruturação”, ressaltou a governadora Fátima Bezerra.

Parafraseando a letra da música “Cidadão”, poeta baiano Lúcio Barbosa, interpretada em sessão especial de reabertura do TAM por Genildo Costa, o Governo do Rio Grande do Norte abre as portas para os trabalhadores que puseram a massa, fizeram cimento e ajudaram a rebocar uma obra de imensa relevância para a cultura e para a história do Estado.

“Nós estamos quebrando paradigmas ao abrir o Templo da Cultura do Estado justamente para os trabalhadores. Algo que começa hoje mas continua, porque todos os espetáculos, todos os eventos que foram de responsabilidade da Fundação José Augusto nós garantimos cotas de ingressos para alunos de escolas públicas”, afirmou o presidente da Fundação José Augusto (FJA), Crispiniano Neto.
A sessão especial contou com os shows de Jessier Quirino e Forró Meirão, além da interpretação por Genildo Costa das canções “No Brasil de Canto a Canto tem suor Nordestino”, do poeta potiguar Antônio Francisco, e “Cidadão”, do poeta baiano Lúcio Barbosa que foi eternizada na voz de Zé Geraldo. Aécio Cândido, recitou “O Operário em construção”, de Vinícius de Morais, e o poeta Antônio Francisco também se apresentou.

A restauração do TAM custou R$ 2,5 milhões viabilizados pelo acordo de empréstimo junto ao Banco Mundial. E, pela primeira vez, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) fiscalizou as obras, para garantir a preservação da história do teatro.
História
O Teatro Alberto Maranhão foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Rio Grande do Norte. Inicialmente chamado de Teatro Carlos Gomes, começou sua construção em 1898, sendo inaugurado pelo Governador Alberto Maranhão em 24 de março de 1904.

Em 1957, então denominado de Teatro da Municipalidade, o prefeito de Natal, Djalma Maranhão mudou seu nome para Teatro Alberto Maranhão.

Em mais de cem anos de existência, o TAM recebeu os maiores nomes da dança, música e dramaturgia, sendo considerado por artistas nacionais como um dos mais belos teatros públicos do Brasil.

Programação

Além da sessão especial para os operários que atuaram nas obras do prédio, antes da abertura oficial para o público, será realizada uma solenidade oficial no sábado (18), a partir das 19h, com a presença de autoridades e convidados.

Com uma programação gratuita até o dia 23, o primeiro evento aberto ao público ocorre domingo (19), às 18h. Os ingressos são gratuitos e precisam ser retirados pelo site Sympla.

 19/12 - Horário: 18h - Concerto Oficial da Orquestra Sinfônica do RN
 20/12 - Horário: 19h - Mostra de curtas-metragens da Lei Aldir Blanc RN
 21/12 - Horário: 19h - Cantata Brincante do Sesc
 22/12 - Horário: 19h - Quarta da Dança
 23/12 - Horário: 19h - Ópera “O Empresário” – Grupo Lyricus

Fonte: http://www.cultura.rn.gov.br

Mariana Félix: Slam é uma ferramenta para a democratização da leitura

Escritora e poeta falou sobre sua trajetória, batalhas de rua de poesia e a importância da produção literária da periferia; veja vídeo na íntegra.

Opera Mundi - No programa SUB40 desta quinta-feira (16/12), o jornalista Breno Altman entrevistou a escritora e poeta formadora do projeto Slam Interescolar Mariana Félix.

Ela contou que quis ser escritora desde pequena, mas via a literatura e, sobretudo, a poesia, como coisas distantes, de linguagens rebuscadas. Em 2014, quando conheceu os slams e os saraus, “ressignifiquei minha relação com a literatura”.

Os slams são batalhas de poesia dos quais qualquer um que possua três poemas autorais de até três minutos cada pode participar gratuitamente. Eles acontecem na rua, “a maioria nas quebradas”. Não é permitido usar nenhum instrumento, objeto, cenário ou fantasia, “é só você, seu corpo e a palavra”.

Os poetas são avaliados por um júri popular, escolhido aleatoriamente entre aqueles que estão assistindo — também de forma gratuita —, recebendo notas de zero a dez e, ao final da batalha, sai um campeão ou campeã. Os prêmios variam, mas em geral são livros, conforme explicou Félix.

Ela falou sobre seu aprendizado com o slam: “Me deu a noção de que sou uma pessoa, noção de luta de classe, de feminismo, me fez me enxergar pela primeira vez como uma pessoa preta. As poesias têm três minutos então têm muito conteúdo. A poesia é uma ferramenta. Quando eu cheguei, havia poucas mulheres, hoje elas tomaram a cena de assalto. Eu não li grandes feministas, mas aprendi sobre feminismo na rua”.

A escritora reforçou que o slam faz com que os participantes entendam de política sem que pareça ser uma conversa sobre política, estimula a cidadania, e argumentou que essa expressão literária, típica da periferia, é importante para a democratização da leitura “e para combater o analfabetismo funcional, porque existe um déficit de compreensão de texto, um déficit em se expressar por escrito com coerência”.

Slam Interescolar

Assim, o slam, além de seus livros — que ela escreve e vende de forma totalmente independente —, é o outro foco da vida profissional de Félix, uma das dez poetas formadoras do projeto Slam Interescolar. 

O projeto consiste em montar batalhas de slam em escolas públicas da periferia. Há um encontro inicial com os alunos para explicar a dinâmica, e um segundo encontro que é o slam em si, assistido por todo colégio.

“A recepção dos estudantes é extraordinária. Os professores e diretores nos dizem que a escola muda quando entra o slam. Os jovens começam a colocar na mesa bullying, racismo, machismo e isso muda o ambiente escolar. Além de que os estudantes se sentem protagonistas das próprias histórias, se sentem valorizados. Quando alguém te ouve em silêncio, você sente que é importante, e isso é muito significativo principalmente no ambiente da periferia”, destacou.

Ela afirmou que o projeto não tem tanto sucesso em escolas particulares. Existiram algumas tentativas, mas os adolescentes acabam sendo censurados ou tolhidos pelos pais, “há um controle sobre o conteúdo que escrevem”. Mas, “tudo bem”, ponderou a escritora, “é uma expressão cultural da periferia de qualquer forma”.

O slam e a esquerda

Félix também refletiu sobre as formas como o slam poderia contribuir para a luta da esquerda, e apontou para o aspecto da comunicação, “em que a esquerda sempre peca”.

“A esquerda, quando se expressa, principalmente quando é uma esquerda intelectual, não se utiliza de ferramentas objetivas, usa termos academicistas que uma população com precariedades não tem condições de entender. Acho que o slam traz essa comunicação mais direta sem deixar de ser lírico. O slam é lindo porque é simples”, reforçou.

Diante de um possível novo governo de esquerda, a escritora ainda discorreu sobre a necessidade de novas políticas culturais. Ela frisou a importância de eleger um governo de esquerda em São Paulo, especificamente, para a implementação formal do slam nas grades extracurriculares das escolas públicas e aumentar a quantidade de editais de financiamento para projetos literários, como o Slam Interescolar — “isso causaria um impacto importante para diminuir o analfabetismo funcional”.

Fonte: BRASIL 247