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segunda-feira, 4 de novembro de 2019

CONHEÇA 10 ESQUEMAS DE CORRUPÇÃO DURANTE O REGIME MILITAR BRASILEIRO



José Sarney com os ministros Rubens Bayma Dennys, Moreira Lima e Leônidas Pires
José Sarney com os ministros Rubens Bayma Dennys, Moreira Lima e Leônidas Pires - Domínio Público

Aílton Guimarães Jorge na época de bicheiro / Crédito: Istoé

Por mais que muitos acreditem que não houve corrupção durante a ditadura, é sabido que esse período foi caracterizado por propinas e desvios de verba.
1. Contrabando na Polícia do Exército

Na década de 1970, a baixa patente do 2º Batalhão da Polícia do Exército – ou seja, cabos, capitães e sargentos do Rio de Janeiro – se envolveram no contrabando carioca. Produtos como roupas de luxo, perfumes e bebidas eram roubadas, inclusive de outros contrabandistas, e revendidos na cidade. Nomes relevantes do combate à guerrilha, como Aílton Guimarães Jorge, estavam envolvidos com o esquema.
Ao mesmo tempo, os policiais controlavam e tiravam proveito das relações de troca ilegais pela cidade, intermediando negócios ocultos. Com o tempo, esse esquema foi descoberto pela SNI, que os prendeu e os torturou, mesmo que no final eles fossem inocentados. Muitos largaram o exército e foram para outras áreas, como o capitão Guimarães, que se tornou o maior articulador do Jogo do Bicho no Rio de Janeiro.
2. Governadores biônicos
No governo Médici, uma avaliação feita pela SNI determinou os indicados do presidente para os governos dos estados. Ou seja, eram conhecidas as características e o passado desses políticos. Porém, muitos deles roubaram dinheiro público com o conhecimento do Governo Federal.
É o caso de Antônio Carlos Magalhães, na Bahia, que foi acusado em 1972 de ter beneficiado uma empresa do qual ele era acionista. No Paraná, Haroldo Leon Peres extorquiu um empreiteiro em mais de 1 milhão de dólares.
3. Sergio Paranhos Fleury
O delegado de São Paulo é um dos maiores torturadores e nomes da repressão policial da Ditadura. Porém, segundo o Ministério Público Federal, o policial também esteve envolvido com tráfico de drogas e grupos de extermínio, além de liderar o Esquadrão da Morte e servir como protetor do traficante José Iglesias.
Em 1968, por exemplo, ele fuzilou o traficante rival de Juca, Domiciano Antunes Filho (Luciano). Nessa operação, foi encontrada uma caderneta com anotações referentes a propinas que ocorriam entre policiais, detetives, políticos e traficantes.
Dentro da estrutura política da repressão, casos de tortura e pressão política fizeram com que depoimentos e denúncias fossem retirados, além da própria interrupção de investigação do caso Fleury pelo MP. “Esqueçam tudo, não se metam em mais nada. Existem olheiros em toda parte, nos fiscalizando. Nossos telefones estão censurados” alertou, em 1973, o procurador-geral Oscar Xavier.
Fleury morreu antes de encerradas as investigações, mas já vinha sendo agraciado com mudanças arbitrárias no Código Penal, que foi reescrito em favor dos réus primários como o delegado. De qualquer forma, era sabido que Fleury era corrupto: uma vez, o gal. Golbery do Couto e Silva colocou “Esse é um bandido. Agora, prestou serviços e sabe muita coisa”.
4. Caso Lutfalla
Desde cedo, Paulo Maluf esteve envolvido em esquemas de corrupção. Antes mesmo de assumir o estado, já fora acusado no caso da empresa Lutfalla, pertencente a sua esposa, que recebeu dinheiro ilegalmente do Banco Nacional de Desenvolvimento. O caso envolveu um ministro do governo (Reis Velloso, da pasta do Planeamento), mas ninguém foi punido.
5. Mordomias com dinheiro público

Antônio Dias Leite Júnior, ministro de Minas e Energia de Médici, foi beneficiado com uma piscina térmica em casa / Crédito: Wikimedia Commons

Durante o processo de abertura, os jornais brasileiros começaram a pressionar o regime com suas maiores liberdades, mesmo com o advento da censura. Um desses casos é o da reportagem de Ricardo Kotscho, que denunciou o mau uso do dinheiro público pelo governo, que oferecia mordomias e luxos para ministros e secretários enquanto o povo passava fome. Havia casos de piscinas financiadas por dinheiro do contribuinte, assim como grandes banquetes.
Ao mesmo tempo, os governantes possuíam exclusividades antirrepublicanas: filmes proibidos eram exibidos nas casas dos servidores, aviões das Forças Armadas faziam translados oficiais, ministros possuíam casas de campo onde passavam mais tempo que no próprio gabinete.
Os generais de exército (quatro estrelas) possuíam dois carros, três empregados e casa decorada. As regalias eram diversas. E, pior, militares de baixa patente eram foçados a prestar servidores domésticos para seus superiores.
6. Camargo Corrêa
Um dos nomes mais denunciados por corrupção durante a ditadura foi o Ministro Delfim Netto, que participou da maioria dos governos do período. A primeira denúncia contra o economista ocorreu em 1974, quando foi acusado por Figueiredo, do SNI, de beneficiar a Camargo Corrêa – que já estava na estrada naquela época – na licitação para a construção da hidrelétrica de Água Vermelha, Minas Gerais.

Delfim Netto / Crédito: Wikimedia Commons

Como embaixador na França, foi acusado por Jacques de la Broissia de ter prejudicado ilegalmente o banco Crédit Commercial de France. Isso porque haveria uma intriga com a instituição, que se recusou a pagar 60 milhões de dólares para contribuir com a construção da hidrelétrica de Tucuruí pela Camargo Corrêa.
7. General Electric
Em um processo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, em 1976, o presidente da General Electric no Brasil, Gerald Thomas Smilley declarou ter pago comissões para funcionários públicos durante a venda de trens para a Rede Ferroviária Federal. O caso foi reportado pela Folha de São Paulo.
Segundo a investigação, a Junta Militar que assumiu com a morte de Costa e Silva aprovara um decreto que destinava fundos especiais para a empresa, na compra de 180 locomotivas, e que a direção da empresa incluía o irmão do presidente.
8. Dossiê Baumgarten

Restos mortais de von Baumgarten encontrados na Praia de Grumari / Crédito: O Globo

Em 1982, o jornalista da SNI Alexandre von Baumgarten denunciou o general Newton Cruz, que estaria planejando sua morte por ordens da própria instituição. Pouco tempo depois, o jornalista foi encontrado morto. Segundo o dossiê, Baumgarten era alvo por seu conhecimento em relação a um esquema de corrupção existente entre o gal. Cruz e a Agropecuarista Capemi, uma empresa de proprietários militares.
A empresa teria sido contratada para comercializar a madeira daquela que seria a barragem de Tucuruí e as negociações teriam envolvido um desvio de verba de pelo menos 10 milhões de dólares, em benefício dos agentes da SNI. Newton Cruz foi inocentado.
9. Caso Coroa-Brastel

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Este caso ganhou grandes proporções / Crédito: Veja

A terceira acusação contra Delfim Netto envolve um esquema de corrupção envolvendo o Ministério do Planejamento e o da Fazenda durante governo Figueiredo. Segundo a denúncia do procurador José Paulo Sepúlveda Pertence, houve desvio de verba pública no processo de empréstimo da Caixa Econômica Federal a Assis Paim, proprietário do grupo Coroa-Brastel. O ministro Ernane Galvêas foi inocentado e Delfim sequer foi investigado.
10. Grupo Delfin
Em 1982, a Folha de São Paulo denunciou o Grupo de crédito imobiliário Delfin, que teria sido beneficiado pelo Banco Nacional de Habitação ao receber 70 bilhões de cruzeiros para abater parte da dívida que a empresa tinha com o banco público. Isso teria envolvido um lucro ilícito de mais de 60 bilhões. A empresa entrou em falência pouco tempo depois, pois ficou descreditada pelos clientes.

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Fonte: aventurasnahistoria.uol.com.br 

Caçador e caça - Por Jornalistas Livres

Querem cercar o índio, cercear, caçar. À bala, mataram mais um, emboscado entre nuvens, no chão da floresta, entre rios e bichos do mato.

Apavorados ficam o sentimento e as ideias do mundo, sem saber quando pára isso no país que chamamos de nosso. Qual é a cifra dos mortos indígenas após 519 anos, neste chão tão grande, que tantos querem por a mão e gana? Quantos corpos serão necessários, ainda, para dar fim à cota da conquista da terra alheia? Dois, três, quatro milhões?

Somos bárbaros, a fome da pátria livre não tem fim, Abapuru que se alimenta de homens, anemia refém de nossos erros.

Araribóia, a cobra brava, é terra distante dos índios Guajajara. Lá inventaram sua guarda, seu exército de guerreiros guardiões.  Em caça, tornou-se o caçador, abatido por tiro certeiro na ordem das coisas. Madeireiros invasores, gente barbuda e bárbara, que matam árvores e homens que se põem no caminho.

É morte o que querem, perversa aritmética.

Resta a dúvida de velho cacique dos índios Sioux, famosa carta de impossível compreensão aos incautos:

Como pode-se comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal ideia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo.

Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exaurí-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende.

Imagens por Helio Carlos mello© – Jornalistas Livres

SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA - Por Antonio Marques

 Imagens do Google

  1. 1. Prof. Antonio Marques - 
  2. 2. Conseguimos nos colocar no lugar do outro?
  3. 3. Precisamos de um dia para ter consciência? 20 de Novembro
  4. 4. A importância do Dia da Consciência Negra Oportunidade:  reflexão,  articulação,  entendimento,  sensibilização.  resistência e orgulho
  5. 5. QUILOMBOS
  6. 6. OUTRAS DATAS IMPORTANTES
  7. 7. AVALIAÇÃO • Houve avanços, • Só início, • Falta muito para: igualdade racial e oportunidades igualitárias.
  8. 8. RACISMO O que é? Racismo consiste no preconceito e na discriminação com base em percepções sociais baseadas em diferenças biológicas entre os povos.
  9. 9. Existe raças humanas? O conceito de raça não é biológico e sim sócio-histórico, político e jurídico, como já manifestou o STF.
  10. 10. Existe racismo? Cheikh Anta Diop (1923-1986) “Os brancos costumam negar a realidade das raças ao mesmo tempo que tentam destruir uma raça.”
  11. 11. O racismo no Brasil existe?
  12. 12. Como podemos perceber o racismo no Brasil?  EXPRESSÕES RACISTAS no dia a dia.  PRECONCEITO:  É vigiado para não roubar nas lojas e supermercados,  É ignorado e não é atendido,  Não é bem recebido.
  13. 13. Existe racismo no Brasil? Faça o Teste do Pescoço e descubra: 1. Andando pelas ruas, meta o pescoço dentro das joalherias e conte quantos negros/as são balconistas;
  14. 14. Existe racismo no Brasil? Faça o Teste do Pescoço e descubra:  2. Vá em quaisquer escolas particulares, sobretudo as de ponta; espiche o pescoço pra dentro das salas e conte quantos alunos negros/as há . Aproveite, conte quantos professores são negros/as e quantos estão varrendo o chão;
  15. 15. Existe racismo no Brasil? Faça o Teste do Pescoço e descubra:  3. Vá em hospitais tipo Sírio Libanês, enfie o pescoço nos quartos e conte quantos pacientes são negros, meta o pescoço a contar quantos negros médicos há, e aproveite para meter o pescoço nos corredores e conte quantos negros/as limpam o chão.
  16. 16. Existe racismo no Brasil? Faça o Teste do Pescoço e descubra:  4. Quando der uma volta num Shooping, ou no centro comercial de seu bairro, gire o pescoço para as vitrines e conte quantos manequins de loja representam a etnia negra consumidora. Enfie o pescoço nas revistas de moda , nos comerciais de televisão, e conte quantos modelos negros fazem publicidade de perfumes, carros, viagens, vestuários e etc
  17. 17. Existe racismo no Brasil? Faça o Teste do Pescoço e descubra:  5. Vá às universidades públicas, enfie o pescoço adentro e conte quantos negros há por lá: professores, alunos e serviçais;
  18. 18. Existe racismo no Brasil? Faça o Teste do Pescoço e descubra:  6. Espiche o pescoço numa reunião dos partidos PSDB e DEM, como exemplo, conte quantos políticos são negros desde a fundação dos mesmos, e depois reflitam a respeito de serem contra todas as reivindicações da etnia negra.
  19. 19. Existe racismo no Brasil? Faça o Teste do Pescoço e descubra:  7. Gire o pescoço 180° nas passeatas dos médicos, em protesto contra os médicos cubanos e conte quantos médicos/as negros/as marchavam;
  20. 20. Existe racismo no Brasil? Faça o Teste do Pescoço e descubra:  8. Meta o pescoço nas cadeias, nos orfanatos, nas casas de correção para menores, conte quantos são brancos, é mais fácil;
  21. 21. Existe racismo no Brasil? Faça o Teste do Pescoço e descubra:  9. Gire o pescoço a procurar quantas empregadas domésticas, serviçais, faxineiros, favelados e mendigos são de etnia branca.
  22. 22. Existe racismo no Brasil? Faça o Teste do Pescoço e descubra:  10. Espiche bem o pescoço na hora do Globo Rural e conte quantos fazendeiros são negros, depois tire a conclusão de quantos são sem- terra, quantos são sem-teto. No Globo Pequenas Empresas& Grandes Negócios, quantos empresários são negros?
  23. 23. Existe racismo no Brasil? Faça o Teste do Pescoço e descubra:  11. Nas programações das Tvs abertas, acessível à maioria da população, gire o pescoço nas programações e conte quantos apresentadores, jornalistas ou âncoras de jornal, artistas em estado de estrelato, são negros. Onde as crianças negras se veem representadas?
  24. 24. Existe racismo no Brasil? Faça o Teste do Pescoço e descubra:  Aplique o Teste do Pescoço em todos os lugares e depois tire sua própria conclusão. Questione-se se de fato somos um país pluricultural, uma Democracia Racial e se somos tratados iguais perante a lei?!
  25. 25. AS DIVISÕES EXISTEM: lugares sociais distintos entre negros e brancos. Os negros prevalecem nas favelas (67%):
  26. 26. Nas prisões:
  27. 27. Na pobreza:
  28. 28. Nas estatísticas da Violência Policial:
  29. 29. Nas profissões menos remuneradas:
  30. 30. Como combatê-lo?  Pelo Empoderamento dos negros e negras,  Pela miscigenação do poder,  Pela desconstrução das assimetrias de poder e propriedade.
  31. 31. Como combatê-lo? Conhecer a África na sua diversidade para desconstruir o ‘olhar único’ que se tem sobre ela.
  32. 32. Como combatê-lo? Incluir o Pensamento Africano na academia. Descolonizar o conhecimento
  33. 33. Como combatê-lo? Restaurar a auto-estima da população negra.
  34. 34. Como combatê-lo? Restaurar a auto-estima da população negra.
  35. 35. Como combatê-lo?  Implementar cotas e políticas de acesso com ações afirmativas de um modo geral, sempre que comprovada sub- representatividade nos diversos setores da sociedade: universidades, mercado de trabalho e serviço público.
  36. 36. Como combatê-lo?  Regularização fundiária das das terras de remanescentes de Quilombos.
  37. 37. Como combatê-lo?  Direito à terra pública para as casas religiosas de matriz africana e afro- brasileira e para os espaços socioculturais afrobrasileiros.
  38. 38. Obrigado! Boa noite!

Texto lido por Gregório Duvivier no sarau contra a censura no ensino

Texto lido por Gregório Duvivier no Sarau Contra a Censura no Ensino, realizado hoje na Praça Duque de Caxias, no bairro Santa Tereza.
“Esse protesto era por causa do cancelamento de uma prova. Uma professora que escolheu um texto meu, e foi cancelada e hoje que todos vocês conhecem a história. Mas nos tempos de hoje é impossível protestar contra uma coisa só. Os motivos vão se acumulando na nossa mesa. É impossível não falar deles. Desde a proibição absurda daquela prova, aprovaram o Escola Sem Partido, que não tem nada a ver mas tem tudo a ver. Eles tem muito medo da liberdade. E chama de partido a liberdade do professor de ensinar, e do aluno de aprender. Eles não querem criar gente, eles querem criar gado. Mas não vão conseguir. Já não estão conseguindo. Graças a gente como Manoela e Beatriz, que organizaram um movimento de reação mil vezes maior do que o dos poucos pais incomodados com um palavrão, ou com uma crítica a um governo que, ao que parece, só mesmo eles ainda não entenderam que já naufragou.
Alguns justificaram que Minas era careta. E isso eu não aceito, porque Minas que eu conheço é tudo menos careta. Pra começar, aqui nasceu a inconfidência, foi aqui o primeiro lugar em que se sonhou com um país mais justo, antes mesmo de existir um país. Antes da vontade de Brasil, nasceu a vontade de liberdade, e ela nasceu em Minas Gerais. Toda revolução que se fizer nesse país vai ser filha da inconfidência. Toda revolução será mineira, ou ela não será.

Eles falam da tradicional família mineira, mas a tradicional família mineira pra mim é a família Souza, de Betinho, Henfil, Chico Mario, Glorinha, Filó, Wanda, Tanda e Ziláh.

Ah, mas aqui elegeram Aécio Neves, e eu digo que foi aqui que fizeram a Revolta de Carrancas, o Levante de Bella Cruz, a revolta de Vila Rica, o . Foi desse Estado que saiu Carolina de Jesus, foi essa cidade que pariu Conceição Evaristo. Nunca em nenhum lugar do mundo a língua portuguesa foi tratada com tanto carinho quanto aqui. Guimarães Rosa, Drummond, Cacaso, Ricardo Aleixo, Adelia Prado, Ana Maria Martins, Grace Passô.
Toda vez que falarem de alguma vocação conservadora de Minas, ou do Brasil, eu vou lembrar dos alunos do Loyola, que não se curvaram e fizeram um levante que tornou ridícula a vontade de censura.
A crônica em questão falava exatamente disso, da necessidade de converter a tristeza em ação, e não se deixar paralisar pelo medo. O medo é a arma do fascismo. E pra citar um mineiro, que certamente seria proibido nesse governo, porque conta em sua obra-prima, Grande Sertão Veredas, a história de um amor transsexual, “O que a vida quer da gente é coragem!”
Jornalistas Livres

GREGÓRIO DUVIVIER NO ATO CENSURA NUNCA MAIS

Dilma Rousseff: Sobre os surtos neofascistas e a covardia

Por Dilma Rousseff
A ex-presidenta Dilma Rousseff recebeu do jornal Estado de São Paulo uma pergunta sobre o que ela pensa da defesa que Eduardo Bolsonaro fez do AI-5, ao dizer que eventuais protestos contra o governo poderiam tornar necessário um ato de força semelhante. Confira, na íntegra, a resposta de Dilma que o Estadão não publicou!
Ninguém, dos órgãos de imprensa, pode se declarar surpreendido pela manifestação do deputado Eduardo Bolsonaro a favor do AI-5. Na verdade, ninguém pode se surpreender porque já houve seguidas manifestações contra a democracia por parte da família Bolsonaro. Defenderam a ditadura militar e, portanto, o AI-5; reverenciaram regimes totalitários e ditadores; homenagearam o torturador e a tortura; confraternizaram com milicianos. Desde sempre pensaram e agiram a favor do retrocesso. Antes das eleições não havia duvidas a respeito. Durante as eleições e depois dela, muito menos, pois têm se expressado contra a democracia e os princípios civilizatórios em todas as oportunidades que tiveram.
O grave é que nunca receberam da imprensa a oposição enérgica que mereciam. Ao contrário, acredito que a imprensa fez vista grossa ao crescimento do neofascismo bolsonarista, porque este adotara a agenda neoliberal. É que, além das pautas neofascistas, a extrema direita defende a retirada de direitos e de garantias ao trabalho e à aposentadoria; as privatizações desnacionalizantes das empresas públicas e da educação universitária e a suspensão da fiscalização e da proteção ambiental à Amazônia e às populações indígenas. Não é possível alegar surpresa ou se estarrecer diante da defesa do AI-5. Na verdade, em prol da realização da agenda neoliberal, na melhor hipótese se auto iludiram, acreditando que poderiam cooptar ou moderar Bolsonaro.
Mas a defesa do AI-5 e da ditadura sempre esteve lá.
Vamos novamente lembrar, o chamado filho 03, que agora diz que considera o AI-5 necessário, é o mesmo que, há algum tempo, disse que “um soldado e um cabo” bastavam para fechar o STF. Óbvio que sem o poder coercitivo de um AI-5, isto nunca seria possível.
O presidente, então ainda deputado, proferiu no plenário da Câmara um voto em que homenageou um dos mais notórios e sanguinários torturadores do regime militar. Aquele coronel só agiu com tal brutalidade contra os opositores do regime militar porque estava protegido pelo AI-5.
Jair Bolsonaro afirmou em entrevista que a ditadura militar cometeu poucos assassinatos de opositores políticos. E que os militares deviam ter matado “pelo menos uns 30 mil”. Também afirmou, na campanha do ano passado, que, se vencesse a eleição, só restariam dois caminhos aos petistas – o exílio ou a prisão – e de que maneira isto seria possível sem a força brutal de um ato institucional como o AI-5?
É estranho que me perguntem o que eu acho da última declaração sobre o AI-5, pois a minha vida toda lutei, e continuo lutando, contra o AI-5, seus assemelhados e seus defensores. O Estadão, que me faz esta pergunta, também deve e precisa responder, pois sua posição editorial tem sido, diga-se com muita gentileza, no mínimo ambígua diante da ascensão da extrema direita no País.
Quem nunca questionou as ameaças da família Bolsonaro com a firmeza necessária e que, em nome de uma oposição cega, covarde e irracional ao PT, se omitiu diante do crescimento do ódio e da extrema-direita, tornou-se cúmplice da defesa canhestra do autoritarismo neofascista.
Fonte: http://dilma.com.br/sobre-os-surtos-neofascistas-e-covardia/

Belo Horizonte e Fortaleza recebem título de cidades criativas da Unesco

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Belo Horizonte (MG) e Fortaleza (CE) entraram para o rol da Rede de Cidades Criativas da Unesco. As capitais foram reconhecidas pela entidade por basearem o desenvolvimento sustentável através da culinária e do design, respectivamente. Ao conquistar o título, as cidades têm a oportunidade de participar de projetos estratégicos em âmbito internacional e fomentar a indústria criativa local de forma sustentável e inclusiva.
Em junho deste ano, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, se reuniu com diretores da Unesco, em Paris, para reforçar e apoiar a candidatura de Belo Horizonte e Fortaleza, além de outras regiões turísticas brasileiras a títulos mundiais. Para ele, o reconhecimento dá a oportunidade de desenvolvimento para novos produtos e destinos turísticos. “Este título dará desenvolvimento turístico, econômico, cultural e social à estas localidades. Ele é um instrumento que afeta diretamente a qualidade de vida das cidades, criando soluções criativas de melhorias locais. O turismo tem muito a ganhar com isso”, destacou.
De acordo com o presidente da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), Gilberto Castro, o título é um a conquista construída a partir da coletividade. “Foram meses de engajamento dos atores da Gastronomia que conseguiram resumir, em um dossiê, os nossos atributos. São feiras, chefs renomados, restaurantes, pratos típicos, além de políticas públicas voltadas para a segurança alimentar, tudo isso formando a base desse título. É um reconhecimento internacional da nossa criatividade gastronômica como motor de desenvolvimento sustentável. Cabe a nós, agora, fazer com que essa riqueza se consolide em uma estratégia impulsionadora de crescimento, dinamismo, formação, inclusão, sustentabilidade e também do orgulho de ser belo-horizontino. Hoje, Belo Horizonte e seu DNA gastronômico firmam-se como exemplo diante do mundo”.
Para o secretário municipal de Turismo de Fortaleza, Alexandre Pereira, o reconhecimento pela Unesco é um motivo de orgulho. “Estamos aqui fazendo um trabalho muito intenso no turismo e sempre com foco muito grande na cidade, tornando-a sempre melhor para o fortalezense. Fortaleza sendo colocada no mundo como cidade criativa só fortalece todas as estratégias de turismo que estamos fazendo, porque o turismo de experiências tem tudo a ver com cidades criativas. É o fortalecimento do vínculo cultural criativo que a cidade tem com as pessoas e com o mundo. Então, Fortaleza tem se colocado no mundo dessa forma, uma cidade criativa, afetiva e cordial. ”
No Brasil, outras oito cidades já contavam com o título: Belém (PA), Florianópolis (SC) e Paraty (RJ), no campo da Gastronomia; Brasília (DF) e Curitiba (PR), no do Design; João Pessoa (PB), em Artesanato e Artes folclóricas; Salvador (BA), na Música; e Santos (SP), no Cinema.
As cidades criativas da Unesco comprometem-se a colocar a cultura no centro de suas estratégicas de desenvolvimento e compartilhar suas melhores práticas. Elas trabalham em busca de dois objetivos comuns: colocar as indústrias criativas e culturais no centro dos planos de desenvolvimento locais e cooperar ativamente por meio de parcerias entre cidades em nível nacional e internacional. Elas se dividem em sete categorias: artesanato e artes folclóricas, design, cinema, gastronomia, literatura, artes midiáticas e música.
GASTRONOMIA MINEIRA – Com uma arte culinária singular e que remete a uma tradição de décadas, Belo Horizonte vem se consolidando cada vez mais como um ativo imprescindível para o turismo gastronômico no país. De acordo com dados da Pesquisa de Demanda Turística do Ministério do Turismo, a culinária é o item mais bem avaliado pelos turistas estrangeiros na capital mineira, com índice de mais de 98% de aprovação.
Hoje, a gastronomia responde por quase 40% dos empregos na economia criativa de Belo Horizonte, com mais de 21 mil pessoas formalmente empregadas. Segundo a Abrasel-MG, o setor movimenta 4,5 bilhões de reais por ano, considerando as suas 45.662 empresas do setor de alimentos, das quais 18.699 são bares e restaurantes, distribuídos em mais de 10 polos gastronômicos.
DESIGN CEARENSE – A capital do Ceará é considerada a 4ª capital do país em número de estabelecimentos do segmento, depois de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. Além disso, Fortaleza ocupa hoje a terceira posição entre as capitais brasileiras em número de empregos formais no setor de Design, com uma taxa de 273,9 projetistas por milhão de habitantes, 80% superior à média brasileira. Tudo teve início com o ciclo da plantação de algodão no Ceará, a partir do século XVIII, quando o processo de industrialização de Fortaleza se consolidou com a criação de um parque industrial têxtil e uma área de produção de moda.
Edição: Cecília Melo

Paçoca de Carne de Sol

paçoca de carne de sol é um delicioso acompanhamento que é servido em quase todos os pratos do Nordeste.
Ingredientes:
4 colheres (sopa) de manteiga de garrafa
2 cebola picadas
2 dentes de alho
2 xícaras (chá) de carne-seca dessalgada, cozida e desfiada
1 xícara (chá) de cheiro-verde
4 xícaras (chá) de farinha de mandioca
3 colheres (chá) de sal
1 colher (chá) de pimenta-do-reino
Coentro a gosto
Modo de preparo:
Em uma panela, derreta a manteiga de garrafa em fogo médio, coloque a cebola e cozinhe até dourar. Adicione o alho, a carne-seca, o cheiro-verde e refogue por 5 minutos. Espalhe a farinha, o sal, a pimenta-do-reino, misture por 3 minutos e sirva em seguida com arroz branco, feijão preto e ovos fritos. Não esqueça do aipim (mandioca) cosido e com manteiga de garrafa.
Fonte: Portal BRASIL CULTURA

FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO PROMOVERÁ DE 18 A 20/11 O I ENCONTRO DE CAPACITAÇÃO PARA OS AGENTES DE CULTURA- CONFIRA MATÉRIA!

Fachada da Fundação José Augusto - FJA - Rua Apodi - Cidade Alta - Natal


CONFIRAM A DATA E O TEOR DO EVENTO

A Fundação José Augusto - FJA, promoverá I Encontro de Capacitação para os novos Agentes de Cultura. que ocorrerá nos dias 18, 19 e 20/11 no Centro de Treinamento da EMATER em São José de Mipibu/RN.

O encontro tem como objetivo iniciar a CAPACITAÇÃO DOS NOVOS AGENTES, DANDO-LHES suporte para uma boa administração a frente das casas de cultura popular.

A participação dos novos agentes de cultura é de suma importância para este diálogo sobre o desenvolvimento da CULTURA POPULAR DO RIO GRANDE DO NORTE.

"Para Eduardo Vasconcelos, novo Agente de Cultura da Casa de Cultura "Lauro Arruda Câmara" - Nova Cruz/RN, a capacitação chega em um bom momento, pois é preciso mais conhecimento, dedicação, demandas e conhecimento mais profundo para fortalecermos os laços na defesa e resgate da cultura potiguar! Hoje as dificuldades são imensas, nossas armas são as nossas energias, a dedicação exclusiva e aumento das nossas responsabilidades. A união e o incentivo do Estado fortalecerá sem dúvida nenhuma as ações e a defesa das nossas casas culturais.

Para finalizar, Eduardo Vasconcelos diz que preciso identificar os potenciais dos artistas que convive e amam a cultura para ajudá-lo a avançar naquilo que ele tanto ama, tanto gosta de fazer, que é a CULTURA! Ou seja, identificar estes talentos e ajudá-los a projetá-los no cenário nacional da cultura popular.". Concluiu, Eduardo.

* Eduardo Vasconcelos também é radialista, ativista, blogueiro e atual presidente do Centro Potiguar de Cultura - CPC/RN.