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quinta-feira, 2 de julho de 2020

O nazismo à brasileira do Estado anticultural de Alvim e Bolsonaro

Pela ótica do governo, Alvim não errou por ser nazista, mas por ser indiscreto

PELA ÓTICA DO GOVERNO, ALVIM NÃO ERROU POR SER NAZISTA, MAS POR SER INDISCRETo

Falência induzida do setor vem com o agravante do discurso de ódio, conservador e contrário às manifestações identitárias e à diversidade

Por Guilherme Varella e João Brant

Quando Gilberto Gil, assim que assumiu o MinC em 2003, disse que “fazer política cultural é fazer cultura”, ele não estava afirmando que cabia ao Estado interferir indevidamente na produção cultural da sociedade, submetendo-a a algum crivo ideológico-estatal. Pelo contrário, estava dizendo que era preciso criar uma nova cultura de Estado, uma cultura institucional de olhar a cultura como objeto de política pública e de desenvolvimento (humano, econômico, social). Ou seja, o objetivo do Estado não deve ser interferir nas preferências estéticas da sociedade. Ao contrário, deve ser dinamizar os processos de reconhecimento, valorização e promoção de todas as formas artísticas e culturais existentes, com o próprio Estado assumindo participação central na vida cultural da sociedade, em seu sentido mais amplo.

Gil falava de uma nova cultura estatal em que o Estado deveria atuar na cultura justamente para torná-la livre (como ensina Michele Anis). No limite, o que Gil reivindicava era a compreensão de que o próprio Estado, como o conhecemos, é um Estado erigido com base em valores e princípios (igualitários, republicanos, democráticos, de dignidade humana) que se encontram na ordem simbólica da cultura. Valores e princípios que sustentam instituições (ou institutos) importantes, como a separação de poderes, a liberdade de imprensa, a autonomia universitária, o respeito às liberdades individuais etc. A cultura é o substrato valorativo da ordenação social neste Estado. Um Estado de Cultura, ou um Estado Cultural, como prega Peter Habërle.
Roberto Alvim (e Bolsonaro e seus milicos e ideólogos) querem o contrário disso: a negação da cultura como algo complexo que oferece as condições valorativas da vida em sociedade. A negação da cultura como usina de símbolos (de novo, Gil) a mediar as relações humanas. A negação da cultura como sustentáculo de uma ordem social baseada na diversidade, no respeito às identidades e subjetividades, na afetividade e na humanidade. E a negação da cultura como imperativo da liberdade. Alvim e Bolsonaro querem exterminar essa ideia de cultura. E se utilizam do aparato do Estado para atingir este objetivo. Como fazem os governos autoritários, como agem os dirigentes fascistas.
Essa foi a mensagem de Alvim (que Bolsonaro negou em rede social, mas que aceita e propaga como programa). O discurso precisava ter uma citação literal de um nazista para ser nazista. A fala é nazista por dizer explicitamente que o Estado passará a dirigir a cultura para cerceá-la, autorizando-a a ser apenas o que o Estado acredita que deva ser (Nacionalista? Heroica? Baseada no auto-sacrifício?!). O Estado de Alvim e de Bolsonaro não age para tornar a cultura livre, mas para aprisioná-la. Daí a perseguição aos artistas, o aparelhamento ideológico das instituições, o estrangulamento financeiro do setor, a dissolução dos órgãos. Daí a censura. O “Estado” de Bolsonaro, antirrepublicano e antidemocrático, não se assenta nos valores de um Estado cultural, como defendia Gil. O Estado de Alvim e de Bolsonaro é o Estado da anticultura. É o Estado anticultural.
O Estado anticultural de Bolsonaro não é o resultado involuntário da ação de um louco conspiratório no poder. Ele é programático. Ou antiprogramático, melhor dizendo: nega a cultura como direito, como manifestação simbólica livre e como vetor de desenvolvimento. Suas marcas são a derrocada institucional da cultura, a perseguição ideológica ao setor artístico, a narrativa oficial de moralização que embasa episódios de censura e o sufocamento econômico do setor. Essa proposta de falência induzida do setor institucional da cultura vem com o agravante do discurso de ódio, conservador e contrário às manifestações identitárias e à diversidade – essa diversidade que é o maior ativo cultural do Brasil. É o tempero inevitável do fascismo ou do nazismo à brasileira. O que muda é a dosagem do tempero, a depender da mão. Se o programa seguir o mesmo, pouco importa se é implementado por uma mão pesada como a de Alvim ou por alguma outra mais leve. Seguirá intragável.
*Os argumentos deste texto serão desenvolvidos em um artigo mais completo dos autores, a ser publicado em livro da Fundação Perseu Abramo sobre o Estado de Bem-Estar social. A publicação está prevista para o primeiro semestre de 2020.
Fonte>  cartacapital.com.br

Câmara aprova adiamento das eleições municipais para novembro

Foto: Nelson Jr./ ASICS/TSE
Por ampla maioria, deputados derrotam bolsonaristas que pediam a manutenção do pleito em outubro.
A Câmara dos Deputados aprovou, por 402 votos e a 90, a Proposta de Emenda à Constituição que prevê o adiamento das eleições para novembro (PEC 18/20). Pelo menos um destaque foi aprovado no texto, o que faz a PEC retornar ao Senado.
O texto, apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), estabelece os dias 15 e 29 de novembro como as novas datas do primeiro e do segundo turno das eleições municipais.
Apenas PL e PSC orientaram voto contra o texto. PROS, Patriota e Governo liberaram suas bancadas. Alguns bolsonaristas mais próximos do presidente, como Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Bia Kicis (PSL-DF) e Carla Zambelli (PSL-SP), no entanto, foram contra o adiamento. “São vários os motivos para rejeitar essa PEC. Parece que não haverá grande diferença da questão do vírus em outubro ou novembro. Parece ser de pouca eficácia”, afirmou Kicis.
Os partidos de oposição orientaram de forma unânime a favor do texto. “Para o PT, a vida está acima dos interesses eleitorais. O adiamento das eleições é uma questão de saúde pública. A população não pode ser exposta a interesses eleitoreiros”, disse o líder do PT, Ênio Verri (PT-PR).
“Câmara acaba de aprovar em 1º turno, por 402 votos a favor e 90 contra, a PEC que adia as eleições municipais para 15 de novembro. Uma decisão importante em defesa da democracia e da segurança da população”, celebrou Ivan Valente (PSOL-SP).

"Contos da Quarentena" serão publicados em box com três livros

O concurso "Contos da Quarentena", promovido pelo Brasil 247, foi um sucesso de público, com trabalhos que surpreenderam os jurados das duas fases de avaliação. Confira como ficarão as publicações.
247 - O concurso literário “Contos da Quarentena”, promovido pela Editora 247, responsável pelo Brasil 247 e pela TV 247, foi finalizado no domingo, 28, com o anúncio dos seis contos vencedores
Eles integram o conjunto de 68 contos finalistas do certame, que teve como tema estórias reais ou imaginárias relativas à quarentena provocada pela pandemia do coronavírus, no Brasil e no exterior. 
Os contos finalistas serão publicados em um box com três volumes pela Kotter Editorial em parceria com a Editora 247. O box, assim como os volumes individuais, encontram-se em pré-venda no site da Kotter. 
Clique aqui para reservar seu exemplar.
Confira abaixo a relação dos contos por volume:
Contos de Quarentena - Volume 1
1. Munheco - Marcos Eduardo Marcos Eduardo
2. Na Minha Rua tem um Cachorro Rouco - Anabela Rute Kohlmann Ferrarini
3. Mãe - Tomás Varallo Ribeiro de Sousa
4. Reflexões de um malandro das antigas, ou: autêntico que sufoco - Virgilio Mattos.  
5. 37 graus e meio - Maximiliano da Rosa  
6. Negativo Para a Vida - Fernando Scarpel
7. Doutor Carleto - Theo Lopes Garcia
8. Deslimite - Diego Almeida Monsalvo
9. Carta a Espera de Destinatário - Ronaldo Henrique Ronaldo Henrique
10.Tempo Dentro do Tempo - Mirian da Silva Cavalcanti
11. Antes do Fim - Alex Alexandre da Rosa
12. Rotina - José Eron Lucas Nunes
13. Aportar Para o Descanso - Paulo André Viana da Silva
14. A Vida Tem Dessas Coisas ou a Vida Com Essa Coisa - Manoela Lima Pascale Cracel
15. A Quarentena de Dandara - Débora Fernanda do Nascimento Santos  
16. Uma História Sobre Seios - Jennifer Perroni
17. Sem Título - Andressa Barichello
18. Carta Aberta - Martim Butcher Cury  
19. A Imposição Geral da Afasia - Vitor Varella
20. Jaonaro Bolsair - Gabriel Lopes Mesquita
21. Guanabara, 19 de Abril de 2021 - Andre Warwar
22. Sem Título - Leila Madueño Zonzini
Contos da Quarentena - Volume 2
1. Travessia - Tiago Donoso  
2. O Condomínio, a Reitoria, o Castigo - Dédallo Neves
3. Sem título - Antonia Baudouin
4. E as Putas? - Lelê Teles
5. Acordo Nupcial Incerto - Adilson Reis
6. Maria Neves Estela Correa, 56 - Luciana Salazar Salgado
7. Sem Título - Sergio Gustavo
8. O Adubo do Mundo - Carlos Versiani dos Anjos
9. Entre a Frieza dos Números e o Calor da Confusão - Monica Duarte da Silva Gonçalves
10. Sem Título - Laila de Souza Ferreira
11. Amor em Tempos de Coronavírus - Jadson Jesus Meneses Nobre
12. Forçoso Quarentenar Para Viver - Izilda Aparecida Braga
13. O Edital - Andréa Moraes da Costa
14. As esperas - Carlos Alverto Cunha
15. O Operário - Ronaldo Bontempo
16. Ocupação em Quarentena - Estevan de Menezes Palma
17. Silêncio de Morte - Adenildo Lima
18. A Quaresma de Epaminondas Reis - Juan Blanco Prada
19. Parasitismo - Ensaio de Uma Pós-ficção - Ana Elísia da Costa
20. Olor - Oly Cesar Wolf
21. O Condomínio Marquês - Marcella dos Santos Abreu
22. Contágio - Leide Marcia Fuzeto Gameiro
23. Um Produto de Nome Pessoa - Juliana Andrikonis
Contos de Quarentena - Volume 3
1. Vírus - Renata Ferri
2. Santa Rosa - Gustavo Maia
3. 41 Dias - Marcelo S. Pontes
4. Felizmente Tarde Demais - Flavio da Silveira Bruno
5. Desolação Cornífera - Clotilde Amorim
6. Epílogo a Minhas Obras Completas - Alysson Siffert
7. Covid-19 e o Mundo Novo - Laís Amaral Junior
8. As Divindades Sequestradas - Nuno Gonçalves Pereira
9. A Resposta de Tudo - Rafael Tellini
10. O Vírus e o Mundo: Duelo da Década - Gecílio Pereira de Souza
11. De Dentro da Bruma Que Veio da China - Tânia Martins
12. Homem de Gelo - Vinícius Canhoto
13. Sucumbir Para Renascer - Gilmar Rogerio Wendel
14. Isolados - Rafael B. Oliveira Lima
15. Não-Ficção - Marcelo Mendes
16. Enquanto Você Crescia - Sonia Fernandes do Nascimento
17. Os Grilos e os Bêbados - Maria Tigre Gemmal
18. Quarentena dos Sonhos - Ariadeni Silva Santos
19. Quatrocentos Dias - Mauri Dalton Leite Cipresso
20. Conto de Quarentena - Erigutemberg Meneses
21. Fura-filas - José Ozias Siqueira
22. A Comitiva Presidencial e a Estratégia Zumbi - Antonio Rodrigues do Nascimento
23. Um Pesadelo Real - Clovis Pereira Salgado
Avaliação
A avaliação dos contos foi dividida em duas etapas, uma de classificação, que escolheria inicialmente os cinquenta melhores contos, e a segunda que escolheria os três primeiros colocados. 
A equipe da primeira fase, formada pelo escritor e editor Sálvio Nienkotter, Kotter Editorial, pelo poeta e romancista Daniel Osieck e pelo poeta e editor Raul Kevin, analisou os textos com base na linguagem (correção e riqueza vocabular); na originalidade e criatividade; na progressão textual e no valor literário. Dado o número expressivo e, acima de tudo, o alto nível das obras, decidiu-se classificar 68 ao invés de 50, mesmo aumentando em meio ponto a linha de corte prevista.
Esses 68 contos classificados foram analisados por um novo júri que contou com Luiz Ruffato, um dos maiores expoentes do conto e do romance nacional contemporâneo, Ricardo Aleixo, provavelmente o poeta mais conhecido e demandado do Brasil e novamente Marcos Pamplona, poeta e roteirista premiado em várias países. O júri foi coordenado por Sálvio Nienkötter, editor da Kotter Editorial.
Fonte: Brasil 247