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terça-feira, 26 de maio de 2020

Covid-19 aumenta vulnerabilidade de crianças e mais de 6 mil podem morrer por dia nos próximos 6 meses

Foto: UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas
Via Um Princípe no Gueto

1,2 milhão de crianças menores de 5 anos podem morrer por causas evitáveis nos próximos seis meses, de acordo com o mais recente relatório da Unicef.

Antes do Covid-19 já morriam 2,5 milhões de crianças no mundo a cada 6 meses, antes mesmo de atingirem os 5 anos de idade, então a pandemia global pode aumentar esse número para 3,7 milhões, colocando em risco mais de uma década de avanços no combate à mortalidade infantil, segundo a organização.
O combate ao Covid-19 pode enfraquecer ainda mais os sistemas de saúde, já deficientes, principalmente nos países mais pobres.
Algumas mudanças já podem ser percebidas, como as visitas aos centros de saúde que estão diminuindo devido a quarentena, toques de recolher, interrupções no transporte e principalmente, o medo de contaminação. O Covid-19 também está causando interrupções e sobrecargas nas cadeias de suprimentos médicos e nos recursos financeiros e humanos, além da suspensão dos tratamentos de rotina que eram feitos antes da pandemia.
O aumento da vulnerabilidade
À medida que o número de mortes causadas pelo Covid-19 aumentam, um número crescente de crianças estão ficando órfãs e mais vulneráveis à exploração sexual e abuso, o que também pode elevar o número de crianças em centros psiquiátricos, centros de detenções de imigrantes e outros tipos de unidades de confinamento temporários e permanentes.
A organização de direitos humanos Human Rights Watch divulgou um novo relatório no dia, 9, chamado “Covid-19 e Direitos da Criança” no qual aponta que a perda de emprego e renda entre as famílias pode aumentar significativamente os números de “exploração do trabalho infantil, exploração sexual, gravidez na adolescência e de casamento infantil”.
“Os riscos que a crise do Covid-19 representam para as crianças são enormes. Os governos precisam agir com urgência para proteger as crianças durante a pandemia,” disse Jo Becker, diretor de defesa dos direitos da criança da Human Rights Watch.
Acesso à Internet
De acordo com dados divulgados pela UNESCO, a Covid-19 está impactando perto de 363 milhões de alunos em todo o mundo, do nível pré-primário ao ensino superior. Um em cada cinco estudantes em todo o mundo estão fora da escola devido a pandemia e a maioria não tem acesso à internet.
Segundo a ONU, metade do mundo não tem acesso à Internet, apesar de ser considerado um facilitador fundamental dos direitos humanos.
No Brasil ainda é complicado se discutir acesso à internet quando o país conta com milhões de casas sem energia elétrica e os benefícios que ela traz.
Atualmente no Brasil são 9,6 milhões de crianças e adolescentes sem acesso à internet em casa, sendo que destes 71% são negros e 28% são brancos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Tecnologia da Informação e Comunicação (PNAD Contínua TIC) 2018.
A Unicef sugere que os governos ampliem o acesso à internet com redes estáveis e gratuitas para as populações mais pobres e vulneráveis, para que tenham acesso à educação escolar e à informação sobre o Covid-19, bem como mecanismos de defesa e proteção às mães, crianças e adolescentes.
Na África do Sul por exemplo as operadoras móveis estão oferecendo acesso à custo zero à sites essenciais e cancelando taxas para transferências de dinheiro digital, enquanto prometem que os serviços móveis continuem funcionando, apesar da crescente crise.
Desafios no Brasil
Para compreender o impacto do coronavírus e seus reflexos na vidas das crianças no Brasil é necessário fazer uma pequena análise sobre os gastos públicos destinados à saúde e educação e como isso impactará as populações mais pobres e principalmente as crianças, pois a pandemia colocou em xeque o teto constitucional de gastos públicos no país.
Em 2016, ainda durante o governo Michel Temer, foi aprovada a PEC-241, Proposta de Emenda Constitucional que congelou o teto de investimentos por 20 anos em educação e saúde.
A Constituição obrigava o governo a aplicar pelo menos 18% de sua receita no desenvolvimento da educação e 13,2% na saúde. De acordo com a PEC-241, somente em 2037 o governo federal poderá voltar a aumentar os gastos nas áreas de saúde, educação, direitos humanos e moradia. Somente no ano passado R$ 13,5 bilhões de reais deixaram de ser investidos no SUS – Sistema Único de Saúde, e este ano mais 10 bilhões de reais, se a emenda constitucional não for revista.
O Covid-19 amplia de maneira severa o espectro da fome e miséria, além de aumentar a vulnerabilidade social e econômicas das famílias – principalmente das negras, forçando as crianças e adolescentes a ajudarem na complementação da renda familiar.
Especialistas dizem que o Brasil pode diminuir 14 milhões de vagas de empregos, além da queda de até 11% do PIB.
Como consequência destes dados de crise mundial, unir esforços para monitorar e cobrar o governo brasileiro para que ele crie políticas públicas de transferência de renda e monitoramento para evitar o aumento da exploração da mão de obra infantil, parece ser o melhor caminho neste momento.
Diante disso, um grupo de 192 entidades e conselhos pediram ao STF a revogação do teto de gastos para que o Brasil possa enfrentar a pandemia e diminuir o impacto sobre a população mais pobre e vulnerável, e principalmente as crianças e adolescentes.

Um dos maiores violonistas brasileiros põe à venda seu violão e mostra a gravíssima situação dos músicos no país

Luis Filipe de Lima

O violonista, arranjador e diretor musical Luís Filipe de Lima colocou seu violão Do Souto à venda por R$ 12 mil. Há 25 anos com o violão, Luis Filipe decidiu vendê-lo em função da pandemia, que reduziu a praticamente zero a possibilidade de trabalho para o setor - e que não recebe qualquer espécie de atenção do governo federal
247 - O violonista Luís Filipe de Lima colocou seu violão Do Souto à venda por R$ 12 mil. Ele decidiu vendê-lo em função da crise do coronavírus, que reduziu drasticamente a possibilidade de trabalho para o setor.
A reportagem do jornal O Globo destaca que “difícil imaginar um anúncio de venda de violão mais triste. Nas primeiras horas de seu 53º aniversário, neste domingo, o violonista, arranjador e diretor musical Luís Filipe de Lima avisou: está à venda, por R$ 12 mil, Seu Sete, como carinhosamente batizou o violão de sete cordas que o acompanha há 25 anos, comprado em 1995 de Paulão Sete Cordas.”
A matéria ainda acrescenta que “a crise provocada pela pandemia do coronavírus, que diminuiu e muito as oportunidades de trabalho para Luís Filipe, jurado há 14 anos do Estandarte de Ouro, é vista por ele como a ponta do iceberg para a situação chegar ao ponto de se desfazer de Seu Sete.  Mas a situação e as dívidas já vinham se acumulando nos últimos anos, desde o final do governo Dilma, principalmente pela escassez de editais e a torneira de investimentos fechada em instituições como o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e Petrobras.”
Diz Luís Filipe: “eu sou muito apegado às lembranças, mas nos últimos tempos me desfiz de outros objetos valiosos — reflete o músico, citando a partitura original de uma canção de Jacob do Bandolim e um autógrafo dado por Noel Rosa em 1931, em uma nota de cachê de rádio. — Eu fico mais pesaroso com o fato de que a venda do violão vai servir para pagar juros bancários, e não para fazer um pé de meia. Não é nem de perto o que eu preciso. Simplesmente vai ser o milagre do mês, para apagar um incêndio. O “pum do palhaço”, como disse Regina Duarte.”
Luís Filipe de Lima
Leia o post do músico: 
Neste dia em que completo 53 voltinhas no brinquedo, anuncio a venda de um grande companheiro: meu violão de sete cordas Do Souto, que está comigo há exatamente um quarto de século e cuja história se confunde com a minha própria. Esse instrumento me deu muitas alegrias, me apresentou a muita gente querida e me levou a vários cantos do mundo. Preciso vendê-lo, sei que vou ficar com saudades, mas companheiro de verdade é assim, socorre e dá esperança nas horas em que a gente ma...

Ver maisFonte: BRASIL 247

A reunião dos bons companheiros

Na manhã do dia 14 de novembro de 1957, na estrada que dá acesso a Apalachin, um pequeno vilarejo rural do Estado de Nova York, o sargento Edgar Croswell e dezenas de agentes federais fizeram um cordão de isolamento nas proximidades da mansão do empresário Joseph Barbara, conhecido como Joe, The Barber.
O sargento há tempos o investigava. Desconfiava que sua empresa de engarrafar bebidas era fachada para negócios criminosos. E naquele dia ficaram de tocaia ao suspeitarem de uma quantidade enorme de forasteiros hospedados em um motel nas proximidades.
Dezenas de carros luxuosos chegavam, homens vestidos em ternos caros, seus charutos e chapéus de feltro, entravam na mansão de Barbara. Na batida, os federais descobriram o maior encontro de chefes mafiosos da história. Da cúpula ao segundo escalão e guarda-costas somavam mais 100 ali reunidos. A pauta era discutir a hegemonia das “famílias”. Naquela década, a Máfia passava por mudanças expressivas e as lideranças se incomodavam muito com a nova facção, que tentava tomar o controle dos veteranos no submundo organizado.
Muitos conseguiram escapar. Mais de 60 foram presos. O histórico encontro dos poderosos chefões da Máfia norte-americana ficou conhecido como A Reunião de Apalachin.
Curiosamente, o cinema nunca abordou direta e exclusivamente o fato. Vários filmes apenas mencionaram a data ou colocaram na trama alguns personagens que estiveram naquele encontro.
Em “Dentro da Máfia” (Inside the Mafia), de Edward Cahn, 1959, a Reunião foi muito vagamente representada no enredo.
Um pouco mais discorrido, contando a história do ex-membro da Máfia Joe Valachi, “Os segredos da Cosa Nostra” (The Valachi Papers), de Terence Young, 1972, baseado no livro homônimo de Peter Maas.
Francis Ford Coppola cita o encontro em uma cena de massacre em “O Poderoso Chefão – Parte III” (The Godfather Part III), 1990.
No mesmo ano, em “Os bons companheiros”, (Goodfellas), de Martin Scorsese, o personagem de Ray Liotta menciona num diálogo que “Foi um tempo glorioso, antes de Apalachin, antes do louco Joe Gallo assumiu um chefe da máfia e começou uma guerra …”
De maneira cômica e enviesada, a séria Reunião foi retratada em “Máfia no Divã” (Analyse this), de Harold Ramis, 1999, com Robert De Niro.
O famoso ator, que já interpretara Vito Corleone no segundo filme da trilogia de Coppola, voltou ao tema na comédia de humor negro policial “A Família” (The Family), dirigida por Luc Besson, 2013.
Acima, na foto, uma colagem com vários atores que representaram mafiosos no cinema, Ben Gazarra, Edgar G. Robinson, De Niro, e até Frank Sinatra, conhecido por suas supostas amizades com notáveis chefões na vida real.
A foto sempre circulou na internet em referência à Reunião Apalachin naquele dia de novembro de 1957. Serve também para ilustrar a reunião do “coiso” com sua quadrilha ministerial naquele dia de abril de 2020.
Fonte: Portal BRASIL CULTURA

Nos anos 60 este local de Natal (RN) era a mais inacreditável curtição do Nordeste

O Hippie Drive-in foi um empreendimento bemmm além de seu tempo que existiu em Natal entre 1967 e 1974. Não era clube nem restaurante nem boate, mas uma mistura de tudo isso e mais alguma coisa.
O Hippie consistia numa área de lazer com 40 mil metros quadrados abrigando baresrestaurantesboatesparque de diversão, quiosques para vendas de guloseimas, zoológico e até drive-in, onde casais enamorados trocavam carícias dentro de carros com privacidade e segurança.
Durante o dia o ambiente era família. Famílias se divertiam no parque, que tinha uma roda-gigante; “baganas” nos quiosques e um zoológico, isso mesmo, um pequeno zoológicoo primeiro e único de Natal.
No zoológico do Hippie conviviam onça-pintada, tamanduá-bandeira, anta, cotia, porco-espinho, urubu-rei, faisão e outras variedades de aves. Nos restaurantes serviam iguarias desconhecidas do paladar local como escargot e caviar, e bebidas como tequila e cervejas importadas, no cartaz dizia: “15 marcas de 8 países”.
Propaganda do “Hippie Drive In” (Natal) no jornal Diário de Natal em 14/04/1969
Mas, o motivo de maior sucesso do Hippie Drive-in estava nas suas boates, eram duas. Uma ao ar livre e outra “reservada”. O sucesso dessa última era a luz negra, a primeira da cidade. O efeito da animação estroboscópica causava surpresa ou satisfação ao frequentador casual ou contumaz da boate.
Os casais bailavam sob a sensação de estarem tremendo ou se movimentando aos saltos e isso levava a todos para a pista de dança. O gim com água tônica era o pedido comum de seus clientes, devido o efeito brilhoso decorrente da incidência da luz negra sobre a bebida.
Entretanto, o sucesso ficava por conta de garotas desinibidas que, proposital ou distraidamente, fossem para o dancing com roupas íntimas brancas. O sutiã e a calcinha ficavam evidenciados do restante da vestimenta pela ação da luz negra, deixando as curvas do corpo bem delineadas causando o efeito sensual almejado por elas. Por lá se apresentavam bandas memoráveis como Impacto 5, The Jetsons, Infernais, Os Primos e outros conjuntos da capital e de fora do Estado.
Hippie Drive In, Natal-RN. Empreendimento muito além de seu tempo que existiu em Natal entre 1967 e 1974.
Detalhe interessante: todos os garçons empregados no complexo eram homossexuais. Naquela época, a intolerância contra gays era muito mais gritante, e isso os tornava naturalmente retraídos. Talvez a discrição decorrente dessa postura os tornassem as pessoas adequadas para atender os casais no drive-in, quando estivessem aos “sarros” em seus carros.
Aos visitantes que desejassem uma lembrança, encontravam à disposição, nas mesas, um pires pintado à mão pela artista plástica Lourdes Guilherme, com a inscrição “Este eu roubei do Hippie Drive-in”.
A ideia saiu da caixola do empresário Luís Carlos Abbott Galvão. Segundo se comenta, ele se espelhou em algo idêntico visto na cidade do México. Não cobravam entrada, mas exigiam consumação.
Homenagem da IFRN a Luiz Carlos Abbott Galvão, criador do Hippie Drive In em Natal (RN) nos anos 60. Foto: IFRN.
Eram comuns excursões de Pernambuco e da Paraíba, porque não existia nada semelhante no Nordeste. O ambiente chegou a acomodar, de uma só vez, 1.800 pessoas, algo inacreditável para casas de shows de quase meio século atrás.
Estacionamento do Hippie Drive In, Natal-RN. Empreendimento muito além de seu tempo que existiu em Natal entre 1967 e 1974.
Natal não tinha motel na época, e se um local como esse hoje seria uma sensação, imagine na época.
Luiz Carlos fechou o complexo de divertimento por conta da concorrência nas redondezas e, também, porque abriram o “Kazarão”, outra iniciativa sua em evidência que ficava na Avenida Campos Sales.
O Hippie Drive-in foi realmente um empreendimento além de sua época. Funcionou em local inabitado da atual Av. Engenheiro Roberto Freire, na altura do Sea Way.
Informações do engenheiro civil e escritor José Narcelio Marques Sousa.
Fonte: CURIOZZO

Este foi o primeiro filme colorido e falado exibido em Natal (RN) - Por Henrique Araujo


Capa do filme “General Crack”, o primeiro filme colorido e falado exibido em Natal – em 1931.
General Crack é um melodrama musical de fantasia americano de, pasmem, 1929. Com sequências “Technicolor”, dirigido por Alan Crosland e produzido e distribuído pela Warner Bros, General Crack foi lançado no início de 1930 e é estrelado por John Barrymore.
Outra capa do filme “General Crack”, o primeiro filme colorido e falado exibido em Natal – em 1931.
O filme chegou na cidade legendado em português, e foi exibido no ano de 1931 no Cinema São Pedro, localizado na Rua Amaro Barreto, Alecrim, inaugurado em 1930. A informações são de João Sizenando.

Bônus: o primeiro filme erótico da cidade foi o “Ecstasy”, em 1936

Capa e propaganda do filme “Ecstasy” o primeiro filme erótico da cidade exibido em 1936.
Sizenando também conta que a belíssima estrela austríaca Hedy Lamarr foi a primeira a mostrar nudez na telona em Natal.
Traduzido do inglês, “Ecstasy” é um filme de drama romântico erótico tcheco de 1933, dirigido por Gustav Machatý e estrelado por Lamarr, Aribert Mog e Zvonimir Rogoz.
Atriz Hedy Lamarr no filme “Ecstasy”, o primeiro filme erótico da cidade de Natal – exibido em 1936.
O filme é sobre uma jovem mulher que se casa com um homem rico, mas muito mais velho, uma situação escandalosa para a época.

Fonte: CURIOZZZO