Postagem em destaque

FIQUEM LIGADOS! TODOS OS SÁBADOS NA RÁDIO AGRESTE FM - NOVA CRUZ-RN - 107.5 - DAS 19 HORAS ÁS 19 E 30: PROGRAMA 30 MINUTOS COM CULTURA" - PROMOÇÃO CENTRO POTIGUAR DE CULTURA - CPC-RN

Fiquem ligados nas ondas da Rádio Agreste FM - 107.5 - NOVA CRUZ, RIO GRANDE DO NORTE, todos os sábados: Programa "30 MINUTOS COM CULTU...

domingo, 15 de novembro de 2020

Pesquisas sociais: para que servem?

Às vésperas das eleições municipais, decidi explicar o que é pesquisa aplicada e a diferença entre pesquisa quantitativa e pesquisa qualitativa. Fiz um manual para pesquisadores quando coordenei o instituto de pesquisas da PUC Minas, o Lúmen. Vou me fiar por ele para montar este texto.

Rudá Ricci, cientista político e presidente do Instituto Cultiva

Método de pesquisa significa a adoção de procedimentos sistemáticos. O método quantitativo é aquele em que se procura identificar um padrão de comportamento ou opinião, assim como o desvio em relação a este padrão, através da coleta de informações e do tratamento estatístico.

Assim, podemos descrever quantas crianças, entre 7 e 11 anos de idade, estão nas escolas do sul de Minas Gerais e cruzar este dado com outra variável: sexo ou município de residência. Outra vantagem nesses métodos é a possibilidade de montagem de séries históricas. A resposta majoritária é considerada o padrão de comportamento ou opinião. Veja: estatística indica busca de padrão. Sem estatística, a busca é outra.

Como apresentam dados estatísticos, os mesmos questionários podem ser reaplicados com certa frequência de maneira a estabelecer comparações das alterações de um fenômeno ou comportamento ao longo do tempo. O fundamental é estabelecer as variáveis básicas a serem exploradas.

Os estudos mais frequentes é o comparativo causal. É o caso de comparação de causas de comportamento de um grupo social. Estabelece-se uma série de variáveis a serem analisadas em um grupo social e define-se uma correlação com um grupo social de controle (que não apresenta as mesmas características daquele considerado central da pesquisa).

O instrumento mais comum para coleta de dados quantitativos é o questionário. O questionário descreve e mede as características de um grupo social. Os questionários podem conter perguntas fechadas, quando o entrevistado possui alternativas fixas, previamente estabelecidas.

No questionário fechado, as alternativas devem prever todas as possibilidades de resposta. Mas, pode incluir uma alternativa aberta, caso a resposta para codificar posteriormente (pós-codificação). Isso ocorre quando não se tem clareza das possíveis respostas.

Nos questionários com perguntas abertas o entrevistado responde com frases. Não se propõem em apresentar alternativas prévias. Normalmente, são empregadas em combinação às perguntas fechadas. O problema é sua codificação (agrupamento de respostas não previstas).

Os métodos quantitativos possuem limitações. As pesquisas quantitativas não incorporam as crenças e rituais sociais em sua dimensão subjetiva. Nem sempre um grupo social define determinado comportamento em virtude de escolhas racionais fixas.

Antes de passar para as pesquisas qualitativas, vale a pena lembrar que toda pesquisa quantitativa precisa ser checada. Entre 10% a 20% das pesquisas realizadas recebem nova visita de um técnico checador que avalia se houve realmente pesquisa e se foi feita corretamente.

Essa é uma das críticas às pesquisas feitas em fluxo (não domiciliar) em que se anota o celular do respondente. É quase impossível ter certeza se o número do celular é correto. Como checar? Os institutos que adotam este método aumentam a amostra (como faz o Datafolha).

Os métodos qualitativos são aqueles que não lançam mão de instrumental estatístico. São empregados quando existe um nível de complexidade na relação de variáveis ou uma determinada problemática relaciona-se com variáveis subjetivas.

Que fique claro: não se generaliza o resultado de pesquisa qualitativa como se faz com a quantitativa (porque, nesta, há um padrão estatístico definido). Ressalto este que está sendo um erro comum de análise: entrevista em profundidade com três pessoas não define padrão.

Charge de Bacellar

Recentemente, tivemos uma polêmica sobre grupos focais com três a seis bolsonaristas ou ex-bolsonaristas. Grupo focal é uma técnica qualitativa em que alguns convidados são incitados a discorrer sobre um ou mais assuntos. Não se pode generalizar que três a seis pessoas falem por todos.

Então, para que serve uma pesquisa qualitativa? Para entender a pluralidade de valores e motivações que interferem numa resposta. Pluralidade. Nada de padrão. Mostrar como os humanos são complexos. Weber tentou definir motivações padronizadas de ação coletiva.

Mas, como Weber chegou a tal sistematização? Tentando compreender certos padrões de comportamento que se repetem ao longo da história. Ao longo da história, não depois de um grupo focal realizado. Essa pressa está desorientando o não pesquisador social a entender o mundo.

Os métodos mais empregados nas qualitativas são: entrevistas não estruturadas, entrevista não diretiva, entrevista guiada, grupo focal. A entrevista não estruturada ou entrevista em profundidade busca saber o que o entrevistado considera mais relevante. Se organiza por roteiros.

Roteiros não são questões fechadas. São temas organizados que orientam um rumo das questões levantadas pelo entrevistador. Contudo, se o pesquisado antecipa alguma questão ou muda o rumo, o entrevistado o segue.

Normalmente, uma entrevista em profundidade se desdobra em vários encontros com o pesquisado. Ela se parece com um bordado cuidadoso. Não induz, não antecipa resposta, respeita o enredo do pesquisado porque se quer entender o que ele valoriza, o que o motiva.

O grupo focal ou grupo de discussão é outro método muito utilizado e extremamente delicado. Trata-se da seleção de um determinado grupo de pessoas, normalmente ao redor de dez, que mantenham uma identidade em relação a uma variável destacada para análise de um problema.

O objetivo principal do grupo focal é buscar uma construção do sentido comum para o grupo sobre um determinado tema, a partir do qual aqueles sujeitos constroem sentido a um conjunto de experiências. O grupo desenvolverá uma construção cooperativa sobre um tema.


No grupo focal haverá um moderador que estimulará, a partir de um roteiro, o debate entre os convidados. O moderador poderá utilizar alguns mecanismos interativos que a psicanálise lança mão. Trata-se de uma situação social.

Há muito debate técnico sobre pesquisa social aplicada. Nem entrei nas questões relacionadas à relação sujeito/pesquisador X objeto/pesquisado e pesquisa participante. Mas, espero que fique claro que não se trata de algo simples. Merece atenção do leitor.

Termino fazendo um comentário de uma insistência das mais equivocadas feitas por leigos em pesquisa e que, de tempos em tempos, postam suas impressões subjetivas nas redes sociais como certezas absolutas.

Vejo cada vez mais recorrentemente pessoas dizendo que conversou com tantas pessoas nas ruas, ou que as opiniões no seu local de trabalho ou na família convergem de tal maneira que lhe dá certeza de que o mundo todo pensa daquela maneira. Não sei se percebem que nesta situação se comete um erro cruzado, tanto em relação à pesquisa quantitativa, quanto qualitativa. Se fosse uma mera escuta, com muita generosidade se poderia imaginar que esta coleta de opiniões se aproximasse de uma técnica de pesquisa qualitativa. Contudo, como já destaquei, pesquisa qualitativa não se presta à generalizações ou indicação de padrões. Portanto, não se pode ouvir a própria família numa conversa solta na cozinha e já sair anunciando o fim do mundo. Como pesquisa quantitativa, ouvir aleatoriamente pessoas nas ruas ou em casa não segue um plano amostral que equaliza o perfil dos entrevistados por sexo, idade, renda e outras variáveis que equilibram a cesta de respondentes.

Assim, ouvir um ou outro, mesmo que sejam 100 pessoas, não lhe dá o direito de generalizar como se fosse um pesquisador profissional. Dá para dizer que foi um esforço amador de escuta. Nada além disso.

Como no futebol, brasileiro gosta de opinar sobre pesquisa e adora uma aposta. Faz parte do esporte nacional. Não deixa de ser engraçado. Mas, não passa disso: uma graça.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornalistas Livres.

Fonte: Jornalistas Livres


1922 – A GRANDE VAQUEJADA DE NOVA CRUZ NAS COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA - Por Rostand Medeiros

 

Foto – Alex Gurgel 

AUTOR – ROSTAND MEDEIROS

Você imaginaria que atualmente alguém conseguiria realizar uma vaquejada defronte a Igreja Matriz da cidade de Nova Cruz?

Mas já aconteceu.

A corrida de bois em Nova Cruz em 1922

Nas fotos que apresento é possível visualizar que no dia 7 de setembro de 1922, a cidade potiguar de Nova Cruz comemorou o centenário da independência do Brasil com uma tradicional “pega de boi”, que hoje convencionamos chamar de vaquejada.

Este material foi publicado na clássica revista “O Malho”, do Rio de Janeiro, na edição de número 1.061, de 23 de janeiro de 1923, quatro meses depois da festa.

E corre a vaqueirama…

E tudo ocorreu em pleno centro da cidade, defronte a Igreja Matriz da Imaculada Conceição, na rua que já naquele tempo era chamada Pedro Velho.

Carro na Rua 13 de maio

Nesta foto é possível ver um antigo veículo entrando na cidade em rua que a revista denomina como 13 de maio e que se apresentava embandeirada.

Já em outra foto estão os vaqueiros montados em seus alazões e todos colocados lado a lado. A revista chamou pomposamente a vaqueirama de “Guarda de Honra”.

Vaqueiros perfilados

Provavelmente este material fo0tográfico foi enviada para o Rio por algum filho da terra que morava, ou estudava, na então capital do país.

Para os cariocas de “O Malho”, ao invés de terem colocado a referência como “Pega de Boi”, ou ”Corrida de Bois”, preferiram “Corrida de Touros”, em um termo que evoca as famosas touradas espanholas. Eu fico imaginando se alguém da redação achou que o povo de Nova Cruz era descendente de pessoas vinda daquele país da península Ibérica?

Foto conseguida do alto da torre da igreja, mostra a corrida de bois

No material de “O Malho”, temos uma foto que mostra uma cruz, ou cruzeiro, como chama o sertanejo, em meio a uma verdadeira multidão. A revista informa que a cruz era um monumento que estava sendo inaugurado devido às comemorações do centenário da independência.

Esta seria a inauguração do cruzeiro em comemoração ao centenário da independência do Brasil. Será?

Mas, segundo o material existente no site da prefeitura de Nova Cruz, informa que no início do século XVII quando surgiu um núcleo populacional às margens do Rio Curimataú, resultado da instalação de uma hospedaria pertencente aos primeiros moradores que ali chegaram.

A hospedaria destinava-se ao descanso dos boiadeiros quando passavam pela região com seus rebanhos. Com o crescimento da povoação esta foi chamada de Urtigal. Logo depois seu nome foi mudado para Anta Esfolada, em virtude de uma tradição que era narrada na localidade. Diziam que existia no território uma anta com espírito maligno, então um astuto caçador conseguiu prender o animal numa armadilha. Na ânsia de tirar o feitiço da anta, o caçador partiu para esfolar o animal vivo. Mas  logo no primeiro talho a anta conseguiu escapar, deixando para trás sua pele e penetrando mata adentro, tornando-se o terror daquelas paragens e o povo passou a denominar o arruado como Anta Esfolada.

Assim continuou até que um missionário, provavelmente percebendo que aquela história em nada ajudava aquele povo, fez uma cruz e a fincou no ponto mais alto da vereda por onde supostamente o animal costumava passar. Como este não apareceu novamente o povoado foi denominado definitivamente de Nova Cruz, e no dia 15 de março de 1852, pela Lei Provincial n° 245, foi criado o município de Nova Cruz.

A Matriz de Nova Cruz em reforma, ou ampliação em 1922

Seria aquela cruz existente na foto uma inauguração, ou uma “reinauguração” da antiga cruz ali fincada pelo padre para espantar o malassombro?

Não sei, mas é um interessante material sobre o nosso Rio Grande do Norte, publicado em uma revista de circulação nacional.

Infelizmente as fotos estão realmente em baixa resolução e foi que recebi, e assim vou passando.

Todos os direitos reservados

É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de

comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.

Fonte: https://tokdehistoria.com.br

Lei Aldir Blanc em SP virou 'competição de mercado', dizem movimentos culturais

O compositor e escritor Aldir Blanc em 2016. O músico é autor de canções clássicas da música brasileira, como "O Bêbado e a Equilibrista" e "O Mestre-sala dos Mares". Agência O Globo/Leo Martins


BELO HORIZONTEUma série de grupos, coletivos, entidades, espaços e empresas culturais de São Paulo enviou uma carta, nesta segunda (9), ao Tribunal de Contas da União (TCU) apontando críticas à aplicação da Lei Aldir Blanc no estado.

Segundo eles, quem realmente deveria receber os recursos do auxílio emergencial à cultura encontra obstáculos para ter acesso ao dinheiro.

Uma das principais críticas vindas do setor cultural paulista é que aquilo que deveria ser um auxílio de emergência acabou ganhando um caráter de lei de fomento —nesse sentido, editais teriam criado critérios restritivos demais, na avaliação de agentes culturais.

A lei destinou R$ 3 bilhões do governo federal para serem transferidos para estados e municípios.

O auxílio opera em três frentes. A primeira é uma renda emergencial mensal a pessoas físicas, trabalhadores do setor, que cabe aos estados. A segunda é um subsídio mensal para manutenção de espaços artísticos e culturais, que cabe aos municípios. A terceira diz respeito a editais, chamadas públicas, prêmios e outros instrumentos voltados à manutenção de espaços e iniciativas culturais, e é de responsabilidade dos estados e dos municípios.

Entre os principais impedimentos apontados na carta enviada ao TCU, é destacado o impedimento do pagamento de despesas retroativas através de reembolsos. "Muitos espaços tiveram que negociar seus aluguéis, impostos e despesas para não fecharem definitivamente e se endividaram ou fizeram empréstimos de ordem pessoal, ou remanejaram recursos destinados a outros fins para cumprir compromissos indispensáveis ao funcionamento dos espaços, até como meio para conseguir alguma forma de remuneração para artistas e produtores culturais."

A carta também contesta a obrigatoriedade do repasse dos recursos por transferência ou emissão de boletos bancários. "Não poder usar cartão de débito ou fazer saques dificulta que as mais diversas realidades dos espaços, grupos, coletivos e empresas culturais, operem estes recursos."

O documento também diz que há discriminação na distribuição de valores do auxílio entre práticas historicamente ligadas a comunidades periféricas, como hip-hop, capoeira, grupos e escolas de samba, bem como práticas culturais das comunidades Indígenas e quilombolas, dentre outros.

O documento é assinado pela Frente Ampla de Movimentos Culturais do Estado de São Paulo, que engloba entidades como a Associação das Produtoras Independentes do Audiovisual Brasileiro, a Associação Paulista dos Críticos de Arte, a Cooperativa Paulista de Teatro, a Cooperativa Paulista de Dança. Ao todo, são 32 entidades culturais, entre associações, fóruns, cooperativas e movimentos.

O governo de São Paulo, por meio de sua assessoria, diz que as críticas de discriminação são improcedentes e que entre os editais lançados "há linhas voltadas para cultura popular, cultura urbana e patrimônio imaterial".

A gestão Doria afirma que os critérios de seleção que constam nos seus editais no âmbito da Aldir Blanc "são obrigações legais e têm o objetivo de assegurar o bom uso dos recursos públicos". O governo afirma ainda que está destinando os recursos "de modo célere, rigoroso e inclusivo, com total amparo nas normas que regem a administração pública".

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br

O que é um voto consciente?

Nosso país é belo e privilegiado. Temos sol abundante o ano inteiro; não temos invernos com neve, terremotos, maremotos, tsunamis; temos água em abundância no solo e no subsolo, temos petróleo abundante, quase todos os minérios, temos uma agropecuária privilegiada… O que mais poderíamos pedir a Deus?

Mas, uma rápida análise dos últimos dados mostra que o país vai mal. Para melhorar é preciso de governantes honestos, capazes e verdadeiros patriotas. E isso se faz pelo voto. O voto é sagrado; é a arma da democracia; mas se ele não for dado com conhecimento de causa, com honestidade, sem se vender, a democracia fica doente.

Muitas pessoas não sabem votar, não conhecem os candidatos; muitos pegam um papel de propaganda no chão para votar, no dia da eleição. Outros, pior ainda, vendem o voto; isto é, se vendem, vendem a própria honra.

Não se pode trocar o voto por um benefício, por um emprego, por alguns reais. Não se pode votar em alguém só porque é um jogador ou cantor famoso; ou mesmo um excêntrico que faz palhaçada na televisão. Não se pode votar por sentimentalismo, só porque a pessoa é ligada à minha família, ou porque é bonito (a) e simpático (a). Não é de pessoas assim que a política e o país precisam. Precisamos de gente honesta, competente e abnegada.

O voto só será consciente se o eleitor conhecer o candidato, se informar, conhecer seus valores e o que pretende. Sobretudo se é um político ou um “politiqueiro”, que visa se enriquecer.

Para dar um voto consciente não podemos apenas nos basear no que dizem os candidatos no horário de propaganda eleitoral gratuita na TV. É preciso mais, ler jornal, revista e não ficar apenas nos noticiários da televisão.

Quem vota de maneira consciente nunca anula seu voto. É um grande engano e um verdadeiro perigo para a nação, pois facilita a eleição dos maus políticos. É verdade que faltam, às vezes, bons candidatos para a eleição em algumas funções, e que façam da política um verdadeiro sacerdócio em favor do povo, mas jogar fora o voto é a pior opção e uma verdadeira traição a si mesmo e à nação. É um pecado, pois o voto é sagrado. Quem anula seu voto se anula, anula a sua dignidade.

O voto consciente não pode premiar candidatos que são bancados por ricas e fortes instituições (banqueiros, empresários, igrejas,  cooperativas, etc.). Esses, se eleitos, não vão trabalhar pelo bem do povo, mas vão fazer “lobbies” em benefício dessas instituições que bancaram suas campanhas. O voto consciente deve ser dado ao candidato que faz uma campanha limpa e que não tem a ficha suja. Fique de olho nas campanhas milionárias.

Enfim, votar bem é algo essencial para a nação melhorar; é um dom que Deus nos dá. É direito e dever de cada cidadão votar bem e ajudar os outros a votarem bem.

Fonte: Formação


A importância do voto consciente para a sociedade brasileira - Por https://www.imaginie.com.br

VOTO NÃO TEM PREÇO, TEM CONSEQUÊNCIAS!

O voto inconsciente é um problema sério no Brasil atual. Como em muitos outros países, o regime político brasileiro é uma democracia que prevê o direito ao voto a todos os cidadãos. Porém, a maioria das pessoas não votam de maneira consciente e contribuem para uma política corrupta que prejudica o desenvolvimento social e econômico do país.

        O direito ao voto em algumas civilizações foi ligado ao conceito de cidadania. Em Atenas, na Grécia Antiga, o conceito de cidadão era restrito àqueles que fossem homens, filhos de pai e mãe ateniense e maiores de 21 anos. Apenas estes eram eleitores. No Brasil, o direito ao voto também já foi limitado a uma pequena parcela da população, e foi a partir do século XX que se tornou mais amplo. Em 1932, sob o governo de Vargas, as mulheres foram permitidas a escolherem seus candidatos. Ademais, em 1988 o direito ao voto passou a incluir analfabetos. Atualmente, o voto é um direito de cidadãos maiores de 16 anos.

        Apesar de que atualmente o direito ao voto seja previsto para um grupo mais abrangente de pessoas, a maior parte destas não escolhem seus candidatos de forma consciente. Muitos são aqueles que elegem seus candidatos sem os conhecerem. Além disso, muitas críticas são feitas à política brasileira por pessoas que não participam da política de forma ativa. Há aqueles que optam pelo voto nulo por motivos acríticos que, inconscientemente, desperdiçam seu direito de eleger. Quando um eleitor não se informa de seus candidatos e elege sem consciência, contribui para uma política corrupta.
         Logo, apenas a participação ativa na política por parte dos cidadãos é capaz de melhorar as condições políticas atuais do Brasil. É preciso que instituições como o Ministério da Educação incentivem as escolas a proporcionarem aulas e palestras que ajudem no desenvolvimento de uma consciência crítica no aluno. Além disso, é preciso que as pessoas sejam orientadas através de meios de comunicação a participarem da política de forma ativa. Aliás, Kant disse que o homem é aquilo que a educação faz dele.
        Ademais, Platão disse que a consequência da não participação na política é ser governado por quem é inferior. A não participação ativa na política gera subordinação do ator social em relação ao Estado. A consequência de um voto inconsciente é um Estado governado por políticos que muitas vezes são corruptos, desviam verbas, não destinam os impostos às instituições adequadas, etc. Esse é o caso do Brasil. Uma população alienada e sem senso crítico é muito fácil de ser governada, e é de grande interesse desses políticos que continuem assim, pois então poderão manter o "status quo".