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terça-feira, 30 de junho de 2020

UNIDADE NA LUTA - Entidades e movimentos sociais lançam campanha em defesa da democracia e da vida

2020 06 29 lancamento brasil democracia vida
Lançada nesta segunda-feira (29), a campanha #BrasilpelaDemocracia #BrasilpelaVida reune mais de 70 organizaçãoes entre entidades nacionais, centrais sindicais, movimentos sociais, articulações pró-democracia e organizações não-governamentais. A CNTE apoia a mobilização e convoca todos a participarem dessa luta.


A ação é uma resposta à situação enfrentada pelo país, que exige a união de todos em defesa da democracia, ameaçada pelo ataque permanente e inconcebível às instituições, à imprensa, ao Estado Democrático de Direito e aos direitos dos cidadãos e cidadãs consagrados na Constituição Federal.

As entidades se unem também em defesa da vida. A inépcia e a descoordenação do governo federal enfraquecem a capacidade da sociedade brasileira de enfrentar a pandemia. A crise de saúde pública que vivemos é ainda agravada pela incapacidade de respostas consistentes e urgentes diante da insustentável realidade de pobreza, desigualdades e iniquidades, assim como pela recusa frequente de levar em consideração as orientações científicas, médicas e de profissionais e organizações de saúde.

A primeira atividade, logo após o lançamento, será a Virada da Democracia, nos dias 4 e 5 de julho – um evento coletivo com dezenas de atividades propostas pelas organizações envolvidas, entre palestras, ações culturais e manifestações virtuais.
A programação será disponibilizada em breve - acesse o site da campanha para obter mais informações e atualizações: https://www.brasilpelademocracia.org.br/

Veja o vídeo de lançamento da mobilização




Fonte: CNTE

FINANCIAMENTO - Entenda como o Fundeb ampliou o acesso à educação e o que está em jogo no Congresso

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Em vigor desde 2007, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) é uma das poucas políticas públicas que seguiram em frente em meio às mudanças de governo ao longo dos anos, algo raro em um país como o Brasil, onde a inconstância ainda dita o ritmo desse tipo de ação estatal.

A relevância da política pode ser medida em números: somente no ano passado, por exemplo, o Fundeb canalizou um montante de cerca de R$ 165 bilhões para estados e municípios. Formado por um conjunto de outros 27 fundos, ele engloba os 26 estados e o Distrito Federal, financiando 40% da educação básica da rede pública no país. Isso inclui desde creches até o ensino médio, abarcando ainda a Educação de Jovens e Adultos (EJA) – somente o ensino superior não entra na conta.

O coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, sublinha que a criação do Fundeb foi a primeira vez, na história do país, em que surgiu uma política de financiamento para toda a educação básica. Ele realça que um dos pontos de relevância da medida está no acolhimento de modalidades específicas, como a educação voltada a pessoas com deficiência, indígenas, quilombolas e ainda a educação do campo.
“E o Fundeb teve a capacidade de obrigar o governo federal a investir substancialmente na educação básica, coisa que não acontecia antes. O governo fazia o mínimo possível. Ele dava ordens, mas não colaborava e, com o Fundeb, passou a colaborar. Ainda é pouco, mas já foi um primeiro passo”, acrescenta o coordenador, destacando os atuais 10% de participação da União no fundo.

A legislação vigente determina que pelo menos 60% dos recursos totais do Fundeb devem ser destinados anualmente à remuneração do magistério, o que inclui os professores que estão em sala de aula e os profissionais que exercem funções de suporte, como diretores, coordenadores, supervisores pedagogos, etc.

Os outros 40% devem ser aplicados em ações de manutenção e desenvolvimento da educação. O rol de possibilidades abrange desde despesas com equipamentos e instalações até o aperfeiçoamento dos profissionais, passando ainda pela compra de material didático, transporte e merenda escolar, entre outros serviços considerados essenciais à rede de ensino.

O universitário Caio Sad, 20, estudou durante uma década em uma escola pública do município de Cabo Frio (RJ). Ele conta que acompanhou de perto as melhorias que a unidade foi apresentando com o tempo ao longo da implementação da política, com maior aquisição de livros, investimento em quadra de esportes, realização de eventos, entre outras iniciativas. “Eu me lembro da escola e imagino que a maior parte daquela estrutura não existiria se não fosse o financiamento do Fundeb”, diz.

Em geral, os entes federados apontam que a política é essencial sobretudo para os municípios, que, em sua maioria, não obtêm uma arrecadação no nível necessário à manutenção da folha de pagamento e da estrutura do setor de educação.

“Eu diria que o Fundeb tem uma importância extraordinária fundamentalmente como garantidor de um padrão mínimo de receitas, pra que eles possam seguir elevando os indicadores educacionais e de aprendizagem”, ressalta o governador da Bahia, Rui Costa (PT), presidente do Consórcio do Nordeste.

O grupo está entre os que hoje fazem coro pela continuidade da política, que foi criada com data prevista para acabar e por isso só tem garantia de vida até 31 de dezembro deste ano. O tema está em debate na Câmara dos Deputados, que discute atualmente a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 15/15, relatada pela deputada Dorinha Rezende (DEM-TO). O texto prevê a conversão do fundo em uma política pública perene e com ampliação dos recursos. A PEC deve ser votada nas próximas duas semanas, segundo o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Caso a medida não seja aprovada este ano, uma parte das escolas públicas pode chegar a fechar as portas. Para Rui Costa, o cenário seria algo “desastroso”. É o que destaca também a secretária de Educação de Araraquara (SP), Clélia Mara Santos, município para o qual o fundo destina R$ 90 milhões anuais.

“O Fundeb é fundamental. Parece redundante dizer isso, mas não é. Ninguém tem de pronto, por exemplo, no nosso caso aqui, mais de R$ 90 milhões que nos sustentem”, afirma a gestora, destacando que a rede precisa de ampliação dos recursos porque já sofre dificuldade para cumprir as disposições do Plano Nacional de Educação (PNE) diante do orçamento atual.

“Se retirar o fundo da forma como a gente concebe hoje essa fonte de financiamento, a educação pública brasileira para”, exclama.
Em busca da equidade.

Especialistas apontam que um dos grandes predicados do fundo tem sido a redução das assimetrias regionais naquilo que se refere aos investimentos na rede de educação, historicamente marcada por um abismo entre os entes de menor e os de maior capacidade orçamentária. Operacionalmente, o Fundeb canaliza os recursos de acordo com a necessidade de cada estado ou município.

“Como educação é um direito social e humano pra todo mundo, não se pode condenar um município que tem pouca arrecadação a não garantir a educação daquela população. Isso é um dever do Estado brasileiro como um todo, então, o estado e a União contribuem também com essa formação e com esse acesso à educação naquele município que não tem condições financeiras de garantir esse direito com uma infraestrutura adequada, com a valorização dos profissionais”, explica Heleno Araújo, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
Por conta dessa lógica, a política foi capaz de ampliar em 413% o investimento mais baixo por aluno encontrado na rede pública do país. Cálculos feitos por especialistas da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados em 2017 mostram que o Fundeb reduziu em 71% a desigualdade entre as redes. Com isso, vem contribuindo para equalizar as oportunidades e ajudando o país a buscar um padrão mínimo de qualidade no ensino.

“Ele promoveu mais acesso, garantiu mais matrículas. Está aquém do que a gente precisa e quer, mas avançou, por isso defendemos como política importante a ser mantida”, afirma Araújo.
Remuneração.

A CNTE salienta que o Fundeb tem sido o oxigênio da política de remuneração do magistério. Segundo a confederação, antes dele, alguns profissionais chegavam a ganhar um salário de R$ 80 por mês.

Concursada desde 2003, a professora Marilândia Alecrim dos Santos Vieira, da rede municipal de Campo Formoso (BA), conta que não sente saudades do período em que a educação pública ainda não podia contar com o fundo. Em um resgate de memória, ela narra que, em seus primeiros anos de atuação, muitos dos docentes viviam com um terço do salário mínimo.
“Os salários eram tão baixos que o pessoal daqui do interior não tinha nem possibilidade de ir na sede pra sacar os salários. Juntavam três ou quatro pra custear a passagem de um, que ia sacar os salários dos demais”.

Com o financiamento da política, outro cenário foi se moldando com o tempo. Hoje, Marilândia conta com um salário que é 400% maior que o da época. Diante desse panorama, ela afirma que teve diferentes vantagens, entre elas uma maior disposição para se preparar para enfrentar a sala de aula.

“[o novo salário] possibilitou que a gente saísse do aluguel e comprasse uma casa própria. Hoje tem a motivação de investir no conhecimento, no estudo, de se qualificar melhor. Já é possível também, mesmo que seja numa universidade particular, fazer uma especialização. O Fundeb faz muito a diferença”, ressalta, ao enumerar os ganhos.

A professora Liliane Cristina Borges, que leciona na rede pública de Mato Grosso desde 1991, lembra que o fundo serviu de motor para a instituição do piso nacional do magistério, atualmente no valor de R$ 2.886,24. Além de elevar o patamar do pagamento dos professores, a medida deixou a categoria menos vulnerável às prioridades definidas por cada gestor para os investimentos a serem feitos na área. A professora observa que, com mais verbas destinadas ao setor, toda a cadeia de servidores que atuam na educação foi beneficiada.

“Antes do Fundeb, cada município e estado decidia o que pagava ou não para os seus servidores. Depois do fundo, que também vem instituindo igualdade de direitos pra todos os servidores que trabalham no chão da escola, passou a ser reajustado o salário segundo o piso nacional”.

Avanço multilateral

Atuante na defesa da política, o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Iago Montalvão, frisa que, com todos os avanços apresentados, a política tem o poder de estender os ganhos a uma rede que vai além dos muros das escolas:
“Quando você melhora a escola, a educação e a formação daquele local, você vai melhorando também todo o IDH, a estrutura daquela cidade, com melhores profissionais, professores, jovens com educação mais de qualidade. Vira um efeito cascata que é bom pra todo mundo”.

(Brasil de Fato, Cristiane Sampaio/Edição: Ítalo Piva, 29/06/2020).

Fonte: CNTE

Uninove demite 300: desrespeito com os professores, descaso com os alunos

Entidades estudantis reivindicam e apoiam projetos de lei para reduzir a evasão e manter empregos
Esta semana a Universidade Nove de Julho, Uninove, despediu pelo menos 300 professores da rede de colaboradores via um pop-up na tela da plataforma de ensino a distância pela qual as aulas tem sido dadas durante a quarentena.
O Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro) está pedindo anulação das demissões no Tribunal Regional do Trabalho.
A UNE recebeu inúmeras denúncias. “Achei um descaso absurdo”, afirmou a estudante de Arquitetura Jade Lopes de Oliveira.
“Foram seis ou sete professores meus demitidos. Muitos deles são maravilhosos, vou sentir falta”.
Aos alunos a universidades não emitiu nenhum comunicado e muitos tiveram como atividade no lugar das aulas uma palestra motivacional com o Padre Fábio de Mello.
Os estudantes organizaram um abaixo-assinado que já tem quase 30 mil assinaturas. Jade conta que a instituição não ofereceu nenhum tipo de desconto desde o início da pandemia, quando as aulas presenciais passaram a ser no modo EAD e que muitos colegas desistiram do curso por não poderem pagar, outros cansados com a displicência e incerteza que enfrentam na Uninove transferiam para outras instituições. “Mas para quem é bolsista como eu, não temos muito o que fazer”, ressalta.
Ela descreve o atendimento na Uninove como péssimo. “É sempre um estresse falar com a secretaria, é difícil falar com a coordenação e a reitoria então”.
Pandemia atingiu a todos
A Uninove divulgou que teve que se a ”adaptar à nova situação e fomos ao limite para manter nosso quadro funcional e todas nossas obrigações contratuais em dia”.
Para o Sinpro-SP, a pandemia está sendo usada pela Uninove para acelerar o processo de reestruturação iniciada há alguns anos e baseada na redução da folha de pagamentos e maximização dos lucros.
Para o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) outras medidas poderiam ser tomadas, levando em consideração a queda de faturamento. E dá como exemplo a MP 936 que foi relador, na Câmara dos Deputados que possibilita a suspensão temporária de contratos de trabalho ou redução de jornada com redução de salários. “Precisamos cuidar da saúde em primeiro lugar. Ao lado disso, preservar os empregos e a renda dos trabalhadores, garantir a estabilidade dos setores econômicos devem ser prioridade dos governos e também dos empresários, particularmente os grandes. Ninguém vai sair bem da crise pensando só no seu ganho imediato, pois a reativação da economia dependerá de um conjunto de fatores, entre eles a manutenção dos empregos”, destacou.
Segundo pesquisa realizada pela consultoria Atmã Educar, as matrículas para o segundo semestre de 2020 devem cair em cerca de 70% em meio a pandemia do Corona Vírus, totalizando uma queda de 17% de novos alunos previstos. Além disso, a taxa de estudantes endividados junto às IEs privadas no país, segundo a SEMESP aumentou de 15,3%, para 26,6% durante os meses da pandemia (março-junho) se comparado ao mesmo período do ano passado, o que aumentou a taxa de evasão do ensino superior de 20% para 30%.
As entidades estudantis prevendo o efeito que a pandemia causaria sobre o estudantes propuseram logo no início da quarentena uma campanha para redução das mensalidades.
“As universidades não tem o mesmo custo com infraestrutura oferecendo aulas em EAD que são bem mais baratas, então precisam reduzir as mensalidades até mesmo para os estudantes poderem pagar. Outra coisa que pautamos foi um auxilio emergencial para os estudantes tanto de públicas como de privadas conseguirem se manter e não ter que deixar de estudar por estarem passando necessidades”, explicou a diretora de Comunicação da UNE, Camila Ribeiro.
O presidente da UEE-SP, Caio Yuji lembra também que a entidade tem apoiado o projeto PEFies do senador Weverton (PDT-MA) em trâmite no Senado.
“É um auxílio emergencial que precisa ser aprovado, um projeto de expansão do Fies, para que os estudantes possam pagar suas mensalidades, para que as universidades não quebrem e com contrapartida para que elas não demitam os professores, numa linha de defesa e proteção dos trabalhadores”, destaca.
PLs para assegurar o futuro
Orlando Silva também é autor do projeto PL 3419/2020 assegura aos alunos inadimplentes, o direito à renovação da matrícula, por dois anos após cessar os efeitos do Estado de Calamidade Pública. E junto com os deputados Túlio Gadêlha (PDT-PE) e Marcelo Ramos (PL-AM) o PL 2423/2020 que proíbe a suspensão de contratos de estágios durante o mesmo período.
O parlamentar defende que se a pandemia e a crise econômica descambarem para uma desestruturação do ensino superior no Brasil, os reflexos não serão só para este ano ou os próximos anos, mas poderão durar décadas, e afetar gerações.
“Não se constroem universidades e nem se formam ou capacitam médicos, engenheiros, cientistas, físicos, professores, profissionais de qualidade das diversas áreas, da noite para o dia. É um trabalho que leva tempo. Cada estudante que tiver que trancar ou deixar a universidade, no mínimo, vai demorar mais para se formar e entrar no mercado. Isso se conseguir retomar, porque pode simplesmente ser um futuro brilhante desperdiçado”, diz Silva.
E completa: “A pandemia, cedo ou tarde, vai passar. Infelizmente, em virtude da sabotagem do governo Bolsonaro, vai demorar mais e custar mais vidas – e a vida não tem preço. Mas, ainda assim, vai passar. E nós precisamos ter um país depois da crise”.
Fonte: UNE

As classes social no BRASIL, com JESSÉ de Souza e Maria do ROSÁRIO



Fonte: https://blogdeumsem-mdia.blogspot.com e Revista Fórum