Postagem em destaque

FIQUEM LIGADOS! TODOS OS SÁBADOS NA RÁDIO AGRESTE FM - NOVA CRUZ-RN - 107.5 - DAS 19 HORAS ÁS 19 E 30: PROGRAMA 30 MINUTOS COM CULTURA" - PROMOÇÃO CENTRO POTIGUAR DE CULTURA - CPC-RN

Fiquem ligados nas ondas da Rádio Agreste FM - 107.5 - NOVA CRUZ, RIO GRANDE DO NORTE, todos os sábados: Programa "30 MINUTOS COM CULTU...

terça-feira, 3 de maio de 2022

Busca por título gera instabilidade no site do TSE; no RN, TRE amplia horário de atendimento

 Foto: Divulgação

O site oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) passou por uma instabilidade momentânea na tarde desta segunda-feira (2). Alguns serviços online disponíveis no portal chegaram a sair do ar por alguns minutos. Por conta da alta demanda, o TRE-RN anunciou ampliação do horário de atendimento dos cartórios eleitorais.

Segundo o TSE, o problema foi causado pelo alto número de acessos. "As áreas técnicas responsáveis já trabalham para o restabelecimento das páginas e dos sistemas afetados", diz o comunicado. O prazo para a regularização do título de eleitor termina nesta quarta-feira (4), e a maior parte dos serviços pode ser feita pela internet (leia mais).

Rio Grande do Norte

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN) anunciou ampliação do horário de atendimento dos Cartórios Eleitorais, boxes de atendimento ao eleitor e eleitora e Postos de Atendimento de todo Estado nesta reta final do fechamento do cadastro eleitoral.

Na terça-feira, 3 de maio, o atendimento presencial em todo o Estado será das 8h às 17h. E no dia 4 de maio, o horário de atendimento ao eleitor será das 8h às 18h, com distribuição de fichas, a partir do início do expediente.

A ampliação do horário de atendimento acontece em razão da instabilidade no sistema ELO, verificada nesta segunda, 02 de maio de 2022, e da elevada demanda de atendimento presencial nos Cartórios Eleitorais.

Fonte: TSE - POTIGUAR NOTÍCIAS

Cartografia influenciou independência do Brasil, mostra exposição no Rio

 

Mapas estão em exibição no Museu Naval da Marinha; curadoria teve participação de professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP

Os mapas eram considerados tesouros nacionais no período das grandes navegações. Os governos que conseguiam ter um desenho cartográfico preciso de territórios ultramarinos tinham o poder sobre a conquista de novas terras. Olhar para a evolução dos mapas das Américas, desde sua invasão no século 16, é observa lentamente a evolução dos conflitos por disputa de terras entre nações, especialmente Espanha e Portugal na América do Sul.

A exposição O Atlântico Sul na Construção do Brasil Independente, em exibição gratuita no Museu Naval da Marinha do Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, até o próximo mês de junho, traz uma mostra desses mapas preciosos. Eles foram selecionados a partir de pesquisa realizada pela docente Iris Kantor, do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP; Heloisa Meireles Gesteira, do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), e Maria Dulce de Faria, da Biblioteca Nacional do Brasil.

A exibição conta com cartas náuticas manuscritas inéditas e mapas gravados da coleção cartográfica dos séculos 18 e 19, preservados pela Biblioteca da Marinha do Brasil. “As cartas geográficas confeccionadas entre 1753 e 1822 demonstram que havia uma clara percepção das fronteiras territoriais, tanto continental quanto marítima, dada à acumulação de conhecimentos geográficos reunidos ao longo de mais de décadas de levantamento topográfico desde o Tratado de Madrid de 1750″, disse a professora Iris Kantor sobre a curadoria da exposição.

Iris Kantor, professora do Departamento de História da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e organizadora do evento - Foto: Divulgação / Sintsef Ceara via YouTube
Iris Kantor, professora da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da USP – Foto: Divulgação / Sintsef Ceara via YouTube

A mostra está organizada em três ambientes. O primeiro deles tem como objetivo apresentar instituições relacionadas à formação científica dos cartógrafos que elaboraram mapas sobre o território brasileiro, incluindo também os instrumentos de medição usados para observações astronômicas durante as expedições.

Exposição “O Atlântico Sul na Cartografia do Brasil Independente” – Fotos: Divulgação/Marinha do Brasil

O segundo ambiente explora uma variedade de mapas náuticos manuscritos confeccionados nas cidades portuárias brasileiras e de Atlas marítimos impressos pelas Marinhas da Inglaterra, França e Espanha, produzidos no contexto das guerras pelo controle dos portos nos três oceanos. A produção desses mapas fez parte de uma estratégia política e comercial que visava transformar a Marinha numa alavanca do desenvolvimento econômico do império português.

“Amérique Méridionale”, publicado em 1748; autor principal: Jean-Baptiste Bourguignon d’Anville (1697-1782) – Acervo Digital da Biblioteca da Marinha do Brasil
“Amérique Meridionale”, publicado em 1785; autor principal: Maurille Antoine Moithey (1732-1805) – Acervo Digital da Biblioteca da Marinha do Brasil
“Plano hydografico da parte principal da bahia do Rio de Janeiro”, publicado em 1801; autor principal: Paulo Dias D’almeida () – Acervo Digital da Biblioteca da Marinha do Brasil

A exposição apresenta pela primeira vez cartas náuticas elaborados por membros da Sociedade Real Marítima e Militar, uma instituição em Lisboa em 1798. “Essa sociedade reunia engenheiros militares e navais, pilotos, astrônomos e matemáticos; e foi reinstalada no Rio de Janeiro em 1808″. A Sociedade funcionou com uma verdadeira academia científica, onde os trabalhos náuticos eram apresentados em sessões públicas, e eram apreciados segundo sua qualidade e acurácia”, explicou a professora Iris.

Já o último ambiente recria a Biblioteca Real dos Guarda-Marinhas, transferida de Portugal para o Brasil em 1808 com a vinda da família real portuguesa. O acervo deu origem à atual Biblioteca da Marinha do Brasil. Uma das atrações da exposição é o curioso Catálogo dos livros no qual se descrevem os itens bibliográficos e mapas do acervo em 1812. Trata-se de um documento manuscrito singularmente raro e essencial para o conhecimento da formação dos cartógrafos e engenheiros navais daquele período.

“O domínio do conhecimento náutico constituiu uma moeda de troca, do meu ponto de vista, no processo de emancipação política e na construção do futuro Estado imperial brasileiro, como se pode atestar pela qualidade das cartas geográficas do Atlântico Sul.  Não por acaso, essa produção coincide com o ápice da deportação de pessoas escravizadas embarcadas nos portos africanos nas primeiras duas décadas do século 19”, afirmou Iris Kantor.

Exposição “O Atlântico Sul na Cartografia do Brasil Independente” – Fotos: Divulgação/Marinha do Brasil

A exposição O Atlântico Sul na Construção do Brasil Independente é realizada pela Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha, com apoio institucional do Abrigo do Marinheiro (AMN) e patrocínio da Associação da Poupança e Empréstimo (Poupex).

Os mapas disponíveis nesta matéria fazem parte do projeto de digitalização de mapas e atlas da “Coleção cartográfica do Brasil de 1700 a 1822” da Marinha. Os documentos estão disponíveis para consulta on-line por meio do link: http://www.redebim.dphdm.mar.mil.br/pergamum/biblioteca/index.php

Do Jornal da USP

Com www.brasilcultura.com.br