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sábado, 16 de fevereiro de 2019

Circuito de Cultura Secundarista incentiva protagonismo estudantil

Por Aline Campos. 

Carta lançada durante seminário do CIRCUS da UBES propõe arte e cultura como instrumentos para Educação

Durante o 4º .Encontro Nacional de Grêmios, em Salvador, aconteceu o Seminário do Circuito de Cultura Secundarista da UBES (CIRCUS). Os estudantes se reuniram para desenvolver ações de incentivo da arte e cultura no ambiente escolar, além de estruturar o protagonismo estudantil em produções culturais.
“Falta muito para que a escola seja um espaço de real incentivo para cultura, mas tem muita gente boa por aí fazendo coisas incríveis. Acredito que o CIRCUS vem para cumprir esse papel, de criar uma rede entre os secundas do país”, disse Igor de Lucca, Diretor de Cultura da UBES. E com este propósito, os secundaristas apresentaram a “Carta do CIRCUS”
Foto: Duda José | CUCA da UNE
Leia na íntegra:
O Circuito de Cultura Secundarista da UBES está ativo desde o 42º ConUBES, tendo organizado atividades e dialogado com estudantes em diversos estados pelo país. Acreditamos que é chegado o momento de dar maior consequência a produção cultural em nossas escolas, gerando cada vez mais Circuitos e eventualmente uma agenda nacional do CIRCUS, com momentos em cada estado e região, conhecendo e prestigiando a pluralidade do país. É certo que artistas, especialmente aqueles que não estão blindados pelos recursos da Indústria Cultural serão pouco visados e desvalorizados por um Governo Federal que extingue o Ministério da Cultura e fecha as portas para nossas agências e fundações culturais, e que é parte de uma grande onda de obscurantismo e censura, onde os primeiros afetados são artistas e estudantes.
O CIRCUS da UBES pretende debater e contribuir com a formação e o trabalho de estudantes e artistas, organizando ações e espaços de trabalho e apresentação que unifiquem a comunidade e a escola, trazendo movimentação para novos lugares e gerando um ambiente escolar mais saudável e interessante para os(as) estudantes. Tendo isso em mente, apresentamos aqui nossa visão e nossas propostas para as atividades do CIRCUS, separadas em três eixos:

Eixo Pedagógico

O quanto a arte está presente na Pedagogia? Quanto se aprende, de fato, sobre Arte, e mais importante, sobre a nossa arte? Vivemos em um ambiente escolar que pouco se aproveita da grande ferramenta que ensinar sobre arte e incentivar a criatividade do estudante pode ser para o ambiente escolar, que está em vias de perder ainda mais espaço. A escola que sonhamos precisa criar um ambiente que agregue cada vez mais estudantes. Defendemos a inclusão de arte em ainda mais espaços na escola. Defendemos também a aliança entre artistas, estudantes e professores, para combater a evasão escolar, crescer o movimento estudantil, e proporcionar um espaço melhor para o trabalho de educadores e educadoras.
O quanto se pode aprender sobre determinada escola literária em Português organizando um sarau? O quanto podemos descobrir sobre algoritmo quando vemos um filme que fale sobre em um Cine Debate na aula de matemática? Quanto do conteúdo de Arte pode ser aplicado gravando vídeos para redes sociais? As possibilidades são infinitas. Queremos levar ideias como essa para nossas escolas. A Exemplo do Colégio Estadual Central, em Belo Horizonte, onde o Grêmio Estudantil organizou um Cine Debate, ou dos Colégios Estaduais Pimentas VII e Homero Lins de Sá, ambos na cidade de Guarulhos, São Paulo. A Pedagogia tem muito a que se beneficiar do ensino e produção de arte e cultura dentro da escola.

Eixo Comunitário

Ao redor de toda escola há lojas, casas, e pessoas, porém a escola sempre foi um espaço fechado, onde somente estudantes e trabalhadores da educação tinham acesso. Acreditamos no potencial da cultura para quebrar essa barreira, e dar oportunidade do povo de conhecer o espaço escolar. Propomos a criação de oficinas e mostras de arte, em diversas modalidades e linguagens que permitam a participação do entorno e da comunidade escolar, e que incentivem o diálogo entre estudantes organizados, trabalhadores(as) da educação e associações de moradores e bairros.
É hora do conjunto da sociedade se organizar e resistir, seja fazendo um debate, uma manifestação ou uma peça de teatro. Podemos chamar mostras em que os estudantes apresentem seus trabalhos e oficinas conjuntas convidando a comunidade escolar a participar da produção. Há muito o que ser feito e muito a se descobrir.

Eixo Cultural e Artístico

O Circuito de Cultura já parou em alguns estados por nosso país. Estudantes de São Paulo e Minas Gerais organizam oficinas em escolas convidando os estudantes a repensarem o espaço que ocupam todo dia. Estudantes do Ceará e Paraná organizam companhias de teatro, assim como batalhas de RAP estão acontecendo em todos os cantos do país, de Santa Catarina ao Rio Grande do Norte. Todos esses e essas estudantes se reúnem em Salvador, na Bienal dos Estudantes, e acreditamos que não há espaço melhor para lançarmos um novo desafio para nossa entidade.
Para garantir que cada vez mais estudantes tenham acesso e construam o CIRCUS, propomos que cada entidade estadual busque condições de construir o CIRCUS no seu estado através de Festivais de Cultura e Arte. O CIRCUS da UBES só será grande com Circuitos em todos os estados, chamando atividades culturais e entrando em contato com estudantes por todo o país. Contribuindo com cada uma dessas atividades, o CIRCUS da UBES pode assumir seu real caráter de Circuito, criando uma rede de divulgação e organização de artistas de diferentes estados, cidades, estilos e linguagens. Do teatro a pichação, do desenho animado a poesia.
A UBES pode ser o grande canal de contato entre toda nossa rede, colocando cada vez mais estudantes na defesa da escola que sonhamos. Acreditamos também na urgência do movimento estudantil ocupar as redes, e por isso propomos que sejam organizados coletivos de comunicação em cada estado, trabalhando em conjunto com a organização dos festivais de cultura e arte. A força de defender nossa própria narrativa poderá contribuir tanto na divulgação de nossas ações e nossos eventos, como em qualquer momento de embate de narrativas, já comum em nossa sociedade da informação.
Também devemos cumprir o importante papel de combate à desinformação nas redes sociais, trazendo mentes, corações e projetos à defesa de uma educação pública, gratuita, de qualidade e com inserção artística, para todos e todas
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Foto: Duda José | CUCA da UNE
Fonte: UBES

CINEMA - 'As histórias de resistência no Brasil sempre me fascinaram', diz Wagner Moura

Wagner Moura
Diretor falou a jornalistas brasileiros e internacionais em Berlim, um dia após exibição em que filme foi aplaudido
por Redação RBA
Em Berlim, onde o filme 'Marighella' foi aplaudido, diretor afirma que certamente a obra é um dos primeiros produtos culturais abertamente contrários ao que Bolsonaro representa.
São Paulo – Em entrevista à imprensa em Berlim, o diretor do filme MarighellaWagner Moura, comparou a resistência ao golpe de 1964 à atual conjuntura do país, governado por Jair Bolsonaro. “Nós podemos ver as diferenças entre o que aconteceu em 64, e a resistência daquela época... E não é diferente da resistência ao que temos no Brasil agora.” O ator-diretor citou as comunidades LGBT, as favelas e os negros, além de pessoas que provavelmente terão problemas com o governo atual como representantes dessa resistência.
“As histórias de resistência no Brasil sempre me fascinaram. A Revolta dos Malês na Bahia, onde eu nasci, os protestos contra a ditadura... Especialmente isso, porque eu nasci em 1976. Mas a minha geração era muito diferente da que lutou”, disse.
Segundo Wagner Moura, seu filme – cujo projeto foi iniciado em 2013 e desenvolvido durante o governo Temer – não é uma resposta a um governo específico, mas obviamente é “contrário ao grupo que está no poder (no Brasil)”, afirmou. “Não quero que o filme seja uma resposta a Bolsonaro. Mas certamente é um dos primeiros produtos culturais abertamente contrários ao que ele representa.”
Polidamente, o diretor criticou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, que afirmou não ter havido golpe no Brasil em 1964, mas "um movimento". "A primeira coisa é a mudança semântica, dizer que 'não foi tão ruim'. Os governos fascistas começam na semântica. Este filme existe para dizer que a ditadura foi horrível", disse.
Ele prevê que seu filme provocará polêmica no Brasil. “Imagino que será criticado pela direita, mas também pela esquerda”, disse. “Estou preparado para tudo, inclusive para que vaiem e joguem lixo na tela.”
Nascido em 1976, ele explicou que sua geração “era alienada” tanto em relação à geração de 64 quanto à atual. “Esses meninos que agora vão às ruas se parecem muito mais com a geração de 1964 do que a minha.”
Perguntado sobre a mensagem de Marighella, Moura afirmou que ele simboliza “a resistência”, e sua importância é mostrar que os “cidadãos têm o direito e a obrigação de resistir às ditaduras, aos Estados violentos e aos que não respeitam os cidadãos”.
Em sua estreia mundial, ontem, em Berlim, o filme de Wagner Moura foi aplaudido pela plateia, formada por jornalistas brasileiros e internacionais. Embora não concorra ao Urso de Ouro, o principal prêmio do festival (um dos mais importantes do circuito de cinema mundial), o filme foi exibido na programação principal.
Marighella não tem previsão de estreia no Brasil. Sua produção que resultou em uma película 155 minutos custou R$ 10 milhões.
O cantor Seu Jorge faz o papel do guerrilheiro Carlos Marighella, morto pela ditadura em 4 de novembro de 1969, depois de ser emboscado na Alameda Casa Branca, em São Paulo.
O filme é baseado no livro Marighella – O homem que incendiou o mundo (Companhia das Letras, 2012), do jornalista Mário Magalhães. O elenco é também composto de Adriana Esteves, Bruno Gagliasso, Herson Capri e Humberto Carrão, entre outros.
Marighella nasceu em 1911, em Salvador. Participou da militância comunista e foi eleito deputado federal constituinte em 1946. Rompeu com o PCB e criou a Ação Libertadora Nacional (ALN). 
Fonte: REDE BRASIL ATUAL

Cartas da Mãe, o Brasil contado por Henfil

Cartas da Mãe é uma crônica sobre o Brasil entre 1979 e 2009 contada através das cartas que o cartunista Henfil (1944/1988) escreveu para sua mãe, Dona Maria. Estas cartas, publicadas em livros e jornais, são lidas pelo ator e diretor Antônio Abujamra enquanto desfilam imagens do Brasil contemporâneo.
Política, cultura, amigos e amor são alguns dos temas que elas evocam, criando um diálogo entre o passado recente do Brasil e a situação do país há 10 anos. Artistas, políticos e amigos de Henfil, entre eles o então Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, o escritor Luis Fernando Veríssimo, os cartunistas Angeli e Laerte e o jornalista Zuenir Ventura, falam sobre a trajetória do cartunista dos anos da ditadura militar até sua morte. Animações inéditas de seus cartuns complementam o documentário dirigido por Fernando Kinas e Marina Willer em 2003.

Assista o filme: