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domingo, 30 de julho de 2017

Justiça nega pedido de Eduardo Cunha para suspender divulgação de livro

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O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) decidiu, por unanimidade, na sessão realizada na segunda-feira, dia 24, negar provimento ao recurso impetrado pelo ex-deputado Eduardo Consentino da Cunha contra a divulgação do livro “Diário da Cadeia – com trechos da obra inédita Impeachment”. O autor do livro, identificado por Ricardo Lísias, utilizou como pseudônimo o nome de Eduardo Cunha.
O ex-deputado, que está preso em Curitiba por decisão do juiz federal Sérgio Moro, sob a acusação do seu envolvimento na Operação Lava Jato, alegou ser a obra literária ofensiva à sua honra. Assim, ele impetrou mandado de segurança para suspender a decisão da 8ª Câmara Cível do TJ do Rio, que negou a proibição suspendendo a divulgação do livro pela Editora Record.
Os desembargadores do Órgão Especial seguiram o voto do relator do processo, desembargador Nagib Slaibi, que negou a antecipação cautelar ao mandado de segurança e entendeu ser uma obra de ficção:
“Na verdade, trata-se de uma obra literária de ficção, a qual tem como pano de fundo a realidade política brasileira. Em uma análise preliminar, conclui-se que não houve anonimato, vedado pela Constituição Federal, e sim a utilização de um pseudônimo em uma obra ficcional” – disse o relator.

Luiz Grande foi mais do que um compositor de Zeca Pagodinho, por Augusto Diniz

Luiz Grande foi mais do que um compositor de Zeca Pagodinho

por Augusto Diniz
A morte na última quinta-feira (27/7) de Luiz Grande, aos 71 anos (um dia após seu aniversário), é uma perda e tanta para o samba. Apesar de mais conhecido por ter composições gravadas por Zeca Pagodinho, seu único disco solo é uma aula do gênero.
Luiz Grande, que enfrentava nos últimos tempos quadro avançado de diabetes, tinha alta estatura, era espirituoso e muito querido no meio do samba pelo seu comportamento extremamente afetuoso. Filho de empregada doméstica, ele trabalhou como taxista no Rio e conhecia bem as mazelas da cidade. Frequentava rodas de samba desde a década de 1970 e integrou a ala de compositores da Imperatriz Leopoldinense.
Seu único CD solo foi lançado em 2005, produzido pelo Candongueiro, casa de samba de Niterói (RJ), depois de o projeto fonográfico ser selecionado em um programa de incentivo cultural da Petrobras. Um dos motivos invocados para se ter a iniciativa aprovada era porque se tratava de um artista com sólida obra já gravada por destacados intérpretes, porém sem registro fonográfico autoral; nesse mesmo projeto também foi lançado o primeiro trabalho em CD de Jurandir da Mangueira (falecido em 2007) e de Zé Luiz do Império.
O disco solo de Luiz Grande é repleto de sambas sincopados e partido alto, dois subgêneros do samba já na época uma raridade em CD – os dois estilos vem sendo substituídos por um samba mais dolente ou de refrãos fortes em detrimento ao restante da letra.
Com uma voz grave lembrando os proeminentes sambistas, Luiz Grande ressalta no CD suas composições de ótimo fraseado, ora com bom humor ora com fatos da vida real, acompanhado pelo ritmo malemolente em todas as linhas da composição. Quando cantava, tinha o hábito de inserir o termo “na glória” na música, o que acabou virando sua marca registrada.
Esse jeito de compor que remete para a essência do samba é que talvez tenha atraído Zeca Pagodinho a gravar composições de Luiz Grande junto com os parceiros Barbeirinho do Jacarezinho e Marcos Diniz (filho de mestre Monarco), como o caso de “Caviar” e “Dona Esponja” – os três formavam o grupo Trio Calafrio e chegaram a gravar um CD em 2003.
Luiz Grande é mais um sambista que se vai sem ter atingido o reconhecimento devido do público além daquele que frequenta rodas de samba.
O CD solo de Luiz Grande está disponível no Youtube aqui.
Fonte: http://jornalggn.com.br

Porta, Porteira e Portão

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O Centro de Convenções Victor Brecheret de Atibaia recebe a exposição itinerante “Porta, Porteira e Portão – Modos de ‘Falarrr’ e Costumes do ‘Interiorrr’”, realizada pelo Programa de Ação Cultural (ProAC), do Governo do Estado de São Paulo, via Edital de Difusão de Acervos Museológicos. A abertura da mostra acontece às 18h30 deste domingo, 30 de julho, com visitas até 1º de setembro, por com o apoio cultural do Sistema Estadual de Museus (SISEM-SP) e da Prefeitura de Atibaia. A entrada é gratuita.
“Porta, Porteira e Portão” reúne painéis, placas interativas e objetos que abordam temas da cultura caipira, como música, literatura, religião, festas, culinária e folclore, com o objetivo de resgatar o estilo de vida no interior e como forma de quebrar o estigma de que a cultura interiorana do país é atrasada. A curadoria é do museólogo Rodrigo Santos e da historiadora Renata Gava, da Engenho Cultural Assessoria e Consultoria.
Uma instalação interativa traz os antigos monóculos fotográficos pendurados em fitas coloridas, que possibilitam aos visitantes relembrar a relação com o registro fotográfico do passado. Iguarias da culinária caipira como pé de moleque, paçoca, pipoca doce e bala Chita foram acondicionados em potes de vidro para evocar sentimentos como o afeto, a saudade, a infância e as receitas caseiras. Há, ainda, uma coleção de versos musicais, simpatias, superstições, contos e causos, além de curiosidades sobre remédios e benzedeiras.
Segundo Renata Gava, trata-se de uma leitura contemporânea sobre os elementos do passado, com a clara intenção de demonstrar como o caipira se reinventou com o passar dos anos. “Criamos a mostra para disseminar o conhecimento sobre a identidade e o repertório caipira, valorizando a tradição local e preservando a memória cultural. É também uma forma de lembrar que tais elementos ainda estão muito fortes no interior”, explica a historiadora.
O museólogo Rodrigo Santos lembra que a exposição tem entre os seus intuitos o de devolver ao público o sentimento de proximidade com a cultura caipira. “São símbolos que fizeram parte das rotinas de nossos pais e avós, ou até mesmo de nossas infâncias e, que, por isso, despertam a memória afetiva dos visitantes. É como se cada um pudesse reencontrar o caipira dentro de si.”
ELEMENTOS – Antes de Atibaia, a exposição percorreu as cidades de Santa Bárbara d’Oeste, Campinas, Cordeirópolis e Holambra, todas integrantes da Região Administrativa de Campinas do SISEM-SP. Em cada município, são incorporados novos elementos, como fotografias e objetos, como forma de permitir que a identidade caipira local também esteja mais próxima do público.
Em cada uma das cidades, os curadores promovem um trabalho de qualificação e capacitação dos agentes locais para o acolhimento das visitas monitoradas ou em grupo. As crianças que fizerem visitas agendadas por suas escolas recebem uma cartilha com desenhos para colorir, caça-palavras, jogo dos sete erros e código secreto. Em Atibaia, até o momento, os responsáveis pelo Centro de Convenções já asseguraram a presença de 1.800 crianças das escolas da cidade nas primeiras semanas de visitação da mostra.
De acordo com a Secretaria de Cultura e Eventos da Prefeitura da Estância de Atibaia, a cidade foi fundada no ano de 1665 e serviu de passagem para os bandeirantes que desbravaram o interior paulista e fundaram estados como Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. “Nossas raízes caipiras são intensas até hoje e nos orgulhamos disto. Embora tenhamos uma população muito grande, nossa Zona Rural é extensa e a economia ainda gira em torno da agricultura”, destaca a secretária, ao citar a produção de flores, frutas de caroço (pêssegos e ameixas) e o morango.
Entre os elementos caipiras que se mantiveram com o passar dos anos em Atibaia estão a Malhação do Judas, realizada no Sábado de Aleluia, e a difusão da música raiz por grupos e duplas locais. Atibaia ainda preserva as rezas nas capelas, as Rezas para São Gonçalo, ladainhas em latim, as quermesses, os leilões de gado e a gastronomia da roça. O sotaque caipira, neste misto de tradições portuguesas e indígenas ainda é falado.
Para a abertura da mostra, o Centro de Convenções contará com a apresentação musical do Grupo Raízes de Atibaia, com cateretês, toadas, guarânias, cururus e outros ritmos caipiras. A apresentação acontece das 19h30 às 20h30, sob o comando do maestro Rafael Cardoso. Sob coordenação da violeira Ruth Rubbo, o conjunto é mantido pela Secretaria de Cultura e Eventos com o intuito de promover o resgate e valorização da cultura caipira, por meio do projeto Educando com Música e Cidadania. Entre as conquistas desde a sua criação, em 2011, está a gravação do CD Raízes de Atibaia, ocorrida este ano.
SERVIÇO – “Porta, Porteira e Portão: Modos de ‘Falarrr’ e Costumes do ‘Interiorrr’”.
Abertura: 30 de julho, às 18h30
Visitas: Até 1º de setembro, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h
Local: Centro de Convenções Victor Brecheret
Endereço: Avenida Lucas Nogueira Garcez, 511, Vila Thais, Atibaia
Entrada gratuita
Informações sobre visitas em grupo ou agendadas: (11) 4412-7153, 4412-7776 e museu@atibaia.sp.gov.br

Fonte: Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo – SEC
Data: 01/09/2017