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segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Coleção Memória das Lutas Populares no RN - Hélio Xavier de Vasconcelos, PRESENTE, SEMPRE!

 

Hélio Xavier de Vasconcelos

Cursou Direito na Universidade Federal do Rio Grande do Norte na turma de 1961. Presidiu a Seccional Potiguar de primeiro de fevereiro de 1993 a primeiro de fevereiro de 1995. Durante sua gestão recebeu a medalha “Djalma Marinho” e fez questão de dividi-la com a própria OAB/RN.

Apresentação - Hélio Xavier de Vasconcelos - Volume XII

Hélio Xavier de Vasconcelos
Prefácio de Moacyr de Góes

Diz Godard em seu último filme¹:

Não existe resistência sem memória.

Este livro de, e em homenagem a, Hélio Vasconcelos é uma consolidação de memórias, consequentemente, matéria-prima para a continuidade da luta da resistência política, atributo de nossa geração, dele e minha. À lição de Godard eu acrescento: que esta memória seja de qualidade para poder servir à resistência. E isso vai ser encontrado neste livro, sendo a primeira dessas qualidades a coerência de uma vida.

1 - POLÍTICA E COERÊNCIA – Dos papéis aqui editados, vou tomar duas datas: 21 de março de 1959 e 01 de fevereiro de 1993. A primeira é a de seu discurso quando da instalação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e a segunda sua falta quando assumiu a presidência da OAB/RN.

a) – Em 1959 diz Hélio Vasconcelos:

Sejamos heroicamente fiéis ao nosso destino. O Péguy católico e o Péguy socialista – ambos possuíam sobre o destino, a mesma doutrina, “um homem é responsável por certo destino. Possui esse destino, mas também é possuído por ele. Não é possível dissolidarizar-se dele.” Tomemos para nós, geração necessariamente poética e inquieta. A lição do escritor francês; liguemos o nosso destino ao destino do nosso povo. Sirvamos na Universidade ao nosso próprio destino.

b) – Em 1993 diz Hélio Vasconcelos:

Escolhi dois colegas advogados para neles sintetizar a nossa gratidão. Refiro-me às pessoas de Carlos Antônio Varela Barca, nosso ex-presidente, valoroso, combativo, inteligente, probo, grande defensor das públicas liberdades; o outro, Luiz Ignácio Maranhão Filho, advogado dos humildes, patriota convicto, estudioso dos problemas brasileiros, digno e forte, bárbara e covardemente trucidado nos porões da ditadura. Um cristão, o outro socialista, ambos com os mesmos sentimentos, os mesmos sonhos, as mesmas esperanças. A eles e tantos outros que se foram a nossa homenagem (...).

Entre as duas datas, 34 anos se passaram: um tempo com dias claros de alegria, outros dias com o peso de chumbo do sofrimento; tempos de trabalho, de criação e recriação e, principalmente, de coerência e esperança. Ao curso de sua vida, Hélio procurou valorizar os humanismos cristão e marxista, como demonstram os dois discursos, aproximando-os, politicamente.

Desde o movimento estudantil, é visível o crescimento político de Hélio. Muito terá contribuído para isso sua aproximação de Luiz Maranhão. Repetia-se, aqui, um comum fenômeno brasileiro: inúmeros intelectuais cresceram na escola do Partido Comunista Brasileiro (PCB), nas oito últimas décadas do século 20. Ali era o locus de encontro com o pensamento teórico marxista-leninista e, com o Partido na clandestinidade, a práxis se fazia através de alianças políticas no campo burguês, oscilando a opção como pêndulo nos apoios aos partidos tradicionais. Desta prática vão nascer, em Hélio, traços profundos de amizade às lideranças de Dinarte Mariz e Djalma Marinho. Isso, todavia, não o impede de reiterar sua vocação de esquerda e apoiar a administração do Prefeito Djalma Maranhão (1960-64).

Acredito que será a partir do Centro de Cultura Popular de Natal (CCP da UNE), de 1962 a 64, que Hélio vai se tornar mais visível no campo político potiguar, com luz própria. Ali ele vai liderar uma aliança marxista e cristãos de esquerda e passar a influenciar um movimento ascendente de jovens, dentro e fora da Universidade. Este CCP, falando pelo PCB e pela AP (Ação Popular), vai ser um importante aliado da Campanha De Pé no Chão Também se Aprende a Ler, dirigida pelo Prefeito Djalma Maranhão. Datam desse tempo a realização de vários eventos comuns, desenvolvidos em Natal, principalmente nas áreas dos sindicatos de trabalhadores e dos Comitês Nacionalistas que, criados em 1960, funcionaram alguns até o Golpe de Estado de 1964. No campo cultural, lembro que estivemos lentos na encenação teatral de um novo julgamento de Tiradentes e na realização de um congresso de cultura popular que contou com a colaboração de vários intelectuais oriundos de diversos Estados brasileiros e que se encerrou na praça pública, numa passeata de Primeiro de Maio, celebrando nossa visão utópica de uma aliança operário-estudantil-camponesa. Tempos de sonhos. Também, tempos de lutas pelas Reformas de Base do Governo Jango, quando vários manifestos políticos da esquerda nacionalista foram redigidos a quatro mãos - as dele e as minhas – nas salas da Prefeitura de Natal que, no dia do Golpe, se autodenominou, com muito orgulho nosso, o QG da Legalidade e da Resistência.

Depois, vieram as prisões de 1964; o auto-exílio no Rio de Janeiro; o desemprego; a ansiedade do político perseguido. Mais tarde, a vida que segue: o reingresso no mundo do trabalho, primeiro, vendendo colchões no subúrbio carioca do Vila da Penha, depois já na FUNABEM (1966), exercendo o ofício de advogado; o casamento com Hilda, o nascimento das filhas Inah, Zilda e Gabriela; a volta para Natal; a anistia; a retomada da vida pública: Procurador do Poder Legislativo; Secretário de Estado de Educação e Cultura (1983-87); Presidência da OAB/RN (1993-95). Ele que, em 1959, como estudante, fizera a convocação sirvamos na Universidade ao nosso próprio destino, nos anos 80 volta à UFRN e funda a disciplina Direito da Criança e do Adolescente e nela leciona até a aposentadoria.

Ai está o nosso primeiro e principal destaque neste Prefácio: a coerência de um homem.

2 - O ADMINISTRADOR – O segundo aspecto que quero ressaltar é a sua qualidade de administrador, também coerente aos seus paradigmas políticos. Vou utilizar as datas de 1987 e 1995, e isto é os discursos de transmissão de cargos exercidos por Hélio, o primeiro de Secretário de Estado de Educação e Cultura do Rio Grande do Norte e o segundo de seu mandato de presidente da OAB/RN.

Na SEEC ele foi formulador de uma política educacional que denominou de Escola Aberta e Democrática. Chamo atenção para a data na qual iniciou o seu trabalho: novembro de 1983. Esta é a época em que já estava exaurida a Ditadura, mas o Estado de Direito ainda não havia surgido. Esta transição é um período de imensas dificuldades, mas Hélio não tem medo. Vai trabalhar com o espólio recebido que é uma educação pública em pedaços. Quando, depois de 3 anos, 3 meses e quinze dias entrega o cargo ao seu sucessor, pode dizer em seu discurso que a proposta da Escola Aberta e Democrática é o locus no qual Direção, Professores, Especialistas, Estudantes, Funcionários e a própria comunidade convivessem e participassem integralmente para que a instituição funcionasse bem. Escola que fosse o local aberto às discussões sobre os problemas educacionais e aqueles outros comuns à própria comunidade.

Dirá que esta escola sonhada não será uma concessão de Estado, de Governo, e sim uma conquista de responsabilidade de todos. E de forma lúcida declara: sabíamos também que a Escola Aberta e Democrática não seria alcançada isoladamente, mas, e tão somente, quando a própria sociedade brasileira conquistasse a democratização global do país.

Além dessa construção democrática, outros resultados são importantes: o aumento de 19,49% de acesso à rede escolar: a realização do primeiro Concurso Público para o Magistério Potiguar: a implantação do Estatuto do Magistério, a modernização dos serviços da Secretaria, etc. Quanto à prestação de contas, Hélio é minucioso em informar cada tostão recebido e cada tostão aplicado. A transparência é uma de duas qualidades administrativas.

E mais uma vez, coerente e fiel aos seus postulados políticos, dirá de forma clara as limitações brasileiras no campo das escolas: Sabemos quão difícil e penoso é fazer-se educação em um país em que o sistema econômico seja capitalista.

O segundo discurso, o de 1995 quando transmite o cargo de Presidente da OAB/RN, é tambémuma detalhada prestação de contas. Suas palavras ficarão para a história das lutas para dotar Natal de um Fórum Judiciário. Hélio quer somente um lugar digno, acessível, onde trabalhem Advogados, Juízes, representantes do Ministério Público, serventuários da Justiça e funcionem as Varas Cíveis e respectivos cartórios. Esta seria uma ferramenta para alavancar a solução de um dos mais graves problemas – nas suas palavras: a morosidade da Justiça no Brasil (...) (é) uma das mais perversas formas de injustiça que, atingindo a todos, violenta e massacra, sobretudo, os mais fracos. Mais uma vez é a visão política da questão e, mais uma vez, a coerência do gesto. No biênio da gestão Hélio Vasconcelos, a Defensoria Pública, as Procuradorias do Estado e do Município de Natal contaram com o seu apoio e a própria OAB/RN prestou assistência judiciária gratuita a 3.344 pessoas carentes. Finalmente, seguindo a tradição da OAB brasileira, a entidade potiguar foi além da legítima defesa corporativa e exerceu o mandato que lhe é inerente de defesa do estado de direito, da democracia e da luta pelos direitos humanos.

3 - O HOMEM – Felizes aqueles que convivem com Hélio Vasconcelos. Por mais que se estude, academicamente, o seu pensamento, através de seus escritos, a formação de um perfil dele fica a dever à atmosfera que ele cria pela palavra oral, pelo gesto, pela conversa jogada fora, pela cumplicidade conspiratória, pelo alto astral, pelas anedotas, sempre contadas (e vale a pena ouvi-las várias vezes) pelo humor fino, pela risada solta (tão solta que as vezes é acompanhada de uma batida de sola do pé no chão). Daí a importância dos depoimentos acolhidos neste livro — eles desvelam o olhar do outro, dos amigos, sobre o nosso herói. Digo mais, por experiência própria: uma cervejada com Hélio e Omar Pimenta, quando a noite ainda é uma criança, é uma festa — da qual Paris perde!

De seu humor, Hélio não abre mão nos momentos mais solenes e também nos mais tensos (aqui poderia contar dezenas de causos se houvessem espaço e tempo suficientes). Lembro o setembro de 1992, quando o Professor Otto de Brito Guerra recebeu da OAB o título de Benemérito e Hélio foi o orador. Lá para as tantas, o discípulo se permiteinvadir a intimidade do mestre para contar uma história de seu próprio filho, Luiz Guerra. E conta que Luiz chegando em casa pela alta madrugada, vindo de uma farra homérica, liga o som em toda altura e desperta Dr. Otto que vem à sala admoestá-lo. E diz; meu filho, se você continuar assim vai terminar sendo um ébrio contumaz. Ao que Luiz retrucou: com Tomaz não, com Hélio. E conclui o orador: com esta afirmação caía por terra o restinho de credibilidade do pobre Hélio perante o Mestre. Dá para imaginar o riso discreto do Dr. Otto e a risada geral do auditório.

Uma vez já contei em um livro meu (Sem Paisagem – Memórias da Prisão)² uma boutade de Hélio. Conto, novamente. No final de junho ou início de julho de 1964 houve um grande movimento de transferência de presos políticos pelos quarteis da Cidade. Assim, um dia, chega Hélio ao Quartel de Polícia onde me encontrava, vindo ele do R.O. Abraços, risos, alegria de reencontro. E o importante: ele trazia debaixo do braço um vade-mecum. Era uma época em que a imprensa metralhava diariamente que os presos políticos estavam enquadrados na Lei de Segurança Nacional. Aí, eu tomei o livro de suas mãos e pedi:

- Hélio, é possível eu ser enquadrado em algum artigo da Lei de Segurança Nacional? Veja.

Aí ele, sem abrir o vade-mecum, estalou uma risada, respondendo:

- Em todos, mestre, em todos os artigos!

Foi quando eu me dei conta da realidade: o preso político estava na cadeia por crime de opinião, o que não é uma questão jurídica. Chocado de início, terminamos rindo juntos.

Quando se fala em Hélio Vasconcelos, o difícil é parar. Mesmo assim, eu tenho que colocar um ponto final. Direi, então, como meus netos Bruno e Mateus que, ao falar de alguém que admiram e gostam, eles dizem: ele é um cara legal, sinistro e irado. Acho que isso é o reconhecimento ao carisma de alguém. Isso vai para Hélio que, quando jovem (antes de Hilda, por favor me entendam), também foi um grande mulherengo. E as mulheres diziam que ele tinha borogodó. Sobre isso não posso passar recibo.

Rio de Janeiro, 05 de novembro de 2011.

Moacyr de Góes

Notas de rodapé:

1 - Jornal O Globo. Rio. 28-X-2001. In entrevista de Luiz Fernando de Carvalho, diretor do filme “Lavoura Arcaica”.

2 - GOÉS. Moacyr de. Sem paisagem – Memórias da Prisão. Edição Europa. Rio, 1989.

Natal – Fundação José Augusto - FJA

Por Fundação José Augusto - FJA 

O prédio da Fundação José Augusto, em Natal, foi tombado por sua importância cultural para o Estado do Rio Grande do Norte.

Governo do Rio Grande do Norte
FJA – Fundação José Augusto
Nome Atribuído: Fundação Jose Augusto
Localização: R. Jundiaí, n° 641 – Tirol – Natal-RN
Data de Tombamento: 07/12/2004

Descrição: Criada no governo Aluísio Alves, pelo Decreto-lei nº 2.885, de 8 de abril de 1963, a Fundação José Augusto nasceu como instituição cultural e também como instituição de ensino superior. Chegou a abrigar três cursos: Jornalismo, Filosofia e Sociologia. Com o crescimento das universidades públicas, notadamente da UFRN, a FJA desvinculou-se da educação formal e concentrou suas atividades na gestão da cultura e na administração de vários equipamentos culturais. A instituição é o órgão, no âmbito do Governo do Estado, responsável por desenvolver, incentivar, apoiar, difundir, estimular e documentar as atividades culturais. Compete a esta o processo de tombamento do patrimônio histórico e arquitetônico e também do patrimônio cultural imaterial.
Fonte: Site da instituição.

Histórico do município: Tudo começou com as Capitanias Hereditárias quando o Rei de Portugal Dom João III, em 1530, dividiu o Brasil em lotes. As terras que hoje compreendem ao Rio Grande do Norte couberam a João de Barros e Aires da Cunha. A primeira expedição portuguesa aconteceu cinco anos depois com o objetivo de colonizar as terras. Antes disso, os franceses já aportavam por aqui para contrabandear o pau-brasil. E esse foi o principal motivo do fracasso da primeira tentativa de colonização. Os índios potiguares ajudavam os franceses a combater os colonizadores, impedindo, a fixação dos portugueses em terras potiguares.

Passados 62 anos, em 25 de dezembro de 1597, uma nova expedição portuguesa, desta vez comandada por Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque, chegou para expulsar os franceses e reconquistar a capitania. Como estratégia de defesa, contra o ataque dos índios e dos corsários franceses, doze dias depois os portugueses começam a construir um forte que foi chamado de Fortaleza dos Reis Magos, por ter sido iniciada no dia dos Santos Reis. O forte foi projetado pelo Padre Gaspar de Samperes, o mesmo arquiteto que projetou a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação.

Concluído o forte, logo se formou um povoado que, segundo alguns historiadores, foi chamado de Cidade dos Reis. Depois, Cidade do Natal. O nome da cidade é explicado em duas versões: refere-se ao dia que a esquadra entrou na barra do Potengi ou a data da demarcação do sítio, realizada por Jerônimo de Albuquerque no dia 25 de dezembro de 1599.

Com o domínio holandês, em 1633, a rotina do povoado foi totalmente mudada. Durante 21 anos, o forte passou a se chamar Forte de Kenlen e Natal Nova Amsterdã. Com a saída dos holandeses, a cidade volta à normalidade. Nos primeiros 100 anos de sua existência, Natal apresentou crescimento lento. Porém, no final do século XIX, a cidade já possuía uma população de mais de 16 mil habitantes.

Fonte: Prefeitura Municipal.
Com FJA

Súmula Corção - “Cânones Brasileiros”: Gustavo Corção

Quando se recorda o nome de Gustavo Corção, a primeira ideia que vem à mente do escasso público que ainda o reconhece em nosso transtornado século XXI é a de um “reacionário” que combateu as esquerdas e as reformas do Concílio Vaticano II nos anos 1960 e 1970. A opinião é tão falsa quanto injusta, sobre um dos nossos maiores escritores, um católico fiel, e um pensador com amplo espectro de interesses e uma acuidade analítica que não se tornou estéril de sensibilidade e encanto literário.

Ler Corção é revisitar o Ocidente nos seus radicais valores: a dignidade da pessoa, a transcendência da lei natural, o vigor prudencial da família e a prevalência da ordem da caridade. Corção mediu-se com este ápice civilizatório em um Brasil conflituoso e em processo de modernização, que desafiou o convertido, o engenheiro sem diploma, o jornalista epigonal, a dar respostas antigas para novas perguntas. Missão que realizou com ímpar maestria e dedicação, apenas explicadas pela maneira como se interpenetraram sua fé, sua razão e sua vida. 

A Fundação Biblioteca Nacional convida para um episódio da série “Cânones Brasileiros”: Gustavo Corção

Terça-feira, 27 de Setembro, às 16h.

Por Marcos Cotrim

Marcos Cotrim possui Doutorado em História Social (UFRJ/2013), mestrado em Filosofia (UFRJ/1992) e graduado em Filosofia (licenciatura) pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo (1985). Tem experiência docente na área de Filosofia, com ênfase em Metafísica e Ética, ocupando-se principalmente dos seguintes temas: pensamento brasileiro, educação, religião e política, filosofia medieval, história intelectual. Possui também experiência de coordenação e gestão acadêmica. Dedica-se a pesquisa no campo da história das ideias religiosas e políticas, direito e história cultural e ambiental com foco em comunidades fluminenses do Vale do Paraíba.

 Acesse o canal do Youtube da FBN para acompanhar esse e outros eventos:

Fundação Biblioteca Nacional

Secretaria Especial da Cultura

Ministério do Turismo

Governo Federal

Chico César, Lia de Itamaracá, Silvério Pessoa e outros artistas estarão na celebração do Centenário de Paulo Freire


Artistas renomados como Chico CésarLia de ItamaracáSilvério Pessoa e Grupo Y Somos Todas, da Costa Rica, já estão confirmados para o Ato Político-Cultural e Show da celebração do Centenário de Paulo Freire, que vai acontecer em Recife, no dia 18 de setembro, na Praia do Pina, a partir das 14h.

A atividade aberta ao público faz parte da celebração do Centenário de Paulo Freire, que acontece em Recife (PE) de 17 a 20 de setembro, e vai defender a memória do patrono da educação no Brasil. Em 2021, Paulo Freire faria 100 anos. Outra atividade para a participação de todos será a Plenária Popular Mundial da Educação na Universidade Federal do Estado (UFPE), no dia 19 de setembro, a partir das 9h.

>> Acesse a programação completa

Centenas de pessoas da América Latina, Europa, África e de todo o país são esperadas para acompanhar, não só o ato Político-Cultural e o Show, mas toda a programação do evento. Gente do mundo todo também já confirmou presença: a maior delegação é a da Argentina, mas todos os países da América Latina terão representantes presentes, como Costa Rica, El Salvador, Guatemala, entre outros.

Convocada pela Internacional da Educação para América Latina (IEAL) e pela Rede Latino-Americana de Estudos sobre o Trabalho Docente (RED ESTRADO), a celebração do Centenário de Paulo Freire também inclui o Encontro Rede de Mulheres Trabalhadoras da Educação da América Latina e o Movimento Pedagógico Latino-Americano – MPLA, que são eventos fechados para filiados e filiadas da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) e das entidades que organizam a celebração.

“No show a gente espera que toda a comunidade da Praia do Pina e Recife, como um todo, se junte conosco. Seremos milhares de pessoas celebrando o legado de Paulo Freire, nosso patrono da educação, e debatendo o fortalecimento da educação pública a nível mundial com pessoas comprometidas”, afirmou a Secretária Geral da CNTE, Fátima Aparecida da Silva.

2022 08 26 vem fazer festa

Fonte: https://www.proifes.org.br


“É um enorme retrocesso”, diz presidente do ADURN-Sindicato sobre suspensão do piso salarial da enfermagem

 ADURN

Ontem, domingo (04), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso suspendeu os efeitos da Lei 14.434/2022, que fixa o piso nacional da enfermagem. A decisão estabelece o prazo de 60 dias para que Estados, municípios e o governo federal apresentem os impactos orçamentários para implementação do piso nos serviços de saúde, públicos e privados.

O presidente do ADURN-Sindicato, Oswaldo Negrão, considera a suspensão um “enorme retrocesso”. Conquistado em um processo lento e gradativo, o piso da enfermagem é uma “pauta reivindicada há muitos anos pela categoria e foi tema de uma longa disputa dentro do parlamento, no qual várias entidades se posicionaram”, lembra o dirigente. 

Na avaliação de Negrão a medida “desrespeita a deliberação parlamentar e ao mesmo tempo ameaça a categoria profissional da enfermagem, que é uma categoria fundamental para a garantia da qualidade da atenção à saúde das pessoas, seja no Sistema Único de Saúde, seja nos ambientes privados”.

A decisão é resultado de um pedido realizado pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços (CNSaúde). A Confederação alega que a lei é "inexequível", por não considerar desigualdades regionais, criando distorção remuneratória em relação aos médicos, além de gerar o aumento do desemprego entre os enfermeiros.

Para o presidente interino do PROIFES-Federação, Wellington Duarte, Barroso cometeu "um ato equivocado”. “As razões apontadas são absolutamente desconectadas da realidade, na qual o profissional de enfermagem, que não ‘ameaça’ os ganhos da categoria dos médicos, está na linha de frente da proteção à vida.  Espero sinceramente que o pleno do STF reveja essa posição do ministro Barroso", disse Duarte.

Em nota, a Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) reforçou que  a suspensão do piso desconsidera a ampla discussão entre as entidades da categoria, escuta do congresso nacional e avaliação econômica do impacto financeiro. Isso porque, no entendimento do ministro do STF, os poderes Legislativo e Executivo não tomaram as providências para que o piso salarial fosse aplicado.

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) também discorda da alegação do ministro. A entidade afirmou em nota que não há qualquer indício mínimo de risco para o sistema de saúde. Para o conselho, a decisão atende a conveniência pura da classe empresarial, que não quer pagar valores justos aos serviços prestados pela enfermagem.

A Lei 14.434/2022 estabeleceu o piso de R$4.750 para enfermeiros, 70% desse valor para técnicos de enfermagem, e 50% para auxiliares de enfermagem e parteiras.

Mobilização

Em reunião extraordinária realizada ontem (04), o Fórum Nacional da Enfermagem já iniciou as articulações pela manutenção da vigência da Lei. Nesse sentido, ficou deliberado um chamamento de um ato de rua em defesa do piso, que deve ocorrer na próxima sexta-feira, dia 9. Além disso, o Fórum pretende se reunir com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, ainda esta semana. 

Aliado a essas ações, os profissionais da saúde também devem aumentar a pressão nas redes sociais, cobrando deputados e senadores para que agilizem a tramitação dos projetos que versam sobre as fontes de financiamento para a saúde.

Em Natal, a categoria vai se unir ao ato do “Grito dos Excluídos”, que acontece no dia 7 de setembro, às 9h, na Praça das Flores. 

“É fundamental garantirmos o direito dos profissionais e o reconhecimento da categoria,  e isso se dá, também, por meio do pagamento de um piso salarial mínimo digno para todas as trabalhadoras e trabalhadores. Mais uma vez, o ADURN-Sindicato se soma a esta luta”, concluiu o presidente da  entidade, Oswaldo Negrão.

Fonte: ADURN Sindicato

84 3211 9236 • secretaria@adurn.org.br

Adaptado pelo CPC-RN, 05-09-2022

O que é Ensino Técnico e porque defendê-lo

 

ENSINO TÉCNICO: O QUE É

Fazendo parte de uma categoria especial do Sistema de Ensino Brasileiro, os cursos técnicos estão localizados entre o Ensino Médio e o Ensino Superior, sendo capazes, inclusive, de substituir a etapa do Ensino Médio ao integrar suas disciplinas práticas. 

O Ensino Técnico, ao contrário das faculdades, por exemplo, não oferece uma ampla visão de conhecimento para uma formação consolidada, ao ponto dos estudantes tornarem-se cientistas e/ou pesquisadores. Esta etapa é voltada, principalmente, para auxiliar na formação de pessoas para o mercado de trabalho. 

Por conta disso, são cursos focados em disciplinas mais práticas, visando formar trabalhadores aptos às principais funções disponíveis no mercado de trabalho, como administração, construção civil, enfermagem, mecânica, estética, eletrônica, entre outros. 

COMO FUNCIONA O ENSINO TÉCNICO 

No Brasil, os cursos técnicos são divididos em 3 categorias, de acordo com o período de estudo, que varia entre 1 a 2 anos. O chamado Curso Técnico Integrado é aquele que pode ser feito com o Ensino Médio, de forma a substituí-lo parcialmente. Isto é, pode ser realizado logo após o estudante finalizar o Ensino Fundamental, contando com apenas o primeiro ano do Ensino Médio e de 2 ou 3 anos para o Curso Técnico Integrado. 

Já o Curso Técnico Externo, como o próprio nome sugere, é feito paralelamente ao Ensino Médio, podendo ser iniciado caso você já tenha concluído o primeiro ano do Ensino Médio. Por fim, o Curso Técnico Profissionalizante é a opção para quem já concluiu o Ensino Médio completo, mas deseja fazer o Ensino Técnico para uma melhor inserção no mercado de trabalho. 

VANTAGENS DO ENSINO TÉCNICO

Além da sua capacidade de impulsionar a inserção do profissional no mercado, o Ensino Técnico também é vantajoso por possuir um período menor de duração em comparação a uma graduação. Assim, o indivíduo é inserido mais rapidamente no segmento desejado e com salários mais atrativos. Para quem está saindo do Ensino Fundamental, o curso técnico também é vantajoso pois pode ser feito paralelamente, garantindo uma inserção mais rápida no mercado de trabalho, que possui uma carência de profissionais com curso técnico.

Contudo, o (des)governo Bolsonaro vem tentando mudar este cenário. Desde o início, o presidente e seus ministros da Economia e Educação vêm apoiando visões ideológicas que buscam mudar esta realidade, deixando as pessoas mais distantes de uma educação com bases consolidadas para apenas mão de obra barata. 

A tal da proposta de reforma do Ensino Médio vem totalmente abraçada com o Ensino Técnico, mas a verdade está distorcida. E ainda, segundo falas do presidente, os jovens brasileiros têm “tara” por formação superior e acaba utilizando disso para reforçar a mudança horária, de grade, entre outras, para que todos os estudantes sejam uma peça do mercado de trabalho. 

Fonte: UBES

5G: Internet ultraveloz estreia em Natal por 17 dos 36 bairros

O sinal do 5G, nova tecnologia de internet móvel, será ativado em Natal nesta segunda-feira (5) em 17 dos 36 bairros da capital. Em dois deles, Lagoa Nova e Tirol, a cobertura será disponibilizada pelas   operadoras  TIM, Vivo e Claro, vencedoras do Leilão realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no ano passado. Em outros dois, Petrópolis e Alecrim, pela TIM e Claro; já em Ponta Negra e Lagoa Seca o sinal chegará por meio da TIM e Vivo. Em outros nove bairros, a TIM será a única a liberar o 5G, nessa etapa inicial da ativação.

A expectativa, agora, é com a ampliação do raio de cobertura. Pelas normas da Anatel, as prestadoras têm até o dia 28 de novembro para concluir a estrutura total da capital para ativação do serviço. As operadoras responsáveis pelo serviço, Claro, TIM e Vivo, expuseram à TRIBUNA DO NORTE suas expectativas quanto à implementação da tecnologia no RN e sua expansão no decorrer nos próximos meses.

Das capitais do Nordeste, vão receber o 5G a partir desta segunda-feira Natal, Recife e Fortaleza. A ordem foi definida pela Anatel. “A gente já vinha planejando isso há um tempo, mas a gente está seguindo o cronograma de cidades pela Anatel”, esclareceu o diretor regional da Claro, André Peixoto. Já possuem estações dessa tecnologia em operação as cidades de Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Palmas, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.

A liberação oficial para ativação de estações com a tecnologia de 5G foi aprovada na quinta-feira (1º), pelo Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz (Gaispi), da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

A quinta geração de internet móvel já é oferecida por algumas operadoras, porém, é utilizada em frequências de 4G e antenas 5G, não se caracterizando como 5G puro. A nova ferramenta oferece velocidade média de 1 Gigabit (Gbps), dez vezes superior ao sinal 4G, com a possibilidade de chegar a até 20 Gbps. Além disso, o sinal tem menor latência (atraso) na transmissão dos dados. “Quanto mais velocidade, menor latência na transmissão, assim você consegue fazer mais aplicações, consegue entregar mais conteúdo, consegue proporcionar melhores experiências e é isso que o 5G na prática vai fazer”, afirmou André Peixoto.

Com a chegada do 5G, Natal estará no mapa do avanço tecnológico. No total, com a finalização desta etapa, que tem o prazo máximo até 28 de novembro, haverá, no mínimo, 33 estações operando a internet de quinta geração na capital.  Com isso, afirma o diretor, “a nova ferramenta irá trazer melhorias para os setores de indústria, agronegócio, saúde, varejo, finanças e cidades inteligentes”.

Chegada do 5G amplia horizontes no Estado

O diretor de Marketing da Embratel, Alexandre Gomes,  explicou que chegada do 5G ao Rio Grande do Norte é uma forma de ampliação não só dos horizontes tecnológicos, mas também econômicos. A nova ferramenta poderá potencializar o estado nas áreas corporativas, industriais e turísticas. “A Embratel irá disponibilizar essa infraestrutura digital necessária pra esse desenvolvimento do mercado, possibilitando a criação de novos modelos de negócios da capacidade um futuro altamente digitalizado e inovador “, afirmou.
O 5G utilizará cabos de fibra óptica e antenas para a transmissão do sinal. O modelo é quase 100 vezes mais veloz do que o 4G. Dessa forma, a nova tecnologia permitirá a conexão de dispositivos e equipamentos como eletrodomésticos e carros à internet, ampliando a automação em diversos setores, como a indústria e até o atendimento médico.

Fonte: tribumadonorte

Com Potiguar Notícias

Parque das Dunas e Cajueiro funcionam normalmente no feriado 7 de setembro

No Feriado Nacional da Independência do Brasil (7), o Parque das Dunas e o Cajueiro de Pirangi mantém suas programações e recebe o público.

Confira a programação:

Parque da Dunas

Horário de funcionamento: 7h30 às 17h

Entrada: 1 real

Cajueiro de Pirangi

Horário de funcionamento: 8h às 17h30

Entrada: 8 reais (meia entrada para crianças, estudantes, professores e idosos, portando a carteira comprobatória).

Fonte: Idema/RN

Com POTIGUAR NOTÍCIAS