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sexta-feira, 21 de maio de 2021

Governo do RN finaliza restauração e ampliação da Escola de Dança do TAM

 

Os salões do prédio histórico de arquitetura neoclássica que abriga a Escola de Dança do Teatro Alberto Maranhão (EDTAM) já estão prontos para receber pliés e outros passos, beneficiando os cerca de 500 alunos e alunas atendidos anualmente pela instituição. Referência para as artes do corpo no Rio Grande do Norte, a escola teve o seu prédio ampliado e restaurado pelo Governo do RN, com recursos viabilizados pelo Governo Cidadão junto ao Banco Mundial.

A governadora Fátima Bezerra recebeu o prédio da empresa executora, PS Engenharia, nesta quarta-feira, 19, ao lado do vice-governador Antenor Roberto, do secretário de Gestão de Projetos e Metas, Fernando Mineiro, também coordenador do Projeto Governo Cidadão, da secretária estadual de Turismo, Ana Maria Costa, e do diretor da Fundação José Augusto (FJA), Crispiniano Neto. A unidade mantida pelo Governo do Estado, por meio da Fundação, recebeu recursos da ordem de R$ 1,9 milhão, viabilizados pelo Governo Cidadão por meio do acordo de empréstimo com o Banco Mundial.

“Estamos enfrentando uma crise sanitária sem precedentes a qual estamos combatendo todos os dias. Mas também estamos tocando obras e ações ligadas ao fomento cultural para que os potiguares possam ter de volta o acesso pleno à cultura, o que foi inviabilizado pela falta de investimento de décadas", disse a governadora, que reconheceu, ainda, o papel estratégico do Governo Cidadão na concretização das obras desta gestão. 

Fernando Mineiro completou: “A atual gestão do governo estadual recebeu esta obra, em dezembro de 2018, com apenas 11% de execução. Mas seguindo a orientação da governadora, a equipe técnica do Governo Cidadão acompanhou de perto a execução do serviço para que chegássemos a esta entrega. Essa é mais uma obra que me dá grande prazer em ver concluída por se tratar de um prédio histórico e é um importante equipamento cultural de nosso estado”.

Há mais de duas décadas sem receber sequer uma manutenção, o local passou por uma restauração integral e complexa. Como o imóvel é tombado, foi necessário um serviço de restauro qualificado prestado por um reduzido número de empresas. Tanto é que a licitação teve que ser realizada duas vezes para que a PS Engenharia LTDA fosse habilitada para tal.

REGULARIZAÇÃO DA OBRA
Iniciada na gestão do governo anterior e abandonada pela empresa executora em 2019, a obra passou por um detalhado processo administrativo de apuração de responsabilidades. Após um longo processo de tratativas entre o Governo do Estado, PS Engenharia e o Ministério Público do RN, junto ao Tribunal de Contas do Estado, ente fiscalizador da aplicação dos recursos do Banco Mundial, foi assinado um Termo de Ajustamento de Gestão (TAG). Em setembro de 2020, então, houve o retorno das obras da escola.

FOMENTO CULTURAL 
Crispiniano Neto lembrou que “assim como a escola de dança do TAM, os principais equipamentos culturais do Rio Grande do Norte estão sendo reconstruídos, ação que em breve fortalecerá não somente a arte e a cultura, mas também o turismo do estado”.

Wanie Rose, diretora da EDTAM, detalha os benefícios que a reforma trará para a formação de profissionais da dança. O antigo piso desnivelado das salas, que sujeitava alunos a acidentes como torções no pé, foi substituído por um do tipo flutuante, comum às grandes escolas de dança, que garante um revestimento linear, absorve impactos e, consequentemente, é mais seguro, além de promover o isolamento acústico. Às três salas de dança, mais uma foi somada, totalizando quatro. Um elevador, rampas de acessibilidade, praça de alimentação e biblioteca também foram incluídos no prédio.

“Mesmo com as limitações anteriores, o nosso espaço já era elogiado por bailarinos que recebíamos de outros estados. Ao longo dos anos, conseguimos que mais de dez de nossos alunos e alunas fossem selecionados para o estudar no Bolshoi, considerada a melhor escola de dança do mundo. Com todas essas melhorias que recebemos hoje, teremos resultados muito melhores”, conta, animada. Wanie Rose ainda prestou uma homenagem ao bailarino, coreógrafo e professor de Artes da UFRN, Edson César Ferreira Claro, já falecido, fundador da Escola de Dança do TAM e um dos grandes nomes da dança do Brasil. Ex-aluna que tornou-se professora da escola, Gislane Cruz, morta há dois anos em um acidente de carro, também foi homenageada.

A expectativa é que agora a Escola de Dança do TAM possa voltar a receber em média 500 alunos e alunas anuais, número que havia sido reduzido à metade desde que a escola precisou deixar sua sede para abrigar-se provisoriamente no Memorial Câmara Cascudo.

EDTAM
A escola de dança que é referência no RN funciona em um sobrado de dois andares, no bairro histórico da Ribeira, na capital, que foi sede do governo no século XIX, além de um bar, ponto de encontro dos soldados americanos que em Natal viveram durante a Segunda Guerra. Desde 1986, mais de 10 mil alunos e alunas já tiveram acesso à formação e cultura através do ensino da dança no local, grande parte deles e delas, carentes e vindos de todo o estado.

O evento de entrega do prédio contou com uma pequena apresentação de dança das bailarinas Laura Eduarda e Margoht Lima, acompanhadas pelo músico da Orquestra Sinfônica do RN, Leixon Rodrigues. A poesia "Operário em Construção", de Vinicius de Moraes, foi declamada pelo professor, escritor e ator Aécio Cândido, diretor Administrativo da FJA, homenageando as pessoas envolvidas na obra.

Também participaram do evento o diretor da FJA, Fábio Lima, e o secretário-adjunto da Infraestrutura, Haroldo Azevedo Filho, além de representantes das secretarias e órgãos envolvidos.

Fonte: Potiguar Notícias

Privatização da Eletrobras: Confira os votos dos deputados potiguares


A Câmara dos Deputados aprovou, na noite de ontem, quarta-feira (19), a Medida Provisória (MP) 1.031, que estabeleceu as bases para a privatização da Eletrobras. Foram 313 votos favoráveis, 166 contrários e cinco abstenções. Eletrobras possui holding gigante do setor elétrico brasileiro, que detém empresas de geração, transmissão e distribuição de energia.

Confira os votos dos Deputados do RIO GRANDE DO NORTE na MP da Privatização da Eletrobras:

Votou a favor da privatização:

Benes Leocádio (Republican-RN)

Beto Rosado (PP-RN)

Carla Dickson (PROS-RN)

General Girão (PSL-RN)

João Maia (PL-RN)

Walter Alves (MDB-RN)

Votou contra privatização:

Natália Bonavides (PT-RN

Fonte: Potiguar Notícias


Aurélio Buarque de Holanda Ferreira

Filólogo, contista e ensaísta brasileiro, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira nasceu em 1910, em Camaragibe, Alagoas. Fez os estudos secundários nesse mesmo estado e licenciou-se em Direito no Rio de Janeiro em 1936. No entanto, nunca exerceu a profissão de jurista. Destacou-se antes na área das Letras, como professor, lexicógrafo, crítico e editor.

Em 1937 tornou-se diretor da Biblioteca Municipal de Maceió. Em 1938 fixou-se no Rio de Janeiro, onde começou a trabalhar com Paulo Rónai. Juntamente com este, publicou uma antologia do conto universal, sob o título Mar de Histórias, em dois volumes (1945 e 1950). Nesta mesma época, começou a trabalhar com Álvaro Lins, com quem publicou em 1956 o Roteiro Literário do Brasil e de Portugal.

Em 1940 passou a exercer funções de professor de Português no Colégio Pedro II. No ano seguinte iniciou a sua colaboração no Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. Com esta colaboração destacou-se definitivamente como lexicógrafo, função em que, ao longo dos anos, se consagraria como figura de primeiro plano no Brasil.

Em 1954 partiu para o México para presidir aos Cursos de Estudos Brasileiros ministrados na universidade da capital. Evidenciou-se ainda como conferencista. Nesta qualidade, deslocou-se a países como a Venezuela, Cuba e Guatemala.

Em 1961 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. Faleceu em 1989.

Além das obras já mencionadas, devem ser referidas as seguintes: Linguagem e Estilo de Eça de Queirós (ensaio, 1945); O Romance Brasileiro (ensaio, 1952); Território Lírico (teatro, 1958). Aurélio Buarque de Holanda traduziu ainda os Pequenos Poemas em Prosa de Charles Baudelaire e os Poemas em Prosa de Oscar Wilde.

Portal BRASIL CULTURA

Arte: ferramenta de resistência cultural

“Qual o verdadeiro papel do (a) artista na sociedade? Entreter ou informar?”

A cada dia torna-se mais urgente repensarmos o mundo pela ótica da diversidade cultural para que possamos compreender as formas, costumes, produção e necessidade dos povos.

É emergente o diálogo entre as culturas para construirmos um mundo mais sustentável, de igualdade social, direitos e liberdade, respeitando as diversidades.

Com base no dia 21 de maio que, está marcado no calendário da Organização das Nações Unidas o dia mundial da Diversidade Cultural para Diálogo e Desenvolvimento, instituído em sua assembleia geral no ano de 2002 após aprovação pela Unesco da Declaração Universal sobre Diversidade Cultural de 2001, precisamos reconhecer a necessidade de aumentar o potencial da cultura como meio de alcançar prosperidade, desenvolvimento sustentável e coexistência pacífica mundial.

Nós, seres humanos, somos desde o momento em que somos inseridos na vida social, produtores de cultura. Aliás, somos a única espécie com essa capacidade, o que nos difere de todas as outras nos colocando na condição humana.

Somos capazes de voar sem ter asas, de atravessar o oceano sem ser peixe, de construir e destruir, de preservar os recursos naturais e/ou acabar com eles.

Somos por natureza, produtores de cultura, mas neste artigo quero abordar, com o intuito de reflexão, a forma simbólica da cultura: Arte.

A arte é a ferramenta cultural que tem a capacidade de comunicar a partir da própria experiência humana, trazendo à tona as condições sociais, econômicas e políticas do nosso planeta, assim como também é utilizada como instrumento de massificação pelo próprio sistema regente. Ela nos mostra uma capacidade inigualável de alienação dos povos, gerando as condições para a implantação e aceitação de sistemas que oprimem e colocam o ser humano na condição de explorador da própria espécie, assim como é capaz de nos libertar das amarras e do aprisionamento intelectual.

Foi a partir da cultura que descobrimos em nossa história a palavra Etnocentrismo, conceito utilizado para justificar todas as formas de exploração, invasão, colonização, escravidão e massacre das diferentes culturas.

Muitas vezes a arte foi utilizada como instrumento de segregação e divisão social, formando uma elite intelectual e econômica europeia que se autoproclamava melhor (culturalmente) do que povos intitulados bárbaros e selvagens, justificando e criando as condições para as invasões e retaliações.

A arte também é uma forte ferramenta de comunicação capaz de conscientizar a população e resistir, através de suas manifestações, denunciando e nos mostrando os verdadeiros sentidos e objetivos das ações das classes dominantes dentro do sistema capitalista e neoliberal.

Os (as) artistas se tornam agentes culturais de transformação social, capazes de levar a informação por meio da linguagem simbólica à lugares inacessíveis.

Qual o verdadeiro papel do (a) artista na sociedade? Entreter ou informar?

Posso dizer que são os dois, pois para informar e conscientizar é necessário entreter e para entreter é preciso ter o que dizer ou se apropriar do discurso.

Ter o que dizer é fundamental para o ser humano em todos os sentidos. Faz-se necessário a organização do discurso a partir da simbologia e seus significados o que demanda estudo das técnicas e atenta observação do mundo. Quando digo estudo, estou me referindo ao conhecimento das ferramentas artísticas e suas capacidades. Já a atenta observação nos traz o conhecimento das formas culturais (no fator antropológico) e as transformações naturais que as colocam em movimento permanente. Isso permitirá que o (a) artista um bom aproveitamento da ferramenta para despertar a atenção do público e tornar a comunicação mais eficiente, aproximando-o pela identificação ao discurso, compreendendo-o.

É relevante o grau de responsabilidade e importância que tem a arte em nosso mundo. A arte está e esteve presente, como protagonista em cada momento de luta e resistência, mas também já foi usada por sistemas para impor as condições de submissão aos povos.

É preciso saber em que lado da história estamos: Do explorador ou da resistência.

Dentro do isolamento social que fomos colocados em decorrência da pandemia da covid, artistas de todo o mundo e de todas as culturas se tornaram, como nunca, essenciais em nossa vida cotidiana por meio de lives, shows, bate papos, cursos, entre tantas outras atividades, tirando as pessoas do ócio e da estagnação.  No momento em que nos encontramos, os (as) artistas se fizeram extremamente necessários (as), não apenas como animador (a) de festa, mas como comunicador (a) capaz de estabelecer um diálogo consistente com a população, muitas vezes descrente e amedrontada sem saber o que será do amanhã.

Os (As) artistas, por consequência do momento vivido e por necessidade de comunicação, foram capazes de se apropriar das ferramentas tecnológicas em pouco tempo para que pudessem estar junto às pessoas em suas casas por meio de computadores, celulares de forma independente sem fazer uso das formas midiáticas tradicionais de alienação de massa.

Portanto a arte não é apenas uma profissão como outra qualquer, mas também é ferramenta que possui grande responsabilidade na construção do mundo que queremos, trazendo à tona a partir da interpretação de seus símbolos as mais autênticas formas de expressão cultural da humanidade.

Dar condição ao(a) artista prosseguir com seu trabalho, torna-se necessário a partir de políticas públicas e oportunidade de trabalho.

Viva a Diversidade Cultural, identidades e pluralidades presentes e, viva  a arte que resgata, reforça, comunica e questiona todo um sistema em defesa da humanidade: Igualdade e Liberdade dos povos!

Fonte: Portal BRASIL CULTURA