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sexta-feira, 2 de setembro de 2022

INTERNACIONAL: A quarta onda de esquerda na América Latina desde a revolução cubana é social-democrata - Por Vijay Prashad*

Foto: Javier Torres/AFP

Por Vijay Prashad* 

A atual onda de vitórias eleitorais da esquerda e centro-esquerda não reflete inteiramente a situação dos anos 2000, quando uma “maré rosa” se desenvolveu após o avanço da esquerda na Venezuela liderada por Hugo Chávez. Naquela época, os Estados Unidos estavam focados no Médio Oriente, os preços das mercadorias estavam altos e havia um sentimento geral em toda a região contra os regimes militares e neoliberais anteriores.

Em 7 de agosto de 2022, a Colômbia terá um novo presidente (Gustavo Petro) e um vice-presidente (Francia Márquez), ambos defensores dos movimentos de esquerda do país. Eles formarão o primeiro governo de esquerda desde que o país conquistou a sua independência em 1810. Dois meses depois, em 2 de outubro, o povo brasileiro votará na primeira volta das suas eleições presidenciais. As pesquisas mostram claramente que o ex-presidente e líder de esquerda, Lula, tem vantagem sobre o titular de direita Jair Bolsonaro; há até uma sugestão de que Lula possa vencer na primeira volta e impedir a votação da segunda volta em 30 de outubro. Se Lula vencer, então, dos vinte países da América Latina, mais da metade teria um governo de centro-esquerda para a esquerda.

A atual onda de vitórias eleitorais da esquerda e centro-esquerda não reflete inteiramente a situação dos anos 2000, quando uma “maré rosa” se desenvolveu após o avanço da esquerda na Venezuela liderada por Hugo Chávez. Naquela época, os Estados Unidos estavam focados no Médio Oriente, os preços das matérias- estavam altos e havia um sentimento geral em toda a região contra os regimes militares e neoliberais anteriores. Chávez liderou um processo conhecido como bolivarianismo que combinou a integração regional com políticas voltadas para enfrentar problemas sociais profundamente enraizados no hemisfério. Era amplamente reconhecido que a fome não poderia ser abolida, por exemplo, sem um afastamento da dependência dos mercados de capitais do Atlântico Norte e da presença militar dos EUA.

As atuais vitórias eleitorais ocorreram em condições muito mais incertas do que na década de 2000. Por um lado, o imperialismo dos EUA é visto como muito mais frágil do que era há vinte anos, com a debilidade da economia dos EUA, a tentativa desesperada de enfraquecer a China e a Rússia pelos Estados Unidos e um clima crescente em todo o mundo que já não procura seguir os ditames de Washington. É devido a esses desenvolvimentos que se pode ver um novo dinamismo na América Latina, com o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador  evidenciando do tipo de pensamento independente sobre as relações externas que agora é comum da África do Sul à Indonésia.

Mas, por outro lado, a crise inflacionária global, os problemas do crédito e da dívida e a má educação das ameaças de Washington deteve a mão de muitos desses governos para desafiar frontalmente o imperialismo dos EUA. Presos entre uma Guerra Fria imposta pelos EUA contra a China e a Rússia, muitos dos países da América Latina preferem ficar de fora, esperar pela recuperação económica geral e, enquanto isso, fornecer esquemas básicos de bem-estar social como o limite de suas ambições. Não estamos, portanto, a ver o bolivarianismo na sua segunda fase.

Brasil e Colômbia são bons exemplos do novo momento, embora essa orientação geral seja visível tanto no Chile como no México. Nesses países, as classes dominantes – totalmente apoiadas pelo imperialismo norte-americano – permanecem no controlo da economia. Enquanto o governo de centro-esquerda de Gabriel Boric no Chile disse que nacionalizaria as minas de cobre, a sua mão foi detida por esta poderosa burguesia (este ano é o cinquentenário da nacionalização do cobre no Chile pelo presidente Salvador Allende, cujo governo foi derrubado num golpe no ano seguinte). As velhas classes capitalistas mantêm as velhas hierarquias sociais, entrelaçando-as com o poder do imperialismo norte-americano e o narcocapitalismo de nossos tempos. Ao  governo de Petro na Colômbia, por exemplo, já foi dito pelas forças armadas que não vão tolerar nenhuma reforma básica (o general Eduardo Zapateiro renunciou no final de julho para evitar ter de empossar Petro como presidente – essa é a atitude).

Finalmente, por causa das políticas de austeridade e do legado das ditaduras militares, a classe operária e o campesinato no hemisfério estão relativamente fragmentados e desorganizados. A sua incapacidade de conduzir uma agenda radical em muitos desses países tem sido vista repetidamente. Por exemplo, no Peru, apesar da eleição de Pedro Castillo, de esquerda, do Perú Libre, para a presidência, os movimentos sociais e políticos simplesmente não conseguiram responsabilizá-lo, porque o seu governo se afastou dos seus compromissos. A crise na Argentina em torno do regresso ao FMI também mostra a limitação das forças populares para conduzir a sua agenda por meio de um governo de esquerda. Portanto, é apropriado considerar as possibilidades de ser meramente social-democrata e não socialista neste período.

A doutrina Monroe e a revolução cubana

Duzentos anos atrás, as forças de Simón Bolívar derrotaram os imperialistas espanhóis na Batalha de Carabobo e abriram um período de independência para a América Latina. No ano seguinte, em 1823, o governo dos Estados Unidos anunciou a Doutrina Monroe. À superfície, a Doutrina Monroe apenas diz que a Europa não tem o direito de intervir nas Américas. No entanto, uma leitura atenta do texto, os debates nos EUA em torno desse texto e o uso dessa Doutrina indicam que era a constituição do imperialismo norte-americano, agora já não apenas para as Américas, mas uma Doutrina Monroe Global. Por esta Doutrina, os Estados Unidos  conferiram-se o direito de intervir política e militarmente nos países das Américas quando e onde quisessem. Foi com base nessa doutrina que os EUA intervieram repetidamente na América Central, no Caribe, e na América do Sul, derrubando governos em 2009 (Honduras) e tentando derrubar governos atualmente (Cuba, Nicarágua, Venezuela).

A resistência à Doutrina Monroe surgiu quando ficou claro que os EUA a usariam como uma licença para intervir no hemisfério e não para impedir o imperialismo europeu. Afinal, quando a Grã-Bretanha conquistou as Ilhas Malvinas da Argentina em 1833, os EUA não se opuseram aos europeus, e nem os EUA impediram a entrada de capital europeu para subordinar os novos estados das Américas (descrito em grande detalhe por Eduardo Galeano na sua obra Veias Abertas da América Latina, 1971). A intervenção dos EUA no México em 1846-1848 resultou na anexação de um terço do território soberano do México, uma violação dos direitos territoriais e nacionais do México. Esses eventos – Malvinas, México – mostram a verdadeira face da Doutrina Monroe, instrumento do imperialismo norte-americano no hemisfério que foi praticamente adotado pela Organização dos Estados Americanos, fundada em 1948, a que Fidel Castro chamou  Ministério das Colónias.

A Revolução Cubana de 1959 foi um desafio direto à Doutrina Monroe. A Revolução afirmou os conceitos de soberania (contra a intervenção dos EUA) e dignidade (para o crescimento social do povo). Inspirado no exemplo da Revolução Socialista Cubana, onda após onda revolucionária inundou a América Latina com esperança contra o imperialismo dos EUA e por um avanço da esquerda. A primeira onda foi esmagado pela violência extrema contra o exemplo cubano através dos golpes militares organizados pelo programa norteamericano chamado Operação Condor. Esses golpes do Brasil (1964) à Argentina (1976) ficaram na mão da alternativa cubana. O bloqueio ilegal dos EUA contra Cuba não impediu que a ilha acelerasse o seu socialismo e expandisse o seu internacionalismo. A segunda onda de esquerda – das revoluções da Nicarágua e Granada de 1979 – abriu uma nova esperança, que foi mais uma vez contestada pelos imperialistas através de suas “guerras sujas” na América Central e pela aliança do imperialismo com os narcoterroristas da região.

terceira onda veio com a eleição de Chávez em 1999 e o avanço do que ficou conhecido como a ‘maré rosa’ na América Latina. A maré foi minada pela guerra híbrida ilegal dos EUA contra a Venezuela, pela queda nos preços das mercadorias e pela fraqueza dos movimentos sociais e políticos para contestar a burguesia entrincheirada em muitos países da região. Em cada uma dessas ondas, brilhou o exemplo de Cuba.

Estamos agora na quarta onda um ressurgimento da esquerda desde a Revolução Cubana de 1959. A onda é significativa, mas não deve ser exagerada. Mesmo os governos de centro-esquerda mais brandos serão forçados a enfrentar as graves crises sociais no hemisfério, crises agravadas pelo colapso dos preços das mercadorias e pela pandemia. As políticas contra a fome, por exemplo, exigirão recursos oriundos das diversas burguesias domésticas ou dos direitos arrecadados pela extração de recursos naturais. De qualquer forma, esses governos serão forçados a um confronto tanto com sua própria burguesia como com o imperialismo norte-americano. O teste desses governos, portanto, não estará apenas no que eles dizem sobre esta ou aquela questão (como a Ucrânia), mas como eles agem diante da recusa das forças do capitalismo em resolver as grandes crises sociais do nosso tempo.

*Historiador marxista indiano

Fonte: CTB NACIONAL


Veto do governo ao reajuste do PNAE piora quantidade e qualidade da merenda escolar - Escrito por: Redação CNTE | Editado por: Rosely Rocha

Crianças deixam de consumir alimentos necessários ao seu desenvolvimento, que constituíam a merenda escolar. Educadores culpam o governo federal que cortou reajuste do Programa Nacional de Alimentação Escolar.

Trabalhadores e trabalhadoras da educação e produtores de alimentos da agricultura familiar estão preocupados com o veto de Jair Bolsonaro (PL) à emenda parlamentar à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que previa o reajuste de 34% ao Programa Nacional de Alimentação Escolar, o PNAE, no começo deste mês. Segundo eles, com a medida, o governo piora a quantidade e a qualidade da merenda escolar e consequentemente prejudica a qualidade da educação e o desenvolvimento das crianças e adolescentes de todo país.


A funcionária pública e técnica em nutrição escolar, Rosângela Freitas Dias, conta que estudantes de uma escola estadual no Mato Grosso, por exemplo, já não estão consumindo todos os alimentos que complementam a alimentação necessária por dia, conforme os valores nutricionais.


“A alimentação escolar não está sendo o suficiente, tanto na qualidade, quanto na quantidade. Esse valor de hoje já é insuficiente porque a gente não está mais conseguindo atender todas as crianças, tem que comer só arroz e carne porque não consegue mais comprar salada, fruta e verdura. E a gente coloca o mínimo possível de comida para dar para todo mundo”, contou Rosângela.


Segundo ela, que é responsável pela compra dos alimentos na escola em que trabalha, são R$ 2.958,00 por mês para comprar alimentos para 255 alunos e durar 20 dias. Agora, sem reajuste, a merenda escolar corre risco.


“A gente faz uma complementação, na merenda escolar, daquilo que as crianças deveriam receber em casa e muitas não estão tendo quase nada em casa e a complementação tem que ser boa na escola. Com cada dia menos recursos a gente não vai conseguir mais fazer essa complementação”, ressalta Rosângela.


O Observatório da Alimentação Escolar divulgou uma nota lamentando profundamente o veto da LDO, que prevê o reajuste dos valores per capita do PNAE pela inflação (IPCA), que não acontecia desde 2017.O Observatório lembra que a aprovação do reajuste do PNAE pelo Congresso Nacional foi resultado de forte pressão da sociedade civil, e do compromisso de parlamentares de diferentes partidos, mobilizados em função da perda do poder de compra do PNAE, diante da crescente inflação dos alimentos.


Futuro do país condenado


Alegando que a proposta é “contrária ao interesse público”, a emenda que Bolsonaro vetou, se aprovada, destinaria pelo menos, 5,53 bilhões de reais à alimentação escolar, um aumento de 1 bilhão e meio em relação aos 3,96 bilhões atuais.


Segundo dados do Ministério da Educação, atualmente, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) destina R$0,36 para a alimentação por dia de cada criança do ensino fundamental e médio e R$0,53 por aluno da pré-escola. O restante do valor da merenda é complementado pela arrecadação dos estados e municípios.


Para o presidente interino da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, o valor per capita com o reajuste já seria irrisório e isso só mostra o descaso de Bolsonaro com a educação. Na avaliação do dirigente, é preciso pressionar para que este veto seja derrubado pelo Congresso Nacional.


“O valor do reajuste per capita não pagaria um pãozinho, isso quer dizer que tiramos um pãozinho de cada criança/jovem deste país. Isso é reduzir a qualidade e a quantidade da alimentação na comunidade escolar. Não podemos permitir que aconteça mais esta tragédia. Vamos pressionar os parlamentares nas redes e nas ruas, conclamou Leão.


O presidente da CNTE também ressalta que Bolsonaro sabe que alimentar uma criança nunca seria contrariar o interesse público: “Ele está condenando o futuro do país, porque a alimentação é essencial para o desenvolvimento das crianças e Bolsonaro quer deixar o país na ignorância, assim como vem fazendo desde o início do seu mandato atacando a educação, retirando verbas de universidades e institutos federais”.


Medida também impacta agricultura familiar e produção de alimentos


Dados do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão ligado ao Ministério da Educação, apontam um valor de quase 2 milhões parados na conta de estados e cidades brasileiras, quando a verba deveria ser usada para alimentação escolar.


O PNAE coloca como exigência que no mínimo 30% (trinta por cento) do orçamento da merenda escolar seja utilizado na aquisição de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar ou de suas organizações, em especial, dos assentamentos da reforma agrária, das comunidades tradicionais indígenas e comunidades quilombolas. Ainda assim, tem diminuído o número de municípios que compram alimentos da agricultura familiar.


O geólogo e assessor de Política Agrícola da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Contag), Arnaldo Brito, disse que este veto causa muita preocupação, porque além de inibir a geração de renda para agricultura familiar, também ofusca o planejamento de plantio e produção, que estão dentro do arcabouço da agricultura familiar, porque é produzido conforme demanda para não estragar alimentos.


“Um agricultor familiar só pode produzir se tiver para quem comercializar, ainda mais quando a gente tem uma lei que diz que 30% da merenda escolar tem que ser comprada da agricultura familiar. Tem municípios que não compram absolutamente nada, e quando compra é 10%, o que prejudica a qualidade da alimentação que vai para mesa dessas crianças, que muitas vezes é única alimentação que fazem”, destaca Arnaldo.


Durante a pandemia da Covid-19 o acesso dos agricultores familiares ao programa foi prejudicado por interrupções ou significativas reduções nas compras, pelo não cumprimento de contratos vigentes pelas gestões públicas locais, mesmo após a autorização dada pelo FNDE para a compra de gêneros alimentícios com recursos do PNAE. Esses foram alguns dos problemas apontados na pesquisa Levanta Dados Agricultor, lançada no final de 2021 pelo Observatório da Alimentação Escolar (ÓAÊ).


Dá para mudar com as Eleições 2022


O geólogo também lembrou que muitas prefeituras não têm seguido as regras do processo de compra dos alimentos, da agricultura familiar, que deve ser por meio de Chamada Pública, de forma simplificada, conforme artigo 30 da resolução 06/2020 e nos termos do art. 14 da Lei 11.947/2009, o que tem sido motivo de diminuição da procura e também da falta de fiscalização do alimento.


Para ele, não existe interesse do governante maior do país em ampliar o recurso orçamentário para dar mais possibilidade dessas crianças e adolescentes se alimentarem e isso é uma prova da falta de compromisso, não só com educação, mas com a Ciência e com aqueles mais carentes que mais precisam do alimento na mesa.


“O veto é uma decisão política que ele sempre tomou a respeito da educação e isso é muito triste. Temos que mudar esta realidade”, afirmou Arnaldo.


Leão finaliza dizendo que por isso a CNTE elegeu a educação como prioridade para as eleições deste ano e disse da importância de escolher candidatos com responsabilidades educacionais.


“Temos que aproveitar as eleições deste ano para escolher presidente, governadores, senadores e deputados comprometidos com a educação pública e de qualidade e com a nossa população educacional. Temos que eleger a educação como prioridade nas eleições de 2022”.


Fonte: CUT NACIONAL

Ciro Pedroza lança neste sábado a 2ª edição revista e atualizada de Uma História das Rocas

 

Foto: Ascom

A primeira edição de 500 exemplares de Uma História Rocas foi lançada em abril e esgotou em duas semanas. A nova edição ganhou novas histórias, novos personagens, dois capítulos novos e muitas revelações. 

  A sessão de autógrafos dessa 2ª edição revista e ampliada será neste sábado (3), a partir das 10h, no Mercado das Rocas. “Foi uma surpresa, descobrir tanto interesse das pessoas por esse pedaço quase invisível de Natal”, revela Ciro Pedroza, jornalista que viveu a infância no bairro e reuniu suas histórias nessa obra.

  Para abrilhantar esse momento de festa, Ciro convidou amigos de infância das Rocas e são referência na música da cidade, como o sambista Debinha Ramos, o flautista Carlos Zens e o cantor e performer Rodolfo Amaral, para mostrar o melhor do samba. O bandolinista Alexandre Moreira também fará uma participação especial.

  O livro reúne histórias e estórias sobre o tradicional bairro que já deu ao Brasil um presidente da República, João Café Filho, muitos artistas de renome e jogadores de futebol suficientes para formar todos os times do campeonato brasileiro, além de amparo espiritual e afetivo, diversão e arte para todos os gostos.

MAIS QUE UM BAIRRO

Há nessa história das Rocas contada por Ciro um esforço que vai além do resgate da memória do bairro ou de uma cronologia sobre a formação, a consolidação e o desenvolvimento desse pedaço de Natal que representa pouco mais de 0,5% da área da cidade e reúne pouco mais de 10 mil moradores.

  No prefácio do livro, o livre docente em Geografia Humana da Universidade de São Paulo, Manoel Fernandes Neto, resume e justifica a importância da pesquisa realizada por Ciro Pedroza numa frase: “quem não sabe das Rocas, jamais entenderá Natal”.

  “As Rocas é muito mais que um bairro, é um estado de espírito, porque transcende aos limites geográficos de espacialidade para se revelar bem maior, graças ao jeito de ser e de viver de seus moradores”, complementa Ciro em sua definição do bairro onde viveu.

  Livro, o jornalista e pesquisador revela um bairro desconhecido da maioria dos novos natalenses com personagens e história do mundo do futebol, do carnaval, das tradicionais religiosas, da política e até da baixa gastronomia, representada pelos restaurantes do Lira e do Marinho, da Peixada da Comadre e a Galinha de Mãe.

  Ciro também reconhece a importância da educação como instrumento de transformação de vidas, expressa no pioneirismo da escola De Pé no Chão também se aprende a ler, do prefeito Djalma Maranhão e da Escola Técnica de Comércio, que funcionou no Colégio Isabel Gondim.

  Na nova edição, o pesquisador inclui a história da primeira jogadora de futebol do bairro, Maria Anita Barroca e resgata a saga da governadora Fátima Bezerra, que estudou na escola Padre Monte e, quando formou-se pedagoga, iniciou sua carreira de professora lecionando na escola Café Filho, também nas Rocas.

  Uma história das Rocas também reúne uma pequena coletânea de lendas urbanas com personagens do bairro que rendem boas risadas, como as presepadas de Zé Areia, da santa que chorava ou do barbeiro que saia para o almoço e deixava o cliente esperando na cadeira, entre várias.

Sessão de Autógrafos

Sábado – 3 | setembro | 2022 – 10:00h 

Local: Mercado das Rocas – Av. Duque de Caxias – Praça do Pátio da Feira.

Fonte: Potiguar Notícias

28ª EXPOSORN – EXPOSIÇÃO DE ORQUÍDEAS DA ASSOCIAÇÃO ORQUIDÓFILA DO RIO GRANDE DO NORTE Entrada gratuita

Imagem e cultivo Auciomar Cerqueira.

Tipo: CattIeya granulosa

Natureza, palestras, preservação e flores, assim será a 28ª Exposição de Orquídeas do Rio Grande do Norte (EXPOSORN), que vai começar hoje, sexta-feira (02), e vai até o próximo domingo (04). Todas as atividades serão no Parque Raimundo Teixeira da Rocha, Parque do Museu Câmara Cascudo, entre 08h e 18h, com entrada gratuita. Será possível conhecer, apreciar e comprar plantas com valores acessíveis.

A 28ª EXPOSORN vai comemorar os 30 anos da Associação Orquidófila do Rio Grande do Norte (SORN), entidade associativa sem fins econômicos, fundada em 05 de setembro de 1992, que tem por objetivo conscientizar e orientar a população sobre o cultivo das orquídeas e preservar os bens ambientais da flora potiguar.

“Após dois anos sem realizar a exposição anual devido à pandemia, em 2022 a EXPOSORN acontecerá. E nós estamos muito felizes por fazer o evento novamente no Museu Câmara Cascudo. Com o aniversário de 30 anos da Associação, nós pretendemos celebrar a data com a presença da população potiguar no evento que já faz parte do calendário da cidade do Natal”, destacou a presidente da SORN, Gisélia Maria.

Durante as atividades nos dias 02 e 03 (sexta e sábado), o Museu Câmara Cascudo estará aberto para visitação com nove exposições diversas, são elas: Akangatu; Anatomia Comparada; Caatinga em Foco; Confluências; Dinossauros da Bacia Potiguar; Engenhos; Icnologia; Paleontologia; e Vibrantes Caminhos.

“O museu está muito feliz por receber a Exposorn 2022, um evento atrativo à comunidade, com atividades sobre preservação, sustentabilidade e meio ambiente. As oficinas, palestras e a feira serão no parque do Museu, coordenado pelo Setor de Estudos ambientais, um espaço arborizado, de contemplação da natureza e conhecimento. Durante o evento, as exposições do museu estarão abertas e todos poderão conhecer um pouco mais a história e memória do Rio Grande do Norte", pontuou o diretor interino do Museu Câmara Cascudo, Gildo José dos Santos.

A atividade pretende promover a valorização, conservação e preservação da natureza e, consequentemente, da Cattleya granulosa Lindley, espécie de orquídea mais representativa da flora potiguar e flor símbolo do Rio Grande do Norte.

Lei que consagrou a Cattleya granulosa Lindley como a flor símbolo do RN

A lei número 10.508 de 16 de maio de 2019 concede o título de flor símbolo do estado do Rio Grande do Norte à Cattleya granulosa Lindley e também define a última semana do mês de agosto como “Semana de valorização, conservação e preservação da Cattleya granulosa no estado no Rio Grande do Norte”.

Cattleya granulosa Lindley está ameaçada de extinção, inclusive a espécie já consta nas listas oficiais de espécies ameaçadas pela CITES (Convenção Internacional sobre o Comércio de Espécies da Flora e Fauna Selvagem em Perigo de Extinção). Pensando na preservação e valorização da espécie a lei foi criada.

SERVIÇO

Evento: Exposição de Orquídeas da Associação Orquidófila do Rio Grande do Norte (EXPOSORN)

Data: 02, 03 e 04 de setembro de 2022

Horário: 08h as 18h

Local: Parque do Museu Câmara Cascudo

Endereço: Av. Hermes da Fonseca, 1398, Tirol, Natal/RN.

Informações: Celinna Carvalho +55 84 98608-6814 / Instagram @sorn.natal

PROGRAMAÇÃO

Sexta-feira (02.09.2022)

• 08h - Recebimento das plantas.

• 13h - Julgamento das orquídeas pelos juízes convidados.

• 14h as 18:00h - Visitação pública.

Votação da orquídea escolhida pelo público presente.

Jogos e sorteio de orquídeas.

• 16h - Solenidade de abertura da exposição.

• 18h - Apresentação musical

Sábado (03.09.2022)

• 08h as 18h - Visitação pública.

• 10h Palestra - Cultivo de orquídeas em diferentes formas de suporte e substrato - Gleide Brandão.

• 12h Palestra – Fotografia botânica - Joselita de Souza

• 16h Palestra - Cattleya Granulosa e plantas nativas do Rio Grande do Norte - Roberto Guerra

Domingo (04.09.2022)

• 09:00h - Abertura e Visitação pública - Votação da orquídea mais bela escolhida pelo público; Jogos; sorteio de orquídeas e brindes.

• 10h - Palestra sobre pragas, doenças e defensivos de última geração: Gabriel Gusman - Orquidário Gusman/MG.

• 15h - Entrega das premiações aos campeões de cada categoria.

• 16h - Encerramento e entrega das orquídeas aos seus proprietários.

Fonte: 

Sorn Sociedade Orquidofila do RN