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sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

CASTRO VERDE, Nacional 2 a Lucernas… - Por: Liliana Borges

 

Foto: Reprodução

Castro Verde é uma graciosa Vila Portuguesa, município pertencente ao Distrito de Beja na região do Alentejo, a cerca de 190 km de Lisboa, com 6.878 habitantes conforme censo de 2021.

A Estrada Nacional 2 (EN2) é a via mais extensa de Portugal, percorre o país de norte a sul de Chaves no Distrito de Vila Real a Faro no Algarve com aproximadamente 740 Km, atravessando 35 concelhos entre os quais Castro Verde faz parte de seu caminho. Rota muito cobiçada pelos turistas.

A Universidade Sénior do Montijo promoveu mais uma viagem de estudo, organizada pelo professor Pedroso da Silva, quem leciona três disciplinas: Calendário & Relógios, Heráldica e Números & Números.

Primeiramente visitamos o Museu da Lucerna, utensílios utilizados para iluminação semelhantes a lamparinas, porém feitas em barro. O Museu possui o maior conjunto de lucernas romanas do mundo considerado pela Revista National Geografhic em 2018, aproximadamente, mil exemplares que nos reportam aos séculos I, II e III d.C.  

As lucernas eram muito usuais nas minas, principalmente, na Faixa Peritosa Ibérica porque a água na região possuía um ph extremamente ácido que corroía facilmente os metais. Pensavam-se que apenas os mineiros as utilizavam, as quais seu depósito de azeite era suficiente para durar uma jornada de trabalho e até seria uma forma de controle, como também, eram mais resistentes facilitando seu manuseio.

Os utensílios foram encontrados em 1994 durante trabalhos arqueológicos na Povoação de Santa Bárbara de Padrões, junto a igreja e ao cemitério. Acreditava-se a princípio que era uma olaria devido a concentração das unidades no local, mas perceberam que era um espaço de culto aos Deuses como nas igrejas e santuários que atualmente são acesas velas.

Cada uma é diferente, decorada conforme o poder econômico, das mais simples as mais sofisticadas com arte e beleza. Devido as inúmeras relíquias encontradas, o Museu foi aberto em 2004 para abrigar a preciosa coleção e difundir sua história. E nesta visita tivemos o prazer da apresentação do acervo guiado pelas Senhoras Sônia do Nascimento, Antônia Henriques e Cidália Matos. 

A região foi palco de muitos acontecimentos, provavelmente, tenha sido o local que ocorreu a Batalha de Ourique. Na verdade, não foi comprovado e identificado a região que aconteceu a dita peleja, a mítica batalha ocorreu nos Campos de Ourique e toda localidade que tem referência ao nome a tradição regional atribui sua realização.

 E assim onde esta a Igreja Nossa Senhora dos Remédios foi construída a primeira Igreja em homenagem a batalha, mandada construir pelo próprio D. Afonso Henriques, a qual teve o nome Chagas do Salvador. Mais adiante estava bastante degradada e pediram a D. Felipe II a sua restauração, entretanto ele não estava voltado para disponibilizar recursos para este fim por ser referência a luta perdida pelos espanhóis. 

Daí ele ordenou que todos os anos realizassem uma feira em Castro Verde e com o dinheiro arrecadado o povoado investiria na reconstrução. “Graças a feira a igreja foi reconstruída e, graças a igreja nasce uma das maiores tradições de Castro Verde”, feira realizada anualmente no terceiro fim de semana de outubro, sendo a primeira em 1620, assim, o Senhor Ricardo Colaço relatou sua história graciosamente.

Entre outros patrimônios históricos conhecemos o Moinho de Vento do Largo da Feira que sua existência é proveniente a 1813, desativado na década de 30 do século XX até que foi recuperado pela Câmara Municipal, inaugurado em 2003, muito interessante é apreciar seu funcionamento, como também, visitar o Posto de Turismo, pois está exposto os produtos, artesanatos, arte e cultura da região que é uma amostra da grandiosidade do concelho. 

Quanto a culinária tivemos a oportunidade de almoçar as apetitosas iguarias alentejanas no “Restaurante Planície”, onde iniciamos pelas entradas com pães, queijos, azeitonas, patês, após saboreamos uma deliciosa “Sopa de Cação” e como segundo prato “Carne do Alguidar” acompanhado com “Migas”, mais um bom vinho e as típicas sobremesas regionais para finalizar.

Cabe destacar que “Carne de Alguidar” é um prato feito de carne de porco preparado e repousado em uma tigela funda de barro que acreditam que realça o sabor do alimento, semelhante ao efeito das tradicionais panelas de barro no Nordeste do Brasil e “Migas” são a base de pão, azeite e alho.

Um dia recheado de novos conhecimentos e muita alegria…

Fonte: POTIGUAR NOTÍCIAS

História do Museu Nacional - Por brasilescola.uol.com.br

O Museu Nacional foi criado em 1818, a partir de um decreto de D. João VI. Ao longo de 200 anos, tornou-se referência nacional com um acervo de mais de 20 milhões de itens.


Museu Nacional é uma instituição científica surgida no Brasil, em 1818, e possui departamentos relacionados a diferentes áreas do conhecimento, tais como antropologia, geologia, botânica, mineralogia etc. Surgido durante o Período Joanino, o museu foi sempre uma referência na produção de conhecimento e um local de acesso à cultura. Em junho de 2018, o Museu Nacional completou 200 anos de existência.

História do Museu

O Museu Nacional localiza-se no Parque Quinta da Boa Vista, na cidade do Rio de Janeiro. Foi criado por determinação de D. João VI, durante o Período Joanino, fase da colonização brasileira que se iniciou em 1808, quando a família real portuguesa mudou-se para o Brasil, e estendeu-se até 1822, quando foi declarada a independência do Brasil.

Veja também: Cinco curiosidades sobre a independência do Brasil

A criação do Museu Nacional fez parte de uma série de iniciativas tomadas por D. João VI para promover o desenvolvimento da arte, ciência e intelectualidade no Brasil. O Museu Nacional nasceu oficialmente durante esse processo e foi fundado no dia 6 de junho de 1818 como Museu Real.

Conforme foi registrado pelas historiadoras Lilia Schwarcz e Heloisa Starling, o Museu Real tinha como objetivo principal incentivar novos estudos nas áreas de botânica e zoologia. Elas também afirmam que “o museu não possuía, […], acervo, e por isso foi aberto com uma pequena coleção doada pelo próprio d. João; esta se compunha de peças de arte, gravuras, objetos de mineralogia, artefatos indígenas, animais empalhados e produtos naturais […]”|1|.


Fachada do Palácio de São Cristóvão, antiga casa da família real portuguesa, da família imperial brasileira e, desde 1892, Museu Nacional.

Inicialmente, o Museu Nacional ficou instalado no Campo de Santana – localizado na Praça da República, no centro da cidade do Rio de Janeiro. A partir de 1892, esse museu foi instalado no Palácio de São Cristóvão, o qual foi construído no começo do século XIX e abrigou D. João VI, D. Pedro I e D. Pedro II. O palácio, inicialmente, havia pertencido a Elias Antônio Lopes, um comerciante português que enriqueceu com o tráfico negreiro.

Esse comerciante doou o palácio para D. João VI, em 1808, quando este se mudou de Lisboa para o Rio de Janeiro, alegando preocupar-se com o bem-estar do rei português. O Rio de Janeiro daquela época possuía um problema severo de falta de moradias. Naturalmente, a doação realizada por Elias Antônio Lopes rendeu-lhe muitos favores de D. João VI.

transferência do museu para o Palácio de São Cristóvão, em 1892, aconteceu, principalmente, como forma de apagamento das memórias da monarquia brasileira pelos republicanos que assumiram o controle do país em 1889. Isso porque o palácio, como citado, foi a casa da família real portuguesa e brasileira. Sendo assim, a transferência do Museu Nacional para lá daria um novo significado para a edificação.

Acesse também: Proclamação da República

Em 1946, ao final do Estado Novo, o Museu Nacional passou para a tutela da Universidade Federal do Rio de Janeiro – tutela que permanece até hoje. Em junho de 2018, completou 200 anos de história e foram realizadas festividades no local por conta disso. O Museu Nacional abrigava, até então, mais de 20 milhões de peças em seu acervo.

Ao longo da história nacional, o Palácio de São Cristóvão presenciou momentos marcantes, como a assinatura do decreto de independência do Brasil por Maria Leopoldina (Imperatriz Consorte do Império do Brasil e primeira esposa de D. Pedro I), dias antes de D. Pedro I dar o grito de independência. Entre 1889 e 1891, o palácio sediou a Assembleia Nacional Constituinte que redigiu a primeira Constituição do Brasil enquanto nação republicana. Essa constituição foi promulgada em 24 de fevereiro de 1891.

O incêndio e a destruição do Museu

Em 2 de setembro de 2018, poucas semanas após o bicentenário ter sido completado e apenas cinco dias antes do Dia da Independência, o museu foi atingido por um incêndio de grandes proporções que destruiu praticamente todo o acervo de mais de 20 milhões de itens que foram acumulados em 200 anos de existência.

Até o presente momento, as autoridades não sabem se o incêndio foi acidental ou criminoso, mas de toda forma ficou evidenciado com o desastre que a manutenção do museu não estava sendo realizada da maneira adequada – algo que, na verdade, foi resultado de anos de abandono. Em 2013, por exemplo, o Museu recebeu o total de 531 mil reais do governo. Em 2018, até abril, o montante enviado havia sido de apenas 54 mil reais|2|.

Esse valor (531 mil), no entanto, era o mínimo necessário para manter o funcionamento e a manutenção básica na infraestrutura do museu. Em virtude dos poucos recursos repassados ao museu, menos de 1% de todo o acervo disponível era colocado em exposição para o público. É importante salientar que o acervo do Museu Nacional era composto por mais de 20 milhões de peças.

Ainda não se sabe a extensão precisa das perdas, mas pelo nível da tragédia sabe-se que elas foram gigantescas e irreparáveis para a ciência e cultura do Brasil. A única certeza no momento é de que o Bendegó, maior meteorito encontrado no Brasil (foi achado na Bahia, no século XVIII), resistiu ao incêndio. Vejamos a seguir alguns dos itens que o Museu Nacional abrigava.

Acervo do Museu Nacional

O Museu Nacional possuía um acervo valiosíssimo de diversas áreas do conhecimento. Faziam parte desse acervo, por exemplo:

  • maior coleção de egiptologia da América Latina, o que incluía sarcófagos e corpos mumificados;

  • Afrescos de Pompeia, a cidade romana que foi destruída por uma erupção vulcânica em 79 d.C.;

  • Uma coleção de mais de 140 mil moedas, uma das maiores coleções do continente;

  • O esqueleto humano mais antigo do Brasil, com idade de 12 mil anos aproximadamente. Foi apelidado de “Luzia”;

  • Diversos fósseis de dinossauros e de animais que formaram a megafauna brasileira;

  • Diversas espécies de animais taxidermizados (animais empalhados);

  • Itens oriundos de diferentes povos da África, como o trono do rei de Daomé (atual Benim), um artigo doado a D. João VI em 1811;

  • Itens da cultura japonesa, como couraças usadas por samurais;

  • Itens relativos aos povos indígenas do Brasil e aos povos pré-colombianos de outros locais da América Latina;

  • Parte do mobiliário utilizado pela família real brasileira durante o período monárquico;

  • Documentação extensa acumulada de anos da história brasileira.

O museu também foi visitado por personalidades ilustres, como Albert Einstein e Marie Curie, famosos cientistas do século XX. Apesar de sua importância, o Museu Nacional não recebia a visita de um presidente (civil) brasileiro desde 1958, quando Juscelino Kubitschek esteve no local.

|1| SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 184.
|2| Museu Nacional: fiação exposta, gambás e cupins entre os alertas ignorados que anunciavam tragédia. Para acessar, clique aqui.


Por Daniel Neves
Graduado em História


Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SILVA, Daniel Neves. "História do Museu Nacional"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/historia-museu-nacional.htm. Acesso em 10 de dezembro de 2021.

Samba e seus tambores da resistência

Na convivência harmônica entre o sagrado e o profano, o samba nos ensina sobre conviver com as diferenças, aceitar a diversidade, exercitar a alteridade e promover a gentileza

Homenagear o samba é como falar da própria história. É como se observássemos a intimidade da nossa gente através do tempo e, simultaneamente, nos sentíssemos afetados pelos grandiosos resultados dos seus feitos e construções para erguer a nação chamada Brasil.

Dia 02 de dezembro foi celebrado o dia nacional do samba. Ressoam as palavras no compasso sincopado dos batuques das esquinas, dos botequins e dos terreiros. Agoniza, mas não morre! Na canção do imortal Nelson Sargento, baluarte da Estação Primeira de Mangueira, ecoa a tradição de resistência, a resiliência negra desta expressão cultural única e singular do povo brasileiro que, mais que música, é fundamento, comportamento, ancestralidade e modo de vida.

No Brasil de hoje, a tristeza é senhora e desde que o samba é samba é assim, a lágrima clara sobre a pele escura, cantaram Caetano e Gil. Mas o sol há de brilhar mais uma vez – já dizia Nelson Cavaquinho – e aqueles que castigam e maltratam nosso povo encontrarão, cedo ou tarde, o seu juízo final.

Construindo sociabilidades e moldando a identidade dos territórios, a ancestralidade do samba surge em torno das giras do candomblé e da umbanda, dos batuques e do samba de roda da Bahia e nos tambores candongueiros e caxambu do Jongo dos negros bantos do Vale do Paraíba Fluminense. Na convivência harmônica entre o sagrado e o profano, o samba nos ensina sobre conviver com as diferenças, aceitar a diversidade, exercitar a alteridade e promover a gentileza. As expressões dos cantos e dos corpos negros e escravos sempre foram alvo dos preconceitos. Tanto na religião, como na forma de festejar.

Em uma das origens geográficas do samba estão as ruas que circundavam a antiga Praça Onze de Junho e a região portuária do Rio de Janeiro, que se tornou até hoje conhecida como a “Pequena África.” A força do samba reside na ancestralidade feminina, como nos comprova a lendária Casa da Tia Ciata, tida como o berço do samba na Praça Onze.

Apesar da inegável importância e centralidade desta região para a construção do imaginário carioca e da relação indissociável da cidade com o samba e o Carnaval, o historiador Luiz Antônio Simas nos lembra que “o estudo mais sistemático sobre a cidade e o samba urbano mostra ser mais coerente falarmos de um Rio de Janeiro de ‘Pequenas Áfricas’ no plural(…). Devemos lembrar que as reconfigurações urbanas da cidade foram expandindo o Rio de Janeiro cada vez mais para a Zona Norte, para o subúrbio e para o alto dos morros. E as comunidades negras acabaram tendo papeis de absoluta relevância no processo de ocupação dessas regiões.”

Foto: Reprodução

Estamos falando de Oswaldo Cruz, de Madureira e do Morro da Serrinha – salve a Portela e o Império Serrano, e as matriarcas Dona Martinha, Dona Neném e Tia Maria do Jongo. Salve Arlindo Cruz que exalta Madureira e afirma o “Meu Lugar”. Devemos falar de Ramos e seu cacique, dos Boêmios de Irajá, dos bate-bolas e do Carnaval nas ruas do Campinho e da Zona Oeste. Exatamente aqui, abro caminho para algumas mulheres divas, precursoras e protagonistas que romperam barreiras do machismo nas rodas e no ambiente do samba, subiram nos palcos, mostraram seus talentos na composição e interpretação. Falo de Leci, de Beth, Alcione, Clara, D. Ivone, Zica, Tia Surica, Jovelina, Clementina, Dorina, Tereza Cristina. Salve Elza Soares!! Aí vem Maria Rita, Mart’nália, Nilze Carvalho, Yasmin Alves e seu cavaquinho, que como Nilze, trazem a voz e seus instrumentos para a roda, mostrando que as novas gerações chegaram. Salve guerreiras! Salve Renascimento e Renascença, acendam os candeeiros no Andaraí para iluminar a rede de rodas de samba das mulheres e que estas reforcem Moacir Luz com o Samba do Trabalhador! Falo ainda das mulheres que compõem as velhas guardas de todas as escolas e são inspiração e orientação para as demais em suas comunidades.

Da Muda de Ivan Lins e Aldir Blanc e da Vila Isabel de Noel e de Martinho. Do Estácio de Dominguinhos, Gonzaguinha, Melodia e Dona Benedita, irmã de Seu Napoleão, pai de Natal – e assim voltamos à Portela. Assim é o Rio de Janeiro dos sambas e batuques, da alma encantadora das ruas, descrita por Paulo Barreto, o João do Rio, do chão, das feiras, dos becos, vielas, avenidas e passarelas do samba.

Da toca da Gambá à praça da apoteose, sonhada e realizada no gênio de Darcy e Niemeyer; do lixo ao luxo extraordinário do maranhense Joãozinho Trinta; do Terreiro da Vovó ao Bip Bip do saudoso Alfredinho; do Candongueiro à Feira das Iabás, do pagode do trem ao Trem do Samba.

Um salve ao Mano Decio da Viola, Decio Carvalho, Nei Lopes, ao poeta Luís Carlos da Vila, um salve pro Candeia, pro Sinhô, e para o Cartola. Alô Zeca Pagodinho, querido Chico Buarque e Paulinho da Viola. Saudades de Zé Ketti, João Nogueira, Aldir Blanc, Jamelão. Salve Noca da Portela. Wilson das Neves, Nelson Cavaquinho e Nelson Sargento, Ismael Silva, Heitor dos Prazeres. Alô meus amigos Claudio Jorge, Augusto Martins, Didu Nogueira, Tomaz Miranda, Deivid Domênico, Biro, Pipa Vieira e Simas!!!

O samba é também economia, empreendimento, correria e sustento. É alternativa à marginalidade e exclusão. É afirmação e empoderamento. A voz do povo, o rei dos terreiros, nascido na Bahia e natural do Rio de Janeiro, o samba nasce, renasce e se reinventa a cada dia, e floresce em cada fundo de quintal.

Foto: Reprodução

A inserção cada vez maior do samba em setores médios levou a sua execução, por vezes, distante de sua origem. Na resistência surgem letras como a de Paulinho da Viola, que diz: “Tá legal, eu aceito o argumento, mas não altere o samba tanto assim, olha que a rapaziada está sentindo a falta, do cavaco, do pandeiro, e de um tamborim”

Aloisio Alves e Edson da Conceição compuseram um samba, que já foi gravado por muitos intérpretes, mas marcou na voz da marrom Alcione. Por ser extremamente forte e simbólico, todas e todos sabem cantar o seu refrão, que diz: “Não deixe o samba morrer, não deixe o samba acabar, o morro foi feito de samba, de samba pra gente sambar”

Na beleza da alvorada, há sempre uma esperança de dias melhores que virão. Quando derem vez ao morro toda cidade vai cantar!

Fonte: Portal BRASIL CULTURA