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quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Núcleo de Arte do IFRN lança consulta pública de editais de ocupação e oficinas

O Núcleo de Arte (Nuarte) do Campus Natal - Cidade Alta abre para consulta pública o edital para a ocupação artística e cultural das salas de arte do Campus e o edital para o oferecimento de oficinas de arte e cultura no Campus, ambos para 2020.
 
A consulta pública ficará aberta até o dia 10 de outubro de 2019 e as sugestões, alterações ou acréscimos devem ser enviadas via formulário.
 
"O objetivo dessa consulta pública é ampliar o diálogo com o setor cultural e a comunidade externa, possibilitando a participação dos interessados em contribuir com uma ação institucional", ressalta a Coordenadora do Núcleo, professora Nara Pessoa.

Potiguar Notícias com o IFRN - Campus Cidade Alta

BACURAU NOS DEU UMA MÁ NOTÍCIA


O filme nos fez gemer de prazer a cada gota de sangue de gringo derramada.
ARTIGO
Rodrigo Perez Oliveira, professor de Teoria da História na Universidade Federal da Bahia
Bacurau, filme de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, lançado no circuito brasileiro neste ano de 2019.
Nas últimas semanas, a bolha da oposição civilizada e intelectualizada ao bolsonarismo não falou em outra coisa. Bacurau pra cá e Bacurau pra lá. O barulho se justifica. O filme é uma obra prima, imperdível, provocador.
Uma breve síntese do enredo. Se você ainda não assistiu Bacurau, pode continuar lendo mesmo assim. Deixe se levar por essa histeria anti-spoiler não. Você consegue ser maior que isso.
Tudo se passa em uma cidade fictícia localizada no oeste de Pernambuco. Arranjados com o prefeito da região e com apoio logístico de brasileiros do sul, um grupo de gringos resolve ir caçar gente no sertão do nordeste brasileiro. É o tesão estadunidense pela arma, pelo tiro, pela caça esportiva. Só que ao invés de irem caçar elefante na África, os gringos vieram ao Brasil matar pessoas.
Acontece que a comunidade, que já contava com um sistema de autoproteção relativamente organizado (milícias), consegue se defender. Os gringos são mortos, têm suas cabeças cortadas e expostas em praça pública, sob os cliques dos smartphones e tablets dos moradores locais.
Vi na blogsfera das redes sociais pelo menos três reações diferentes ao filme:
1°) Alguns receberam Bacurau com animação e entusiasmo, acreditando se tratar de um convite à resistência armada “dos de baixo”. Essa interpretação foi inspirada pela velha fetichização do povo que certa esquerda ainda insiste em endossar, fazendo dos pobres uma espécie de bom selvagem rousseauniano. Pobres armados seriam capazes de construir o reino da justiça, de realizar a utopia na terra. Como se pobres fossem sempre virtuosos e jamais violentassem outros pobres, como se os “pobres” constituíssem grupo coeso e irmanado pela comunhão da experiência de pobreza. É de um marxismo de anteontem.
2°) Outros criticaram o filme exatamente pelos mesmos motivos que arrancaram aplausos do primeiro grupo. Bacurau seria um elogio à violência popular, o que poderia incitar comportamentos violentos na sociedade civil. É uma leitura inadequadamente literal que não foi capaz de captar o implícito tão valorizado nas obras do Kleber Mendonça Filho. Lembro que isso aconteceu também com Aquarius, lido erradamente como uma crítica à gentrificação das grandes capitais brasileiras. Aquarius ironiza as prioridades da classe média.
3°) Também houve aqueles que se incomodaram com aquilo que acreditaram ser a caricaturização do nordeste e do seu povo, como se Bacuarau evocasse a simbologia do Arraial de Canudos. Não acho que essa seja uma questão central para o filme. De fato, o que estava em tela era uma comunidade do nordeste, mas poderia ser uma favela do Rio de Janeiro ou uma tribo indígena da Amazônia e o argumento não seria prejudicado. O único momento do filme que o enredo joga com as dicotomias nordeste X sudeste/ sertão X litoral é quando os gringos debocham do casal de cariocas que reivindicam o estatuto de uma brasilidade superior pelo simples fato de que nasceram numa região “mais rica” do Brasil. Os gringos dizem “vocês não são brancos” e depois, simplesmente, matam o casal carioca, do mesmo jeito como estavam matando os moradores de Bacurau. Ou seja, para os gringos, somos todos mestiços, estamos todos na vala comum. É um momento interessante na economia interna da narrativa, mas curto, ligeiro e de importância secundária.
Penso mesmo que a discussão fundamental levantada pelo filme é outra.
Bacurau é a distopia neoliberal brasileira, é a caricatura do Estado Mínimo manifestado nos trópicos.
Uma comunidade completamente abandonada pelo poder público que aprendeu a resolver seus problemas com suas próprias estratégias, o que vai desde a organização de milícias até a autonomia para decidir comer alimento estragado ou usar medicamento tarja preta sem prescrição médica. É a ideia de liberdade liberal levada ao nível do grotesco.
Bacurau é palco para uma guerra travada entre particulares. A violência é potência afrodisíaca. Em algum momento das quase duas horas de filme, todos gozaram. Os gringos gozaram quando matavam brasileiros reduzidos à condição de animais. Os moradores da Bacurau gozaram quando mataram os gringos.
O público gozava quando um gringo tombava, tendo sua cabeça estourada e seu corpo esfaqueado.
Assisti Bacurau numa sala localizada dentro de um dos Campus da universidade onde trabalho. Em tese, o público é formado por pessoas progressistas, de esquerda e que não votaram em Jair Bolsonaro nas eleições do ano passado.
Bacurau nos fez gemer de prazer a cada gota de sangue de gringo derramada.
Se alguém tentasse chamar o público à racionalidade (ninguém tentou), perigava ouvir: “Tá com pena do gringo? Leva pra casa!”.
Bacurau usou o registro ficcional para produzir verossimilhança a partir do absurdo. Ao fazê-lo nos deu uma péssima notícia: temos a violência como gramática comum e todos nós, bem lá no fundo, somos um pouquinho Bolsonaro.
Jornalistas Livres

É mais difícil escrever contos ou romance?

Vale a pena discutir se é mais difícil escrever um romance ou um conto? Segundo Octavio Paz, sem épica não há sociedade possível, pois não existe sociedade sem heróis em que se reconhecer. Jacob Burckhardt foi um dos primeiros a advertir que a épica da sociedade moderna é o romance. Mas como chamar de épico um gênero ambíguo, que mal se define entre a crônica, o ensaio filosófico, a confissão autobiográfica, em que tudo cabe e é possível?
O romance e o conto teriam sua origem nos mesmos relatos míticos. Mas a modernidade mudou a feição do herói, introduziu a consciência, o homem virou o senhor de seus atos e vontades, não é mais o joguete do destino, sua posição diante do cosmo e diante de si mesmo tornou-se radicalmente distinta da que assumiu no passado. Os antigos conferiam realidade aos seus heróis. O mito explicava a ordem do mundo.
A Odisséia de Homero guardaria os prenúncios do romance moderno, uma forma narrativa que busca fugir ao ritmo imposto pela poesia e ao herói modelo, que acabamos de referir. O conto se origina nos relatos da tradição oral, nas histórias de deuses, heróis civilizadores, animais totêmicos. Guardados na memória e repetidos ao longo dos anos, esses relatos tinham a função de registrar os feitos das tribos, de educar através de exemplos, ou simplesmente divertir. As narrativas orais ganharam registros escritos, mas os compiladores, na maioria das vezes, permaneceram no anonimato. Nesse primórdio, o tecido que separava a narrativa de tradição oral, da escrita, era bem tênue. Permaneceu assim, até que a modernidade cobrou a assinatura de um autor.
No Decamerão de Boccaccio as múltiplas vozes dos narradores fazem pensar em vários autores. Porém, as cem narrativas estão assinadas. Não se trata de uma criação coletiva como os relatos colhidos e recontados pelos Irmãos Grimm, ou por Ítalo Calvino, ou por Jean Claude Carrière. Boccaccio imagina um grupo de sete moças que, tentando afastar-se dos perigos da peste que grassava em Florença, se encontram com três rapazes, “não por prévia combinação, mas por acaso, em uma das dependências da Igreja de Santa Maria Novella.” Ali, decidem seguir em busca de ar livre, para uma propriedade agrícola perto de Florença. E durante dez dias contam histórias de amor. É o mesmo modelo adotado em “As mil e uma noites”, sendo que nestas, além de um número mais infinito de noites, existe uma narradora única, Sherazade, que no transcorrer das histórias transfere a voz narrativa para outros. Sherazade seria um Boccaccio que ao invés de escrever, narra.
O conto se manteve próximo da tradição oral, e a substituiu nas sociedades em que a figura do narrador deixou de existir. Não há personagem, dentro das sociedades, a que possa ser comparado o romancista. Porque embora tenha existido o hábito da leitura de romances em voz alta, o romance nunca buscou forma correspondente na oralidade.
Mesmo considerando que a separação entre conto e romance é arbitrária, Ernesto Sabato insiste em diferenças arquetípicas, mas não diz quais são elas. Refere que “Guerra e Paz” é um romance e “Bartleby” um conto, sem estender-se nos motivos dessa classificação. A diferença estaria apenas no número de páginas? Sabato reconhece que “o romance é tão extenso comparado com o conto que, o que deve haver entre o começo e o fim dessa ilha difusa que se entrevê no início é difícil de prognosticar.” Borges, ao referir sua experiência, diz que vislumbra o princípio e o fim da história em cada conto que escreve, mas que não sabe a que país ou época pertencem, o que revela-se apenas quando pensa no tema, ou quando vai escrevendo.
No conto, trabalhando com um tempo narrativo mais limitado, segundo Ricardo Piglia “há um jogo entre a vacilação do começo e a certeza do fim”, sem sobras para digressões extensas como no romance. Segundo Kafka, “No primeiro momento, o começo de todo conto é ridículo. Parece impossível que esse novo corpo, inutilmente sensível, como que mutilado e sem forma, possa manter-se vivo. Cada vez que se começa, esquece-se de que o conto, se sua existência é justificada, já traz em si a forma perfeita, e que só cabe esperar vislumbrar nesse começo indeciso o seu visível, mas, talvez, inevitável final.”
Millôr Fernandes resumiria a questão numa tirada de humor: o conto é um romance sem o miolo. O conto é um relato que encerra um relato secreto, afirma Piglia. É este o seu miolo. Nele, precisamos contar uma história, contando outra. Não como fez Sherazade, que interrompe um fio narrativo para introduzir outro. É necessário que as duas histórias caminhem em paralelo, contem-se ao mesmo tempo. Ler um conto é investigar essa história secreta, que foge à aparência.
Piglia escreve que os contistas mais modernos abandonaram a estrutura fechada da narrativa e o final surpreendente; trabalham a tensão entre as duas histórias sem nunca resolvê-la. E que o conto clássico à Poe contava uma história anunciando que havia outra; e o conto moderno conta duas histórias como se fossem uma só. Os experimentos com o conto deixaram de lado a intenção de contar uma história, ou duas histórias, uma visível e outra secreta. Não existe a vontade de que o conto escrito retorne à forma oral, podendo ser lido em voz alta. Os novos narradores talvez não se interessem em contar histórias. Ou talvez se interessem em narrar uma história tão secreta, que muitas vezes nos perdemos nos seus sinais, sem nunca decifrá-la.
 *Ronaldo Correia de Brito é médico e escritor.

A história do livro no Brasil

Tudo começou no Rio de Janeiro, sede da Corte de D. João VI
A história do livro no Brasil tem seu começo quando, em 1808, a corte portuguesa se transfere para o Brasil.
Com D. João VI vêm, além de seu séquito, o primeiro prelo, de madeira e fabricação inglesa e a Biblioteca Real. D. João ordenou a instalação da Imprensa Régia. Contudo, essa imprensa funcionava sob a poderosa censura do imperador. A imprensa brasileira de então não era sinônimo de liberdade ou de manifestação da opinião pública. Era proibida a impressão fora das oficinas da corte e publicava-se apenas o que era autorizado: o que não ofendia o Estado, a religião, os costumes.
A partir da Imprensa Régia foi publicado o primeiro jornal brasileiro, a Gazeta do Rio de Janeiro e também o primeiro livro, Marília de Dirceu, de Tomás Antonio Gonzaga. Depois de revogada – em 1821- a proibição de imprimir, multiplicaram-se os jornais, folhetos, revistas. Surgiu a primeira revista, As variedades ou ensaios de literatura.
Os irmãos Laemmert e B. L. Garnier
O Brasil desta época vivia sob forte influência cultural da França. Nesse contexto dois nomes se destacam e têm extrema importância para a cultura livresca do país: Laemmert e Garnier. Eram duas casas editoras que importavam muitos livros franceses para uma elite rica e culta. Enquanto essa pequena parcela gozava da mais refinada cultura, o restante dos brasileiros, cerca de 84% da população, não sabia ler.
Eduard Laemmert e seu irmão Heinrich, além de fundar a Livraria Universal, logo passaram a editar livros e inauguraram a Typographia Universal. Os negócios com livros prosperavam. Almanaques, clássicos da literatura, dicionários, coleções, obras técnicas e acadêmicas; os irmãos Laemmert foram responsáveis pelas primeiras publicações da qualidade do Brasil.
Ao lado dos irmãos Laemmert, dividia o mecado de livros a livraria Garnier, de seu fundador e editor, Baptiste Louis Garnier. Garnier editou clássicos estrangeiros e foi um dos primeiros a editar os autores brasileiros. Foi responsável também pelo lançamento de romancistas brasileiros, como José Veríssimo, Olavo Bilac, Artur Azevedo, Bernardo Guimarães, Silvio Romero, João do Rio, Joaquim Nabuco.
Baptiste Louis adoeceu e seu irmão, Hippolyte, assumiu a editora. Personalidade reservada e pouco ousado, Hippolyte não arriscava seu nome em autores desconhecidos. Graça Aranha, autor de Canaã, foi o primeiro grande autor desconhecido no qual ele apostou. Foi o maior sucesso editorial do começo do século 20 (1902).
Sua política de compra definitiva de direitos autorais beneficiou a empresa, mas prejudicou autores que estavam começando sua vida editorial. Entre eles, Machado de Assis, de quem foi o primeiro e principal editor e de quem comprou, a preços ínfimos, os direitos autorais de todas suas obras.
Enquanto Laemmert editava publicações populares e manuais, em parque tipográfico situado à rua dos Inválidos, Garnier sofria uma certa discriminação por enviar para Paris as obras que fosse editar. Além de sua política de compra definitiva dos direitos, Garnier, era, também por isso, visto com um editor às avessas: não incentivava a produção local de livros.
Em 1934, Garnier e Laemmert não resistiram ao conturbado período político-econômico do país e à Grande Depressão, tendo encerrado suas atividades neste período.
Em São Paulo…
Até o fim do século 19 a atividade editorial em São Paulo girava em torno da Faculdade de Direito de São Paulo, no Largo São Francisco. Em 1860, o panorama começou a mudar quando a Garnier abriu uma filial na cidade, com um antigo funcionário na direção do estabelecimento, Anatole Louis Garraux. Além de livros a Casa Garraux passou a vender também artigos de papelaria e ficou famosa na cidade por introduzir o uso do envelope, caixas registradoras e máquinas de calcular – tudo importado.
Frequentada não só por estudantes mas por grandes cafeicultores da elite paulistana, se tornou um ponto de encontro e uma referência na vida cultural da cidade. Foi na Garraux que José Olympio deu início à sua atividade como livreiro. Depois de passar três anos como livreiro, J. Olympio, com sua influência entre os intelectuais, passou a conquistá-los e a editar suas obras. Foi um pioneiro na época, pois além de suas boas relações, pagava adiantado os direitos autorais e lançava novos autores, que se tornaram os maiores nomes da época. J. Olympio soube explorar a precariedade da então ingrata profissão de escritor que, durante décadas careceu até de legislação de direitos autorais. O profissionalismo de Olympio fez a Garraux fechar as portas.
Foi nessa época também que surgiu em São Paulo a Grande Livraria Paulista, primeiro nome da Livraria Teixeira, dos portugueses Antonio Maria e José Joaquim.
Nela trabalhou o jovem José Vieira Pontes, que criou em torno da Teixeira uma clientela culta e famosa. Até o Imperador Pedro II fez uma visita à livraria. Ficou conhecida também por ter iniciado as tardes de autógrafo e a primeira edição de A Carne, de Júlio Ribeiro. A Teixeira é, até hoje, a livraria mais antiga de São Paulo.
Fonte: Portal BRASIL CULTURA

História do Brasil

História do Brasil é dividida, consensualmente e para fins didáticos, em três períodos principais: Período Colonial, Período Imperial e Período Republicano. Entretanto, tais divisões existem apenas para organizar esquematicamente os principais conteúdos sobre a formação do Brasil, tendo como ponto de partida o ano do descobrimento, isto é, 1500. Entretanto, é sabido que, no território em que se “formou o Brasil”, havia, antes, várias tribos nativas com aspectos culturais muito particulares. Mesmo antes da formação dessas tribos, houve também povos primitivos que deixaram os vestígios de sua cultura em vários lugares do território brasileiro (Veja Pré-história brasileira) há milhares de anos.
A esse período da História do Brasil cujo tema central é o estudo dos povos nativos, isto é, dos povos indígenas, dá-se o nome de Período Pré-Cabralino. Essa nomenclatura faz referência a Pedro Álvares Cabral, cuja chegada em terras brasileiras é considerada o marco inaugural da História do Brasil. A partir de então, de 1500 em diante, sobretudo a partir da década de 1530, teve início a fase do Brasil Colônia.
O Brasil começou a ser efetivamente colonizado em razão da preocupação que Portugal passou a ter com as ameaças de invasões das terras brasileiras por outras nações, como viriam a ocorrer décadas depois. O primeiro sistema de ocupação e administração colonial foi o das Capitanias Hereditárias, que, posteriormente, foi regido pelo Governo Geral, que tinha o objetivo de organizar melhor a ocupação do território, bem como desenvolvê-lo. O período do Brasil Colonial estendeu-se até o início do século XIX, especificamente até 1808, quando a Família Real veio para o Brasil e integrou-o ao Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Foi nesse período em que se desenvolveram a economia e a sociedade açucareira e, depois, a economia e a sociedade mineradora. Dataram ainda do período Colonial as várias Rebeliões Nativistas e Rebeliões Separatistas, merecendo destaque especial a Inconfidência Mineira.
Em 1822, teve início a fase do Brasil Império, ou Período Imperial. Desde a vinda da Família Real (1808) para o Brasil até 1822 houve intensas transformações políticas tanto no Brasil quanto em Portugal, que acabaram por conduzir as elites brasileiras e o Príncipe D. Pedro I a declararem o Brasil um Império independente. Após a estruturação do Império, seguiu o Período Regencial, período esse marcado pelo governo dos regentes daquele que se tronou o segundo imperador brasileiro, Dom Pedro II, que, à época em que o pai deixou o poder (1831), ainda não estava em idade hábil para governar o país. O Segundo Reinado só começou de fato no ano de 1840, estendendo-se até 1889, ano da Proclamação da República. Um ano antes, ainda sob a vigência do Império, foi decretada a Abolição da Escravatura.
A partir de 15 de novembro de 1889, teve início o período do Brasil República. Esse período caracterizou-se pela montagem de uma estrutura política completamente diversa daquela do Império. A busca pela efetividade dos ideais políticos republicanos, influenciados pelo positivismo, guiou a formação da república brasileira, que se dividiu, esquematicamente, entre República Velha (1889-1930), cujas rebeliões que nela ocorreram merecem destaque; Era Vargas (1930-1945), que foi marcada pelo longo governo do político gaúcho Getúlio Dornelles Vargas; fase da República Populista (1945-1964), que se situou no período inicial da Guerra Fria e caracterizou-se pela estrutura política baseada no fenômeno do populismo; e, por fim, a fase dos Governo Militares (1964-1985), marcada pelo Golpe Militar de 31 de março de 1964 e, depois, pelo Ato Institucional nº5, de 13 de dezembro de 1968, que estendeu o regime militar (com cassação de direitos políticos e liberdades individuais) até o ano de 1985.
Ainda há a fase do Brasil Atual, que é estudada de acordo com as pesquisas mais recentes que são feitas sobre a conjuntura política, sociocultural e econômica do Brasil dos últimos 30 anos.
Por Me. Cláudio Fernandes