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domingo, 22 de setembro de 2019

Paulo Freire 19 de setembro - "PRESENTE!" - Eduardo Vasconcelos - CPC/RN

Paulo Freire (1921-1997) foi um educador brasileiro, criador do método inovador no ensino da alfabetização, para adultos, trabalhando com palavras geradas a partir da realidade dos alunos. Seu método foi levado para diversos países.
Paulo Freire nasceu no Recife, Pernambuco, no dia 19 de setembro de 1921. Filho de Joaquim Temístocles Freire, capitão da Polícia Militar e de Edeltrudes Neves Freire morou na cidade do Recife até 1931, quando foi morar no município vizinho de Jaboatão dos Guararapes, onde permaneceu durante dez anos.
Formação
Iniciou o curso ginasial no Colégio 14 de Julho, no centro do Recife. Com 13 anos perdeu seu pai e coube a sua mãe a responsabilidade de sustentar todos os 4 filhos. Sem condições de continuar pagando a escola, sua mãe pediu ajuda ao diretor de Colégio Oswaldo Cruz, que lhe concedeu matrícula gratuita e o transformou em auxiliar de disciplina, e posteriormente em professor de língua portuguesa.
Em 1943 ingressou na Faculdade de Direito do Recife. Em 1944 se casou com Elza Maria Costa de Oliveira, professora primária, com quem teve cinco filhos. Depois de formado continuou como professor de português no Colégio Oswaldo Cruz e de Filosofia da Educação na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Pernambuco.
Em 1947, Paulo Freire foi nomeado diretor do setor de Educação e Cultura do Serviço Social da Indústria. Em 1955, junto com outros educadores fundou, no Recife, o Instituto Capibaribe, uma escola inovadora que atraiu muitos intelectuais da época, e que continua em atividades até hoje.
Método de Alfabetização Paulo Freire
Preocupado com o grande número de adultos analfabetos na área rural dos estados nordestinos, que formavam um grande número de excluídos, Paulo Freire desenvolveu um método de alfabetização baseado no vocabulário do cotidiano e da realidade dos alunos.
As palavras eram discutidas e colocadas no contexto social do indivíduo. Por exemplo: o agricultor aprendia as palavras, cana, enxada, terra, colheita, fogo etc. e os alunos eram levados a pensar nas questões sociais relacionadas ao seu trabalho. A partir das palavras base, ia se construindo novas palavras e ampliando o vocabulário.
A iniciativa do educador foi aplicada pela primeira vez, em 1962, na cidade de Angicos no sertão do Rio Grande do Norte, quando foram alfabetizados 300 trabalhadores da agricultura. O projeto ficou conhecido como “Quarenta horas de Angicos”. Os fazendeiros da região chamavam o processo educativo de “praga comunista”.
Exílio
Com o golpe militar de 1964, Paulo Freire foi acusado de agitador e levado para a prisão onde passou 70 dias, e em seguida se exilou no Chile. Durante cinco anos desenvolveu trabalhos em programas de educação de adultos no Instituto Chileno para a Reforma Agrária.
Em 1969, Paulo Freire lecionou na Universidade de Harvard. Durante dez anos, foi consultor especial do Departamento de Educação do Conselho Municipal das Igrejas, em Genebra, na Suíça. Viajou por vários países do Terceiro Mundo dando consultoria educacional.
Em 1980, com a anistia, Paulo Freire retornou ao Brasil, estabelecendo-se em São Paulo. Foi professor da UNICAMP e da PUC. Foi Secretário de Educação da Prefeitura de São Paulo, na gestão de Luísa Erundina. Após a morte de sua primeira esposa, casou-se com Ana Maria Araújo Freire, conhecida como Nita Freire, uma ex-aluna do Colégio Oswaldo Cruz.
Reconhecimento
Por seu trabalho na área educacional, Paulo Freire foi reconhecido mundialmente. É o brasileiro com mais títulos de Doutor Honoris Causa de diversas universidades, são 41, ao todo, entre elas, Harvard, Cambridge e Oxford.
Paulo Freire faleceu em São Paulo, no dia 2 de maio de 1997.
Obras de Paulo Freire
Educação Como Prática da Liberdade (1967)
Pedagogia do Oprimido (1968)
Cartas à Guiné-Bissau (1975)
Educação e Mudança (1981)
Prática e Educação (1985)
Por Uma Pedagogia da Pergunta (1985)
Pedagogia da Esperança (1992)
Professora Sim, Tia Não: Carta a Quem Ousa Ensinar (1993)
À Sombra Desta Mangueira (1995)
Pedagogia da Autonomia (1997)

Marieta Severo relembra fim da Embrafilme e fala de crise na Ancine: ‘Cultura sempre renasce’

Em um período de crise no cinema nacional, com cortes de orçamento, patrocínio, e crises na gestão da Ancine, Marieta Severo se diz surpresa com os rumos que a política cultural têm tomado e faz até um paralelo com o fim da Embrafilme, no governo Collor, em 1990.
“Que momento é esse muito louco que eu achei que não ia viver de novo na minha vida? O Collor, ele terminou com a Embrafilme, em um processo muito vingativo também com os artistas. Tínhamos uma produção na Embrafilme de cento e poucos filmes por ano. Eu me lembro que a gente caiu para um filme. Foi uma catástrofe. Mas não adianta. O que aconteceu: é que eu tenho essa honra suprema de “Carlota Joaquina” ter virado símbolo da retomada. Graças à Carla Camurati. A arte, a ficção, a cultura, sempre, sempre, renasce”, disse Marieta em entrevista ao “Cinejornal”, do Canal Brasil.
Cena de “Carlota Joaquina” Foto: Reprodução
A atriz fez ainda uma reflexão sobre a importância de se valorizar a cultura nacional.
“Cultura é fundamental para o ser humano, é a alma do país, é quem mostra para todo mundo quem somos. Agora vieram, de novo para cima de nós (artistas). Foram em cima da Ancine, pararam as produções. Tudo que o ser humano faz está sempre impregnado de erro. A gente erra, a gente é humano. Então existe erro na Ancine? Vamos corrigir. Existia erro na Embrafilme? Vamos corrigir. Mas essa política de sempre arrasar o que o governo anterior fez… Isso é um vício da cultura política brasileira que é catastrófico. Só que a gente retoma. A gente sempre retomará”.
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