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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

A cultura brasileira em detrimento


O movimento artístico e cultural romantista da primeira geração, tivera como ideal a construção da identidade brasileira por meio da valorização da natureza tropical, do índio, e da fusão de rasas no território nacional. Porém, atualmente observa-se um processo quase inverso, pois há uma valorização da cultura exterior em detrimento da cultura brasileira.

Nesse sentido, o processo de globalização age fundindo as culturas, como as músicas, as comidas, as roupas e o estilo de vida, de vários países e regiões do mundo, e os disseminam nas nações sujeitas a essa processo, bem como a Brasil. Há exemplo disso, temos o cinema; com filmes, quase que predominantemente, produzido nos EUA, e a popularização de musicas também norte-americana como o rap e o pop no Brasil.

Em consequência disso, acaba havendo um preconceito e desvalorização da cultura nacional, como sendo algo inferior e ultrapassado. Porém, isso já acontecia desde início do século XX, com a chegada das indústrias no território nacional e a modernização das grandes cidades, a burguesia repreendia as manifestações da cultura brasileira como os jogos de capoeira e as serestas, e exaltavam e copiavam a cultura europeia.

Logo, é necessário que haja uma valorização da cultura nacional. Esse pode ocorrer, através do conhecimento da historia e formação da cultura brasileira. É importante que nas escolas os alunos sejam motivados para isso, com amostra de filmes nacionais que revelem tanto a cultura atual do Brasil com a construção da mesma. É valido tambémque as prefeitura em conjunto com o estado, façam um plano de incentivo a leitura da literatura brasileira, incluindo esses livros no currículo escolar e disponibilizando essas obras em todas a bibliotecas das escolas e na internet. E também a participação de ONGs, que organizem projetos sociais incluindo a população carente na produção peças teatrais e amostras culturais, trazendo assim mais cultura para os cidadãos brasileiros.

Fonte: www.projetoredacao.com.br

CULTURA BRASILEIRA: DA DIVERSIDADE À DESIGUALDADE

O Brasil da diversidades é o mesmo tempo, o país da desigualdade
Mesmo admitindo a existência de diversos estudos e discussões antropológicas sobre o conceito de cultura, podemos considerá-la, grosso modo, da seguinte forma: a cultura diz respeito a um conjunto de hábitos, comportamentos, valores morais, crenças e símbolos, dentre outros aspectos mais gerais, como forma de organização social, política e econômica que caracterizam uma sociedade. Além disso, os processos históricos são em grande parte responsáveis pelas diferenças culturais, embora não sejam os únicos fatores a se considerar. Isso nos permite afirmar que não existem culturas superiores ou inferiores, mas sim diferentes, com processos históricos também diversos, os quais proporcionaram organizações sociais com determinadas peculiaridades. Dessa forma, podemos pensar na seguinte questão: o que caracteriza a cultura brasileira? Certamente, ela possui suas particularidades quando comparada ao restante do mundo, principalmente quando nos debruçamos sobre um passado marcado pela miscigenação racial entre índios, europeus e africanos.
A cultura brasileira em sua essência seria composta por uma diversidade cultural, fruto dessa aproximação que se desenvolveu desde os tempos de colonização, a qual, como sabemos, não foi, necessariamente, um processo amistoso entre colonizadores e colonizados, entre brancos e índios, entre brancos e negros. Se é verdade que portugueses, indígenas e africanos estiveram em permanente contato, também é fato que essa aproximação foi marcada pela exploração e pela violência impostas a índios e negros pelos europeus colonizadores, os quais a seu modo tentavam impor seus valores, sua religião e seus interesses. Porém, ao retomarmos a ideia de cultura, adotada no início do texto, podemos afirmar que, apesar desse contato hostil num primeiro momento entre as etnias, o processo de mestiçagem contribuiu para a diversidade da cultura brasileira no que diz respeito aos costumes, práticas, valores, entre outros aspectos que poderiam compor o que alguns autores chamam de caráter nacional.
A culinária africana misturou-se à indígena e à europeia; os valores do catolicismo europeu fundiram-se às religiões e aos símbolos africanos, configurando o chamado sincretismo religioso; as linguagens e vocabulários afros e indígenas somaram-se ao idioma oficial da coroa portuguesa, ampliando as formas possíveis para denominarmos as coisas do dia a dia; o gosto pela dança, assim como um forte erotismo e apelo sexual juntaram-se ao pudor de um conservadorismo europeu. Assim, do vatapá ao chimarrão, do frevo à moda de viola caipira, da forte religiosidade ao carnaval e ao samba, tudo isso, a seu modo, compõe aquilo que conhecemos como cultura brasileira. Ela seria resultado de um Brasil-cadinho (aqui se fazendo referência àquele recipiente, geralmente de porcelana, utilizado em laboratório para fundir substâncias) no qual as características das três “raças” teriam se fundido e criado algo novo: o brasileiro. Além disso, do ponto de vista moral e comportamental, acredita-se que o brasileiro consiga reunir, ao mesmo tempo, características contraditórias: se por um lado haveria um tipo de homem simples acostumado a lutar por sua sobrevivência contra as hostilidades da vida (como a pobreza), valorizando o mérito das conquistas pessoais pelo trabalho duro, por outro lado este mesmo homem seria conhecido pelo seu “jeitinho brasileiro”, o qual encurta distâncias, aproxima diferenças, reúne o público e o privado.
Ainda hoje há quem possa acreditar que nossa mistura étnica tenha promovido uma democracia racial ao longo dos séculos, com maior liberdade, respeito e harmonia entre as pessoas de origens, etnias e cores diferentes. Contudo, essa visão pode esconder algumas armadilhas. Nas ciências sociais brasileiras não são poucos os autores que já apontaram a questão da falsidade dessa democracia racial, apontando para a existência de um racismo velado, implícito, muitas vezes, nas relações sociais. Dessa forma, o discurso da diversidade (em todos os seus aspectos, como em relação à cultura), do convívio harmônico e da tolerância entre brancos e negros, pobres e ricos, acaba por encobrir ou sufocar a realidade da desigualdade, tanto do ponto de vista racial como de classe social. Ainda hoje, mesmo com leis claras contra atos racistas, é possível afirmarmos a existência do preconceito de raça na sociedade brasileira, no transporte coletivo, na escola, até no ambiente de trabalho. Isso não significa que vivamos numa sociedade racista e preconceituosa em sua essência, mas sim que esta carrega ainda muito de um juízo de valor dos tempos do Brasil colonial, de forte preconceito e discriminação. Além disso, se a diversidade cultural não apagou os preconceitos raciais, também não diminuiu outro ainda muito presente, dado pela situação econômica-social do indivíduo.
É preciso considerar que a escravidão trouxe consequências gravíssimas de ordem econômica para a formação da sociedade brasileira, uma vez que os negros (pobres e marginalizados em sua maioria) até hoje não possuem as mesmas oportunidades, criando-se uma enorme distância entre as estratificações sociais. Como sugere o antropólogo Darcy Ribeiro, mais do que preconceitos de raça ou de cor, têm os brasileiros um forte preconceito de classe social.
Dessa forma, o Brasil da diversidade é, ao mesmo tempo, o país da desigualdade. Por isso tudo é importante que, ao iniciarmos uma leitura sobre a cultura brasileira, possamos ter um senso crítico mais aguçado, tentando compreender o processo histórico da formação social do Brasil e seus desdobramentos no presente para além das versões oficiais da história.
Paulo Silvino Ribeiro
Colaborador Brasil Escola
Bacharel em Ciências Sociais pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas
Mestre em Sociologia pela UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
Doutorando em Sociologia pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas

 Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/

Capoeira de Angola

Área de Atuação: Capoeira
Representante: Jaime Balbino
Projeto
Capoeira é uma expressão da tradição afro-brasileira calcada em exercícios de convivência coletiva. Visa um processo de auto-conhecimento que não se limita à atividade físico-corporal e busca uma reestruturação do indivíduo.
Angola é o estilo mais próximo de como os negros escravos jogavam a Capoeira. Caracterizada por ser mais lenta, porém rápida, movimentos furtivos executados perto do solo, como em cima, ela enfatiza as tradições da Capoeira.
Mestre Jaime 34 anos de convivência com a Capoeira Angola, professor na Fundação Casa, Oficinas do Saber, CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), ASAC (Associação Sorocabana de Atividades para Deficientes Visuais) e outros projetos sociais. Foi Presidente da ASCA (Associação Sorocabana de Capoeira) e possui curso de “Formação de Educadores Comunitários”.
Fonte: comunidadedotambor.org.br