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sábado, 31 de outubro de 2020

Gilberto Gil sobre retrocesso mundial: minha esperança é que prevaleçam os valores humanistas

Mesmo reconhecendo que a onda de retrocesso que aflige o Brasil é mundial, o ex-ministro da Cultura Gilberto Gil se mostrou otimista em entrevista à TV 247: “minha esperança é que prevaleçam os valores humanistas”. Assista.

Por Regina Zappa, 247 - Gilberto Gil sabe. É preciso estar atento e forte. Em conversa no Estação Sabiá, da TV 247, o compositor, cantor e ex-ministro da Cultura afirmou que apesar do breu que atravessamos temos que manter o otimismo e perceber que o horizonte está à nossa frente. “Devemos estar sempre caminhando na sua direção. Os retrocessos acontecem porque tudo está em balanço permanente.”

Gil acrescenta que a possibilidade de transformação, de reverter esse quadro, vai depender fundamentalmente da questão política e da capacidade de aprimoramento das ideias e de se criar sistemas que contemplem saber, ciência e força política. “É preciso compreender a realidade como não sendo um dado permanente real, mas um fluxo de probabilidades.”

“Esse grupo que ascendeu ao poder central no Brasil tem dado provas de um desprezo muito acentuado em relação às questões culturais, à diversidade. Não tem compreensão da complexidade brasileira, da sua formação variada, com muitos grupos étnicos, raciais. Eles não têm o menor cuidado”, diz ele.

“Todos nós que defendemos o campo humanista e solidário devemos permanecer atentos, alertas, preparados e dispostos a estabelecer a discussão necessária com o país inteiro. Nós que somos aderentes desse campo menos sombrio, mais luminoso, devemos ouvir essa gente com a capacidade de refutação e de argumentação contrária, na defesa dos valores civilizatórios que sempre nos pautaram, apesar do convívio com esses setores reacionários e retrógrados.”

“Estamos vivendo uma onda no mundo inteiro, mesmo em lugares que aparentemente estavam mais comprometidos com o desenvolvimento civilizatório. O mundo inteiro, os Estados Unidos em especial, está submetido a um retrocesso. Minha esperança é que prevaleçam os valores humanistas. É otimismo, sim.”

Convidada a participar da entrevista, Eliane Costa, ex-gerente de Patrocínio Cultural da Petrobras no tempo em que Gil era ministro relembrou, emocionada, do tempo em que participou da inauguração de Pontos de Cultura em comunidades quilombolas e que viu Gil tirar o paletó e dançar junto àquelas pessoas simples encantadas em ver um ministro estar ao lado delas desta forma.

Gil na ONU

Gil se emocionou ao relembrar do dia em que tocou e cantou na ONU, em homenagem a Sergio Vieira de Mello, e chamou o secretário-geral Kofi Annan para acompanhá-lo tocando tambor. O Brasil era respeitado e admirado. “Diante dos representantes da diplomacia do mundo inteiro e no espaço do diálogo entre poderes políticos chega o menino de sonhos, que veio da Bahia. Aqueles diplomatas se transformaram em entes angelicais, pequenos duendes. Foi um momento milagroso em que todas as desavenças caem por terra e o ser se eleva.”

Gil emocionou-se também ao responder que o que herdou dos pais e da avó foi o que passou para seus filhos: amor, acolhimento, cuidado, conhecimento e ferramentas para fazerem as coisas na vida. “O amor é a goma que cola tudo isso.”

Ao comentar uma frase de Darcy Ribeiro de que quando se livrar de sua herança de brutalidade o Brasil florescerá como uma nação mestiça e bela, Gil reafirmou seu otimismo: “A História quer isso do Brasil. Quer isso dos lugares do planeta onde as convergências foram mais amplas, mais abrangentes, mais completas de raça, de língua, de jeitos de ser, de formas de conhecer. O mundo tem essa expectativa em relação ao Brasil. Não é uma expectativa só nossa, é uma querência mundial. Vamos estar sempre em movimento, caminhando em direção ao horizonte. E o mundo vai percebendo essa caminhada cada vez mais. E vai se juntando a esse modo de caminhar, descortinando esses modos brasileiros.”

Fonte: Brasil 247

Estação Sabiá - Entrevista com Gilberto Gil


Fonte: Brasil 247

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Livraria 247 (Foto: Brasil 247)

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Fonte: Brasil 247

Festa Literária das Periferias ocorre este ano em formato digital


A terceira edição da Festa Literária Internacional das Periferias, a maior do país voltada para as comunidades, acontece na Mangueira de 12 a 16 de novembro (Tânia Rêgo/Agência Brasil).

Ponto de encontro de poetas, escritores, pensadores e moradores de favelas cariocas, a Festa Literária das Periferias (Flup) chega à sua nona edição em um formato digital. Este ano, o evento ocorrerá nos dias 29, 30 e 31 de outubro; e 1, 6, 7 e 8 de novembro, com mesas de debates no Rio de Janeiro, e discussões transmitidas de Paris, Edimburgo, Madri, Lisboa, Berlin e Joanesburgo.

Devido ao atual cenário mundial por conta da pandemia de covid-19, toda a programação será oferecida de forma virtual, com exibições através da página da Flup no Facebook e no canal do Youtube.

“Os festivais estão perdendo uma de suas principais características, que é o lugar dos encontros, das trocas, da criação da rede de relações. Por outro lado, estão ganhando um público que nenhum festival do mundo sequer sonhou em ter”, disse um dos fundadores da Flup, Júlio Ludemir.

“Agora, estamos falando para pessoas de todos os estados do país e mesmo de outros países lusófonos. Com as mesas internacionais, certamente falaremos para os países de que essas pessoas vêm, como a Espanha e o mundo hispânico na mesa da Rita Bosaho e da Lucía Mbomio, a França e o mundo francófono na mesa da Assa Traoré e a África do Sul e todo mundo anglófono na mesa do Achille Mbembe.”, acrescentou.

Homenageadas em 2020

Anualmente, a Flup homenageia nomes importantes para a história e a luta das periferias. Com uma programação cada vez mais dedicada às questões raciais, as homenageadas de 2020 são Carolina Maria de Jesus e Lélia Gonzalez, autoras que estão na origem do feminismo negro brasileiro.

Para Carolina Maria de Jesus, foi dedicado um ciclo de debates que culminará com a publicação de um livro em que cerca de 200 mulheres negras de todo o país, em diversas situações, fizeram uma releitura do clássico “Quarto de Despejo”, que celebra 60 anos em 2020.

Já o Ciclo Lélia Gonzalez traz para o centro da discussão vozes que retratam a categoria político-cultural apresentada por ela nos anos 1980: a amefricanidade. Haverá um amplo diálogo chamado “Lélia Gonzalez, uma intelectual amefricana”, que será dividido por mesas dentro da programação. Além disso, uma coletânea dos ensaios mais importantes de Lélia será lançada na noite de abertura da Flup.

Sobre a Flup

Mais de 100 mil pessoas e 500 autores nacionais e internacionais já participaram das atividades da Festa Literária das Periferias desde 2012, ano da sua primeira edição. Antes de chegar à parte central do Rio, na região da Pequena África, que engloba bairros como Gamboa e Saúde, o festival foi realizado em comunidades cariocas como Morro dos Prazeres, Vigário Geral, Mangueira, Babilônia e Vidigal.

Fonte: Agência Brasil

C/ brasilcultura.com.br