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sexta-feira, 24 de abril de 2020

Concurso "Contos da Quarentena" tem sucesso de público e vencedores serão divulgados dia 30 de junho

Concurso literário lançado pela Editora 247 recebeu 1.827 inscrições com histórias reais e imaginárias de autores durante a quarentena provocada pela pandemia. Textos estão sendo avaliados por uma banca formada pelos escritores Luiz Ruffato, Ricardo Aleixo e Marcos Pamplona
247 - O concurso literário “Contos da Quarentena”, lançado pela Editora 247, responsável pelo site Brasil 247 e pela TV 247, foi um sucesso de público. 
Com as inscrições finalizadas no dia 16, o concurso recebeu ao todo 1.827 participações de autores amadores e/ou profissionais, que compartilharam suas experiências reais e/ou imaginárias durante a quarentena provocada pela pandemia do coronavírus, no Brasil e no exterior. 
Para o jornalista Leonardo Attuch, responsável pela Editora 247, o volume de inscrições reforça a relação com a comunidade 247. “O número expressivo de participantes ultrapassou nossas expectativas. Estamos sempre em contato com a nossa audiência e sabemos que ela é formada por pessoas muito qualificadas e criativas. Tenho certeza que o resultado final do concurso será uma prova disso”, afirmou Attuch. 
Os contos inscritos já estão sendo avaliados por uma banca de jurados de primeira linha, formada pelo contista, romancista e poeta Luiz Ruffato; pelo poeta, produtor cultural e editor Ricardo Aleixo; e pelo escritor e roteirista Marcos Pamplona. A banca julgadora não conhece a autoria de cada conto e avalia aspectos como criatividade, originalidade do texto e obediência à língua portuguesa. 
Lembrando que, conforme o regulamento do concurso, todos os textos participantes têm até 10 mil caracteres, são limitados a um texto por participante e devem ser rigorosamente inéditos. O primeiro lugar do concurso receberá um voucher de R$ 1 mil para a compra de livros na Livraria Martins Fontes Paulista. O segundo colocado receberá um voucher de R$ 500. O terceiro receberá um voucher de R$ 300. Os 15 melhores contos serão publicados em livro, em edição conjunta da Editora 247 e da Kotter Editorial. 
Os contos vencedores e seus respectivos autores e/ou autoras serão anunciados no dia 30 de junho, no site do Brasil 247 e na TV 247. O prazo, que anteriormente era 28 de abril, foi estendido devido ao grande número de participantes.
Conheça mais sobre a banca examinadora do concurso: 
Luiz Ruffato 
Um dos maiores nomes da literatura brasileira contemporânea, Luiz Ruffato é contista, romancista e poeta. Formado em Comunicação Social na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), seu romance “Eles eram muitos cavalos”, publicado em 2001, ganhou o Troféu APCA, oferecido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, e o Prêmio Machado de Assis da Fundação Biblioteca Nacional. Em 2011, com a publicação do romance Domingos Sem Deus, concluiu a pentalogia Inferno Provisório. 
Ricardo Aleixo
Ricardo Aleixo é poeta, músico, produtor cultural, artista plástico e editor. Autodidata, atua em diversas áreas, sobretudo nas poéticas experimentais com a voz. Edita a revista Roda - Arte e Cultura do Atlântico Negro, pela Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte. Seus poemas revelam forte afinidade com o movimento concretista e com a etnopoesia. Com visão crítica da realidade, Aleixo faz poesia social, mordaz, seca e irônica. 
Marcos Pamplona
Marcos Pamplona é escritor e roteirista. Teve poemas seus selecionados para três Coletâneas do Prêmio Off Flip de Literatura. Como poeta, tem poemas publicados nas coletâneas do Prêmio Off Flip de Literatura de 2006, 2008 e 2010, na revista Jandique e no blog Mallarmargens. Como roteirista, escreveu diversos curta-metragens, entre eles Helena, com Irene Ravache e Silvio Abreu no papel principal. Em 2016 publicou o livro de poemas "transverso", pela Kotter Editorial. 
Fonte: Brasil 247

Le Monde sobre o coronavírus no Brasil: "À beira da barbárie"

Pessoas com máscara para se proteger do coronavírus e Jair Bolsonaro
"A epidemia de Covid-19, descrita pelo presidente Bolsonaro como uma "gripezinha" se intensifica agora em um país onde o sistema de saúde é incapaz de responder a tal desafio sanitário", escreve Bruno Meyerfeld, em artigo publicado no Le Monde
Tradução de Sylvie Giraud, publicado originalmente no Le Monde - Escava-se em todo Brasil. Abrem-se buracos, fossas, aos milhares. Quando se dispõe de um pouco de tempo, com pá e enxada. Com retroescavadeira e maquinário de construção, quando não se tem. Não para plantar café ou encontrar petróleo, como antes. No Brasil de hoje, cavam-se buracos para enterrar corpos.
O Covid-19 chegou e "piora a cada dia", disse Paulo Henrique, jovem coveiro mestiço de 26 anos, no cemitério de Vila Formosa, em São Paulo. Nesta terça-feira, 21 de abril, formou-se um pequeno congestionamento de carros funerários entre os túmulos. "É o sétimo que estou carregando hoje, o dobro do habitual. É exaustivo", continua ele, esperando ao volante de seu veículo funerário. A cerimônia não dura mais que cinco minutos, tempo suficiente para o adeus e uma pá cheia de terra. "Está todo mundo apavorado", diz Paulo Henrique.
Em 23 de abril, a epidemia já ceifara 3.313 vidas no Brasil (um salto recorde de 407 mortes em relação ao dia anterior) para 49.492 casos confirmados. Mas quem ainda acredita nos números oficiais? Sobrepujadas, as autoridades falharam em testar vivos e os mortos, algumas mortes devido ao Covid-19 estão sendo registradas com vinte dias de atraso! Estimativas divulgadas pela imprensa sugerem que o número de pessoas realmente infectadas é de 12 a 15 vezes superior ao do número anunciado pelas autoridades. O número de mortos já poderia exceder 15.000 vítimas no pior cenário. E o pico só virá em maio...
Desde já, o vírus golpeia toda Federação: as grandes cidades do sul do país, como São Paulo e Rio, onde concentra-se metade das mortes, mas também o estado Nordestino de Pernambuco ou o Amazonas, às vezes mesmo em terras distantes, em pleno meio da floresta tropical. Nessas regiões, os hospitais públicos já estão quase saturados, com taxas de ocupação para serviços de terapia intensiva geralmente superiores a 70% ou 80%. O que se esperava? Um novo tipo de coronavírus sazonal? Sensível ao calor? Agora não resta dúvida de que o vírus se adapta muito bem ao torpor tropical.
Caça ao leito em todo lugar
É tudo assustador. Tudo isso faz chorar de raiva e de desespero. "Estamos à beira da barbárie", disse em lágrimas o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, desesperado, nesta semana durante uma entrevista. Na maior cidade da Amazônia, o número de enterros triplicou, covas coletivas estão sendo cavadas com escavadeira. Nos hospitais superlotados, os cadáveres estão sendo alinhados nos corredores e os pacientes muito idosos já receberam alta para ir morrer em casa.
Em toda parte, a caça aos leitos, a briga pelos ventiladores. "Uma guerra quotidiana", testemunha um cirurgião do Hospital Geral de Fortaleza, no Ceará, pedindo anonimato. “Estamos lotados, 100% dos leitos de terapia intensiva estão ocupados e agora todos os respiradores estão em uso. No entanto, tínhamos dedicado um andar inteiro e cinco unidades de terapia exclusivamente para o Covid-19. Mesmo com isso, no dia seguinte, 48 pessoas já estavam esperando por um leito! Nesse ritmo, não duramos quinze dias", preocupa-se ele.
Em Fortaleza, temos sorte: por enquanto, há luvas e máscaras suficientes. Isso está longe de ser o caso em todos os lugares. “No hospital, em São Paulo, uma grande parte da equipe não está equipada e teve de usar capas de chuva e sacos de lixo, comprados no supermercado, para se proteger!”, se enfurece Sergio Antiqueira, presidente do Sindicato dos Funcionários da cidade. Alguns receberam uma única máscara protetora descartável para um mês inteiro. "Essas pessoas estão em perigo", diz ele.

O Brasil está a nu. "Não estamos absolutamente prontos para lidar com essa pandemia", disse Ligia Bahia, especialista do setor de saúde da Universidade Federal do Rio. O país, no entanto, tem dezenas de milhares de leitos de terapia intensiva. Mas "metade está no setor privado: inacessível para a esmagadora maioria da população", lamenta. Resultado: em média, segundo o Instituto Nacional de Estatística, o brasileiro tem hoje que percorrer 155 quilômetros para encontrar um hospital capaz de prestar atendimento complexo, como o exigido pelo Covid-19. No extremo norte da Amazônia, a distância pode chegar a 400 ou 500 quilômetros.
Um vírus? Que vírus? 
A pandemia coloca o dedo na ferida. "O coronavírus mostra o fracasso do nosso sistema democrático, se entristece Ligia Bahia. Desde o fim da ditadura, nos últimos  trinta anos, nunca investimos realmente na criação de um sistema de saúde pública eficaz, que ofereça atendimento aos mais pobres, aos Negros, os mais excluídos, aqueles que serão as primeiras vítimas. [Nosso sistema funciona] principalmente para os ricos. E [nossa] democracia não garante direitos sociais. "
Um vírus? Qual vírus? Apesar da tragédia, o presidente de extrema direita Jair Bolsonaro, para quem o Covid-19 é apenas uma "gripesinha", ainda defende o "retorno ao normal". Todo final de semana ele vai ao encontro de seus apoiadores, desprezando as regras sanitárias básicas. "Tenho o direito constitucional de ir e vir", disse o Presidente, abraçando os transeuntes e apertando a mão de uma idosa depois de limpar o nariz no braço ou tossindo diretamente sobre seus apoiadores durante um discurso... O apelidaram então de: "Capitão Corona".
O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, não transmite mais confiança [do que o Presidente]. Avaro de palavras, encerrou as coletivas de imprensa diárias, valorizadas por seu antecessor Luiz Henrique Mandetta, bruscamente afastado do cargo por Jair Bolsonaro na semana passada. Considerado apagado e submisso ao presidente, Teich não convence a ninguém, nem mesmo ao governo. "Tudo está sob controle ... Mas de quem, nós não sabemos!" disse o vice-presidente Hamilton Mourão em público, pouco antes da posse do ministro.
Tragédia anunciada? Segundo as previsões do Imperial College de Londres, se não for controlada, a epidemia pode matar mais de 1 milhão de pessoas no Brasil.
Felizmente, desde meados de março, substituindo-se ao governo federal, a maioria dos estados, implementou políticas de confinamento mais ou menos rígidas. Mas qual sua eficiência? Apenas um em cada dois brasileiros estaria isolado em casa hoje. Nos bairros de baixa renda, o controle das autoridades é quase inexistente e as ruas estão somente um pouco menos cheias do que o normal.
Pior: à medida que a onda se aproxima, sob pressão combinada do Executivo e da comunidade empresarial, dez em cada vinte e sete Estados já adotaram medidas para flexibilizar, a curto ou médio prazo, o já frágil e parcial confinamento. Prevendo o pior, a cidade de São Paulo ordenou com urgência a escavação de 13.000 novas covas, a compra de 38.000 urnas funerárias adicionais e a construção de um novo cemitério. Para evitar engarrafamentos, os enterros serão realizados agora sem público e à noite, se necessário.
Fonte: Brasil 247

PSL vai pedir impeachment de Bolsonaro

Joice, sobre pronunciamento de Bolsonaro: 'irresponsável, inconsequente e insensível'
Joice, sobre pronunciamento de Bolsonaro: 'irresponsável, inconsequente e insensível' (Foto: Valter Campanato/Agencia Brasil)

A líder do PSL na Câmara dos Deputados, a deputada federal Joice Hasselman (PSL-SP), protocolou na noite desta sexta-feira (24) um pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro. O argumento do pedido é que houve falsidade ideológica na publicação do Diário Oficial, que informou a exoneração de Maurício Valeixo a pedido do próprio
247 - A deputada federal Joice Hasselman (PSL-SP), líder do partido na Câmara dos Deputados, apresentou um pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro. O partido vai argumentar que houve crime de falsidade ideológica na publicação do Diário Oficial da União acerca da exoneração de Maurício Valeixo "a pedido", ex-diretor-geral da Polícia Federal, a pedido dele próprio. 
A reportagem do portal Uol destaca que “o PSL também defenderá "notória tentativa de intervenção de Bolsonaro na Polícia Federal, valendo-se das prerrogativas de Chefe de Estado, com o fim de obter informações sensíveis e privilegiadas de uma instituição cuja independência deve ser pilar do Estado Democrático de Direito, havendo, inclusive, a tentativa de interferir em investigações correntes.”
Fonte:Brasil 247