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domingo, 13 de junho de 2021

Nic Cardeal: ´Mulheres sempre escreveram, mas nem sempre lidas ou valorizadas` - Por: CEFAS CARVALHO

 Foto: Arquivo pessoal

Catarinense que mora em Curitiba, Nic Cardeal é graduada em Direito. Ela publicou o elogiado ‘Sede de céu” (Poesia, Editora Penalux, 2019), e prepara  publicação de novo livro de contos e crônicas. Nic tem textos publicados em 29 antologias/coletâneas – 24 no Brasil, 5 em Portugal e 1 na Alemanha, é militante cultural incansável nas redes sociais e integra do movimento coletivo Mulherio das Letras desde a sua criação em 2016. 
 
Você lançou um elogiado livro de poesias e participou de diversas antologias. Como analisa a sua produção poética e quais seus projetos nessa área?
 
Fiquei realmente surpresa com a receptividade do meu primeiro livro ‘solo’ (Sede de céu, Penalux/2019). Eu já vinha publicando meus textos nas redes sociais, especialmente no Facebook, justamente porque sentia necessidade de ter um feedback dos leitores, já que até então estava muito insegura em relação à minha produção literária. E foi muito bom esse ‘plantio virtual’, pois os comentários positivos foram a mola propulsora que me incentivou a criar coragem para a publicação do livro. E quando realizei o lançamento, aqui em Curitiba, na Mahatma Livraria de Expansão, fiquei impressionada com a quantidade de pessoas que compareceram e compraram o livro, a primeira remessa recebida da editora praticamente esgotou naquele dia. Imagina a minha alegria! Foi realmente surpreendente e, grande parte desse sucesso no dia do lançamento devo à querida Angélica Ayres, proprietária da livraria (e com quem trabalho na ‘casa do livro’), que cedeu espaço para o lançamento e divulgou muito entre sua vasta rede de clientes!
 
Quanto à minha produção literária, naquela ocasião eu já estava com outro livro praticamente pronto, composto de crônicas curtas e alguns poucos contos, e tinha intenção de publicá-lo naquele mesmo ano. No entanto, devido a alguns contratempos, não consegui que estivesse finalizado para a publicação. Em seguida, veio a pandemia e, com ela, fiquei um tanto paralisada, deixando esse segundo livro em processo de hibernação quase forçada, pois não encontrava ânimo para dar continuidade à sua finalização, já que eu ainda estava sem ilustração para a capa. Acabei ‘ressuscitando-o’ posteriormente, revisei, excluí e substituí textos, mudei o título e, finalmente neste momento está aguardando a finalização da capa, para posteriormente ser remetido à editora. 
 
Minha produção poética não para, mas não sou prisioneira de metas preestabelecidas, o processo da escrita segue a inspiração, que em mim acontece muito naturalmente, com muita liberdade, sem cobranças. Meus projetos atuais são dois novos livros de poesia, pois já tenho material suficiente para isso e, além disso, tenho trabalhado em ideias e textos para crianças.
 
Como avalia sua produção durante o confinamento e nesses tempos de pandemia? 
 
Quanto à produção poética, continuo escrevendo sempre, mais lentamente, é claro, pois a pandemia nos rouba muito mais tempo do que antes, em função das questões práticas de cuidados pessoais com roupas, limpeza domiciliar e higienização de compras e alimentos. Como disse anteriormente, tenho praticamente dois novos livros de poesia prontos. Além disso, tenho duas histórias infantis finalizadas, que estão em fase de elaboração das ilustrações, e algumas outras sendo escritas. Também tenho participado de novas antologias e coletivos, que provavelmente devem ser publicados em breve.
 
Você é entusiasta do movimento coletivo Mulherio das Letras. Como vê a importância desse movimento e qual o impacto que teve entre as envolvidas e mesmo no cenário literário nacional?
 
 Antes da criação do movimento coletivo Mulherio das Letras (ML), eu já estava em contato com várias escritoras, através do Facebook, justamente porque comecei a publicar meus textos e isso fez com que os contatos fossem acontecendo. Depois, quando o grupo foi criado no Facebook, tudo foi ampliado de forma vertiginosa.  Tornei-me, de fato, grande entusiasta do Mulherio, estive nos três encontros presenciais, conheci pessoalmente muitas escritoras com as quais já mantinha contato virtualmente, e isso só fez crescer meu entusiasmo pelo coletivo.  Por isso, afirmo categoricamente: o Mulherio das Letras, além de ser um movimento, é um incrível ‘alimento’ que nos fortalece, que não nos deixa enfraquecer diante das agruras destes tempos difíceis, sombrios. A intenção do movimento é justamente agregar, revelar, auxiliar mulheres ligadas à literatura (escritoras, editoras, acadêmicas, ilustradoras, designers). Sobre o Mulherio, Maria Valéria Rezende já afirmou várias vezes que “a ideia é que seja uma forma de congregação de autoras,completamente livre e sem hierarquia”. Acredito muito que o impacto desse movimento entre as envolvidas sempre foi, é e continuará sendo, extremamente positivo, porque todas possuem um objetivo comum: a liberdade de expressão pela palavra escrita ou oral, que é justamente a principal definição do próprio movimento, conforme registrado nas regras do grupo: “coletivo feminista literário formado por mulheres diretamente interessadas na expressão pela palavra escrita ou oral”. Mas o coletivo não se resume à expressão artística e/ou literária. Antes de tudo é um coletivo dinâmico, feminista sim, e político, embora não partidário.  Temos, enquanto grupo de mulheres escritoras e artistas, o direito, a liberdade e o objetivo de lutarmos por nossa ampla participação na literatura nacional, bem como na política do país, afinal, viver por si só já é um ato político.
 
A importância de um movimento como esse é fantástica, e isso já sentimos na pele, nós, que estivemos em João Pessoa/PB (Primeiro Encontro Nacional Mulherio das Letras, em 2017), no Guarujá/SP (Segundo Encontro Nacional Mulherio das Letras, em 2018), e em Natal/RN (Terceiro  Encontro Nacional Mulherios das Letras, em 2019), pois muitas das nossas inquietações, diante da histórica exclusão das mulheres nos tradicionais espaços literários, têm sido sanadas ao longo destes poucos anos de existência do movimento. Seja por meio de publicações independentes exclusivamente de autoria feminina, seja pelo aumento da participação feminina em concursos literários nacionais e/ou estrangeiros, seja nos debates e discussões acerca do papel da mulher escritora no âmbito educacional e político, nestes obscuros tempos. Atualmente o grupo nacional conta com mais de sete mil participantes no Facebook. Já temos também vários grupos regionais, como, por exemplo: ML Amazonas, ML Baixada Santista/SP, ML Bahia, ML Campos dos Goytacazes/RJ, ML Ceará, ML Distrito Federal, ML do Nordeste, ML Mato Grosso, ML Mato Grosso do Sul, ML Nísia Floresta – RN, ML Paraíba, ML Paraná, ML Pernambuco, ML Rio de Janeiro/RJ, ML Rio Grande do Sul, ML São Paulo, ML Sul Fluminense/RJ, e ML Zila Mamede – Natal/RN. Esses grupos regionais realizam eventos literários, encontros (que nesse momento de pandemia, seguem de modo virtual), divulgando suas escritoras locais. Além disso, o movimento já está espalhado pelo mundo: ML Alemanha, ML Áustria, ML Espanha, ML Estados Unidos, ML na Europa, ML Itália, ML Portugal, ML União Europa, sempre representados por mulheres brasileiras lá residentes e que têm tomado frente em encontros literários naqueles países. Há uma ideologia aí inerente, mas há também, e principalmente, uma prática constante: queremos alcançar visibilidade e, fundamentalmente, igualdade entre todos nós, mulheres e homens, no meio literário e artístico de um modo geral.
 
Afinal de contas, homens leem a produção literária de mulheres escritoras? Existe machismo estrutural no universo literário brasileiro?
 
A presença da mulher na literatura é antiga, embora tenham sido sempre os homens a alcançar maior destaque por questões históricas, sociais e culturais. Sabemos que a mulher em nossa sociedade, por razões diversas as quais não cabe aqui enumerar, tende a ser colocada à sombra do homem em todos os aspectos da vida, inclusive no aspecto profissional, na cultura, na arte e na literatura. Mulheres sempre escreveram. Mas nem sempre foram lidas ou valorizadas por sua escrita. Sabe-se, por exemplo, que entre o início do século 19 e metade do século 20, procurando fugir de um estereótipo sobre a escrita de mulheres, ou mesmo querendo desafiar o preconceito existente que afastava as autoras dos eventos e atividades literárias e artísticas, muitas delas se forçavam a assinar com nomes masculinos ou usando pseudônimos neutros, que não pudessem ser identificados como femininos. Exemplo clássico é o caso da escritora Amandine Dupin (1804-1876), que escreveu mais de 80 livros e, em quase todos, assinava com o nome de George Sand, e que foi precursora do feminismo na França, e era amiga de Rousseau, Victor Hugo, Honoré de Balzac. Outro caso famoso foi o da poeta e romancista inglesa Marguerite Radclyffe-Hall (1880-1943), mais conhecida com o neutro Radclyffe-Hall, autora do fantástico romance ‘O Poço da Solidão’. Atualmente ainda temos conhecimento de poucas mulheres escritoras, diante das inúmeras existentes, em comparação com a grande quantidade de homens. Sabemos, por exemplo, quem foram Florbela Espanca, Jane Austen, Katherine Mansfield, Virginia Woolf, Agatha Christie, Rachel de Queiroz, Cora Coralina, Cecília Meireles, Lygia Fagundes Telles, Adélia Prado, Hilda Hilst, Clarice Lispector, Alice Ruiz. Mas há inúmeras, muitas outras, por isso precisamos saber mais sobre o universo literário das mulheres.
 
Assim, não estou muito certa de que os homens leiam livros escritos por mulheres, acredito que deve haver os que leem, de fato, enquanto outros não. Mas penso que a maioria deles deve ter maior interesse nas escritoras já consagradas no meio literário brasileiro e/ou internacional. Creio que na proporção, são muito menos homens lendo livros de mulheres do que mulheres lendo livros de homens. De todo modo, acho que os homens continuam tendo muito mais visibilidade e difusão do que as mulheres, tanto na literatura como na arte de um modo geral. Há muito o que ser ajustado ainda, portanto. Justamente por isso foi criado o movimento Mulherio das Letras, para procurar ajustar essa discrepância nacional, e creio que, numa certa medida, também mundial. Portanto, é preciso permitir à mulher que sua voz seja ouvida, em todos os âmbitos, principalmente nesses tempos tão obscuros, onde o fascismo tem ressurgido com tanta força e dado poder ao machismo estrutural, um machismo que ataca, maltrata, tortura e mata – prova disso é o aumento absurdo do número de feminicídios no país. A mulher precisa sair da margem, precisa ocupar seu espaço de direito, inclusive na literatura, pois o machismo estrutural também tem sido visto no âmbito literário nacional, sem nenhuma sombra de dúvida. É urgente que a mulher assuma o papel que lhe cabe no sentido de denunciar o machismo, o preconceito de gênero e, nesse sentido, a escrita é ferramenta indispensável para a informação e a conscientização. Para que haja mudança significativamente positiva nessa questão das desigualdades, nada melhor e mais eficaz do que a educação. Como já dizia o maior educador Paulo Freire, “não sou apenas objeto da história, mas seu sujeito igualmente”.
 
Em relação ao Mercado editorial, como vê as editoras independentes e de pequeno porte?
 
As editoras independentes e de pequeno porte são fundamentais para dar voz e espaço às mulheres escritoras, uma vez que as grandes editoras infelizmente ainda continuam privilegiando os homens. As mulheres têm o direito e devem ser reconhecidas em sua capacidade literária, que é tão importante quanto à dos homens. Eu sempre me pergunto: por que não uma igualdade de direitos de todos os gêneros também na literatura?
 
No chamado pós-pandemia, ou novo normal, como acha que serão os eventos literários e saraus? Por falar nisso, o Mulherio planeja encontros presenciais para o pós-vacina?
 
Acho difícil tentar imaginar um pós-pandemia ou um novo normal, diante das perspectivas atuais. Creio que por muito tempo ainda, quem sabe dois ou três anos, não há como programar nada de forma presencial. Por isso, imagino que os eventos devem prosseguir de forma virtual. Ano passado, por exemplo, o Quarto Encontro Nacional Mulherio da Letras aconteceria em Porto Alegre/RS. No entanto, diante da continuidade da pandemia, foi cancelado e então realizado o I Encontro Nacional Virtual do Mulherio das Letras, que ocorreu em outubro de 2020. 
 
Não acredito que haja intenção de encontros presenciais para o pós-vacina, somente para o pós-pandemia, uma vez que já é público e notório que a vacinação contra Covid-19 não garante imunização total, apenas diminui internações e mortes. Ou seja, nenhum imunizante disponível hoje no mundo tem eficácia de 100% contra o vírus Sars-CoV-2, e isso evidentemente faz com que muitas pessoas possam ser contaminadas, ainda que tenham recebido as duas doses da vacina, de maneira que pensar em encontros presenciais pós-vacina seria de extremo descaso para com a vida. 
 
Você é bem presente literariamente nas redes sociais, principalmente Facebook. Como vê essas redes em relação à literatura e divulgação?
 
 As redes sociais foram muito impactantes para mim, especialmente na literatura. Foi por meio do Facebook, por exemplo, que tive possibilidade de conhecer ‘mais de pertinho’ diversas escritoras, tanto iniciantes, quanto renomadas e premiadas, que me encorajam e incentivam a prosseguir com meu exercício literário. As redes sociais são como janelas que, abertas, permitem essa visibilidade instantânea também do mundo da escrita. Foi através do Facebook que o movimento coletivo Mulherio das Letras pôde se concretizar, atualmente reunindo mais de sete mil mulheres escritoras de todo o Brasil e mesmo brasileiras residentes em outros países que, por iniciativa da ‘mentora’ Maria Valéria Rezende, uniram-se virtualmente no propósito de divulgar a literatura feminina e mostrar ao mundo literário que o talento feminino também é merecedor de publicação e de leitura. As redes sociais, portanto, permitem o conhecimento imediato da produção literária, tanto nacional como no exterior.

Fonte: Potiguar Notícias

Live - Ensino a distância e acesso gratuito à internet - Fonte: PROIFES

O diretor de ciência e tecnologia do PROIFES-Federação, Enio Pontes, participará na próxima segunda-feira, 14, às 10h, da Audiência Pública “Ensino a Distância e Acesso Gratuito à Internet”, promovida pela Comissão Mista Permanente Sobre Migrações Internacionais e Refugiados do Senado Federal. O debate contará com a presença do vice-presidente da Comissão, Senador Paulo Paim (PT), da presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Rozana Barroso, do Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, e da vereadora pelo Partido dos Trabalhadores em Porto Alegre (PT-RS), Reginete Bispo.


Assista em: https://youtu.be/nAd7K9wSwYM ou https://www.facebook.com/paulopaim/live/

COMBATE AO TRABALHO INFANTIL : Família protegida é criança na escola

 Por CNTE

2021 06 11 familia protegida crianca na escola

No dia 12 de junho é celebrado o Dia Nacional e Mundial Contra o Trabalho Infantil, uma realidade perversa para meninos e meninas no Brasil. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PnadC), em 2019, havia 1,8 milhão de crianças e adolescentes de cinco a 17 anos nessa situação, o que representa 4,6% da população (38,3 milhões) nesta faixa etária.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) lançou a campanha "Família protegida é criança na escola", cobrando investimentos do governo federal na saúde, educação e assistência social além do auxílio emergencial de no mínimo R$600 enquanto durar a pandemia. Os impactos socioeconômicos da Covid-19, como o desemprego da população economicamente ativa, o aumento da pobreza e da extrema pobreza, revelam e aprofundam as desigualdades sociais existentes e potencializam as vulnerabilidades de milhões de famílias brasileiras. Por isso é importante ampliar o debate e cobrar do poder público ações que possam erradicar esse tipo de violação de direitos das crianças e jovens.

É urgente garantir:

- O cumprimento efetivo da legislação vigente de proteção integral das crianças e adolescentes, de proibição do trabalho infantil;
- O direito à formação profissional do adolescente;
- A adoção de novas ações e programas governamentais e da sociedade civil priorizando recortes de faixa etária, gênero, cor, local de residência, renda familiar e escolaridade de crianças e adolescentes;
- O investimento em políticas públicas de proteção, promoção e garantia dos direitos da infância.

Campanha do FNPETI

A CNTE faz parte do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), que promove a campanha com o tema “Precisamos agir agora para acabar com o trabalho infantil”.

Houve redução desse tipo de violação de direito à criança no Brasil nas últimas duas décadas, mas é importante destacar que é uma redução lenta. O país tem quatro anos para cumprir a meta 8.7 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) de erradicar todas as formas de trabalho infantil em seu território até 2025. No entanto, se continuar no ritmo atual, não alcançará essa meta e ainda poderá ter aumento desses índices.

Organização Internacional do Trabalho

O relatório “Trabalho Infantil: Estimativas Globais 2020, tendências e o caminho a seguir” (“Child Labour: Global estimates 2020, trends and the road forward ”), adverte que o progresso para acabar com o trabalho infantil está estagnado pela primeira vez em 20 anos, revertendo a tendência anterior de queda, que registrou uma diminuição de 94 milhões entre 2000 e 2016.

De acordo com o estudo, em escala mundial, um adicional de nove milhões de crianças corre o risco de ser vítimas de trabalho infantil no final de 2022 como resultado da pandemia. Um modelo de simulação mostra que esse número poderia aumentar para 46 milhões, caso elas não tenham acesso a uma cobertura de proteção social crítica. Choques econômicos adicionais e o fechamento de escolas como consequência da COVID-19 significam que as crianças que já se encontram em situação de trabalho infantil podem estar trabalhando mais horas ou em condições de piores, enquanto muitas mais podem ser levadas às piores formas de exploração devido à perda de emprego e renda das famílias vulneráveis.

(Com informações do FNPETI)

familia protegida crianca na escola

Carnaúba ameaçada - Portal UFRN

Edição: José de Paiva Rebouças – Agecom/UFRN

Quais são as ameaças e estratégias para a manutenção das populações naturais e produtos oriundos de uma palmeira economicamente relevante? Como aliar conservação e a exploração sustentável desses recursos frente às atuais condições sociais e econômicas dos extrativistas? Essas são algumas das indagações que levaram um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) a estudar a palmeira carnaúba (Copernicia prunifera), especificamente sobre as ameaças à diversidade genética da espécie. 

A cera de carnaúba é um dos principais produtos de origem vegetal da pauta de exportações do país. O valor da produção na extração de ceras e fibras da carnaúba movimenta mais de 230 milhões de reais por ano. Conhecida como “árvore da vida”, devido às diversas finalidades dos seus produtos, a carnaúba ocorre no bioma Caatinga, uma das maiores áreas de floresta tropical sazonalmente seca da América do Sul, que tem sido, no entanto, severamente afetada pela colheita insustentável dos recursos naturais.

Carnaúbas no semiárido da Caatinga, cera da carnaúba e produção artesanal – Fotos: Canvas

É no ambiente semiárido da Caatinga, principalmente nos vales dos rios do Nordeste e planícies inundáveis, na época de chuva, que se encontra a carnaúba. Esse bioma foi identificado como uma região ecologicamente vulnerável às mudanças climáticas. Os carnaubais sofrem com a intensa exploração, pois o método utilizado consiste na retirada de praticamente todas as folhas para a obtenção do pó-cerífero. Há também registros de corte e uso do caule na construção civil.

Secagem das folhas para remoção do pó-cerífero – Foto: Fábio Vieira

Nessa perspectiva, o grupo, coordenado pelo professor Fábio de Almeida Vieira, da Escola Agrícola de Jundiaí e coordenador do Laboratório de Genética e Melhoramento Florestal (LabGeM), resolveu informar estratégias de conservação com base em estudo de diversidade genética, no qual foi avaliado se as populações naturais remanescentes da espécie em uma área intensamente explorada exibem evidências de impactos genéticos negativos.

Em artigo publicado na revista Biodiversity and Conservation, os pesquisadores analisaram ainda as relações entre os resultados obtidos e a exploração intensiva dos carnaubais e como isso pode interagir com as mudanças climáticas esperadas. As populações estudadas mostraram evidências de gargalos genéticos, enquanto o cenário climático futuro de mudança climática sugere que habitats potencialmente adequados para a carnaúba dentro de sua área de distribuição nativa serão reduzidos. 

Pecuária nos carnaubais, corte e uso da madeira na construção civil – Fotos: Fábio Vieira

“Além da necessidade de conservação in situ das populações de carnaúba para minimizar a perda de diversidade genética importante, que é matéria-prima para a evolução e melhoramento, a criação de bancos de germoplasma para conservação ex situ e estratégias para o desenvolvimento de florestas plantadas e produtivas são urgentemente necessárias para aliviar a pressão sobre as populações naturais e assim garantir a sustentabilidade e manutenção dos recursos oriundos da carnaúba que geram renda para as comunidades extrativistas”, explica o professor Fábio Vieira.

Próximos passos

Sob orientação do professor Fábio Vieira, a obtenção dos dados dessa pesquisa teve início durante a realização do curso de mestrado da pesquisadora Jéssica Ritchele Moura dos Santos, aluna egressa do Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais (PPGCFL) da UFRN, com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). O estudo foi orientado pelo professor Fábio de Almeida Vieira e teve avanço durante a realização do pós-doutorado do professor Fábio na University of Stirling, Escócia (UK), também com financiamento da CAPES. 

Entre os próximos passos, os pesquisadores citam um trabalho em andamento de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) em colaboração com a UFRN que está investigando a história evolutiva e colonização da carnaúba em diferentes habitats, além das relações filogenéticas com outras espécies do gênero. Os resultados fornecerão dados adicionais relevantes para a definição de estratégias de conservação da carnaúba.

Mudas da carnaúba produzidas na EAJ/UFRN, plantio e regeneração natural – Fotos: Fábio Vieira

Colaboradores

Além da Jéssica e do professor Fábio, também assinam o artigo os pesquisadores Richeliel Albert Rodrigues Silva, ex-aluno do PPGCFL da UFRN, Cristiane Gouvêa Fajardo, bolsista do Programa Nacional de Pós-doutorado (PNPD) da CAPES/PPGCFL, Murilo Malveira Brandão, da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e Alistair S. Jump, da University of Stirling (UK).

Fonte: Portal UFRN

Hoje é Dia de Santo Antônio

O Dia de Santo Antônio é comemorado anualmente em 13 de junho.

Santo Antônio de Lisboa, ou Santo Antônio de Pádua nasceu em Lisboa no dia 15 de agosto, provavelmente entre os anos de 1191 e 1195.

Este é considerado um dos santos mais populares entre os brasileiros e portugueses. No Brasil, Santo Antônio é conhecido por ser o “Santo Casamenteiro”, sendo que o Dia dos Namorados é comemorado no dia 12 de junho no Brasil por ser a véspera do Dia de Santo Antônio.

De acordo com a crendice popular brasileira, neste dia as pessoas que desejam casar ou conseguir um namorado preparam simpatias para Santo Antônio, acompanhadas de orações.

Saiba mais sobre o Dia dos Namorados.

O Dia de Santo Antônio faz parte das celebrações da Festa Junina, assim como o Dia de São João e Dia de São Pedro.

Origem do Dia de Santo Antônio

O Dia de Santo Antônio é comemorado a 13 de junho por ser a data de sua morte. Santo Antônio morreu em Pádua, na Itália, no dia 13 de junho do ano de 1231.

Santo Antônio foi inicialmente um frade agostiniano, tendo mais tarde entrado na ordem Franciscana (1220).

Foi muito conhecido pela sua vida despojada de riquezas, apesar de ter nascido em uma família afluente. O seu trabalho com os pobres foi essencial para que fosse rapidamente reconhecido como santo após sua morte.

A canonização de Santo Antônio aconteceu poucos anos após sua morte, e muitos consideram que terá sido uma das canonizações mais rápidas da história.

Oração de Santo Antônio

Existem muitas orações a Santo Antônio, a maior parte delas ligadas ao fato de Santo Antônio ser conhecido como o “Santo Casamenteiro”.

“Meu grande amigo Santo Antônio,

tu que és o protetor dos namorados,

olha para mim, para a minha vida,

para os meus anseios.

Defende-me dos perigos,

afasta de mim os fracassos,

as desilusões, os desencantos.

Faz que eu seja realista,

confiante, digna(a) e alegre.

Que eu encontre um(a) namorado(a)

que me agrade, seja trabalhador,

virtuoso e responsável.

Que eu saiba caminhar para o futuro

e para a vida a dois

com as disposições de quem recebeu de Deus

uma vocação sagrada e um dever social.

Que meu namoro seja feliz

e meu amor sem medidas.

Que todos os namorados

busquem a mútua compreensão,

a comunhão de vida

e o crescimento na fé.

Assim seja”.

Fonte: Portal BRASIL CULTURA