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quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Música e poesia de cordel na 7ª Edição da Quinta Cultural



As tradições nordestinas tomaram conta da Quinta Cultural no dia 26 de outubro, no Auditório José Campelo Filho. Em sua 7ª edição, o projeto recebeu a dupla de músicos Mazinho Viana e Regina Casaforte, o cordelista mirim Filipe Borges, de 11 anos, além da participação especial do mestre cordelista Antonio Francisco, de Mossoró-RN.


A abertura do show ficou por conta de Filipe, que recitou versos de sua própria autoria, e cordéis de Antonio Francisco. O cordelista mirim não parou quieto no Auditório: manteve a interação com o público, apertou a mão das pessoas, e conseguiu trazer felicidade, emoção e também reflexão com os seus versos.

Apesar da pouca idade, Filipe Borges se mostra um apaixonado pela literatura nordestina e também estrangeira. “A leitura é como uma nave que te leva para outros planetas. Quando eu leio, me sinto em Hogwarts, como em Harry Potter, ou no Acampamento Meio-Sangue, de Percy Jackson ”, ressalta. Apesar de gostar dos personagens famosos entre as crianças de sua idade, as maiores inspirações para Filipe são pessoas reais, nordestinos como ele: sua mãe, a também poeta Claudia Borges, e o mestre Antonio Francisco. Inspirado e incentivado por eles, o menino escreveu o seu primeiro livro intitulado Natureza em Versos. “Meu livro tem um tema totalmente ecológico. Eu penso muito na natureza, porque eu tenho visto as pessoas maltratando os animais, a Terra, e eu tento protege-la”, explicou. Empolgado com a sua paixão pela literatura de Cordel, ele se dedica ao Caçador que Aprendeu a Amar, seu segundo trabalho como escritor, mas não conta pra ninguém a história completa que é para “não dar spoiler” aos futuros leitores de sua obra. “Quando crescer eu quero ser ator... Mas, pra mim, a literatura é a minha vida e eu não pretendo parar ”, enfatiza Filipe.

Logo após a apresentação de Filipe, foi a vez do mossoroense Mazinho Viana, da pernambucana Regina Casaforte, e dos músicos Oswin Lohss (compositor e pianista alemão) e Gideon (baterista). A apresentação foi repleta de belas músicas autorais, com direito a utilização de vários instrumentos, como agogô e castanholas da Espanha, que prenderam ainda mais a atenção do público. A dupla apresentou um trabalho regionalista, e com bastante diversidade. Em suas músicas vemos traços de blues, reaggae, xote, côco, entre outros ritmos. Mazinho também tem uma parceria com o mestre cordelista Antonio Francisco. “Desde muito cedo eu tenho uma parceria com ele, e como eu já estava bem perto de seu trabalho, fui musicando suas poesias”, explicou. Uma das músicas mais famosas fruto dessa parceria é “Metade de Dez”, que não fez ninguém ficar parado. “A Quinta Cultural nos deixou muito surpresos, em um espaço excelente. Parabéns ao Sindicato, a João Barra, Nando Poeta que estão insistindo e acreditando, porque é preciso isso acontecer na nossa Cidade”, disse Regina Casaforte.

Para Antonio Francisco, a Quinta Cultural mantem viva a cultura do nosso estado. “Se Câmara Cascudo tivesse vivo, dizia o que eu tô dizendo agora: que o Rio Grande do Norte tem poeta, tem sim muitos artistas. E a Quinta Cultural é mais do que um projeto, é polir a alma da cultura do nosso estado”, exaltou o poeta.
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O projeto Quinta Cultural é um evento do Sindicato dos Bancários do RN, com produção de João Barra e Nando Poeta. O evento é gratuito, aberto ao público, e acontece sempre na última quinta-feira de cada mês. Fique por dentro das próximas atrações, siga a nossa página https://www.facebook.com/bancariosrn/

Fonte: BANCÁRIOS/RN

8 mil índios mortos: o desastre da Transamazônica, grande “legado” dos militares, segundo Bolsonaro

Na inauguração do 1º trecho da Transamazônica, no PA, o general Médici e o ministro dos Transportes Mário Andreazza

Por 
Kiko Nogueira
Num dos trechos mais patéticos de sua entrevista a Mariana Godoy na RedeTV, Bolsonaro fez a elegia dos militares, que “trouxeram o Brasil da 49ª para a 8ª economia do mundo”.
Depois de ser lembrado pela apresentadora que eles deixaram o Brasil com “muita inflação” e aumentaram a dívida externa, o candidato a presidente insistiu: “olhe a infraestrutura deixada por eles, inclusive nas telecomunicações”.
“Rodovias, portos, aeroportos, a integração da Amazônia. Mesmo com os problemas da Transamazônica, o que ficou de legado pra nós, porque a nossa Amazônia estava condenada a ser perdida, se nós não investíssemos na Zona Franca de Manaus, que foi com o Castelo Branco, os territórios criados…”
Jair não tem a menor ideia do que está falando. Uma matéria do iG de 2013 fez um raio X do desastre humanitário da ditadura naquela região. 
Segue:
As investigações da Comissão Nacional da Verdade (CNV) pela região Amazônica indicam um verdadeiro genocídio de índios durante o período da ditadura militar. Não há como falar em um número exato de mortos devido à falta de registros.
Os relatos colhidos, no entanto, apontam que cerca de oito mil índios foram exterminados em pelo menos quatro frentes de construção de estradas no meio da mata, projetos tocados com prioridade pelos governos militares na década de 1970.
Os trabalhos da Comissão da Verdade miram os processos de construção e o início do funcionamento das rodovias BR-230, conhecida como Transamazônica; a BR-174, que liga Manaus a Boa Vista, a BR-210, conhecida com Perimetral Norte e a BR 163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA).
Essas estradas fizeram parte do Plano Nacional de Integração (PIN), instituído pelo presidente Emílio Garrastazu Médici, em 16 de julho de 1970, e que previa que 100 quilômetros em cada lado das estradas a serem construídas deveriam ser destinados à colonização. A intenção do governo era assentar cerca de 500 mil pessoas em agrovilas que seriam fundadas.
Transamazônica
A Transamazônica foi escolhida como prioridade e, por isso, representou uma verdadeira tragédia para 29 grupos indígenas, dentre eles, 11 etnias que viviam completamente isoladas. Documentos em poder da Comissão da Verdade apontam, por exemplo, o extermínio quase que total dos índios Jiahui e de boa parte dos Tenharim. O território dessas duas etnias está localizado no sul do Estado do Amazonas, no município de Humaitá.
O Ministério Público Federal no Amazonas também abriu um inquérito para apurar as violações de direitos humanos cometidas contra esses povos no período da ditadura militar. Os documentos indicam ainda que indígenas sobreviventes acabaram envolvidos nas obras em regime de escravidão.
Mapa da Terra Indígena decretada por Figueiredo em 1981. Grupos indígenas foram os mais prejudicados pela política de ocupação da Amazônia no regime militar
Atualmente, a população Jiahui, de acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), não chega a 90 índios. Antes da construção da estrada, eram mais de mil. Já os Tenharim somam hoje 700 pessoas. Eram mais de dois mil antes da chegada das frentes de construção.
Matança
Entre as práticas de violência contra índios já identificadas estão as “correrias”, expedições de matança de índios organizadas até o final da década de 1970, principalmente no sul do Amazonas e no Acre. Essa prática foi detalhada no primeiro relatório do Comitê Estadual da Verdade do Amazonas, um documento de 92 páginas, ao qual o iG teve acesso.
Fonte: Brasil Cultura

Após censura, Caetano remarca show em apoio a ocupação do MTST

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O cantor e compositor Caetano Veloso, que foi impedido de fazer um show gratuito na ocupação Povo sem Medo em São Bernardo do Campo na segunda, remarcou a apresentação para o dia 10 de dezembro, ainda sem local definido.
O show aconteceria em apoio às 8 mil famílias trabalhadoras que ocupam há 2 meses um terreno abandonado por 40 anos pela construtora MZM. Mas, em um ato explícito de censura, a juíza Ida Inês Del Cid, da 2ª Vara da Fazenda Pública de São Bernardo, proibiu a apresentação na ocupação.
De acordo com a decisão, caso o show acontecesse, a multa seria de R$ 500 mil, sendo “deferida ordem policial, caso necessário”. Para interditar a apresentação, a juíza alegou que o local não tinha estrutura para suportar show de um artista da envergadura de Caetano Veloso.
Para o cantor, a proibição do show foi lamentável. “Dá a impressão que não é um ambiente propriamente democrático”.
“É a primeira vez que sou impedido de cantar no período democrático”, disse Cateno.
A informação da nova apresentação foi confirmada pela produtora Paula Lavigne, empresária do artista, ao Uol Notícias.
Marcha histórica
Nesta terça-feira (31), uma marcha histórica do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) reuniu mais de 20 mil pessoas em uma caminhada de 23 km de São Bernardo do Campo até o Palácio do Bandeirantes para reivindicar a desapropriação do terreno abandonado.
O saldo da luta do povo foi a promessa do governo Alckmin de realizar investimentos em habitação e o cadastramento no Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) das famílias que ocupam o espaço.
Do Portal Vermelho