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domingo, 2 de agosto de 2020

Quilombos no Brasil já têm mais casos de Covid-19 do que a população de Cuba - Por Jornalistas Livres

O novo coronavírus avança nos territórios quilombolas no Brasil, atingindo um número total de casos confirmados que supera as estatísticas de países inteiros. Segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras e Rurais Quilombolas (Conaq) nessa quarta (29), foram confirmados 3.798 casos de Covid-19 nas comunidades remanescentes de quilombos.

Márcia Maria Cruz – Reproduzido do

DE OLHO NOS RURALISTAS

O número é 48,6% maior do que o total de casos registrados em Cuba, país que, entre os séculos 17 e 19, passou por um processo similar de formação de quilombos, conhecidos ali como palenques. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), até 29 de julho o país caribenho havia registrado 2.555 casos para uma população de 11,47 milhões de habitantes.

Não existem no Brasil dados oficiais sobre a população quilombola. A categoria seria incluída pela primeira vez no Censo 2020, adiado por conta da pandemia. Segundo estimativa da Fundação Cultural Palmares, as 3.212 comunidades certificadas até 2019 possuem 1,2 milhão de habitantes.

Estado com maior número de comunidades remanescentes de quilombos identificadas, o Pará também responde pela maioria dos casos de Covid-19, com 40,5%, seguido por Rio de Janeiro (22,2%), Maranhão (16,8%) e Amapá (8,9%).

O número total de casos nos quilombos brasileiros supera também o total de registros de Covid-19 da população inteira de países como Nicarágua, Líbia e Congo. E começa a se aproximar do total de casos do Paraguai.

O país caribenho mantém na página do Ministerio de Salud Pública (MSP) um boletim diário detalhando os casos de coronavírus no país, incluindo o perfil médico de cada um dos infectados. Sem novos óbitos há duas semanas, Cuba teve 87 mortos por Covid-19. Segundo o registro governamental, não houve óbitos de quilombolas cubanos.

Os descendentes dos africanos escravizados que se rebelaram para formar os palenques são chamados em Cuba de cimarrones. O termo é oriundo do espanhol cima, ou cimeira, uma referência às regiões montanhosas onde esses quilombos eram construídos.

Conforme narra Gabino La Rosa Corzo no livro “Los palenques del oriente de Cuba: resistencia e acoso“, as comunidades cimarronas se concentravam em grande parte na porção oriental da ilha, principal região de produção de cana-de-açúcar e para onde a maioria dos africanos eram levados. Ainda hoje, as províncias orientais de Santiago de Cuba e Guantánamo detêm a maior porcentagem de negros entre a população geral fora da capital: 14,2% e 12,8%, respectivamente. Muitos deles, descendentes de cimarrones.

Assim como o Brasil, Cuba foi um dos últimos países do continente a abolir a escravidão. Em 1880, o rei espanhol Afonso XII promulgou a Lei do Patronato, que proibia a compra e venda de escravos na colônia, mas permitia aos donos de escravos manter a mão-de-obra sob um regime de patronato que, na prática, pouco diferia da escravidão. A abolição total só viria em 1886, dois anos antes do Brasil.

Cuba guarda ainda outra semelhança com nosso país. A população negra cubana convive com índices de pobreza elevados e é alvo constante da violência policial. Em 27 de junho, o assassinato do jovem Hansel Ernesto Hernández Galiano por agentes da Polícia Nacional despertou uma onda de protestos em Havana, levando à prisão de ativistas.

De acordo com o boletim da Conaq, o número de mortes registradas nos territórios quilombolas do Brasil chegou a 138, cinco a mais que no último levantamento, de 13 de julho. A maior parte delas ocorreu na região Norte (44,2%), seguida do Sudeste (29,0%) Nordeste (23,9%) e Centro-Oeste (2,9%). O Pará ocupa o primeiro lugar também em número de mortos, 40. O Rio de Janeiro é o segundo estado com mais mortes (37), seguido do Amapá (19), Maranhão (12) e Pernambuco (9).

Descaso

“O aumento no números de casos nas comunidades quilombolas demonstra o descaso do poder público”, afirma Sandra Maria da Silva Andrade, diretora da Federação Quilombola do Estado de Minas Gerais e integrante da coordenação executiva da Conaq.

— Já não tínhamos assistência de saúde adequada antes da pandemia. Neste momento de expansão da doença, precisávamos de um olhar específico, um atendimento da população quilombola. Fomos descartados pelo governo!

Além da invasão dos territórios por grandes empreendimentos, o atraso no repasse do auxílio emergencial aos quilombolas faz as pessoas das comunidades terem de ir até a área urbana, ficando assim mais expostas ao contágio.

Líder da comunidade Carrapato da Tabatinga, em Bom Despacho (MG), Sandra alerta para a subnotificação. Com 2.226 habitantes, seu quilombo é um dos que ainda não recebeu testes.

“Temos casos de Covid-19, mas as autoridades não notificam”, diz ela. “Não estamos sendo contabilizados. As pessoas estão morrendo e os governos não fazem a notificação. Colocam qualquer coisa como causa da morte, mas não falam que é a Covid-19. A gente sabe que é. Mas eles não têm feito o teste nas pessoas”.

Foto principal (Governo de São Paulo): Testagem no quilombo Peropava, em Registro, interior paulista

VÍDEO: Aos 7 anos, menino do Pará bomba na internet declamando poemas que ele mesmo cria - por Joaquim de Carvalho


Vários vídeos de Mateus circulam pela internet. Ele é de Óbidos, no Pará. Neste poema, elogia os profissionais de saúde, que “podem ser considerados heróis”.

Mateus também fala da injustiça social. “Dinheiro não é tudo, somos todos iguais”, declama.

Ele tem um objetivo na vida: ser um poeta famoso e ajudar a mãe, que é chamada de lesa, e a mãe, que é cega. Em outro poema, ele conta que é filho de pai desconhecido.

Com versos de qualidade, criado num ambiente de pouco incentivo à cultura, Mateus pode ser considerado um fenômeno.

Fonte: Diário do Centro do Mundo - DCM

SOCIEDADE - Apesar de restrição, Rio de Janeiro tem praias cheias no domingo

Créditos: EBC

CRÉDITOS: EBC

Embora o banho de mar esteja liberado desde o sábado, banhistas não podem permanecer na areia.

No primeiro domingo após o início da fase 5, o Rio de Janeiro teve praias lotadas, o que ainda não é permitido. Embora o banho de mar esteja liberado desde o sábado 1, continua proibida a permanência de banhistas na areia.

Não foi o que se viu pela praia de Copacabana, zona sul do Rio, que teve aglomeração de pessoas. Uma equipe da Globo News que transitou entre os postos 5 e 6 afirmou não ter visto fiscalização.

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O cenário também foi visto na Praia Vermelha, na Urca, na Zona Sul, onde pessoas se reuniram na areia, com cadeiras, cangas e sem usar máscaras.

Segundo as regras previstas, ambulantes podem operar das 7h às 18h nas praias e logradouros, sem aluguel de cadeiras e barracas e sem bebida alcoólica. O banho de mar está liberado, desde que não haja permanência na areia. O uso de caixas térmicas está proibido.

O Estado do Rio de Janeiro acumula 167.213 casos confirmados e 13.556 mortes, segundo dados divulgados no sábado 1.


Fonte: CartaCapital

EDUCAÇÃO - Escolas particulares do Rio de Janeiro adiam retomada de aulas presenciais

Volta às aulas ainda não foi definida. Foto: Agência Brasil.

VOLTA ÀS AULAS AINDA NÃO FOI DEFINIDA. FOTO: AGÊNCIA BRASIL.

O prefeito Marcelo Crivella tinha autorizado a retomada das aulas para 4º, 5º, 8º e 9º anos, a partir da segunda-feira 3.

As escolas particulares do Rio de Janeiro decidiram não retomar as aulas presenciais na cidade a partir da segunda-feira 3. A decisão foi anunciada no sábado 1, depois que o Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Região (Sinpro-Rio) realizou uma assembleia virtual com mais de 500 docentes.

O sindicato afirmou que a categoria só retornará às atividades presenciais “com o respaldo dos órgãos oficiais da ciência (OMS, Fiocruz, UFRJ e UERJ) e com base em rígidos protocolos de segurança”.

Uma nova assembleia ficou agendada para o dia 15 de agosto. A diretoria do Sinpro-Rio ainda afirmou que pode antecipá-la, em caso de necessidade.

O sindicato já havia publicado uma nota em seu site contra o retorno às aulas presenciais. Na comunicação, o sindicato afirma que o número de mortos no Brasil ultrapassa um Maracanã lotado. O estádio tem capacidade para 78.838 pessoas. No País, os mortos são 93.616, com base nos dados divulgados no sábado 1.

“E mesmo com essa tragédia, há quem defenda a volta às aulas presenciais, publicando vídeos que negam a ciência”, disse o Sinpro-Rio, em clara referência à campanha veiculada pelo Sinepe-Rio, que usou de tom negacionista para estabelecer campanha pela volta às aulas.

“A ciência é o único farol que nos norteia neste momento triste e nebuloso. Negá-la é contribuir para o aumento substancial de mortes. Não há como retornar às aulas presenciais fechando os olhos para o que a ciência vem nos alertando: a ausência de testes em massa e a flagrante subnotificação de dados denunciam que o nosso município não está em curva decrescente na evolução da epidemia”, acrescentou o sindicato.

O prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) havia permitido o retorno das escolas particulares a partir do dia 3 de agosto. Seguindo Crivella, a retomada seria voluntária e válida para estudantes, professores e funcionários dos 4º, 5º, 8º e 9º anos.

Fonte: CartaCapital