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domingo, 23 de fevereiro de 2020

Morre Tepori Kamaiurá, grande matriarca do Xingu

Acervo Projeto Xingu/EPM-UNIFESP – Tepori em 1966, por Roberto Baruzzi©
POR NINA KAHN
Uma triste notícia para os povos do Alto Xingu. Tepori foi uma importante mulher de seu tempo.
Faleceu Tepori Kamaiurá, uma grande mulher do Alto Xingu. Ela estava com 99 anos.
Tepori viveu para prover, educar, aninhar, preparar e conviver com importantes e inigualáveis lideranças do que veio a se constituir como Parque Indígena do Xingu (MT). Era irmã do cacique Takumã e do pajé Sapaim, foi esposa de Paru Yawalapiti e, entre seus muitos filhos, estão o cacique Aritana e o precocemente falecido Pirakumã, cuja foto contendo a agressiva presença da polícia na Esplanada dos Ministérios em Brasília durante a Mobilização Nacional Indígena em 2013, foi bastante divulgada.
Era adolescente quando os irmãos Villas-Boas se apresentaram na região que ainda não era Parque do Xingu, que foi criado em 1961. Dois personagens foram estratégicos para a integração geopolítica dessa Terra Indígena concebida pelos Villas-Boas. Ao norte, Raoni Metuktire e ao sul, Paru Yawalapiti, os engenhosos agentes da diplomacia que se impôs para que a integridade cultural dos povos que hoje se convenciona chamar de “xinguanos” permanecesse.
Tepori era sóbria e discreta. Falava baixo, nunca ficava parada e dava a impressão de não se importar com assuntos que não estivessem relacionados à casa, à alimentação, ao conforto dos muitos filhos e netos.(Certamente com os bisnetos e tataranetos!) Parecia indiferente à presença de pessoas em sua casa, principalmente os brancos. Sem alarde, enviava uma criança para entregar ao visitante um belo naco de beiju recém assado, ou uma generosa cuia de mingau do sumo cozido da mandioca que estava há horas fervendo no quintal. Dela não se percebia qualquer olhar esperando agradecimento, mas achava normal ganhar de presente, na hora adequada, tecidos e miçangas. Se gostasse, guardava tudo nos recônditos de sua casa; se não gostasse, deixava de lado, como que franqueando a posse para quem quisesse. Tepori não fazia média. Entendia português, mas não fazia questão de conversar com quem não falasse sua língua. Enérgica, quando desprevenida dirigíamos-lhe o olhar, era puro afeto.
Tepori durante exames em pesquisa ação do Projeto Xingu.
A dignidade, o orgulho e a generosidade de toda sua descendência são a marca da mulher Tepori. Os homens Paru, Sapaim, Takumã, Aritana, Pirakumã, Kotok, e tantos outros de sua família, refletem essa grande mulher que soube forjá-los conforme seu tempo e seu olhar.
imagens por Helio Carlos Mello© – acervo Projeto Xingu/EPM-UNIFESP
Fonte: Jornalistas Livres

Olinda comemora 19 anos da decisão política que garantiu seu carnaval popular

A decisão política da então prefeita Luciana Santos foi responsável por devolver o Carnaval de rua à cidade de Olinda.
Há 19 anos, uma decisão política da então prefeita Luciana Santos foi responsável por devolver o Carnaval de rua à cidade de Olinda, naquele momento tomado por polos privados e não oficias, que impediam o desfile das agremiações. A Lei do Carnaval veio para ficar. Garante que orquestras e batuques não sejam abafados por som mecânico e que haja espaço para beleza e tradição no sobe-e-desce das ladeiras. Hoje, novos desafios se impõem e é preciso estar sempre alerta, contra retrocessos na folia.
O verdadeiro Carnaval acontece é nas ruas. Em Olinda, não basta assistir à folia. É preciso participar. Gastar os paralelepípedos, ao som do frevo, do maracatu, do afoxé e de tantos outros ritmos que tomam a cidade nos dias de Momo. Nesta festa profana, o ir e vir de blocos é sagrado.
E foi justamente para garantir a preservação dessa tradição que foi criada a Lei do Carnaval. Implantada em 2001, na primeira gestão de Luciana Santos na Prefeitura de Olinda, a norma regulamenta, entre outros assuntos, a utilização de som mecânico no Sítio Histórico, durante o Carnaval.
Uma medida inovadora, cujo objetivo é monitorar a instalação de aparelhagens, impedindo que seu volume ultrapasse os 80 decibéis. Assim, é possível evitar a formação de focos não oficias, que impediam o desfile de orquestras, passistas, caboclos de lança, estandartes, bonecos gigantes e foliões.
A implantação da legislação causou uma revolução. Houve uma verdadeira “revitalização do Carnaval”, com o resgate de seu caráter democrático e popular, depois de um período em que a proliferação de sons tornava praticamente impossível ouvir o toque de um clarim.
Para alertar os moradores do Sítio Histórico sobre os limites para a colocação de equipamentos de som em suas casas, procuradores e funcionários da Secretaria de Assuntos Jurídicos começaram a bater de porta em porta para conversar e distribuir panfletos informativos.
Quem infringe a lei, recebe multa. No caso de reincidência, essa multa dobra, e também há a apreensão do aparelho de som. O primeiro ano da campanha foi o mais difícil. Houve o recolhimento de cerca de 30 equipamentos. Nos anos seguintes, a iniciativa contou com forte apoio e compreensão da população, que entende que cuidar da cultura de uma cidade Patrimônio da Humanidade é mais que preservar sua riqueza de pedra e cal, é sobretudo valorizar a tradição de suas manifestações populares.
Inserido na agenda dos megaeventos carnavalescos do país, a folia de Olinda resiste e não assimila a lógica do modelo de camarotes, cordas e abadás.
Autoproclama-se um Carnaval participativo, do povo e agregador. Nesses 19 anos, a Lei do Carnaval tem sido importante instrumento para manter viva essa essência.
Veja o vídeo gravado pela presidenta:


Fonte: Portal BRASIL CULTURA

Governo Bolsonaro sabota o cinema, diz o diretor de Bacurau

Para Kleber Mendonça Filho, “o cinema é desmantelado diariamente” no Brasil
Kleber Mendonça Filho (o 1º à dir.) integra o júri do Festival de Berlim
O cineasta Kleber Mendonça Filho, diretor do premiado filme Bacurau, disse que o cinema nacional é alvo de sabotagem do governo Jair Bolsonaro. A fala foi feita na manhã desta quinta-feira (20), em encontro do júri com a imprensa no Festival Internacional de Cinema de Berlim, a Berlinale.
Há 19 obras produzidas no País apenas nessa edição do festival. Mas segundo Kleber, apesar de o audiovisual brasileiro viver seu melhor momento, o período é muito difícil. “Este é o melhor momento do cinema brasileiro em sua história”, disse o ele, que é um dos membros do júri, presidido pelo ator britânico Jeremy Irons. “E é quando o cinema é desmantelado diariamente, quando passamos por momentos difíceis é que é o melhor momento para fazer filmes”, afirmou à imprensa internacional.
Kleber destacou a importância de novos diretores retratarem a realidade atual do país e o drama pelo qual passa a cultura. “Vou continuar a fazer filmes e a dizer o que eu penso”, afirmou. “Estou preocupado. Temos cerca de 600 projetos que atualmente estão congelados, por burocracia”, agregou o diretor, em comentário sobre recente declaração do diretor da Berlinale, Carlo Chatrian, de que tem inquietude em relação ao futuro do cinema brasileiro. “Preciso agradecer a Carlo, mas ele não é o único [a se preocupar].”
“O cinema brasileiro tem uma longa história. O que acontece agora [a boa fase] é resultado de vários anos de trabalho duro”, disse, referindo-se a políticas públicas, sobretudo após o governo Lula, que ajudaram a aumentar a diversidade do cinema nacional, anteriormente relegada aos estados do Sudeste. “É exatamente isso que está sendo sabotado agora. Sim, estou preocupado”, concluiu.
O diretor de Bacurau é um dos membros do júri da 70ª edição do evento, ao lado de nomes como a franco-argentina Bérenice Béjo, o ator italiano Luca Marinelli e o diretor americano Kenneth Lonergan.
Portal BRASIL CULTURA

Morre, aos 62 anos, a cantora Claudia Telles

Filha do compositor e violinista Candinho e de uma das precursoras da bossa nova, Sylvia Telles, a cantora Claudia Telles morreu nesta sexta-feira, aos 62 anos. Depois de sofrer uma parada cardíaca, ela foi acometida por falência múltipla de órgãos.
Claudia estava internada no Rio de Janeiro, no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla.
A artista começou a carreira ainda na adolescência fazendo coro em álbuns de cantores como Roberto Carlos, Gilberto Gil e José Augusto. Na década de 1970, foi celebrada pela interpretação de canções como Fim de Tarde e Preciso Te Esquecer.
A morte foi divulgada e confirmada por seu filho, Bruno Telles, que, em post em redes sociais, agradeceu a torcida e o carinho dos fãs.
“Gostaria de agradecer cada um de vocês que acompanhou, torceu, orou, rezou pela melhora dela. Cada um dos fãs que fizeram a carreira dela, a vida dela ser do jeito que foi. Ela tinha um carinho imenso por cada um de vocês. Com certeza foram vocês que fizeram a vida dela ser feliz do jeito que foi”, declarou.
Claudia gravou dez discos e seis compactos ao longo de sua trajetória musical.


Fonte: Portal BRASIL CULTURA

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Perfeito!!! Jamais vou entender este fenômeno chamado, Carnaval.- Por ARNALDO JABOR

Imagem do Google (Arnaldo Jabor)

Um povo sofrido, roubado, explorado, muitas vezes sem ter nem o que comer e sem perspectivas de vida. De uma hora pra outra, explode numa alegria sem motivo...sem limites, sem pudor.

Homens que até  sexta feira, trabalharam de terno e gravata, no sábado vão para as ruas, maquiados, vestidos de mulher, sutien por cima de peitos peludos, braços  e pernas cabeludas, numa imitação  grotesca e sem sentido do sexo feminino.
Mulheres que se matam em trabalhos, muitas vezes degradantes e mal remunerados...sofrem nas filas de hospitais e creches, aparecem na passarela, cobertas de brilho e rebolando, como se não  houvesse o amanhã.

Os canalhas no poder,  adoram esta orgia sem sentido, porque pelo menos por alguns  dias, o povo está  olhando pro outro lado, enquanto eles continuam sugando cada gota de sangue e cada centavo que puderem roubar.
As ruas estão  tomadas de foliões urrando de alegria...e eu me pergunto: VOCÊ  ESTÁ  ALEGRE PORQUÊ, ???

Sua vida melhorou de ontem pra hoje?
Seu salário  aumentou?
Seu filho entrou numa boa escola?
Se você  cair de um trio elétrico  quebrar a cabeça ou se acidentar, vão  te levar para um bom hospital?
Você terá  água em casa, pra tomar banho, quando voltar da gandaia? a sua familia se sente segura dentro casa ou nas ruas e avenidas???
Então  me explica, TÁ RINDO DE QUE??? Será que ñ é só o efeito de alguma coisa ingerida???
Você  irá pra rua com esta mesma vontade, pra protestar contra esta roubalheira absurda, que está  destruindo a vc e ao nosso país? Vc tem coragem postar essa indignação??? Vc tem consciencia politica para manifestar essa indignação nas URNAS???

Por estas e outras que os governantes adoram Carnaval e eu jamais vou entender porque nosso povo é  tão  alienado mental e de fácil  manipulação.

VIVA O BRASIL🇧🇷


Arnaldo Jabor.

"POR FAVOR "VIRALIZE-ME" NÃO QUERO ENTRAR EM EXTINÇÃO!





Defenda as ABELHAS!  Elas estão ameaçadas de EXTINÇÃO ! Visualize as imagens e entenda a importância que elas tem para o MUNDO! Façamos a nossa parte! Veja como ajudar visualizando a IMAGEM ABAIXO!

Uma campanha do Centro Potiguar de Cultura - CPC/RN, Casa de Cultura "Lauro Arruda Câmara - Nova Cruz/RN.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

O dia que mulheres trans sentiram o gosto da garantia da cidadania

Pamela Magalhaes, May Monteiro Fernandes, Vitória Almeida e Pamela Santos Montel. | Foto: José Carlos Almeida / Mídia NINJA
Por POR NINJA
Aconteceu na Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas de Goiânia, o 2º Mutirão de Retificação de registro de prenome e gênero das Pessoas Trans, oferecido por meio da superintendência LGBT com apoio da Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) e da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS).
O registro altera o primeiro nome de transexuais que quiserem fazer a mudança. Na primeira edição, em 2019, foram retificados 133 prenomes. Além da troca de nome e gênero, os interessados podem participar dos outros serviços oferecidos pelo mutirão, que são auxiliares, caso os interessados optarem por participar: Retificação do Prenome (População Trans), Orientação Jurídica, Confecção de Carteira de Identidade, Testagem rápida de HIV, Aferição de Pressão, IMC (Índice de massa corpórea), Tipagem Sanguínea, Orientação Odontológica (Higiene Bucal, Distribuição de Kits Bucal e marcação de consulta odontológica para população trans).
Acompanhamos Pamela Magalhaes, Pamela Santos Montel, May Monteiro Fernandes e Vitória Almeida nesse dia. Infelizmente, por causa da burocracia, apenas uma delas conseguiu sair com uma reposta positiva, as demais terão que retornar em outro momento.
Vitória Almeida, designer gráfico, saiu vitoriosa do mutirão.
Vitória Almeida, designer gráfica | Foto: José Carlos Almeida / Mídia NINJA
“É uma realização, mas é somente uma etapa que vai facilitar por exemplo para arrumar um emprego, para eu me colocar como mulher perante a sociedade.”
Entretanto, nem tudo é fácil para as pessoas trans, além de ter seu direito negado, precisa pagar quando recebe acesso a um direito básico. “A realidade das mulheres trans é muito difícil. Eu tenho uma profissão mas é só um privilégio meu de ter conquistado isso, muitas não tem condições e estão na prostituição. A maioria das trans que eu conheço não conseguem emprego. Algumas de nós não pode vir por questões financeiras, outras vieram de carona que conseguiram na beira da estrada”, completou Vitória.
“Sem meu nome eu não terei acesso a diversos direitos que a sociedade me nega. Inclusive ter igualdade de tratamento numa chamada de sala de aula por exemplo. Tenho vários professores que se negam a me chamar pelo nome que quero”, disse Pamela Santos Montel, que saiu de Catalão para tentar ter seu direito garantido no mutirão.
Pamela Santos Montel, que saiu de Catalão para tentar ter seu direito garantido no mutirão. | Foto: José Carlos Almeida / Mídia NINJA
Ela é estudante de Geografia na UFG e diz que não se vê graduando ou concluindo o curso porque se sente expurgada todos os dias.
“Vejo que meu futuro não vai ser formando na universidade e tendo acesso ao mercado de trabalho. Uma coisa é você estar fora e almejar entrar, outra coisa é estar dentro e tentar sair de lá e não consegue sair. O sistema lá não vai te abraçar, não vai te considerar como ser humano”, concluiu Pamela.
Pamela é trabalhadora sexual e chegou até Goiânia de carona com outras mulheres para o mutirão. Ela saiu do ponto onde trabalha às duas da manhã. Infelizmente, por ser de outro estado, ela tem que aguardar a defensoria entrar em contato com o cartório de sua antiga cidade para depois retornar à defensoria.
Philipe Arabian, que é o defensor público de Goiás responsável pela ação, contou que “o projeto é fundamental para fornecer o mínimo de dignidade para essa população tão vulnerabilizada por nós sociedade. O mutirão é muito importante para dar visibilidade ao tema e educar sobre os direitos da população”. Arabian também conta que todos os estado contam com defensoria pública mas nem todas as cidades contam. As pessoas que moram em cidades que não há defensoria, a gratuidade é mais difícil de se conquistada, pois não há um pega que referenda esse aval para que se consiga a gratuidade.”
Para Pâmela Magalhães, ter um nome social é fundamental pela igualdade, “para a gente chegar num local e as pessoas não nos olharem com cara feia.”
“É nosso direito também, para podermos ser tratadas como devemos. As pessoas mudam muito o comportamento quando pegam nosso documento e a imagem estampada nele não bate com a nossa aparência. Queremos ser tratadas como desejamos ser”.
Pâmela Magalhães | Foto: José Carlos Almeida / Mídia NINJA
Ela foi uma das mulheres trans que, por conta das burocracias, não conseguiu de primeira tirar sua documentação. Mas Pamela disse que não vai desistir. Depois que a defensoria entrar em contato com o cartório da cidade natal da jovem para solicitar a certidão nova, ela poderá fazer a retificação, mas segundo os agentes do mutirão, isso só será possível depois do carnaval.
A jovem de 22 anos, May Monteiro Fernandes, natural de Itatiba, no Pará, ficou sabendo do mutirão através de uma amiga de Catalão. Por não ser de Goiânia, ela está entre as que não conseguiram a retificação.
Para a Mídia NINJA, ela contou que, com o registro do nome social, “vai ter uma diferença muito grande na vida, principalmente nas questões de segurança. As vezes a gente vai em algum lugar e precisa mostrar o documento, isso gera um constrangimento porque em determinados momentos, as pessoas fazem questão de falar nosso nome de registro em voz alta, para tentar desvalidar a gente. Além disso, a busca de emprego também fica complicada.”
May Monteiro Fernandes | Foto: José Carlos Almeida / Mídia NINJA
A estudante de biologia da Universidade de Goiânia, ressalta que é muito importante a busca pela retificação do prenome porque com esse direito se consegue ter garantia em diversas situações. “Por exemplo, caso você queria alugar uma moradia, se for com um contrato formal, é complicado, o dono da casa quer alugar o local, você mostra seu documento, mas ele percebe que o nome que consta não é o mesmo no qual você se apresentou. A partir disso, ele descobre que você é trans e talvez pode não querer mais alugar.”
May disse que a ação deveria ter mais divulgação e que o anunciou foi feito em cima da hora. A jovem tentou entrar em contato com o DCE da UFG para solicitar divulgação, mas nao viu procedência.
A retificação de prenome e gênero é sobre dignidade, sobre respeito. É sobre o direito das pessoas trans fazerem suas escolhas se tornarem realidade sobre quem são.

Fonte: JORNALISTAS LIVRES

Governo autoriza concessão de florestas da região amazônica à iniciativa privada

Foto: Diego Bresani

Por MÍDIA NINJA
Depois de desproteger a floresta, atacar os povos indígenas, anistiar o desmatamento e apoiar a grilagem, o governo federal decidiu avançar nas concessões na área ambiental e incluiu no Programa de Parcerias de Investimentos três florestas nacionais da Região Amazônica, que deverão ser concedidas para exploração de madeira: Humaitá, Iquiri e Castanho (AM).
Além das florestas, a reunião do Conselho do PPI, nesta quarta-feira, incluiu na carteira de concessões os parques nacionais de Aparados da Serra/Serra Geral, Canela e São Francisco de Paula, no Rio Grande do Sul.
Em setembro, o governo já havia colocado em estudos a concessão dos Lençóis Maranhenses (MA) e Jericoacoara (CE), além do Parque Nacional de Foz do Iguaçu, cuja concessão, feita na década de 1990, vence este ano.
Nas florestas, o foco é o manejo florestal na exploração de madeira. Os concessionários poderão também apresentar planos para exploração de outros recursos, mas o plano de concessão inicial é na retirada de madeira.
Então quer dizer que, os povos indígenas não podem ter suas terras demarcadas, mas a iniciativa privada pode?

Fonte: JORNALISTAS LIVRES

AGENTES DE CULTURA EDUARDO VASCONCELOS E TEOBANIO REUNIRAM-SE COM PROF. CÍCERO E EQUIPE - ASSUNTO: PARCERIAS!!!

Foto: Isis - Da esquerda para direita: Isis, prof. Cícero, Daiane, Tebanio e Eduardo Vasconcelos

Ontem á noite (19) os Agentes de Cultura, Eduardo Vasconcelos e Teobanio Tavares reuniram-se com o professor, Cícero e equipe (Isis e Daiane) no Bar da Estação (Casa de Cultura), cuja pauta foi futuros projetos e a dinâmica nas futuras ações da Casa de Cultura "Lauro Arruda Câmara" - Nova Cruz, Rio Grande do Norte.

Após duas horas de trocas de idéias o grupo aprovaram uma agenda de iniciativas de ações, entre essas ações destacamos os Cursos de Teatro, Dança e Arte, que será iniciado em março, mas antes haverá prazo para inscrições. No período das inscrições(inicio das aulas) professor Cícero e sua equipe irá GRAFITAR a Casa com imagens que retratará a história de NOVA CRUZ, com a "Maria Fumaça - trem, Prédio da Prefeitura, Igreja Matriz, entre outros. Com certeza ficará super linda!

Sim! A casa brevemente irá executar o projeto CINEMA NA CASA! Aguardem!

Além disso os agentes irão buscar parcerias com órgãos públicos e privados para concretizar mais projetos.

Vamos aguardar! Após o carnaval teremos mais novidades. Inicio das aulas divulgaremos os eventos de março e abril!

Eduardo e Teobanio agradeceu a força do professor, CÍCERO e de toda a sua equipe de alunos e coordenadores.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO RN VIRÁ A NOVA CRUZ/RN MAIS UMA VEZ COM O PROJETO "ASSEMBLEIA LEGISLATIVA E VOCÊ! CONFIRA MATÉRIA!

Eduardo Vasconcelos entre a Comitiva da Assembleia Legislativa do RN

Imagem da Assembleia Legislativa do RN - Google
Ontem (13) uma Comitiva da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte esteve visitando a Casa de Cultura "Lauro Arruda Câmara" - Nova Cruz/RN (a 1ª do Estado), cujo objetivo a vinda mais uma vez do Programa/projeto: "ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA E VOCÊ".


"O objetivo do Projeto é de proporcionar serviços diferenciados, a coordenação do evento procurou as secretarias de Saúde e Educação da cidade para fazer um levantamento do que era mais necessário e procurado pela população da área urbana e rural."

A vinda da comitiva se deu devido a estudar e planejar o melhor local para mais uma vez a Assembleia Legislativa "ancorá" em Nova Cruz e oferecer serviços essenciais a população carente e de modo em geral.  A Assembleia Legislativa disponibilizará atendimentos especializados conforme a carência de cada município. Levando assim ações nas áreas de saúde, assistência social, PROCON, ." (emissões de identidades, CPF, entre outros documentos serão feitos no evento.

O evento acontecerá em meados de março. Sua vinda ontem (13) se deu pelo motivo de olhar, planejar e escolher o principal local, que nos parece que vai acontecer de fronte a nossa querida Casa de Cultura.  Além de saúde e educação, será exposto o "Memorial Escolar da Assembléia Legislativa", além de outras ações, como apresentações culturais.

O senhor, Alcino Lisboa, juntamente com os demais membros da comitiva, como Ricardo Fonseca, diretor de políticas complementares, ambos falaram da importância do projeto e os benefícios que o mesmo trará mais uma vez para Nova Cruz.

A data ainda vai ser confirmada, mas o mês será entre março e abril deste ano.

Membros da comunicação, relações públicas, entre outros setores também estavam presentes e foram unanimes em afirmar que o local de fronte a Casa de Cultura comportará o projeto.

Estavam presentes na recepção da Comitiva o Secretário Municipal da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer, RONALDO GLAYDSON e o Coordenador, DANIEL FONSECA, ambos representando o prefeito, Flávio César Nogueira.

Resta-nos agora aguardar este grande projeto.

Brevemente daremos mais informações.

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Vista para o MAR! Pousada ECOBAIA - BAÍA FORMOSA/RN
 CHALÉ MAR - de FRONTE PARA O MAR (Paraíso)


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Até quando o voto será um ato de vingança?

Infelizmente, nada indica que o clima de ódio tenha arrefecido. Parte considerável da população enxerga em Bolsonaro a figura do anjo vingador.

ARTIGO
RODRIGO PEREZ OLIVEIRA, professor de Teoria da História na Universidade Federal da Bahia
Hoje, quando ouvimos falar em “democracia”, naturalmente pensamos em eleitores indo periodicamente às urnas para escolher seus representantes. Nem sempre foi assim, pois ao longo da história da humanidade, a palavra “democracia” já foi utilizada para definir as mais diversas experiências políticas.
A democracia direta ateniense, onde os cidadãos (homens, maiores de idade e não estrangeiros), iam à praça pública participar diretamente do governo da cidade. As repúblicas socialistas que no século XX prometeram realizar a utopia na terra. As organizações políticas dos povos originários que, segundo os pesquisadores de coloniais e pós-coloniais, também podem ser consideradas exemplos de “democracia”.
A nossa experiência democrática moderna nasceu no século XVIII, nos EUA e na Europa, tendo se tornado hegemônica apenas no final do século XX, com o fim da Guerra Fria. A partir de então, uma questão fundamental se coloca para todos aqueles que se dedicam a discutir política na lógica das democracias liberais burguesas:
O que faz com que as pessoas saiam de suas casas, se coloquem diante de uma urna e votem nesse candidato e não naquele?
É claro que não há uma resposta única. Depende do lugar, das circunstâncias. Tomando apenas o histórico das eleições presidenciais brasileiras desde a década de 1990, podemos dizer que, entre nós, o eleitor médio quase sempre votou em quem entendia ser mais capaz de atender às suas necessidades materiais mais imediatas. Quase sempre. Em 2018, algo mudou, o que diz muito sobre a gravidade do colapso que hoje desestabiliza a democracia brasileira.
Peço licença ao leitor e à leitora para uma breve digressão na forma de memória pessoal.
Minha primeira memória política data de algum momento de 1994. Eu contava oito anos e pela primeira vez ouvia falar em “eleição”. Lembro como se fosse hoje meu avô, homem simples, trabalhador manual, dizendo que ia votar no Fernando Henrique porque “agora dá pra encher o carrinho no supermercado”.
Menino curioso que era, fui ver quem era o tal Fernando Henrique e achei que o cabra tinha mesmo cara de presidente. Eu também queria votar no Fernando Henrique.
A escolha eleitoral do meu avô fazia todo sentido.
Fernando Henrique Cardoso era diretamente vinculado ao plano real, que para o povão significava o controle da inflação. Poucas coisas são mais cruéis com as famílias pobres do que a inflação. A classe média consegue se virar, cancela a pizza no shopping no final de semana, muda a marca do sabão em pó. Num cenário de hiperinflação, os pobres assalariados passam fome em algum momento do mês.
Era óbvio que meu avô ia votar no Fernando Henrique, até porque o outro cara era um barbudão meio maltrapilho, grevista. Pobre não gosta de político maltrapilho, não gosta de greve. Quem gosta é intelectual de classe média.
Acabou que Fernando Henrique venceu de lavada, no primeiro turno. Em 1998 foi a mesma coisa, a mesma racionalidade. Aqui, lembro melhor. Lá em casa, todo mundo votou no príncipe uspiano. O carrinho do supermercado ainda estava cheio.
Em 2002, a coisa mudou, em todos os sentidos.
O outro cara já não era maltrapilho, a barba estava aparadinha. Escreveu uma carta prometendo honrar os compromissos e não fazer loucuras. O povão gostou. Tolo é quem acha que apenas o mercado gosta de estabilidade. Além disso, o carrinho do supermercado já não estava mais cheio.
Lá em casa, todo mundo foi de Lula. Lembro da minha gente assistindo o último debate com o Serra, na Globo. O dois numa arena tipo anfiteatro, superprodução. Não lembro se foi minha mãe, minha vó, ou uma tia qualquer que disse “Vocês viram como Lula tá bonito?”.
Finalmente, Lula estava pronto. E cá entre nós, mais bonito também. Ô homem alinhado pra vestir um terno com elegância.
2006, 2010. O povão estava feliz. Todo mundo com televisão nova pra assistir a novela e o futebol. Geladeira pra beber água gelada. Construindo uns puxadinhos nas casas pra dar quarto pra filha caçula, que já tava virando mocinha e precisava de privacidade. Penteadeira rosa pra enfeitar. Só acha que consumo é algo de menor importância quem pôde consumir desde o berço. Não existe cidadania sem ampliação do consumo.
Até aqui a materialidade era o fundamento da racionalidade eleitoral. O povão escolhia aquele que fosse capaz de fazer a vida ser um tantinho menos sofrida.
Tudo mudou em 2018, ainda que os sinais já se fizessem sentir desde 2014, passando pelas eleições municipais de 2016. Em 2014, Marina Silva, sem tempo de TV e sem estrutura partidária, teve mais de 20 milhões votos, antecipando de alguma maneira aquilo que aconteceria, em maior grau, com Bolsonaro quatro anos mais tarde. Em 2016, o PT amargou grandes derrotas, perdendo 60% das prefeituras que governava até então.
Outra energia política circulava pela sociedade brasileira.
Desde 2013 que ia se acumulando uma potência de ódio contra todo o sistema político. Soma-se o fato de que o carrinho do supermercado não estava cheio, de que aqueles que sentiram o gostinho do consumo não estavam mais consumindo. Pior do que não consumir é parar de consumir.
O povão, especialmente a baixa classe média do sul/sudeste, que pelo tamanho é decisiva em qualquer eleição presidencial, foi às urnas em 2018 babando de ódio, querendo vingança.
Por isso, votaram em um candidato relativamente desconhecido e que já prometia um chicago boy como o comandante da economia. Por isso, o eleitor médio ignorou Paulo Guedes e votou contra seus próprios interesses materiais.
Guedes representa o que há de pior no capitalismo. É o capitalismo parasitário, que não produz, que não gera emprego, que não administra birosca de esquina.
Infelizmente, nada indica que esse clima de ódio tenha arrefecido. Parte considerável da população continua querendo vingança e enxerga em Bolsonaro a figura do anjo vingador.
Sozinho com a urna, quando ninguém está vendo, o eleitor médio se vinga daqueles que acredita serem os culpados pela corrupção generalizada, pela agressão aos valores que considera serem sagrados, pela frustração de seus desejos.
Basta saber até quando as pessoas estarão dispostas a sacrificar seus interesses materiais em nome de um desejo de vingança..
Fonte: Jornalistas Livres