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quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Destinos brasileiros estão entre os mais buscados para 2020, aponta levantamento

Um levantamento realizado pelo Google apontou que oito destinos nacionais estão entre os mais desejados no Brasil e no mundo para viagens em 2020. Segundo o site de buscas, São Paulo (SP) é a segunda cidade, em um grupo de dez, mais desejada pelos turistas de todo o mundo, perdendo apenas para Da Nang, no Vietnã. Entre os internautas brasileiros, a capital paulista é o terceiro destino mais buscado ficando atrás de Londres, na Inglaterra, e do Rio de Janeiro (RJ), respectivamente.

Além das duas capitais, outras cidades como Brasília (DF), Florianópolis (SC), Santos (SP), Natal (RN) e Belo Horizonte (MG) também aparecem na lista. Para o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, a maior procura pelos destinos brasileiros conversa com o trabalho que a Pasta vem realizando no sentindo de estruturar e divulgar esses lugares. “Temos trabalhado constantemente para levar aos turistas domésticos e internacionais o melhor do Brasil, para que eles saiam daqui com uma boa experiência e que indiquem para seus familiares e amigos. Não foi à toa que 9 em cada 10 estrangeiros aprovam a viagem ao nosso país”, finalizou.

O turismo cultural é uma das marcas de São Paulo. O município possui diversas expressões artísticas que vão desde exposições, espetáculos de dança até circuitos culturais. Mas, quem pensa que a capital é só cultura está muito enganado. Milhares de pizzarias, churrascarias, bares, padarias e restaurantes com a culinária de mais de 50 países, elegem a cidade como um dos principais destinos gastronômicos. O turismo de negócios, também, é uma das marcas da economia local, tanto que a cidade foi o principal destino dos estrangeiros que vieram para o Brasil para eventos e convenções em 2018, segundo pesquisa do Ministério do Turismo.

No Brasil, a capital da fluminense é o principal interesse dos turistas domésticos. A intensa vida cultural e o centro histórico exuberante se unem à paisagem natural com muitos atrativos urbanos. São ícones do roteiro turístico carioca: a Floresta da Tijuca (considerada a maior mata urbana do mundo), as praias de Copacabana, Ipanema e Leblon, além do mundialmente famoso Pão de Açúcar com o vai-e-vem do seu Bondinho e o Corcovado com a estátua gigante do Cristo Redentor.

O LEVANTAMENTO – Realizado pelo site de pesquisas Google, o levantamento trouxe os 10 destinos mais buscados pelos internautas com base nos buscadores de hotéis, entre janeiro e dezembro de 2019 com reservas para 2020.
Edição: Rafael Brais

A premonição de Chico Buarque, 14 anos antes de Bolsonaro

Chico Buarque é um daqueles artistas excepcionais, cuja vocação e talento parecem funcionar como que antenas permanentemente voltadas para as alegrias e dores da alma de sua gente e as contradições do seu tempo.

“Ninguém vai me surpreender / Na noite da solidão”
Cordão, de Chico Buarque

O “Chico das Artes, o gênio” – na definição da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira – estava na Europa na segunda metade do ano de 2004, gravando com o diretor Roberto de Oliveira uma série de especiais sobre sua obra, trabalho que depois foi lançado em DVDs.

Fazia pouco mais de um ano e meio que Lula havia assumido o primeiro mandato e as forças progressistas deparavam-se com os desafios de governar um país gigante e desigual como o Brasil, mas apesar das dificuldades o otimismo era a regra. Nas eleições o povo havia derrotado as mentiras e as manipulações (como derrotaria depois em mais três oportunidades).

Porém, Chico Buarque é um daqueles artistas excepcionais, cuja vocação e talento parecem funcionar como que antenas permanentemente voltadas para as alegrias e dores da alma de sua gente e as contradições do seu tempo. Foi assim que, em pleno início do ciclo progressista no Brasil, quase 15 anos antes de a extrema-direita ascender ao poder, Chico disse o seguinte (veja vídeo abaixo):  “hoje em dia a gente já percebe, neste mesmo pensamento de classe média (que apoiou o golpe de 1964) uma certa vontade de ordem, em nome da segurança, em nome disso e daquilo, às vezes vemos, nas cartas dos leitores em jornais, gente explicitando o desejo da volta de um governo forte no sentido da repressão, por causa da violência, que realmente é um problema muito sério, mas não é por aí. Esse pensamento não acabou. A ditadura caiu, ela se desmoralizou mas eu não imagino como uma coisa tão absurda – não um golpe militar – mas um líder populista com discurso autoritário, com discurso em nome da segurança e tal, contar com apoio popular muito grande e, democraticamente eleito, exercer o poder de forma arbitrária. A gente não imagina (que) a ditadura (será) como ela foi, é outra coisa, mas os efeitos nocivos dela, a violência, a truculência, a arbitrariedade e tal, elas estão no ar”. Provavelmente, nesta época, mais de um “sabe-tudo” da política (vamos confessar, também na esquerda temos vários deste tipo) torceu o nariz para tais preocupações de Chico Buarque.
O viajante no tempo

Tarso Genro foi feliz ao se referir a Chico Buarque como “o melhor da nossa geração”, durante um ato dos artistas e intelectuais com Dilma Rousseff no Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro em 2010, quando Chico pronunciou uma frase que ficou famosa sobre o governo Lula: “Temos um governo que não fala fino com Washington, nem fala grosso com a Bolívia e o Paraguai”.

Em 2004 Chico sentiu, “no ar” o cheiro da violência, da truculência, da arbitrariedade. No caso, ele foi um visionário. Já na música “Valsa Brasileira” o poeta, em sentido inverso, também lutava contra o tempo, “não como anda um corpo, mas um sentimento”, forcejando contra o destino ele “surpreendia o sol, antes do sol raiar, saltava as noites, sem me refazer”, tudo para antecipar o encontro com a mulher amada “e pela porta de trás, da casa vazia, eu ingressaria e te veria confusa por me ver, chegando assim, mil dias antes de te conhecer”. Este poder buarqueano de “viajar no tempo”, oriundo de um talento superior, mostra que a arte é uma arma realmente poderosa, nos enchendo de estímulo e esperança na luta contra o obscurantismo, afinal, como diz outra canção do Chico: “Um dia ele vai embora maninha, pra nunca mais voltar”.
Wevergton Brito Lima, jornalista, vice-presidente do Cebrapaz.

Portal BRASIL CULTURA

Democracia em Vertigem, sobre golpe contra Dilma, é indicado ao Oscar

Filme brasileiro, dirigido por Petra Costa, é um dos cinco finalistas na categoria de melhor documentário de longa-metragem.

O filme brasileiro Democracia em Vertigem, de Petra Costa, vai concorrer ao Oscar 2020. O longa – que denuncia o golpe de 2016 contra a presidenta Dilma Rousseff (PT) – foi anunciado na manhã desta segunda-feira (13/1) como um dos cinco finalistas na categoria de melhor documentário de longa-metragem.

“Numa época em que a extrema direita está se espalhando como uma epidemia, esperamos que esse filme possa nos ajudar a entender como é crucial proteger nossas democracias”, afirmou Petra, nas redes sociais, ao comentar a indicação ao Oscar. “Está se tornando cada vez mais evidente o quanto o pessoal é político para tantos ao redor do mundo, e acredito que é por meio de histórias, linguagem e documentários que as civilizações começam a se curar.”

Democracia estreou há um ano, no Festival de Sundance, figurou na lista de melhores filmes do jornal norte-americano The New York Times e foi distribuído pela Netflix – o que ajudou a produção a ter mais visibilidade no mercado internacional. O filme já havia concorrido ao Critics’ Choice Documentary Awards, uma espécie de prévia para o Oscar de documentário.

Democracia em Vertigem se propõe a contar – através dos bastidores dos palácios e das grandes manifestações que sacudiram o Brasil nos últimos anos – a história que aconteceu, e não a que gostaríamos que tivesse sido”, sintetizou a jornalista Mariana Serafini, em artigo sobre o filme publicado no Vermelho. “A única forma de a narrativa ser outra é aprender com os erros cometidos até aqui, superar a vertigem e construir um projeto sólido para avançar à esquerda – mas tudo isso… antes que a democracia acabe.”
É a primeira vez que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood indica à premiação um documentário produzido no Brasil. Seus concorrentes serão Indústria Americana (de Steven Bognar, Julia Reichert e Jeff Reichert), The Cave (de Feras Fayyad, Kristine Barfod e Sigrid Dyejaer), For Sama (de Waad Al-kateab e Edward Watts) e Honeyland (de Ljubo Stefanov, Tamara Kotevska e Atanas Georgiev).

A cerimônia será realizada em 9 de fevereiro, no Dolby Theatre, em Los Angeles (EUA).

Confira abaixo os indicados nas principais categorias do Oscar 2020:

Melhor filme

* Ford vs Ferrari

Fonte: Portal Brasil Cultura