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segunda-feira, 29 de junho de 2020

Reitor da UEPB tenta impor ensino remoto na instituição e ataca seção sindical dos docentes da Universidade

O reitor da Universidade do Estado da Paraíba (UEPB) encaminhou uma minuta de resolução para estabelecer normas para atividades não presenciais durante a pandemia, num processo de consulta pública virtual. O documento torna obrigatório, tanto para docentes quanto para estudantes, o ensino remoto. 
A minuta foi elaborada após uma pesquisa virtual com estudantes, cujos resultados são questionados pela Associação dos Docentes da UEPB – Aduepb Seção Sindical do ANDES-SN. O texto está sendo analisado pelos Conselhos Superiores da UEPB.
“A universidade quer continuar o semestre como se nada estivesse acontecendo. Como se a vida continuasse normalmente nessa pandemia, como se tivesse uma transposição automática do ensino presencial para o ensino remoto. É um assunto muito delicado para toda a comunidade acadêmica que precisa de muito debate”, denuncia Mauriene Freitas, presidente da Aduepb SSind.
Por se posicionar contrária ao ensino remoto excludente, a seção sindical foi alvo de ataque por parte do reitor da universidade. Em participação no programa Jornal do Meio-Dia, na rádio Campina FM, Antônio Guedes Rangel Júnior criticou a seção sindical e acusou de boicotar a pesquisa sobre condições de acesso à internet e a adesão às aulas remotas.
Uma avaliação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese, realizada a pedido da direção da Adueb SSind, mostrou várias contradições entre o discurso adotado pela Reitoria e os resultados da pesquisa realizada pela instituição.
A pesquisa mostrou que 51,92%, de aproximadamente 16 mil alunos que a universidade possuía em 2019, sequer responderam o questionário. Esse percentual, acrescido dos 10,98% que não possuem computador geraram uma maioria de 62,9% no segmento que não opinaram ou estão sem condições de acompanhar o ensino remoto. Apenas 37,1% disseram possuir computadores, mesmo que de forma compartilhada. 
Entre os professores, os percentuais foram semelhantes, com 68,28% não respondendo ao questionário, não possuindo condições de trabalho em casa ou possuindo parcialmente. Apenas 31,72% conseguiriam cumprir suas obrigações num regime de trabalho remoto. Mas o resultado não arrefeceu o ânimo da reitoria em implantar o ensino virtual.
“A Aduepb SSind., assim como o ANDES-SN, é contra as aulas remotas porque, nas condições atuais, não existe condição de aulas para todo mundo. Para se ter aula remota, todos têm que ter acesso. Para ilustrar isso, a universidade lançou um questionário online sobre as condições de docentes e discentes que teve seu resultado amplamente criticado pela Aduepb. O resultado foi que 50% dos alunos não responderam. Isso nos aponta as dificuldades que nossos alunos têm para acessar”, conta Mauriene, que considerou muito infelizes as acusações do reitor.
A diretora da Seção Sindical afirma que de acordo com a minuta apresentada pela reitoria, todos os professores serão obrigados a aderir ao ensino remoto e os alunos também. Para os estudantes, existe a possibilidade de trancamento da matrícula o que, na leitura da Aduepb SSind., é um reforço da exclusão social. 
“Cerca de 50% dos alunos da UEPB são advindos de cotas sociais (escola pública) e nos parece que será essa parcela mais prejudicada. A proposta da universidade é de reforço de privilégio para aquele que tem as condições materiais para fazer aula remota. Outro fator é que a UEPB tem oito campi. Apenas dois são localizados em grandes cidades e os outros seis são fora do eixo comercial e atende muitos alunos da zona rural, que tem pouco ou nenhum acesso à conexão de qualidade”, explica.
Ela acrescenta que o grande temor é que, ao se aprovar a obrigatoriedade da aula, a universidade privilegie quem tem as condições materiais, físicas e emocionais para o ensino remoto e acabe deixando para trás os estudantes em vulnerabilidade social, que necessitam de uma universidade inclusiva, que não têm equipamentos e nem boas condições físicas e emocionais para o aprendizado virtual.
Na perspectiva do professor, Mauriene aponta que também há vários problemas. Segundo a docente, a universidade editou uma instrução normativa que era facultativa, à qual os professores não aderiram. Para ela, isso demonstra dificuldades também por parte do corpo docente em executar aulas remotas.
“Agora a reitoria vem com a minuta, de cima pra baixo, e não dialoga com os diversos professores. Dentro da universidade, temos cursos de diversas áreas, como humanas, saúde, exatas, cada um com suas especificidades. É preciso escutar esses profissionais para saber o que pode servir ou não”, disse.

A presidente da Aduepb SSind. alerta, ainda, que muitos docentes não possuem boa conexão de internet e não têm intimidade com os equipamentos necessários para gravação e ou transmissão das aulas. Além disso, as mulheres, em especial, estão sobrecarregadas com o cuidado com a casa, filhos, o que também dificulta o engajamento e dedicação para as aulas.
Ela lembra, no entanto, que desde o começo da pandemia, a comunidade acadêmica está constantemente se reunindo para pensar alternativas, realizando atividades de pesquisa e orientação, e que já foram apresentadas propostas para que a universidade oferte aos estudantes, e a toda a sociedade, educação pública, gratuita e de qualidade através de seminários, palestras, congressos e outras atividades virtuais, sem comprometer os alunos que estão atualmente matriculados nos cursos.

“São muitos problemas na proposta que a Universidade apresentou. Fizemos uma série de indagações que ainda não foram respondidas. A Aduepb SSind. preza por uma educação pública, gratuita e de qualidade. A reflexão sobre isso demanda tempo. Essa é a primeira vez de fato, do ponto de vista regimental, que a universidade chama os conselhos para debater. Para além da operacionalização, se tivermos aula temos que garantir que todos participarão. O que foi apresentado [pela reitoria] tem problemas e não garante a inclusão de todos”, afirma.

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Fonte: ANDES

SEGURANÇA - Rodízio de alunos, kit higiene e fusão de ano letivo: como pode ser a volta às aulas

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As crianças estão em casa há meses e os pais se perguntam: quando -- e como -- as escolas vão reabrir? Esta semana, o governo de São Paulo anunciou uma data: 8 de setembro. E outros estados também já criaram protocolos de volta às aulas presenciais. Como garantir a segurança de alunos, professores e dos demais funcionários? E o que será do ano letivo?

Até o fim desta semana, três estados apresentaram protocolos de reabertura. O Distrito Federal e um estado concluíram e ainda vão apresentar. Em quatro, estão sendo finalizados. E na maioria dos estados a fase ainda é de elaboração.

Esta semana, Carlos Alberto Decotelli da silva assumiu o Ministério da Educação. Segundo o Ministério, uma resolução pra reabertura deverá ser publicada no início do mês que vem. A resolução está sendo elaborada pelo MEC e pelo Conselho Nacional de Educação, que formula e avalia a política educacional brasileira.

(Fantástico, 28/06/2020).

Fonte: CNTE

Chico Buarque processa bolsonaristas para desmontar fábrica de fake news

Chico Buarque e Bibo Nunes
Chico Buarque e Bibo Nunes (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado | Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

O cantor Chico Buarque recorreu ao Judiciário contra o deputado bolsonarista Bibo Nunes (PSL-RJ) que afirmou ter o artista recebido incentivos por meio da Lei Rouanet, durante o governo Lula. Nunes é o quinto bolsonarista processado pelo mesmo motivo
247 - O cantor Chico Buarque foi ao Judiciário com um processo contra o deputado bolsonarista Bibo Nunes (PSL-RJ) após o parlamentar dizer que o artista recebeu dinheiro público durante o governo do ex-presidente Lula. O compositor não é contra a Lei Rouanet, mas nunca usou incentivo em seus projetos. Nunes é o quinto bolsonarista processado pelo mesmo motivo.

"Chico não quer ganhar dinheiro. Ele quer contribuir com o fim da indústria das notícias falsas", afirmou o advogado do artista, João Tancredo. O relato foi publicado na coluna de Ancelmo Gois.
A cultura representa menos de 2 % do total abatido pelo governo em incentivos fiscais. 
Vale ressaltar que o Supremo Tribunal Federal investiga ao menos oito deputados bolsonaristas (seis federais e dois estaduais) no inquérito sobre a produção e divulgação de fake news. 
O deputado do PSL-RS não é investigado, porém as investigações da Corte têm como um dos principais alvos o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Bolsonarismo está na mira da Justiça.
Fonte: Brasil 247