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sexta-feira, 10 de agosto de 2018

A poesia vive?

Antiga, a poesia continua uma criança, com sua capacidade de nos transportar para além dos limites cotidianos. Qual seu segredo?
A poesia parece que tem renascido nos últimos tempos. Mas ela sempre esteve presente em nossa cultura como tradução daquilo que não encontra vida por outros meios de expressão.
Desde os ancestrais griots africanos, passando pelos escribas egípcios e gregos até os dias de hoje a poesia fascina por sua ligação com as energias mais interiores do ser humano.
As pessoas certamente escrevem mais poesia.
Mais que contos ou romances. Poesia parece mais fácil, basta uma folha, um guardanapo, um celular. Basta um banco de praça, uma mesa de bar, um assento de metrô ou ônibus. Mas é preciso tomar cuidado com essa facilidade. Fácil e simples são coisas diferentes.
Solano Trindade era simples sem ser fácil.
A poesia não pode abrir mão do ritmo, da musicalidade, da harmonia, da inventividade, da surpresa.
Grande parte da responsabilidade pelo renascimento da poesia cabe aos saraus, especialmente periféricos. Mas é bom lembrar que esses saraus foram precedidos pelas rodas de poemas negras nos anos 80, 90, início dos 2000 e que na verdade duram até hoje.
Os saraus e rodas permitiram a leitura de poesia. Às vezes, quando é lida em voz alta, a poesia ganha a melodia que fica adormecida no papel. Mas é sempre importante pensar que, quando num livro, a poesia será lida sem o poeta por perto para ensinar ao leitor as entonações, as ênfases, as pausas.
Escrever boa poesia é uma arte que exige dedicação. Bastante leitura de outros poetas também ajuda.
Se a poesia parece que tem renascido nos últimos tempos, é que na verdade ela nunca morreu.
Fonte: quilombhoje.com.br

Justiça condena jornalista por ofensa a Chico Buarque e família

“As pessoas têm que entender que internet não pode ser terra de ninguém. Tem que ter respeito, não importa onde”, disse o advogado de Chico Buarque, João Tancredo, depois que a Justiça confirmou, terça-feira (7), a condenação contra o antiquário e jornalista João Pedrosa, que atacou o músico e a família em comentário na rede social Instagram. “Família de canalhas!!! Que orgulho de ser ladrão!!!”, afirmou o réu em dezembro de 2015.
Reprodução instagran O post de Chico no Instagran com esta foto foi alvo de mensagens de intolerância de um internauta, que foi condenado a indenizar a família O post de Chico no Instagran com esta foto foi alvo de mensagens de intolerância de um internauta, que foi condenado a indenizar a família
O comentário foi publicado após Chico postar uma foto de 1974 com sua ex-mulher, a atriz Marieta Severo, e as filhas Sílvia, Helena e Luísa.
A indenização total, destinada ao compositor, às três filhas e a Marieta, foi fixada em R$ 100 mil . O réu também deverá publicar, em seu perfil do Instagram e em dois grandes jornais, um no Rio e outro em São Paulo, um pedido de desculpas. “A ideia fundamental não é o dinheiro, mas fazer com que alguém, antes de tomar esse tipo de atitude, pense duas vezes, porque pode ter que pagar indenização”, diz Tancredo.
Em fevereiro de 2017, ao saber que seria processado, Pedrosa mandou uma carta para Chico. Entretanto, o entendimento da Justiça foi que não se tratava de uma retratação, e sim uma justificativa por ter ofendido, como explica o advogado. “Ele não pediu desculpas, ele fez uma carta pública dizendo que não queria ofender a família do Chico Buarque, a mulher e as filhas. Na verdade, ele fez aquilo porque ele divergia politicamente do Chico. Ele entendia que as ruas estavam cheias de miseráveis porque o Chico apoiava o Lula.”
Na carta, o réu dizia que seu insulto foi motivado pela “associação de Chico com o PT e o MST”. O agressor continua: “São eles que considero ameaça à nossa dignidade e nossa democracia. Fui motivado pelas mulheres que estão dando à luz nas calçadas”.
O advogado de Chico ironizou o posicionamento do réu: “Então as ruas estão cheias de miseráveis por causa do Lula, não é por causa do capitalismo”. O próprio Pedrosa buscou justificativa ideológica à conduta, argumentando na carta para Chico que “sua via é o socialismo, e a minha, o capitalismo”.
A resposta do Tribunal de Justiça do Rio veio após recurso do réu à segunda instância. Em primeira decisão daquela corte, em fevereiro, a desembargadora Norma Suely Fonseca Quintes afirmou que a fala de Pedrosa “se encontra desprovida de qualquer base probatória ou mesmo de notícia a respeito do tema, configurando ofensa e violação à honra daquela família”.
Fonte: BRASIL CULTURA

Vice de Bolsonaro diz que se referia a herança cultural após polêmica

Um dia depois de afirmar que que o Brasil herdou a “indolência” dos indígenas e a “malandragem” dos africanos, o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), vice do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), reafirmou que a declaração foi feita quando ele se manifestava sobre a herança cultural do país, sem distinção de cor ou raça.
“O contexto que coloco é da herança cultural, tendo como base estudiosos gabaritados da nossa nacionalidade. Esse contexto trouxe heranças positivas e negativas, sem distinção de cor e raça, para todos os brasileiros”, disse, em nota distribuída pela sua assessoria de imprensa na terça (7).
Segundo a assessoria, a intenção é de esclarecer as falas do general da reserva, cujo conteúdo “está sendo questionado por parte da imprensa e concorrentes à presidência”.
As falas do candidato a vice que provocaram questionamentos foram feitas durante evento da Câmara de Indústria e Comércio de Caxias do Sul (RS).
Ele disse: “Temos uma herança cultural, uma herança que tem muita gente que gosta do privilégio (…) Essa herança do privilégio é uma herança ibérica. Temos uma certa herança da indolência, que vem da cultura indígena. Eu sou indígena. Meu pai é amazonense. E a malandragem (…) é oriunda do africano”, afirmou. “Então, esse é o nosso cadinho cultural. Infelizmente gostamos de mártires, líderes populistas e dos macunaímas.”
Mourão foi procurado pela Folha para comentar o conteúdo da declaração e ressaltou que também falou do privilégio dos brancos. “Não tem nada demais, até porque sou descendente de indígenas. Não é acusação para nenhum grupo, isso não existe. Temos uma raça brasileira, a junção de tudo isso aí”, disse.
Ele argumentou, ainda, que suas frases foram retiradas de contexto. “O que acontece é que as pessoas pinçam determinadas frases e querem retirar do contexto em que foram colocadas. Estava falando da herança cultural de forma genérica.”
A presidenciável Marina Silva (Rede) criticou a declaração de Mourão em suas redes sociais. “Extremismo e racismo são uma combinação perigosa. Não podemos tolerar racismo numa corrida presidencial”, escreveu.
Esta não foi a primeira fala polêmica do general. Em fevereiro, ele afirmou que o coronel Carlos Brilhante Ustra é um herói por ter combatido o terrorismo. Ustra foi reconhecido pelo Poder Judiciário, em ação declaratória, como torturador.
Mourão também já disse que uma intervenção militar poderia ser adotada se o Poder Judiciário não solucionasse o problema político, em referência aos casos de corrupção.
Fonte: BRASIL CULTURA