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quarta-feira, 22 de julho de 2020

CULTURA - Profissionais da cultura e proprietários de espaços culturais já podem realizar cadastro para receber auxílio da lei Aldir Blanc no RN

Os órgãos de cultura do Governo e do município de Natal  lançaram plataformas de cadastro aos profissionais e espaços de cultura. O preenchimento do cadastro é um dos pré-requisitos para receber o repasse dos recursos do auxílio emergencial  previsto na Lei Adir Blanc para esses dois seguimentos. A Fundação José Augusto pretende, também, fazer da ferramenta o ponto de partida para mapear as informações sobre realizadores e produtores de cultura no Rio Grande do Norte.
Há duas etapas previstas para o cadastro: a primeira para registro de atividade e a segunda para solicitação do benefício. A previsão para o início do pagamento do valor assistencial é a primeira semana de agosto. A Fundação José Augusto ficará responsável pelo cadastro dos artistasjá os municípios cadastrarão os espaços culturais.
O Congresso Nacional liberou um socorro financeiro aos artistas, produtores e espaços culturais que assegura aproximadamente R$ 3 bilhões para o segmento. O Rio Grande do Norte deve receber R$ 32 milhões, sendo R$ 6 milhões para Natal.
O coordenador de projetos e articulação institucional da FJA Aluizio Mathias esclareceu que o Governo do Estado não utilizou os dados do Sistema Nacional de Informação Cultural devido à plataforma estar sem funcionamento interno para atualização, ou seja, sem pessoas para prestar serviço. Além disso, ele reforçou que a plataforma criada virou referência nacional.
“Temos a base do Mapa da cultura para fazer nossa plataforma. Mas, nosso formulário virou modelo nacional para o Brasil, por conter todas as informações necessárias”, afirmou.
Mapa da Cultura
Mathias explica que a plataforma do Cadastro Estadual de Cultura tem base no Mapa da Cultura. Mas, trata-se de uma plataforma que pretende, além da distribuição dos recursos financeiros, montar o mapa cultural do Rio Grande do Norte a partir dos dados inseridos.
“O mapa cultural para o Estado é um sonho nosso. O cadastro, na verdade, é o início do projeto, a primeira fase. No cadastro há duas etapas, a primeira para registro de atividade e a segunda para solicitação do benefício. Então, com esses dados, vamos usar para montar nosso Mapa da Cultura”, afirmou o coordenador.
O diretor técnico da Funcarte, Josenilton Tavares, confirmou que o pré-cadastro disponibilizado pela prefeitura de Natal é apenas para os espaços culturais, já que a tendência é o município administrar esse seguimento. Ou seja, os profissionais de cultura que se interessarem pelo benefício devem buscar a plataforma da Fundação José Augusto.
“O cadastro que abrimos não é para mapeamento, ele é especifico para distribuição do valor assistencial da lei. Nós do município contamos com uma plataforma de Sistema de Informação Municipal de Cultura que faz o mapeamento para ser incluso no mapa da Cultura futuramente”, esclareceu o diretor técnico da Funcarte.
Além disso, Tavares reforçou que o valor assistencial a ser pago aos espaços culturais devem ser usados, obrigatoriamente, para manutenção desses lugares, como o pagamento de contas de água e luz e até a aquisição de figurinos.

Produtora critica falta de planejamento e diz que lei escancara fragilidade das gestões.

A falta de planejamento e de gestão dos poderes executivos municipal e estadual vem dificultando a definição dos valores por cada seguimento beneficiado. A avaliação é da produtora Tatiane Fernandes, membro da comissão Executiva do Fórum Potiguar de Cultura.
“Por meio desse cadastro é como Estado e município administrarão o dinheiro. O Rio Grande do Norte vai receber mais de R$ 32 milhões para a assistência cultural e devem ser executados, ainda, em 2020. Só para o município de Natal será direcionado R$ 976 mil reais. Choveu recurso financeiro e a gestão não estava preparada. Antes da Lei Adir Blanc, a FJA recebeu, no máximo, R$ 5milhões e a Funcarte por volta de R$ 200 mil ao ano para implementar na cultura”, afirmou Tatiane Fernandes.
Devido a esse problema, as entidades precisaram de uma forma emergencial realizar os cadastros dos profissionais e espaços de cultura e mensurar os valores a serem distribuídos. Em dissidência das medidas tomadas pela FJA e Funcarte, o Fórum Potiguar de Cultura afirmou que em reuniões anteriores debateu o uso da plataforma Mapa de Cultura – hotsite administrado pelo Governo Federal, de acesso público e que consta as informações necessárias para a administração – como forma de agilizar o processo.
A partir disso, Tatiane Fernandes concluiu que com a lei em vigor, foi possível identificar que há uma fragilidade de gestão tanto municipal quanto estadual.
“Nós questionamos quais os impedimentos para não usar o Mapa da Cultura, já que lá tem as informações de forma pública e rápida. O fato é que a lei escancara o avanço na cultura potiguar, é um avanço de 10 anos em 6 meses para o Estado e para o município de Natal é de 25 anos. Porém, ela também escancara a fragilidade de gestão que temos, principalmente nesse tempo, que não temos políticas públicas para os seguimentos”, declarou a integrante do 
Fórum Potiguar de Cultura.
Durante o processo, foi criado um comitê do Fórum Potiguar de Cultura em união com outros fóruns e câmaras setoriais, tais como Fórum de Livro e Leitura, Cultura do Vale (Currais Novos/RN) e a Câmara Setorial de Artes visuais.

CULTURA Prêmio inspirado em poema de Zila Mamede estimula criação de mapa da fotografia no RN

As inscrições estão abertas até o dia 31 de julho e, para participar, os fotógrafos precisam ter nascido no Rio Grande do Norte ou residirem no Estado há pelo menos três anos. O formulário de inscrição e os detalhes do edital podem ser acessados em www.margemfoto.com/premio.
O prêmio é organizado pelo Margem Hub de Fotografia, empresa de economia criativa que busca desenvolver ensino, pesquisa e a divulgação das artes visuais contemporâneas no Rio Grande do Norte.
A iniciativa compõe o projeto Atlas da Fotografia Emergente Potiguar que, além do prêmio, promoverá lives e outros conteúdos formativos sobre economia criativa, artes visuais e processos de criação em fotografia.
“A grande pergunta que a gente busca responder com o projeto é saber quem são os agentes da fotografia aqui no Estado, como está a cena da fotografia e como podemos ajudar na difusão desses trabalhos”, explica Paula Lima, uma das organizadoras da premiação.
Apesar do prêmio indicar tema livre para as fotos, uma das sugestões do edital é que os participantes busquem inspiração nos versos de “Onde”, poema da autora potiguar Zila Mamede. Os selecionados no prêmio vão compor uma coletânea com trabalhos de outros cinco fotógrafos convidados.
A primeira exposição dos trabalhos vencedores já tem data marcada, será em novembro na sede do Margem Hub, em Natal. A seleção dos trabalhos ficará a cargo de uma comissão de especialistas formada pela curadora Sanzia Pinheiro Barbosa e pelos artistas convidados: Sofia Bauchwitz, Pablo Pinheiro, Elisa Elsie, Jean Lopes e João Oliveira. A comissão contará ainda com a coordenação de Alexandre Sequeira, professor do Instituto de Ciências da Arte da UFPA.
O Prêmio Margem de Fotografia e o projeto Atlas da Fotografia Potiguar foram contemplados pelo edital de Economia Criativa do SEBRAE/RN, e também conta com o patrocínio de SICOOB RN, além do apoio de Bólide 1050, Editora Deu na Telha, Espaço Duas e Rede de Produtores Culturais de Fotografia do Brasil.
Fonte:
 Da Redação

A Travessia no Barco da Coragem – Uma Carta à Carolina de Jesus

Cidinha da Silva e Carolina de Jesus
Instituto Moreira Salles, que guarda o acervo de Carolina de Jesus, pediu à escritora Cidinha da Silva que escrevesse uma carta simbólica à autora de “Quarto de Despejo” – publicado em meados do século passado. Dos anos em que Carolina Maria de Jesus escreveu suas obras aos dias de hoje, muita coisa mudou, e nada mudou. Essa linda “crônica-carta” de Cidinha Silva é o duro retrato de um Brasil que, apesar de tudo, não perde a suavidade e a esperança.
Leia abaixo e, se quiser, chore como nós choramos.
*Por CIDINHA DA SILVA
São Paulo, 8 de julho de 2020.
Carolina, bom dia!
Dia de sol nesse inverno de pandemia em São Paulo. Como você está? Espero que esteja em paz. Do lado de cá, temos feito a travessia no barco da coragem, como a vida exige.
Te escrevo da varanda da d. Ruth, ela foi passar dois dias no sítio em  Parelheiros, enquanto eu limpo a casa, centímetro por centímetro, como ela recomendou. Ela foge das notícias de morte, não quer saber sobre os cinco corpos enterrados numa mesma vala, dos coveiros que trabalham tanto que não têm tempo para ter medo de contaminação pelo vírus silencioso e aniquilador. D. Ruth tem necessidade de paz para escrever. Você deve estar surpresa, mas a verdade é que precisei voltar ao trabalho doméstico. Esse mundo que se dilui no numerário das notícias desaba sobre minha cabeça e eu luto para respirar.
Consegui terminar a universidade em 2016, financiada por aquele programa do governo, dei aulas como professora eventual, mas mantinha algumas faxinas porque o salário miserável só era pago quatro meses depois da assinatura do contrato e, quando regularizou, fizemos greve por melhores condições de trabalho e os salários foram cortados. Eu ainda não consegui passar em concurso, não tenho tempo nem cabeça para estudar e, no tempo que tenho, trabalho para pagar os boletos e mandar o dinheiro das meninas. Agora, na pandemia, não tenho mais aulas, interromperam o contrato, trabalho três dias fixos aqui e atendo mais três casas de vez em quando.
O serviço aqui é tranquilo e eu adoro limpar livros, você sabe. Essa casa da d. Ruth me faz lembrar muito de você, lembrança do avesso. Ela é escritora, não como você, mas é. A única coisa que vocês têm de parecido é o amor pelos livros e a venda em escala, ela sempre fala disso, é muito preocupada com as questões do mercado editorial. Esse apartamento é tão grande que ela faz caminhada aqui dentro, você acredita? Roupa de ginástica, tênis, alongamento por quinze minutos, caminhada durante meia hora, pedal por quinze minutos e alongamento por mais dez. Endorfinas, ela diz, endorfinas.
Tomar sol eu tomo aqui, na casa dela. Coloco a tábua de passar na varanda e deixo as roupas dela impecáveis para as lives. Cato feijão, pico verduras, cuido das plantas, tudo na varanda para aproveitar o sol na pele. Lá em casa, você sabe, não entra sol e mina água da parede. Meus livros e roupas mofam e ainda não tenho perspectivas de me mudar de lá, os aluguéis estão custando o olho do cara nos lugares melhores.  Olhando por esse prisma, acho bom as crianças não estarem comigo.
O Onirê está com quinze anos, bonito que só. Um menino decente, amigo, que respeita as meninas. No enterro do primo, há três anos, o pai pediu para levar e eu deixei. Eu e o Jeferson não demos certo como casal por incompatibilidade de gênios e de gêneros, acho até que a gente se ama ainda, mas não conseguimos ser felizes juntos. Amor pelo filho então, nem se fala, ele sempre amou esse menino acima de qualquer coisa e no enterro ele percebeu o olho de revolta do Onirê pelo assassinato do primo, que todo mundo sabia quem matou, por bobagem, como são todos os assassinatos dos meninos negros. Aí ele conversou comigo e nós concordamos que era mais seguro levar o Onirê para viver longe do Canindé Teimoso. Sinto muito falta dele, mas nos falamos todos os dias, hoje mesmo ele já mandou mensagem comentando sobre o novo ministro da Educação que não durou cinco dias no posto. Um ministro negro que mentiu no currículo em meio a um governo que se estrutura na mentira e na manipulação de informações. Os outros ministros que mentiram sobre a trajetória acadêmica continuam sentados em suas cadeiras, nem preciso te dizer que são todos brancos, não é?
A escritora Carolina de Jesus
As gêmeas, Deborinha e Yasmin, estão com doze anos e eu as levei para morar com minha mãe no interior. Quero ir para lá também, só preciso passar num concurso do estado para ter chances de remoção.  Código de boa vizinhança na favela é coisa antiga, não existe mais. Teve mudança no comando do tráfico no Canindé Teimoso e os homens que estão lá agora gostam de ter harém, eles escolhem as meninas e moças e mandam buscar em casa, pagam um dinheiro para a família e levam. Tem pai, irmão, que resiste e eles matam, tem pai e irmão que torce para que as meninas da casa sejam escolhidas para receber o dote, como eles dizem. Eu já não dormia com medo disso acontecer com as minhas meninas; deixá-las trancadas em casa no contraturno da escola não era uma opção; levá-las comigo para o trabalho, também não; ficar com elas em casa, sem trabalhar, não nos protegeria se os caras resolvessem levá-las e, antes disso, passaríamos fome. O pai delas é diferente do Jeferson, não dá para contar de verdade, tenho só aquela pensão de 250,00 reais por cabeça que ele dá, chorando. Agora em julho tem a humilhação imposta pelo juiz, solicitada por ele, eu devolvo metade da pensão, porque as meninas passam quinze dias na casa da avó, a mãe dele. No mês de janeiro também, já devolvi. Em fevereiro tem que comprar material escolar e em julho, roupa de inverno, cabeça de juiz não leva em conta essas coisas.
Por falar em mãe que precisa levar filho para o trabalho, teve um acontecimento tenebroso por esses dias. A Mirtes, que não tinha com quem deixar o filho e precisava trabalhar durante a pandemia, levou o Miguel, de cinco anos, para a casa da patroa. Mirtes saiu para passear com os cachorros da casa e deixou o menino com a patroa, Sari, o nome dela. Miguel chorou querendo a mãe e ela o levou até o elevador para ir atrás da Mirtes. Miguel foi parar no nono andar e despencou de lá. Sei que você imagina a dor dessa mãe quando voltou para o trabalho com os cachorros e abriu espaço entre curiosos que olhavam alguém que caiu do prédio e descobre que é o corpo de seu filho de cinco anos que está ali. A Sari, que tem o sobrenome Corte Real, deu depoimento na TV dizendo que fez tudo o que podia para cuidar do garoto e, se pudesse voltar no tempo, voltaria. Precisava ver, Carolina, voz serena e compungida, franjinha no cabelo, sem maquiagem, e ainda tinha um terço de reza nas mãos. Num grupo de Whats que eu participo, uma moça escreveu assim: “Desejo que Sara Corte Real fique louca. Que seu sono seja abreviado pelos gritos de “justiça” por Miguel. Que ela desconheça o que é paz, tranquilidade e silêncio. Que sua alma faça tanto barulho que não a deixe dormir, nunca”. A palavra cura e a palavra mata, eu comentei no grupo.
Carolina, meu sonho de ser escritora permanece. Escrevo em cadernos, como você fazia. Esse é um segredo meu e seu, D. Ruth desconfia, mas por minha boca não vai saber de nada; segredo a gente partilha com quem a gente confia. Logo que cheguei aqui e fiquei paralisada diante das paredes de livros no escritório dela, eu só tinha visto tanto livro numa biblioteca, ela me perguntou, com ar pesaroso: “Você está se perguntando se eu já li esses livros todos? Não, não li, mas…” Eu imagino que não, eu sei que os livros fazem companhia para a gente ao longo da vida e que a gente não lê tudo, mas gosta de saber que eles estão ali, fazendo a travessia conosco. Ela se assustou e aprendeu a me respeitar ali, naquela hora, viu que eu não seria uma negrinha de estimação para ela tratar como inteligentinha, para ouvi-la na hora que quisesse se distrair da solidão. Eu estudei, Carolina, fiz faculdade porque queria ferramentas para ajudar a organizar meu pensamento, eu sei pensar.
Nessas cartas que te escrevo vou exercitando minha literatura possível, não esqueça de me dizer o que você acha das minhas tentativas de criar figuras de linguagem, seu olhar arguto e sensível é muito importante para mim.
Te abraço, Carolina. Até breve
*Escritora mineira, presidiu o Geledés – Instituto da Mulher Negra e fundou o Instituto Kuanza, que promove ações de educação, ações afirmativas e articulação comunitária para a população negra. Foi gestora de cultura na Fundação Cultural Palmares.
Fonte: JORNALISTAS LIVRES

Partidos, entidades e educadores comemoram aprovação do Fundeb: ‘vitória da educação’

Foto: Alex Ferreira / Câmara dos Deputados
UNE e oposição destacam que governo Bolsonaro atuou para prejudicar a proposta e resolveu ‘contar vitória’ na última hora.
Deputados de praticamente todos os partidos, entidades estudantis e educadores comemoraram na noite desta terça-feira (21) a aprovação do relatório do novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), em primeiro turno, na Câmara.
Todas as bancadas acabaram encaminhando voto pelo sim e apenas 7 parlamentares votaram contra, ante 499 a favor. Até a liderança do governo Bolsonaro, que chegou a boicotar a proposta, recomendou a aprovação do texto da deputada federal Professora Dorinha Seabra (DEM-TO).
O relatório final foi construído em processo de longa discussão e parceria com o setor da educação, recebendo o apoio de professores, sindicatos e das entidades de representação dos estudantes.
“Desconfie de quem chega de última hora só pra atrapalhar e depois quer contar vitória. Foram meses e meses de luta e discussão ampla, sem participação do governo! Que só entrou pra prejudicar o texto”, alertou Iago Moltovão, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Para o deputado José Guimarães (PT-CE), líder da minoria, a aprovação do novo Fundeb, é uma “grande vitória da educação pública brasileira. “Agora ele é permanente. E Bolsonaro não poderá vetar, pois é uma Emenda Constitucional que será promulgada pelo presidente do congresso nacional. Viva o novo Fundeb!”, disse.
A líder do PSOL, Fernanda Melchionna (RS), também avalia que a aprovação é uma derrota do governo Bolsonaro, “que sempre queria adiar a votação”. “Vitória da mobilização e da educação”, completou a parlamentar, alertando ainda para destaque do partido Novo para eliminar dispositivo do no o Fundeb que obriga um investimento mínimo de 70% dos recursos em remuneração dos professores.
Jandira Feghali (PCdoB-RJ) destacou que seis dos sete votos contrários são deputados do PSL, criticando a posição dos parlamentares. “Entre eles Bia Kicis, o ‘Príncipe’, Marcio Labre, Filipe Barros, Chris Tonietto e Junio Amaral”, afirmou a deputada.

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Fonte: Revista Fórum

Câmara aprova Fundeb em segundo turno por 492 a 6

Najara Araujo/Câmara dos Deputados
O projeto ainda é alvo de uma emenda do Partido Novo que foi criticada por ter sido apresentada "aos 45 do segundo tempo"
A Câmara dos Deputados aprovou em segundo turno o substitutivo da deputada federal professora Dorinha Seabra (DEM-TO) sobre o novo Fundeb. A votação terminou com 492 a favor, 6 contra e 1 abstenção. Antes do texto seguir para o Senado, será votado um destaque do Novo.
Dessa vez, votaram contra: Dr. Zacharias Calil (DEM-GO), Paulo Martins (PSC-PR), Bia Kicis (PSL-DF), Chris Tonietto (PSL-RJ), Filipe Barros (PSL-PR) e Junio Amaral (PSL-MG). Márcio Labre (PSL-RJ), que votou contra em primeiro turno, se absteve no segundo turno. Luiz P. O.Bragança (PSL-SP) votou sim no segundo turno.
Em seu relatório, Dorinha Seabra garantiu o aumento de 23% da participação do Governo Federal no fundo e a manutenção do instrumento CAQ (Custo Aluno-Qualidade).
Destaque
O CAQ é alvo do Partido Novo, que apresentou um polêmico destaque apenas no segundo turno da votação com o objetivo de remover o dispositivo.
A postura do partido foi considerada uma manobra “desleal” pelo deputado federal Bacelar (Podemos-BA), presidente da Comissão Especial do Fundeb. “A manobra do Novo é uma manobra regimental, mas não foi ética, foi desleal. Esperou esvaziar a sessão para apresentar. Eles, que queriam reduzir o salário na outra emenda, agora atacam um indicador fundamental”, criticou.
“O que leva o Novo a ser tão velho? O que leva o Novo a ser tão atrasado? Precisamos derrotar esse destaque do Novo”, finalizou.
A líder do PSOL, Fernanda Melchionna (PSOL-RS) também protestou e criticou a postura do partido de apresentar destaque “aos 45 do segundo tempo”. “O Novo não desiste de atacar o Fundeb. Apresentou mais um destaque contra o CAQ. Se colocam cada vez mais como inimigos da Educação e um puxadinho do governo Bolsonaro”, afirmou.
CAQ é mantido
Depois de longo período de novas intervenções do parlamentares, o destaque do Novo foi derrubado às 23h29 por 393 votos a 83, com três abstenções. O texto da PEC do novo Fundeb ficou mantido, com aprovação na íntegra em segundo turno, incluíndo o conceito do CAQ.
*O texto foi atualizado às 23h36 com o resultado da votação do destaque.

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Fonte: Brasil 247

Petra Costa: eleições nos EUA serão cruciais para o futuro do Brasil

Jair Bolsonaro, Donald Trump e Petra Costa
Jair Bolsonaro, Donald Trump e Petra Costa (Foto: Reuters | Reprodução)
Em entrevista à jornalista Christiane Amanpour, da CNN Internacional, a cineasta Petra Costa avaliou que "a maior força de Bolsonaro é sua aliança com Trump".

247 - A cineasta brasileira Petra Costa, responsável pelo documentário "Democracia em Vertigem", disse, em entrevista à jornalista Christiane Amanpour, da CNN Internacional, que as eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2020 serão cruciais também para o Brasil.

Na avaliação de Petra, "a maior força de Bolsonaro é sua aliança com Trump" e, portanto, se o mandatário norte-americano não se reeleger, irá impactar o governo brasileiro. Confira abaixo a íntegra da entrevista:

Bolsonaro só governa para quem pensa como ele, critica Anitta

Anitta e Jair Bolsonaro
Anitta e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Abr)

"Para mim, presidente tem que governar para todos, não só para quem pensa como ele", afirmou a cantora Anitta ao criticar Jair Bolsonaro.

247 - A cantora Anitta criticou Jair Bolsonaro e defendeu a troca do comando no mais alto cargo político do País. "Há muita controvérsia, muita diferença. Para mim, presidente tem que governar para todos, não só para quem pensa como ele, por isso mudaria", disse ela, que participou de uma entrevista internacional com o canal E! Latino, na noite desta segunda-feira (20). A artista comentou sobre a atual situação política do Brasil em meio à pandemia do coronavírus. 

Na entrevista, a cantoria falou sobre a sua cidade, Rio de Janeiro. "Estou em casa fazendo minha parte, mas o Brasil como um todo está complicado. Aqui no Rio já está abrindo tudo (...) Parece que está voltando ao normal, mas as mortes continuam crescendo", disse.
O País ocupa o segundo lugar no ranking mundial de confirmações (2,1 milhões) e mortes (80 mil) provocadas pelo coronavírus. Nas duas estatísticas, o Brasil só perde para os Estados Unidos, com 3,9 milhões e 144 mil óbitos. 
No dia 7 deste mês, Jair Bolsonaro afirmou estar infectado pela Covid-19 e, mesmo assim, voltou a subestimá-la, ao dizer que os mais jovens não precisam entrar em "pânico"
No dia 22 de junho, ele disse que "talvez tenha havido um pouco de exagero" na maneira como a pandemia foi tratada. Chegou a classificá-la como uma "gripezinha", em março, e perguntou "e daí?" ao ser questionado sobre os cinco mil mortos pela doença, em abril.
Fonte: Brasil 247