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quinta-feira, 31 de outubro de 2019

ARTISTAS VÃO SE INSCREVER PARA EDITAIS DA FJA - CONFIRAM A MATÉRIA

Foto de Diego Ramos: Cantores e instrumentistas participaram da reuni]ao hoje (31), com Eduardo Vasconcelos, agente de cultura da Casa de Cultura de Nova Cruz/RN;

Hoje (31) a noite o Agente de Cultura, Eduardo Vasconcelos, que também preside o Centro Potiguar de Cultura - CPC/RN se reuniu com alguns artistas/músicos para discutir o recente Edital lançado pela Fundação José Augusto - FJA, e suas inscrições que encerram-se próximo dia 06/11.

Após esclarecimentos feito por Eduardo Vasconcelos aos presentes sobre o referido EDITAL foram imediatamente inscritos 2 (dois) artistas cantores, Diego Ramos e Marcio Santos (Musica) ,coletivamente componentes da Orquestra Novacruzense.e o Centro Potiguar de Cultura - CPC/RN, que irá pleitear uma RÁDIO COMUNITÁRIA.

Após as confirmações, Eduardo Vasconcelos para próxima segunda-feira (04) uma outra reunião para fechar as inscrições, que posteriormente irá ser encaminhadas a FJA.

Após explicações e orientações, Eduardo Vasconcelos propôs uma próxima reunião  para para próxima seguida e em seguida enviará as referidas inscrições para a Coordenação dos Editais (FJA), que passará por análise para depois avaliar ou não.

13 fotos antigas de Natal que você vai adorar hoje

Achamos que admirar, relembrar e conservar a história do Rio Grande do Norte é necessário! Por isso trouxemos mais fotos antigas da capital do estado pra você. Será que você já conhece todas?
Aeroporto Augusto Severo na década de 50. Foto: Jaeci
Rua Amaro Barreto década de 1980. Foto: Memorial do Atheneu
Apresentação de novos ônibus da Empresa Aparecida para as linhas do Conjunto Pirangi no início dos anos 1980 no entorno do então Estádio Castelão. Foto: Unibusrn
Supermercado Nordestão entre os anos 1970 e 1980. Foto: Natal Nostálgica
Construção do Conjunto habitacional Lagoa Nova II em 1975. Esse conjunto fica exatamente atrás da CEASA. Foto: Wagner Silva
Conjunto Gramoré em 1983. Foto: Natal Nostálgica
Ponte de Igapó em 1984. Foto: Douglas Costa
Rua do Comércio, atual rua Chile (Ribeira), em 1912.
Ponta do Morcego Praia dos Artistas 1946. Foto: Sylvio Pedroza.
Hipermercado São José. Foto: Wallace Dias Fonte.
Praia de Ponta Negra em 1925. Foto: Geomar
Casas Pernambucanas, centro de Natal.
Teatro Alberto Maranhão na década de 60.
Fonte: CURIOZZZO

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Mês da Consciência Negra: seleção de filmes dá o tom de mostra especial no Guarani

Evento traz longas-metragens do acervo da Fundação Cultural, além de curtas sobre minorias negras no Paraná e debate sobre uma das primeiras escritoras negras do Brasil.

Começa nesta quinta-feira (31/10), no Cine Guarani, a programação especial Mês da Consciência Negra. Os longas-metragens Cafundó e Ó Pai, Ó, estrelados pelo ator Lázaro Ramos, foram escalados para abrir a mostra. Eles serão exibidos todos os dias, até domingo (3/11), com sessões às 15h (Cafundó) e às 17h (Ó Pai, Ó). A entrada é franca.

Nas semanas seguintes será a vez de Xica da Silva (clássico do diretor Cacá Diegues); Antônia, dirigido Tatá Amaral; Era uma vez…, de Breno Silveira; e Cartola, Música para os Olhos, biografia de Lírio Ferreira e Hilton Lacerda sobre um dos mais importantes compositores do Brasil.

Literatura e Paraná

Outra atração será o combinado Literatura e Cinema: Especial Carolina de Jesus, em parceria com a Casa da Leitura Wilson Bueno. Na ocasião serão exibidos dois curtas, seguidos de debate com a pesquisadora e especialista na obra da escritora, Raffaella Fernandez.

Também integra a programação a Mostra Paraná Afro, com exibição de quatro curtas-metragens. Dirigidos por Tiago Nascimento, os filmes formam um panorama sobre a história atual das minorias sociais e étnicas de negros, indígenas, caiçaras, ciganos e quilombolas do litoral paranaense.

Mostra do Acervo
31/10 a 03/11/2019
15h – Cafundó
(BR, 2005, drama/ficção, 97’, 14 anos) Direção: Clóvis Bueno e Paulo Betti
Elenco: Lázaro Ramos, Leona Cavalli, Leandro Firmino, Valéria Monã, Alexandre Rodrigues, Luis Melo.
Classificação: 14 anos
17h – Ó Paí, Ó
(BR, 2007, comédia, 96’, 14 anos) Roteiro: Monique Gardenberg
Elenco: Lázaro Ramos, Dira Paes, Wagner Moura, Stênio Garcia.
Classificação: 14 anos

5 a 8 /11/2019
16h – Cartola – Música para os Olhos
(BR, 2007, biográfico, 88’, 10 anos) Direção: Lírio Ferreira, Hilton Lacerda
A trajetória de Cartola, um dos mais importantes músicos do samba brasileiro.
Classificação: 10 anos

10 a 13/11/2019
15h – ANTONIA
(BR, 2007, drama musical, 90’, 12 anos) Direção: Tata Amaral
Elenco: Leilah Moreno, Negra Li, Quelynah,Cindy Mendes.
Classificação: 12 anos
17h – XICA DA SILVA
(BR, 1976, ficção, 117’, 16 anos) Direção: Carlos Diegues
Elenco: Zezé Motta, Walmor Chagas, Altair Lima, Elke Maravilha, Stephan Nercessian, Rodolfo Arena e José Wilker.
Classificação: 16 anos

16 e 17/11/2019
18h – Era uma Vez…
(BR, 2008, drama/romance, 117’, 14 anos) Direção: Breno Silveira
Elenco: Thiago Martins, Vitória Frate, Rocco Pitanga, Cyria Coentro.

Literatura e Cinema – Especial Carolina Maria de Jesus
09/11/2019, 18h30
FAVELA: VIDA NA POBREZA (Favela – Das Leben in Armut, 1971, 16’) Direção: Christa Gottmann-Elter
Documentário baseado no livro de estreia de Carolina de Jesus, protagonizado pela própria escritora e mostra o cotidiano na favela do Canindé, onde morou durante três décadas, até sair para viver o sucesso do livro.
VOCÊ, CAROLINA (Documentário, Brasil, 1998, 16’)
Classificação: 16 anos
A seguir, haverá debate com Raffaella Fernandez

Mostra Paraná Afro
Dia 13, 19h
A FADA DOS DOCES (Brasil, Série Paraná Afro, 2018, 25’)
Janete Martins é uma das confeiteiras mais recomendada de Araucária-PR. Certo dia, ao atender uma possível cliente em seu portão, ela é surpreendida por atos racistas, daí em diante uma série de ataques é iniciada com Janete recebendo desde cartas em datas comemorativas até penca de banana. Hoje, após tratamentos e ajuda do Fórum de Combate ao Racismo, Janete vem ajudando pessoas em palestras.
INSTITUTO DANDARA (Brasil, Série Paraná Afro, 2018, 25’)
Mestre Juarez, um dos pioneiros da capoeira no litoral do Paraná, vem se destacando com projetos sociais tanto na região como em outros locais. O principal objetivo do instituto é alcançar crianças e adultos da periferia e socializá-los através da arte da capoeira.
Direção: Tiago Nascimento
Classificação: Livre

Dia 14, 19h
4ª CAMINHADA DOS ORIXÁS (Brasil, Série Paraná Afro, 2018, 25’)
A caminhada dos Orixás acontece todo ano no mês de novembro, na cidade de Paranaguá, em comemoração ao dia da Consciência Negra. A líder espiritual Yá Rose com seus filhos espirituais contam como é realizada a caminhada com início no Rio Itiberê até a Igreja do Glorioso São Benedito.
Direção: Tiago Nascimento
Classificação: Livre
IVAN CAMARGO (Brasil, Série Paraná Afro, 2018, 25’)
Neste episódio é mostrado o único caso de racismo dentro da corporação da Polícia Militar, 20 anos depois do ocorrido. Ivan Camargo, Dr. André Nunes e a ativista Santa de Souza contam como foi todo o processo do caso do Soldado Camargo, que hoje é advogado militante da causa negra sendo Presidente da Comissão da Igualdade Racial da OAB Subsecção Paranaguá.
Direção: Tiago Nascimento
Classificação: Livre

Serviço:
Mostra Consciência Negra
Data: a partir de 31/10 (quinta-feira)
Local: Cine Guarani (Portão Cultural – Av. República Argentina, 3430)
Entrada franca
Portal BRASIL CULTURA

Museu Regional de Caeté recupera história e une comunidade

Visitar o Museu Regional do Caeté, em Minas Gerais, é viajar para a região metropolitana de Belo Horizonte do século 18. O acervo apresenta mobiliário e objetos que faziam parte do dia a dia das famílias da época. Além dos artefatos utilizados por aqueles que ajudaram a construir a cidade durante os anos 1700, o museu expõe obras de arte sacra e de arte popular, criadas, em sua maioria, por artistas da região.
Gerido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), vinculado ao Ministério da Cidadania, o museu foi reaberto em maio, após seis anos fechado, e tem se destacado também pela programação cultural e pelos cursos e oficinas gratuitas ofertados diariamente. O sobrado de dois andares, construído no final do século 18, recebe palestras, aulas de pintura, bordado e tricô, além de exibir filmes.
A diretora, Sônia Barbosa, conta que as oficinas ajudam a aproximar a comunidade. Segundo ela, a programação variada de atividades agrada todos os públicos. “Temos atrações para todas as idades. Fazemos atividades com escolas, oferecemos oficinas para idosos e sediamos encontros e debates aqui mesmo, aproveitando o espaço histórico do museu”, explica.

Segurança e acessibilidade

Em outubro 2012, o Museu Regional de Caeté, fechou as portas por conta de problemas estruturais. Em 2016, com investimento aproximado de R$ 2,7 milhões do Fundo Nacional de Cultura (FNC), obras gerais de requalificação contemplaram o prédio principal e as áreas anexas.
Após a reforma, o museu conta com reserva técnica, projeto de prevenção e combate a incêndio, equipamentos de Circuito Fechado de TV, alarme e proteção contra descargas elétricas, além da instalação de um elevador para atender pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.
Sônia conta que as mudanças estruturais foram fundamentais para oferecer uma experiência inesquecível para os visitadores. “Temos profissionais experientes e preparados para receber e orientar as pessoas, mas sem uma estrutura adequada, tínhamos dificuldade de atender bem quem chegava”, aponta. Segundo ela, a acessibilidade é um dos pontos de destaque da reforma. Ela explica que elevadores e rampas possibilitam que todos tenham acesso às maravilhas do museu.

Serviço

Localização: Rua Doutor Israel Pinheiro, 176, bairro Centro.
Telefone: (31) 3651-2388

Por Henrique Jasper

EDUARDO VASCONCELOS MANTEM CONTATOS COM A FJA - UFRN E SEEC/RN

Foto: Gerson (assessor´FJA), Eduardo Vasconcelos e Messias-Coordenador das Casas de Cultura do RN

Hoje (30) o Agente de Cultura de Nova Cruz e atual presente do Centro Potiguar de Cultura - CPC/RN, Eduardo Vasconcelos esteve na Fundação José Augusto - FJA, reunindo-se com, Messias Domingos, coordenador das Casas de Cultura do Rio Grande do Norte e o assessor, Gerson.

Cujo tema da reunião foi as ações das casas de cultura, o encontro de agentes culturais, que irá ocorrer em novembro na cidade de São José de Mipibu e das ações da FJA para 2020.

Messias falou que em 2020 a FJA, juntamente com o Governo do Estado desencadeará ações permanentes junto as casas de cultura e para isso já estão sendo celebrado várias parcerias/convênios junto a órgãos visando projetos que irão da nova vida as casas de cultura.

Messias também falou dos editais que viabilizará várias ações voltadas para as casas de cultura que concretizará e fortalecerão ações voltadas para os artistas e grupos culturais,  parcerias que serão feitas com instituições privadas, autarquias, entre outras como por exemplo o Banco do Brasil.

Ambos também falaram sobre o 1º Encontro Estadual do Agentes de Cultura, que ocorrerá dias 18, 19 e 20 de novembro no Centro de Treinamento da EMATER na cidade de São José de Mipibu-RN, momento em que a governadora, FÁTIMA BEZERRA divulgará as ações e projetos que serão concretizados/as em 2020.

Para Eduardo a reunião reforçou a necessidade unir forças e criatividade para fazer com quê a cultura potiguar avance cada vez mais e isso acontecendo todos ganham. Finalizou, Eduardo.

Antes do Eduardo Vasconcelos se reunir com o Coordenador das Casas de Cultura, Messias Domingos o mesmo teve audiência com a Chefe de Gabinete da UFRN, professora, Magda Maria Pinheiro de Melo e protocolou oficios solicitando a viabilidade de parcerias com o CPC/RN e a UFRN.

No retorno a NOVA CRUZ, Eduardo também protocolou ofícios nas Secretarias Estaduais de Educação, Desportos e Cultura e na Secretaria Estadual de Administração, ambas solicitando apoio de materiais permanentes e não permanentes.

terça-feira, 29 de outubro de 2019

É preciso um “fora já” - para Ricardo Salles

.DEPOIS DE DISPUTAR A CADEIRA DE DEPUTADO FEDERAL, SALLES FOI ACUSADO DE ABUSO DE PODER ECONÔMICO E DE FAZER PROPAGANDA ANTECIPADA, POR APARECER EM PROPAGANDAS PUBLICADAS EM JORNAIS ANTES DO PERÍODO ELEITORA. POR ISSO, A PROCURADORIA ELEITORAL QUER QUE ELE FIQUE INELEGÍVEL POR OITO ANOS.

Foram necessários 41 dias para que o Ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, formalizasse o plano de contingência do governo federal para conter o maior desastre ambiental da história brasileira.
Enquanto voluntários se organizavam, colocando a própria saúde em risco, para tentar amenizar os efeitos do derramamento de óleo que atinge 2.000 quilômetros do litoral brasileiro. Enquanto a Justiça, dos Estados do Nordeste, e o Ministério Público Federal cobravam a atuação do governo para adotar medidas para conter a crise, o ministro Salles usava as redes sociais, com vídeo adulterado, para ironizar o Greenpeace.

DURANTE AS QUEIMADAS CRIMINOSAS QUE ATINGIRAM A AMAZÔNIA NO MÊS PASSADO, A ATITUDE DE RICARDO SALLES FOI PEGAR UM AVIÃO PARA A EUROPA PARA ENCONTROS SECRETOS COM EMPRESAS MULTINACIONAIS POLUIDORAS, INTERESSADAS NA EXPLORAÇÃO DA AMAZÔNIA, COMO REVELOU O THE INTERCEPT.

Ricardo Salles está condenado por improbidade administrativa e a perda dos direitos políticos, desde dezembro de 2018, por adulterar mapas de preservação ambiental, quando exerceu o cargo de secretário do meio ambiente de Geraldo Alckmin, em São Paulo, para permitir que a Suzano Papel e Celulose despejasse lixo tóxico na várzea do Tietê. A empresa pertence a família Feffer, que é a principal financiadora do grupo “Endireita Brasil”, fundada pelo ministro, e de suas campanhas eleitorais.
Salles também foi denunciado pelos funcionários da secretaria, às vésperas de deixar o cargo, por tentar vender um prédio público do Instituto Geológico para um amigo pessoal, mentindo sobre o parecer da Consultoria Jurídica que foi contrária ao negócio por gerar danos ao erário. O Ministério Público arquivou o novo processo de improbidade, não por falta de provas, mas, porque o ministro já havia deixado o cargo, o MP conseguiu com a instalação do inquérito que o negócio não fosse concretizado.

Em agosto deste ano, o Ministério Público de S˜ao Paulo abriu um outro inquérito para investigar a suspeita de enriquecimento ilícito do ministro entre 2012 e 2018, período que ocupou cargos públicos na administração paulista. Em 2012, Salles declarou um patrimônio de 1,4 milhão em bens. Em 2018, quando se candidatou para deputado federal pelo Partido Novo, seu patrimônio era de 8,8 milhões de reais, montante incompatível com os rendimentos de servidor público. Nesse período, Ricardo Salles foi a justiça para reduzir a pensão alimentícia dos dois filhos, alegando que seu salário era baixo demais para cumprir a obrigação. Ele chegou a ser ameaçado de prisão por dever 28 mil reais de pensão para as filhas.
O Ministro também foi pego em suas mentiras, ao divulgar durante anos em seu currículo um mestrado em direito público pela Universidade de Yale, onde nunca assistiu uma aula.

Em uma semana no ministério, Salles usou o Tweeter para atacar o IBAMA por um contrato de 28 milhões, alegando irregularidades. Bolsonaro compartilhou a mensagem do ministro, mas quando vieram as explicações, o presidente foi obrigado a apagar a postagem.
Não é de se esperar de um governo que tem como exemplo de moralidade torturadores, estupradores e criminosos de toda espécie, exigir probidade dos ministros que escolhe. Agora, que a justiça paulista, tão célere em encarcerar integrantes de movimento sociais e políticos de esquerda, mantenha o país e o planeta reféns de um político condenado, com vastas provas documentais e com tantas evidências de imoralidade no trato público, ocupando um cargo da importância que tem o Ministério do Meio Ambiente, se recusando a julgar um processo engavetado desde dezembro do ano passado, só pode ser visto como escárnio, provocação e cumplicidade.

É URGENTE QUE A SOCIEDADE SE MOBILIZE PARA COBRAR DA JUSTIÇA O JULGAMENTO DOS CRIMES COMETIDOS PELO MINISTRO PARA QUE AS INSTITUIÇÕES RETORNEM AO ESTADO DE NORMALIDADE DEMOCRÁTICA E POSSAM RESOLVER OS PROBLEMAS QUE AFETAM O PAÍS DE FORMA SÉRIA E SEGURA.

Não basta que ONGs denunciem o descalabro da gestão ministerial para ONU e faça protestos pontuais, como a de hoje (23), em frente ao Palácio do Planalto.

É preciso um “Fora já” para Ricardo Salles e para a política de destruição do meio ambiente imposta pelo governo federal.
Fonte: Jornalistas Livres

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

PARA REFLEXÃO: Os desafios da política ambiental brasileira

O processo de formulação e implementação da política ambiental brasileira passou a ser, cada vez menos, produto da interação entre ideias, valores e estratégias de ações de atores sociais diferentes, num campo marcado por contradições, alianças e conflitos que emergem dos múltiplos de interesses envolvidos com o problema da proteção ao meio ambiente. Contudo, o Estado continua sendo a instancia em que se negociam decisões e em que conceitos são transformados em políticas públicas para o setor.

Torna-se cada vez mais evidente que o Estado, a cargo do então governo Bolsonaro, enquanto principal mediador no processo de regulação do uso e acesso aos recursos naturais e de proteção ao meio ambiente, não tem procurado construir um modelo de gestão que integre interesses diversos, resolvendo as contradições postas quando se procura alcançar desenvolvimento econômico e conservação da natureza.

Essa conjectura tem ditado a formulação de nossas políticas públicas ambientais, voltadas à resolução dos problemas ambientais que se multiplicam e estabelecem novos padrões de uso dos recursos naturais brasileiros.

Bolsonaro e Salles prezam uma noção de desenvolvimento nacional pautada pela exploração, pela degradação dos recursos naturais, atendendo a uma lógica de mercado que vê a natureza como um grande banco nacional, que vê nossa biodiversidade como caixas eletrônicos exclusivos para saque, que vê nossos rios, nossos lagos, nossos mares como fontes de capitalização, que vê nossa Amazônia
como uma aplicação a curto prazo.

O Estado passa a pensar em alocação de recursos e em emprego estratégico de instrumentos econômicos destinados a rejeição de práticas e políticas voltadas a preservação ambiental, viabilizando e legitimando (através de falas descabidas e extremamente sensacionalistas) comportamentos predatórios, observados, por
exemplo:

1) Nos ataques ao INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que culminaram na exoneração do seu então diretor Ricardo Galvão. Na ocasião, o governo questionou e invalidou a legitimidade dos dados produzidos pelo instituto, dados estes que evidenciam um aumento de 88% no índice de desmatamento de julho, comparado com o mesmo mês do ano anterior;

2) Na redução da participação da sociedade civil em conselhos ambientais. O Conselho Nacional do Meio Ambiente, Conama, principal órgão colegiado do Ministério do Meio Ambiente sofreu uma grande alteração em sua composição. Os representantes da sociedade civil e das entidades trabalhistas, que tinham 22
assentos no conselho, passaram a ter apenas quatro. Além disso, seus mandatos, que eram de dois anos, passaram a ser de apenas um. Ou seja, reforça-se a falta de paridade entre a sociedade civil e o poder público nas tomadas de decisão acerca do meio ambiente;

3) Na flexibilização do licenciamento ambiental para empreendimentos em terras indígenas e quilombolas em processo de demarcação. Instrumento prévio de controle ambiental para o exercício legal de atividades modificadoras do meio ambiente, conceder o licenciamento sob tais condições configura um duplo ataque, primeiro ao próprio processo de demarcação e valorização cultural dos povos indígenas e quilombolas e segundo a preservação do meio natural, posto que terras indígenas e quilombolas são importantes redutos de combate ao desmatamento e exploração exacerbada da natureza.

Diante de tal cenário, faz-se necessário superar a atual forma de elaboração e execução das políticas ambientais no Brasil. Essa tarefa requer um esforço aplicado de integrar as políticas públicas voltadas para a exploração dos recursos naturais, regularização fundiária e proteção ambiental, inserido no contexto mais amplo de
redefinição dos papeis do Estado, das empresas e da sociedade civil na definição de políticas ambientais e de modelos participativos de alteração do meio ambiente.

Devemos retomar o debate que coloca, por exemplo, a Amazônia como forma de desenvolvimento nacional, mas como forma de desenvolvimento pautada pelas noções de integração, sustentabilidade e justiça ambiental, não pela degradação.

Devemos proteger o meio ambiente brasileiro, de ataques internos e externos, sob as noções de soberania popular e soberania nacional.
Devemos reconhecer a transversalidade do debate ambiental, pois, por exemplo, quando se fala em preservação da floresta amazônica também se fala em educação, soberania dos povos, cultura, economia e geopolítica.

Devemos entender a dimensão dos ataques e interesses proferidos ao meio ambiente brasileiro, interesses manifestos por atores nacionais e internacionais.

E por fim, devemos, enquanto juventude, nos colocar criticamente a cada um desses atores, desses cenários e desses interesses, pois falar de políticas de preservação ambiental é falar de futuro e falar de futuro é falar de juventude.

Essa luta também é nossa!

• Bruno Santos, estudante de Gestão Ambiental da EACH USP e diretor do departamento político-social do DAGA (Diretório Acadêmico de Gestão Ambiental).

Fonte: UJS