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sexta-feira, 1 de junho de 2018

Hotel Central visto de dentro – e o Recife visto de cima do Hotel Central

Fotos: Josué Nogueira/Antes que Suma
O Hotel Central, o lindo prédio que um dia foi símbolo de glamour da “sociedade recifense” e que em 2017 passou por restauração, caminha para os 90 anos de fôlego renovado.
Esteve com lotação esgotada no Carnaval e agora tem restaurante modesto, mas honesto, no térreo (com direito a cadeiras no terraço).
E a expectativa de Dona Rosa Nascimento, que toca as panelas de onde saem arrumadinho, peixe ao coco e feijão caseiro, é ocupar os terraços do térreo com programação cultural.
Mas o Hotel Central, localizado na Avenida Manoel Borba, Boa Vista, reaparece no Antes que Suma porque desta vez conseguimos entrar no prédio de oito pisos, sessenta quartos e mais de 1.900 m de área construída.

Vista do Recife

Fomos à cobertura, onde quem ocupa a suíte principal tem acesso aos terraços que permitem uma das vistas mais incríveis do Recife.
Dali pode-se observar trechos da área central do Recife e avistar bairros mais afastados. Na Boa Vista, destacam-se os tetos dos casarões e sobrados – grande parte decadente – e igrejas.
De Santo Antônio, mais ao longe, rumo ao mar, é possível avistar edifícios antigos e “nesgas” do Atlântico. Mais à direita, observa-se Brasília Teimosa e o Pina com seus arranha-céus.
O terraço e seu piso xadrez, em vermelho e xadrez, é uma atração em si. O espaço é perfeito para “compor” fotos com o Recife ao fundo.
De dentro da suíte, pode-se conseguir efeito de “moldura” fotografando através das janelas que dão para o referido terraço.
Percorremos quartos, banheiros e seus azulejos de desenhos delicados, espaços de circulação, elevador, recepção, sala de estar.
Nesta, destacam-se portais e seus vitrais avermelhados, móveis de madeira nobre e enormes telas entalhadas. Tudo nos remete ao século XX, mais precisamente às décadas de 1960 e 1970.
Na recepção, um balcão de madeira e detalhes alcochoados/almofadados é registro do tempo da inauguração, em 1931.
Numa das salas da administração estão relíquias – eletrodomésticos, móveis, aparelhos telefônicos e até fantasias carnavalescas antigas – que serão agrupadas e catalogadas num espaço que funcionará como um memorial do hotel.
Ainda que não esteja preservado exatamente como foi construído – há alterações em revestimentos, pisos e banheiros – o Hotel Central que, externamente é uma “testemunha” da memória do Recife, reúne, no seu interior, elementos preciosos para a sua própria trajetória e para a documentação do modo de vida da cidade ao longo do século passado.
A solicitação de tombamento do prédio, aprovada por unanimidade pelo Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC) em novembro de 2017, é muito bem-vinda.
De suas andanças pelas ruas do Recife, o jornalista Josué Nogueira criou o site Antes que Suma: uma forma de documentar o patrimônio arquitetônico e afetivo da cidade. Parte do conteúdo do site também é disponibilizado PorAqui.
Os conteúdos publicados no PorAqui são de autoria de colaboradores eventuais e fixos e não refletem as ideias ou opiniões do PorAqui. Somos uma rede que visa mostrar a pluralidade de bairros, histórias e pessoas.
 em Recife Antigo | Centro | Publicada em  5 de Março de 2018

RETROSPECTIVA: Bairro Recife Antigo guarda memórias preciosas em prédios e casas


O Marco Zero do Recife: a cidade começou no bairro Recife Antigo(foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press)

Projeto de renovação vai fechar o local todos os domingos para que turistas e moradores aproveitem o melhor da região
Nem todo mundo que transita pelo Recife Antigo consegue imaginar que, há cinco séculos, o bairro já dava os primeiros passos. Foi por ali, numa faixa de terra que viria se tornar a Ilha do Recife, em frente à movimentação portuária de navios e marinheiros, que a futura capital surgiu. “O Recife nasceu ali”, afirma Marcus Carvalho, pós-doutor pela École de Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris, e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).


O nascimento do bairro (e da cidade, consequentemente) está associado ao funcionamento do Porto do Recife. Entre 1542 e 1831, o tráfico de escravos vindos da África foi o motor da economia açucareira. Enquanto isso, a Rua da Senzala Velha, atual Rua da Guia, e a Rua da Senzala Nova, atual Avenida Marquês de Olinda, foram sendo ocupadas por estrangeiros, prostitutas e comerciantes. “A vocação do lugar sempre foi comercial, nunca residencial. As famílias ricas preferiam morar nas mansões da Ilha de Santo Antônio”, explica Carvalho.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.

Fonte: correiobraziliense.com.br - postado em 21/08/2013

No Recife, casarões e prédios abandonados correm risco de desabar

AS PRIMEIRAS BANDAS DE ROCK QUE SURGIRAM EM NATAL

Eu já tinha falado aqui desse vídeo nos 6 vídeos antigos de Natal-RN que você precisa assistir mas esse registro histórico é muito épico e incrível, então tá aqui pra você que ainda não viu um post exclusivo com ele
Fonte: https://curiozzzo.com

ESTE VÍDEO COM FOTOS ANTIGAS DE NATAL VAI RELAXAR VOCÊ HOJE

Trouxemos aqui um compilado de fotos de Natal antigamente que vai deixar você mais leve hoje. Boa viagem!
Se gostou, minha sincera sugestão é que você veja este vídeo inédito da cidade de Natal em 1951
Fontecuriozzzo.com

Quadrilhas juninas lutam pela sobrevivência


Tradição cultural secular trazida diretamente de Lisboa por Dom João VI, as quadrilhas juninas chegaram ao Brasil como uma dança de salão executada apenas pela corte e elite europeia. Uma vez em terras tupiniquins, a “quadrille”, como era conhecida em francês, sofreu grandes transformações e acabou ganhando o nome de quadrilha, numa tentativa dos serviçais de imitar as danças que viam nos bailes promovidos nos casarões da elite. Da corte, a dança se espalhou pelo país e acabou ganhando o povo brasileiro, sendo ainda mais tradicional no nordeste. As quadrilhas então se tornaram uma marca do período junino. O que antes era uma festa popular que não envolvia ensaios orquestrados, figurinos elaborados e competições, virou uma manifestação cultural carregada de profissionalismo.
Os grupos de quadrilhas juninas categorizados como profissionais são formados por diretorias e possuem uma organização administrativa. As pessoas que assumem esses cargos ficam responsáveis por diversos aspectos da produção e da apresentação, como cronogramas de ensaios, escolha de tema, acompanhamento dos custos, entre outras funções. Augusto Reis, um dos diretores da quadrilha Capelinha do Forró, de Salvador, contou ao Bahia Notícias como funciona a organização deles: “Somos oito membros na diretoria, apesar de ter toda a formação jurídica, nós funcionamos realmente como diretório e tudo é decidido através de voto, é uma coisa bem democrática”.
Além dos membros do diretório, outros integrantes da quadrilha também fazem parte do grupo de forma voluntária. A cada um deles, é requisitada uma quantia média de R$ 1 mil para arcar com os custos do figurino e adereços que serão utilizados durante a apresentação. “Claro que essa quantia é dividida em várias parcelas dentro dos muitos meses que a gente já vem fazendo o trabalho”, explica Augusto. Como nem todo mundo que participa tem condições de pagar, o grupo elabora artifícios como bingos, festas e rifas para arrecadar dinheiro e ajudar a custear a quadrilha. “Temos gastos com os figurinos, cenários, equipes de profissionais que são contratados, a banda, custo com o marcador, que é o responsável por animar e puxar a quadrilha, com as pessoas que fazem os adereços e também temos os gastos com os coreógrafos”, pontua Mariete Lima, presidente da quadrilha Forró do ABC, também de Salvador.
A organização das quadrilhas para o São João se iniciam em julho, assim que as apresentações daquele ano são finalizadas. De acordo com o Presidente da Federação Baiana de Quadrilhas Juninas (Febaq), os grupos levam praticamente um ano inteiro “desenvolvendo, criando e projetando” os trabalhos para que possam ser apresentados durante o próximo período junino. Tanto Mariete quanto Augusto se reúnem com suas equipes assim que o mês de junho se encerra. “Por essa questão da temática, elaboração de figurino, questões e elementos coreográficos, a gente já começa a trabalhar logo após o término do ciclo junino do ano anterior, uma média de 11 meses de antecedência mais ou menos é o nosso processo”, conta o diretor. “A gente não para, os outros setores da quadrilha ficam de ‘férias’ e são convocados de acordo com as demandas”, afirma a presidente.

As apresentações realizadas pelas quadrilhas juninas, em um concurso que segue as regras da Febaq, duram 25 minutos. Os participantes têm 15 minutos para arrumar o cenário na quadra e organizar sua banda no palco. Segundo o presidente da federação, alguns grupos, principalmente aqueles do interior, utilizam cds ou pen drives no lugar de uma banda. Após a apresentação, as quadrilhas dispõem de 5 minutos para deixar a quadra e retirar todo o seu material, incluindo os equipamentos de som. Ao todo, os processos de apresentação dos grupos juninos duram 45 minutos. A presidente do Forró do ABC contou ao BN que quando eles realizam alguma apresentação particular, a performance pode chegar a 30 minutos: “Quando terminamos a dança, ainda fazemos brincadeiras com os convidados que estão no evento”.

No que se refere ao investimento necessário para uma apresentação, Mariete relaciona o custo das quadrilhas ao das escolas de samba. “Hoje para você fazer um grande trabalho você não gasta menos de R$ 150 mil porque existe todo uma equipe de contratados que são estritamente profissionais, então você tem gastos em todos os processos, sendo necessário um apoio”, pontua. É justamente no quesito financeiro que reside o maior problema enfrentado pelas quadrilhas atualmente. “Aqui na nossa cidade, nós não temos nenhum recurso e nenhum edital vindo da prefeitura ou do governo que beneficia as quadrilhas juninas, também não temos apoio de nenhum grupo privado”, lamenta a representante do Forró do ABC.
Apesar de ser uma manifestação cultural típica do nordeste, inclusive da Bahia, as quadrilhas juninas vem enfrentando dificuldades no que diz respeito ao apoio dos órgãos públicos. Para ter uma ideia da crise pela qual os grupos estão passando, estima-se que há alguns anos atrás haviam mais de 100 quadrilhas, somente em Salvador, enquanto hoje, apenas quatro delas sobrevivem, por enquanto. “Infelizmente a capelinha está no seu último ano”, revela Augusto. “São 20 anos de luta, tentando batalhar pra colocar esse grupo na rua, mas em 2019 a gente já não vai mais estar fazendo parte desses grupos, por causa de todas essas dificuldades financeiras”, contou. Com o fim da Capelinha, serão apenas três grupos na capital baiana. No entanto, segundo Augusto, pode ser que eles também não resistam, já que enfrentam os mesmos problemas.

Os dois representantes das quadrilhas concordam que falta apoio estatal para que os grupos continuem seus trabalhos. “Para os nossos governantes o Carnaval dura 12 meses do ano, e eles não respeitam a nossa cultura de um modo geral, eu falo principalmente pela cultura junina que é tão rica”, aponta Mariete. Durante a conversa com o BN, a presidente citou iniciativas realizadas por outros estados para incentivar a cultura dos grupos juninos. Em cidades como Fortaleza, Recife e Aracaju, o São João dura 30 dias e as quadrilhas dançam nos aeroportos, ficam nas rodoviárias, nos shoppings, nas ruas. “Existe todo um abraço pelas quadrilhas juninas”, opina Mariete. “O que falta é investimento nessa cultura. Infelizmente as quadrilhas vem ficando pra trás e esse movimento vem morrendo a cada ano que passa”, finaliza Augusto.

Fonte: BRASIL CULTURA

Ex-catadora de papel mantém biblioteca com 22 mil livros em Belo Horizonte


Em 1998, a mineira Vanilda de Jesus Pereira sofreu um derrame cerebral. Impossibilitada de retomar o trabalho de babá, passou a recolher papéis nas ruas. Havia um tipo, porém, que não servia à reciclagem: os livros. Hoje seu acervo reúne cerca de 22 mil títulos, disponíveis na Biblioteca Comunitária Graça Rios, que fundou na Vila Paquetá, em Belo Horizonte.
Desde muito cedo Vanilda manifestava interesse pela literatura, apesar de ter estudado apenas até a sexta série. O pai, analfabeto, achava leitura coisa à toa. Mulher tinha que aprender a cozinhar e a ser boa esposa.
Em 1977, aos 14 anos, a menina foi trabalhar como babá. Certo dia, esqueceu de fazer uma tarefa. A patroa encontrou-a com um livro aberto: “Onde você quer chegar lendo?”, esbravejou. Foi demitida. Com o dinheiro que dispunha, tratou de comprar o livro da discórdia – Escrava Isaura. “Queria terminar de ler a história, uai…”. Quinze dias depois, a prima da ex-patroa a contratou. Além do novo emprego, ganhou passe livre para a biblioteca da casa. “Aqui você pode ler tudo.”
A cada salário, mais livros. Guardava-os embaixo da cama. Com o tempo, o espaço ficou pequeno. Em vez de livrar-se dos títulos, alugou um barraco para abrigá-los. Em 2002 um jornalista descobriu o espaço. Só então Vanilda deu-se conta de que possuía uma biblioteca. Aprendeu a catalogar os livros com a escritora Graça Rios (“Coloquei seu nome na biblioteca para homenageá-la em vida”), e passou a receber doações de outras entidades.
vanilda
Vanilda de Jesus, ao centro, no lançamento do livro sobre sua trajetória (foto: divulgação)
O seu trabalho rodou o Brasil por meio de reportagens de televisão. Em 2015, com a ajuda de doações, foi construída a Casa do Grande Coração, um espaço de convivência com aulas de dança de salão, pilates, ioga, violão, artes marciais, atendimento fonoaudiólogo e psicológico, entre outras atividades gratuitas. Também ajudou a criar 12 bibliotecas comunitárias em outros bairros da capital. “Nada foi planejado. Fui fazendo o que era possível”, reforça a ex-catadora de papel, ex-empregada doméstica e ex-babá.
Em 2017, as admiradoras Luana Ferraz e Marcela Gonzaga resolveram escrever um livro sobre a trajetória da mineira. O título vem de uma frase muito falada pela mulher para explicar sua dedicação nas últimas décadas: Ninguém É Feliz Sozinho – Histórias de Vanilda de Jesus. Ela diz se inspirar também em uma sentença de Madre Teresa de Calcutá: “Não tem pobre que não tem o que dar e nem rico que não precise receber”
BRASIL CULTURA