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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Com a inspiração das ideias e do exemplo de Fidel, sempre!

O falecimento do Comandante em Chefe da Revolução Cubana traz profunda consternação aos comunistas brasileiros. A notícia entristece o nosso povo, pelo qual, como por todos os povos do mundo, o Companheiro Fidel nutriu os melhores sentimentos de solidariedade.
Fidel dedicou sua vida à libertação dos povos, às grandes causas da humanidade – a paz, a libertação nacional, a emancipação social dos trabalhadores, o socialismo. Lutar era seu elemento. E lutou como poucos, arrostando perigos, enfrentando inimigos poderosos.
Foi o grande mentor dos combatentes por um mundo melhor, de justiça e fraternidade. Sua obra atravessou grande parte do século 20 e a década e meia transcorrida do século 21. Uma obra perene, que deixa indeléveis marcas na história.
Em nossos combates, sempre teremos presentes o pensamento lúcido e agudo, as ideias afiadas de Fidel, homem de pensamento e ação, um líder de expressão mundial a orientar os lutadores pela causa do progresso social e a emancipação da humanidade. Foi a personalidade mais lúcida de nossa época, a voz mais enérgica na denúncia dos crimes do imperialismo. Fidel compreendeu em toda a sua complexidade os gravíssimos problemas políticos e socioeconômicos mundiais e deu certeiras diretrizes para a luta dos povos por liberdade, independência, autodeterminação, progresso social, justiça e o socialismo.
Fidel infundiu na nossa geração de combatentes princípios e fundamentos ideológicos, teóricos, culturais e éticos imperecíveis. Ao liderar a batalha das ideias, desafiou o lugar comum, rechaçou a rendição, pôs de pé, nas condições adversas da brutal ofensiva dos inimigos dos trabalhadores e dos povos, uma imensa legião de homens e mulheres em todo o mundo, dispostos a dar continuidade à luta pelo socialismo num momento de transe para os povos. Levaremos como insígne o seu pensamento: “A vida sem ideias de nada vale. Não há felicidade maior que a de lutar por elas”.
Com seus princípios revolucionários, Fidel Castro abriu caminhos, apontou rumos, descortinou horizontes. Teve como poucos perspicácia estratégica, compreensão profunda dos males que assolam a humanidade e suas causas: o sistema capitalista, o imperialismo, as políticas espoliadoras de opressão e guerra aos povos e nações, políticas que levariam à destruição da própria espécie humana se não se lhe opusesse tenaz resistência e luta.
Fidel segurou com pulso firme a bandeira da Revolução em seu país. Foi o que salvou a heroica nação cubana e redimiu seu povo, quando a potência imperialista estadunidense empreendeu durante décadas a fio uma ofensiva para estrangular a construção nacional.
Fidel desenvolveu e enriqueceu o marxismo-leninismo em fusão com o pensamento da libertação do povo cubano e latino-americano. No início dos anos 1990, quando a contrarrevolução grassava em toda a parte, em histórica entrevista à imprensa internacional, disse perante pasmados jornalistas que vaticinavam a queda iminente da Revolução Cubana, no “efeito dominó″ da derrocada do socialismo no Leste europeu. “Cuba é o símbolo da resistência. Cuba é o símbolo da defesa firme e intransigente das ideias revolucionárias. Cuba é o símbolo da defesa dos princípios revolucionários. Cuba é o símbolo da defesa do socialismo” (…) “O povo cubano vai saber estar à altura de sua responsabilidade histórica” (…) “E aqueles que mudaram de nome, não sei a quem vão enganar com isso! Imaginem que amanhã nós mudemos de nome e digamos: Senhores, o congresso aprovou que em vez de Partido Comunista de Cuba nos chamemos Partido Socialista de Cuba, ou Partido Social-Democrata de Cuba. Vocês creem que realmente mereceríamos algum respeito? Porque os que mudam de nome são os que mudaram de ideias ou perderam toda a sua confiança nas ideias, perderam suas convicções” (3 de abril de 1990).
Fidel deixa em nós o espírito revolucionário, o patriotismo, o anti-imperialismo, a cultura socialista.
Do seu inesgotável legado, o mais precioso patrimônio é a Revolução Cubana, que prossegue nas novas condições do mundo contemporâneo e do desenvolvimento nacional. Com Raúl Castro à frente do Partido Comunista e do Poder Popular, o povo cubano, educado por Fidel, seguirá dizendo presente na defesa das suas conquistas, na construção do socialismo, no exercício da solidariedade internacionalista, expressões máximas de que a história o absolveu, da invencibilidade de sua obra teórica e prática.
E nós, comunistas e povos do mundo, seguiremos nas nossas trincheiras da luta anti-imperialista, pelo socialismo, a paz e a emancipação de toda a humanidade. Com a inspiração das ideias de Fidel e do seu exemplo, até a vitória, sempre!
Por José Reinaldo Carvalho, no Portal Vermelho 

Especial mês da Consciência Negra: Diretoria executiva da UBES fala sobre a realidade do jovem negro no Brasil

Experiências, desafios pessoais e empoderamento são temas de depoimentos dos secundaristas que constroem a entidade, composta majoritariamente por jovens negros.
No mês de novembro, período de intensa mobilização por conta do Dia Nacional da Consciência Negra, o site da UBES entrevistou a diretoria da entidade que historicamente atua no combate ao racismo, contra o genocídio e a criminalização da juventude negra do Brasil.
Nesta gestão, segundo a presidenta da UBES, Camila Lanes, a própria composição da diretoria executiva, formada majoritariamente por jovens negros de diferentes regiões do país, fortalece o papel histórico do movimento estudantil como espaço de empoderamento e luta contra a segregação racial.
“Lutamos pela aplicação da Lei 11.645/08, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio, assim como também lutamos pelo fim da intolerância religiosa dentro e fora das salas de aula. Uma educação pública de qualidade também é uma educação não racista, laica e que garanta direito para todos e todas”, diz.
Há um ano, a UBES assumiu uma das principais trincheiras de luta contra o conservadorismo do Congresso Nacional e sua medida de ataque aos jovens negros das periferias, que foi o enfrentamento à PEC 171/93, barrada pelos estudantes. Relembre aqui os motivos.
“O Congresso mais atrasado dos últimos tempos ataca as conquistas dos movimentos sociais. Em sua maioria, é formado por homens brancos, ricos, acima de 50 anos”, critica o secundarista Ericleiton Emidio.

AS JOVENS NEGRAS

A pernambucana Stephannye Vilela é a primeira secundarista negra a ocupar o cargo de tesoureira da entidade, ela conta que foi nesta nova fase de atuação no movimento estudantil que se reconheceu como mulher negra.
“Assumir meu cabelo crespo foi o primeiro passo para o meu empoderamento, mas isso não é uma questão apenas de aparência. Usar meu black na rua e abandonar a chapinha é o reflexo do meu descobrimento como mulher negra, uma reconexão com minhas raízes. Hoje, quando participo de reuniões como dirigente da UBES, sei que estou quebrando padrões, mostrando que as meninas podem sim ocupar lugares de decisão, como provou a própria Primavera Secundarista no Brasil com jovens comandando o movimento em suas escolas”.
Enquanto as estatísticas apontam que o número de mulheres negras mortas cresceu em 54% nos últimos 10 anos, segundo o Mapa da Violência 2015, na Primavera Secundarista as jovens negras têm respondido com resistência e organização na liderança das ocupações de suas escolas.
“Ser mulher negra e participar da política é lutar todo dia, me orgulho de participar de uma das entidades estudantis mais importantes da América Latina com maioria de mulheres e de negros e negras. Continuaremos combatendo qualquer tipo de opressão, construindo espaços políticos mais feministas e mais enegrecidos”, pontua a diretora de Mulheres da UBES, Brisa Bracchi.
A secundarista Jéssica Lawane conta que, apesar de constar em sua certidão de nascimento a cor parda e algumas pessoas dizerem que ela é uma jovem “socialmente branca”, a diretora de Movimentos Sociais afirma que o fato de não sofrer racismo não muda sua condição de negra.
”Quando entrei no movimento social um amigo me chamou para organizar a frente de negros e negras da minha organização. Perguntei o porquê do convite, ele me respondeu dizendo que eu era negra. Fiquei um pouco constrangida por não ter certeza disso, o que foi positivo, me fez ter vontade de procurar entender melhor a questão racial no Brasil”, conta Jéssica.
Desde que ingressou no movimento estudantil, a 1ª vice-presidenta da UBES, Mariana Ferreira, conta que muita coisa mudou em sua vida. “Durante muito tempo fiz piadas racistas pensando que se tratava apenas de uma brincadeira. Às vezes as piadas agrediam a mim mesma e à minha família, mas eu não percebia. Só depois de entrar no Movimento Estudantil que eu fui ter acesso ao debate sobre o racismo e as diversas formas de propagação desse tipo de preconceito. Foi um aprendizado importante que o movimento estudantil me proporcionou e foi capaz de mudar a minha percepção sobre o povo negro e, consequentemente, sobre a minha própria história”, relembra Mariana.
“Sou negro e fazer parte da UBES é uma oportunidade de me empoderar ainda mais, é muito importante quando passo nas salas de aula para dialogar com tantos jovens que ainda não se reconhecem”, conta o 1º diretor de Grêmios, Fernando Alves.

A LUTA NA EDUCAÇÃO

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a falta de acesso à educação de qualidade aumenta a desigualdade entre brancos, pretos e pardos. As populações pretas e pardas representarem 69% dos brasileiros com a renda mais baixa do país, são o grupo onde há maior taxa de analfabetismo e evasão escolar entre os jovens de 15 a 17 anos.
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Juliene da Silva é uma das jovens negras que compõe a executiva da UBES, para ela, a escola ainda é um espaço de intensos conflitos. “Os professores e diretores não sabem lidar com a discriminação racial que sofremos todos os dias, e para piorar, não temos a oportunidade de conhecer a nossa própria história. O mês da Consciência Negra nos permite discutir o privilegio branco e nos posicionar pela necessidade de mudar as estruturas sociais que confinam os negros aos piores espaços educacionais, profissionais e habitacionais”, aponta a secundarista.
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OS ATAQUES DO GOVERNO

“A história do Brasil é de exploração e sempre quem mais sofreu, desde a escravidão, foi o povo negro. Hoje atacam a educação e outros serviços públicos que atendem a parte mais pobre da população que é negra. Não interessa aos golpistas e poderosos nossa emancipação, por isso, o mês de novembro é simbólico em resistência e combate ao racismo e a todos os preconceitos da sociedade”, critica o 1º secretário da UBES, Rafael Araújo.
Ø  Entenda mais sobre o assunto, leia aqui o posicionamento da UBES contra a PEC 241, agora 55, que congela gastos e impactará a educação, a saúde e áreas sociais.

LUTA HISTÓRIA DA UBES POR MAIS DIREITOS

Em agosto de 2012, o Brasil sancionou a Lei da Reserva de Vagas nas universidades federais, em que estudantes autodeclarados negros, pardos e indígenas passaram a ter reserva de cotas. A educação passou a garantir o acesso ao ensino superior, passo inédito e transformador na democratização do acesso à universidade, fruto da mobilização da juventude secundarista, universitária e do movimento negro.
“A UBES é uma entidade muito importante para a luta contra as opressões, é a entidade que representa a parcela da juventude que mais sofre com o preconceito dentro das escolas, preconceito esse reproduzido pelo modelo de escola que temos. Para nós, jovens negros diretores da UBES, é um desafio enorme – e ao mesmo tempo gratificante – saber que a juventude negra ocupa espaço na política”, afirma Jairo Marques, diretor de Relações Internacionais.​
UBES