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terça-feira, 3 de agosto de 2021

Livro infantojuvenil traz 25 poemas escritos do autor para a filha recém-nascida

 

Contemplado pela Lei Aldir Blanc, no edital da Fundação José Augusto, o livro de literatura infantojuvenil “Deu zebra no zoo e outros bichos” composto de 25 poemas escritos em setembro de 2001, por ocasião do nascimento de Nadiajda, primeira filha do poeta e escritor Marcos Cavalcanti. Passadas quase duas décadas desde a sua concepção, finalmente Marcos fará o lançamento virtual do livro, nesta 5ª feira-feira, dia 05 de agosto, às 19h30, com transmissão ao vivo pelo facebook.com/gccarsantos.

Com mais de 30 anos dedicados à literatura e ao ativismo cultural no estado do Rio Grande do Norte, Marcos, que também é fotógrafo, lançou em junho passado, e noticiado aqui, o seu 5º livro, intitulado As travessuras de um desmemoriado, também aprovado na Lei Aldir Blanc de Cultura e que tem tido uma boa repercussão junto ao público leitor.

O poeta mostra-se bastante entusiasmado com esta nova produção literária, a primeira dedicada ao público infantojuvenil. E uma das razões para todo esse entusiasmo é a parceria com a sua filha mais nova, Marília Rodrigues, de 14 anos, que assina as ilustrações internas e a capa do livro. Quem já teve a oportunidade de folhear as suas 59 páginas, tem elogiado o nível estético alcançado pela jovem e promissora artista, ao retratar com seu desenho, o mundo animal do imaginário poético de seu pai.

A live de lançamento contará ainda com a participação especial da escritora Salizete Freire, que fez a apresentação da obra, e será mediada pelo poeta Gilberto Cardoso, membro da Academia Norteriograndense do Cordel.

Dos seus seis livros publicados, Deu zebra no zoo e outros bichos é talvez o que mais lhe toque sentimentalmente, por tudo que envolveu a sua produção e objetivos. Em primeiro lugar por ser fruto do alumbramento de um pai extasiado com um acontecimento tão especial que foi o nascimento de sua primogênita, fonte de sua inspiração e transpiração, mas também pelas circunstâncias históricas em que tudo isso se deu, ou seja, foi escrito em meio às inquietações provocadas pelo atentado das torres gêmeas do 11 de setembro. E ainda, diz o poeta, pelo caráter lúdico-pedagógico do livro, que sendo quadrilíngue, está voltado para o incentivo ao letramento e consolidação da capacidade de leitura dos pequenos leitores. Marcos destaca também  o esforço intelectual coletivo e a sensibilidade dos seus amigos tradutores: Adriano de Lima Nóbrega – inglês, Oscar Maurício Gómez Goméz – espanhol e Joelle Legrand – francês.

A professora e escritora Salizete Freire, em sua apresentação, destaca: “Profundamente sensível ao valor da linguagem poética, Marcos explora, com muita maestria, o jogo-do-som-e-do-ritmo, revelando a essencialidade da arte da criação e do repertório do mundo, que carrega como bom leitor que se constrói diariamente. Ousou! E deu certo! Já começou publicando um livro quadrilíngue. Provou a versatilidade e o gosto pelocultivo das línguas e, “hecho un rayo” salta para o universo dos grandes escritores.!

O livro custa R$ 30 reais e os interessados podem entrar em contato com o autor para adquiri-lo, através do Cel. 84-99988-7544.

Fonte: https://papocultura.com.br

#CaminhosdeNatal: rua Voluntários da Pátria já abrigou o primeiro teatro da cidade

A Rua Voluntários da Pátria está localizada na Cidade Alta, entre as ruas de Santo Antônio e Gonçalves Ledo. Originalmente foi conhecida como Beco Novo, no seu trecho compreendido entre a atual rua Coronel Cascudo e o Riacho do Baldo. Existia um outro trecho da rua, entre a Coronel Cascudo e a Ulisses Caldas, fechado com edificações entre os anos de 1937 e 1945.

O trecho da atual rua Voluntários da Pátria, que conduzia à Ulisses Caldas, era conhecido como Beco da Lama. Segundo o historiador Luís da Câmara Cascudo, tratava-se realmente de um horroroso beco enlameado, que desapareceu levando consigo sua fama nauseante.

O Beco Novo era um animado e movimentado logradouro público de Natal. Em 1841, o primeiro teatro da cidade foi destruído por um incêndio. Tratava-se de um barracão de palha situado na atual Gonçalves Ledo. Como a Sociedade do Teatro Natalense, proprietária do barracão, não dispunha dos recursos necessários à sua recuperação, os grupos amadores de então passaram a representar em teatrinhos improvisados, instalados em algumas ruas de Natal. No Beco Novo eram frequentes aquelas representações.

Voluntários da Pátria

O decreto municipal de 13 de fevereiro de 1888, que reviu toda nomenclatura dos logradouros públicos de Natal, substituiu a denominação do Beco Novo, para rua Voluntários da Pátria, em homenagem aos natalenses que seguiram para o Paraguai, em defesa da Pátria.

Os Voluntários da Pátria eram os bravos soldados dos batalhões criados para reforçar o Exército Brasileiro, na Guerra do Paraguai. Em 1864, o Paraguai declarou guerra ao Brasil, que à época
contava com um contingente de 20.000 homens e não se encontrava em condições de enfrentar o inimigo numericamente superior, constituído de 60.000 homens. Por esse motivo, foram criados os corpos de Voluntários da Pátria, pelo decreto nº 3.371, de 7 de janeiro de 1865, baixado pelo imperador Dom Pedro II.

Os voluntários deveriam ter idade entre 18 e 50 anos, e recebiam um soldo de aproximadamente 500 réis por dia. Quando dessem baixa do Exército, seriam gratificados com 300 mil réis e um lote de terra, em colônias militares ou agrícolas. Caso os ferimentos de guerra os deixassem inválidos, receberiam uma aposentadoria correspondente à metade do soldo. Se morressem, deixariam uma pensão de igual valor para a mulher ou o herdeiro escolhido.

O primeiro contingente de Voluntários da Pátria, constituído por um batalhão de norte-riograndenses, seguiu para a Guerra do Paraguai no dia 9 de julho de 1865. O referido batalhão era comandado pelo tenente-coronel José da Costa Vilar, contando com a colaboração do alferes Ponciano Barreto Ferreira Souto, secretário, e do major Vicente Ferreira Lima, fiscal.

Com a vitória do Brasil na guerra, teve início o regresso dos brasileiros . Em 1º de agosto de 1870, chegaram a Natal pelo transporte Marcílio Dias , os primeiros Voluntários da Pátria , de regresso do Paraguai. Eram 14 oficiais e 192 soldados.

Depois de 1870, com o regresso dos Voluntários da Pátria, mudou o cenário brasileiro. A Nação voltava ao ritmo normal e progredia continuamente. Natal recebia notícias do Exterior duas vezes por mês, através dos vapores da Companhia Pernambucana.

Clube da Guarda Negra

Em 10 de fevereiro de 1889, instalou-se na casa de nº 4 da rua Voluntários da Pátria, o Clube da Guarda Negra. Tratava-se de uma sociedade de âmbito nacional, criada com o objetivo de popularizar a Princesa Isabel, solidificando o fidelismo monárquico. Era um ambiente de ódio ao movimento republicano, orientado pelos políticos do Partido Conservador.

A sessão de instalação do referido clube ocorreu ao meio-dia, “com girândolas de foguetões, abundância de promessas, discursos de estrondo e comparecimento numeroso’’. Na oportunidade alistaram-se cerca de 500 pessoas.

Atualmente a rua Voluntários da Pátria não guarda mais a feição original de suas edificações. Muitas delas foram demolidas, e a maioria completamente descaracterizada.


ILUSTRAÇÃO: Lenilson Jonas Júnior

Fonte: https://papocultura.com.br