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sábado, 21 de março de 2020

Nota Recomendatória Circular. - SINFARN

Resultado de imagem para IMAGEM DO SINFARN
SINDICATO DOS FARMACÊUTICOS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - SINFARN, neste ato legalmente representada pela sua presidente, a Sra. Jacira Elvira de Oliveira Bezerra Prestes, no uso de suas atribuições legais, como prevê o art. 8.º, III da CF/88, 

CONSIDERANDO a grave crise de saúde causada pela epidemia do novo coronavírus. 

CONSIDERANDO que a Farmácia comunitária ou hospitalar é um estabelecimento de saúde, nos termos do Art. 3.º, da Leia 13.012/2014, na qual se processa a dispensa e/ou o manipulação de medicamentos, assistência farmacêutica, à saúde e orientação sanitária individuais e coletivas, atividade essencial e imprescindível à população, sobretudo, neste momento, tão sensível à sociedade; 
CONSIDERANDO que as farmácias estão obrigadas por lei e por decreto público de que deverão permanecer funcionando durante o período de quarentena a que está submetida a população.
CONSIDERANDO que os profissionais de Farmácia (Farmacêuticos e demais empregados) atuam na linha frente no atendimento direto ao público, fazendo parte, assim, do grupo de “risco mediato”, dado o alto potencial de contato permanente com casos confirmados ou suspeitos de COVID-19.

RECOMENDA:

I – Que as FARMÁCIAS forneçam aos Profissionais de Farmácia (Farmacêuticos, balconistas e demais empregados) Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), tais como: higiene das mãos com sabonete líquido ou com preparação alcoólica; óculos de proteção ou protetor facial; máscara cirúrgica; avental impermeável; luvas de procedimento; desinfecção das superfícies internas das farmácias com álcool a 70%, hipoclorito de sódio ou outro desinfetante indicado para este fim, exigência de filas com distância mínima entre dos clientes de 2 m, atendimento ao cliente obedecendo distância mínima de 2 m, que gestantes, lactantes e idosas e empregados com comorbidades (grupo de risco) exerçam preferencialmente as suas atividades em casa – trabalho remoto; 

II – Caso se verifique que a Farmácia não está atendendo as exigências legais acima assinaladas, o profissional de farmácia deverá, em caráter de urgência, comunicar SINFARN tal fato,  a fim de que o Sindicato possa adotar as medidas administrativas, judiciais e legais cabível ao caso. 

II. As denúncias deverão ser encaminhadas através do e-mail: sinfarn@gmail.com.

Jacira Elvira de Oliveira Bezerra Prestes.
Presidente – SINFARN.

INFORMAÇÕES SOBRE O CORONAVÍRUS (COVID-19)



Imagem do Google
Dr. Pedro Pinheiro
A pandemia pelo novo Coronavírus é talvez a mais grave situação de saúde pública dos últimos 100 anos. O vírus é altamente contagioso e se espalha com facilidade.
Muitos sistemas de saúde do mundo, públicos ou privados, não têm recursos técnicos nem humanos para dar conta de um aumento grande e súbito do número de pacientes precisando de internação hospitalar.
Um sistema de saúde em rotura é incapaz de atender não só os casos de CoVID-19, mas também qualquer outro tipo de doença. Pessoas com doenças tratáveis, inclusive jovens, podem morrer por falta de atendimento médico.
Na Itália, centros cirúrgicos estão sendo transformados em CTI para poder atender a imensa demanda de pacientes críticos. Pessoas precisando de cirurgia não estão tendo onde operar em alguns hospitais.
Portanto, fique em casa com sua família, mesmo que você não seja grupo de risco. Libere os seus empregados para que eles também possam ficar em casa. Só saia para comprar comida e remédio. Fique a pelo menos 1 metro de distância de qualquer pessoa.
A taxa de transmissão precisa ser freada a todo custo. Você vive em sociedade. Se a sociedade entrar em colapso, você sofrerá junto.
Se o vírus SARS-CoV-2 não for travado, ele pode infectar de 60 a 70% da população. A taxa de mortalidade é de 3 a 4% dos casos notificados, mas pode chegar a mais de 10% em países com sistema de saúde em colapso. Em um país de 200 milhões de habitantes como o Brasil isso significa que centenas de milhares de pessoas podem morrer.
FIQUE EM CASA!

O que é o Coronavírus?

Os coronavírus (CoV) são uma grande família de vírus conhecidos desde os anos 1960, que podem infectar humanos e outros animais.
Os coronavírus humanos são comuns em todo o mundo. Eles geralmente causam doenças respiratórias de intensidade leve a moderada. Estima-se que até 10% dos casos de resfriados comuns sejam provocados por esse tipo de vírus. Portanto, é bem possível que você já tenha tido pelo menos uma virose por algum coronavírus e nem saiba.
Alguns sorotipos, porém, são mais virulentos e podem provocar infecção pulmonar grave, com risco de morte. Nos últimos 10 anos, surtos de estirpes mais agressivas no Oriente médio e no sudeste asiático provocaram centenas de mortes, a maioria delas por pneumonia grave.
O surto mais recente surgiu no final de 2019 na cidade de Wuhan, China. Essa nova cepa já infectou milhares de pessoas e chegou a mais de 100 países.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a doença chama-se CoVID-19 e o vírus responsável por ela chama-se SARS-CoV-2.
Inicialmente chamado de 2019-nCoV, o nome do vírus foi alterado para SARS-CoV-2 com base em sua relação genética com o SARS-CoV original que causou o surto da doença em 2002-2003.

Números atuais da epidemia

Segundo relatório da Organização Mundial de Saúde, até 21 de Março de 2020, os dados epidemiológicos sobre a infecção pelo SARS-CoV-2 são os seguintes:
  • Globalmente já foram registrados 234.073 casos (24.247 novos) com 9.840 mortes (1061 novas).
  • Na região do Pacífico Ocidental (incluindo China) são 93.349 casos confirmados (1016 novos) e 3.405 mortes (28 novas).
  • Nas Américas são 13.271 casos confirmados (4.104 novos) e 178 mortes (57 novas).
  • Na África são 473 casos confirmados (106 novos) e 8 mortes (1 nova).
  • Na Europa são 104.591 casos confirmados (17.506 novos) e 4.899 mortes (816 novas).
  • Portugal tem 1280 casos confirmados (260 novos) e 12 mortes.
  • Brasil tem 1021 casos confirmados e 18 mortes*.
* Os dados brasileiros não me parecem confiáveis, pois hospitais privados, secretarias estaduais de saúde e Governo Federal estão divulgado números contraditórios. Além disso, há clara subnotificação dos casos.

Tipos

Alguns coronavírus foram identificados já há muitos anos enquanto outros foram reconhecidos apenas recentemente, como são os casos do coronavírus da síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV) em 2012 e o coronavírus da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV) em 2003, que surgiu no sudeste asiático.
Os coronavírus infectam mamíferos e aves. Existem diversas cepas diferentes, sendo os morcegos os animais que abrigam o maior número de variantes do vírus.
Nos humanos há pelo menos 7 sorotipos de coronavírus que nos provocam doença:
  • HCoV-229E.
  • HCoV-NL63.
  • HCoV-OC43.
  • HCoV-HKU1.
  • MERS-CoV.
  • SARS-CoV.
  • SARS-CoV-2 (anteriormente 2019-nCoV).

Transmissão

Os coronavírus humanos geralmente se espalham de uma pessoa infectada para outras através de:
  • Transmissão pelo ar, quando um paciente infectado tosse ou espirra.
  • Contato pessoal próximo, como tocar ou apertar as mãos de alguém infectado.
  • Tocar em um objeto ou superfície que tenha sido contaminado com o vírus e em seguida levar a mão à boca, nariz ou olhos.
  • Raramente, contaminação por contato com fezes do paciente.
Habitualmente, as infecções pelo coronavírus humanos ocorrem nos meses de outono e inverno.
A maioria das pessoas é infectada com um ou mais dos coronavírus humanos comuns durante a vida, principalmente durante a infância.
Creches e asilos para idosos são estabelecimentos que frequentemente abrigam surtos de resfriado por coronavírus.

Surtos nos anos 2000

Alguns tipos de coronavírus são zoonoses, ou seja, podem ser transmitidos de animais para seres humanos.
O surto de MERS-CoV começou no Oriente Médio após o vírus “saltar” de camelos para humanos. Já o SARS-CoV na China provavelmente surgiu após a transmissão de morcegos para humanos.
Quando o coronavírus “pula” de uma espécie de animal para nós humanos, os surtos costumam ser mais graves, pois são vírus completamente novos para o nosso sistema imunológico. A imensa maioria das pessoas não tem grau nenhum de imunidade e aquelas mais debilitadas acabam desenvolvendo infecção severa.

Novo coronavírus de 2019 (SARS-CoV-2)

Ainda não sabemos exatamente como surgiu esse novo sorotipo de Wuhan, mas as investigações epidemiológicas apontam um mercado de frutos do mar, onde a maioria dos pacientes havia trabalhado ou visitado, como a origem desse novo surto. Esse mercado também vendia carnes processadas e animais para consumo vivos, incluindo aves, burros, ovelhas, porcos, camelos, raposas, texugos, ouriços e répteis.
Nos primeiros casos identificados desse novo surto, a maioria dos pacientes referia algum vínculo com o mercado de frutos do mar e outros animais, sugerindo que disseminação inicial tenha partido de animais para pessoas.
Conforme a quantidade de pessoas contaminadas pelo vírus foi crescendo, verificou-se um número cada vez maior de pessoas que negavam qualquer contato com o mercado ou com outros animais, sugerindo que a virose estava agora se perpetuando através da transmissão direta de uma pessoa para outra.
Na segunda quinzena de janeiro de 2020, o governo chinês anunciou que foi confirmada a transmissão de uma pessoa para outra desse novo sorotipo. As estimativas atuais sugerem que cada pessoa infectada tem transmitido o vírus para mais 2 ou 3.
Não sabemos ainda quanto tempo o SARS-CoV-2 sobrevive no ambiente, mas estudos inicias mostram que ele permanece viável para transmissão por até 4 a 5 dias em materiais como madeira, alumínio, plástico, papel e vidro. Em locais quentes e com direta exposição solar a resistência do vírus é bem menor.
Esse tempo de sobrevida no ambiente torna a propagação da infecção através de produtos importados da China muito pouco provável, pois o tempo que o material leva para chegar ao seu destino costuma ser bem maior que a capacidade de sobrevida do vírus.
Alguns estudos mostram que a taxa de transmissão é menor em países de clima quente e úmido. Porém, o clima por si só não é capaz de impedir a epidemia.

Sintomas

Coronavírus em geral

Na maioria dos casos, as infecções pelo coronavírus provoca quadros respiratórios leves. O período de incubação varia de 2 a 14 dias.
Os coronavírus humanos comuns, incluindo os tipos 229E, NL63, OC43 e HKU1, geralmente causam doenças leves a moderadas do trato respiratório superior, como o resfriado comum (leia: Você sabe qual é a diferença entre gripe e resfriado?).
Os resfriados pelo coronavírus têm curta duração e curam-se espontaneamente. Os sintomas mais comuns incluem:
  • Coriza.
  • Dor de cabeça.
  • Tosse.
  • Dor de garganta.
  • Febre.
  • Mal-estar.
  • Otite média (mais comum em crianças).
Eventualmente, os coronavírus humanos podem causar doenças do trato respiratório inferior, como pneumonia ou bronquite. Nos sorotipos listados acima, essas complicações são incomuns e só costumam acontecer em pessoas mais debilitadas, com doença cardiopulmonar, com sistema imunológico enfraquecido, em bebês ou idosos.

MERS-CoV e SARS-CoV

Sabe-se que outros dois coronavírus humanos, MERS-CoV e SARS-CoV, frequentemente provocam sintomas graves.
Os sintomas da MERS-CoV geralmente incluem febre, tosse e falta de ar. A doença frequentemente progride para pneumonia. Cerca de 30 a 40% dos pacientes diagnosticados com a síndrome respiratória do Oriente Médio acabam falecendo.
Os sintomas da infecção pelo SARS-CoV geralmente incluem febre, calafrios, tosse e dores no corpo. O quadro também costuma evoluir pneumonia. A mortalidade da síndrome respiratória aguda grave pelo coronavírus costuma ser de 9 a 12%.

CoVID-19 (novo coronavírus)

O espectro clínico do SARS-CoV-2 varia desde um quadro leve, semelhante aos resfriados provocados por outros tipos de Coronavírus, até pneumonia grave com insuficiência respiratória e choque séptico. Já existem relatos também de pacientes infectados com SARS-CoV-2 sem sintoma algum de doença.
O período de incubação médio é de 4 a 5 dias. Após cerca de 8 dias de doença, a maioria dos pacientes deixa de ser contagioso.
Entre os pacientes que desenvolvem sintomas, febre, tosse e falta de ar são os mais comuns. A febre, porém, pode não estar presente em alguns pacientes, como bebês, idosos, imunossuprimidos ou pessoas que tomam regularmente medicamentos que podem mascarar a febre, como anti-inflamatórios ou analgésicos comuns.
Em um estudo com 138 pacientes com pneumonia por CoVID-19 em Wuhan, as características clínicas mais comuns no início da doença foram:
  • Febre em 99%
  • Fadiga em 70%
  • Tosse seca em 59%
  • Anorexia (perda de apetite) em 40%
  • Mialgias (dor muscular) em 35%
  • Dispneia (falta de ar) em 31%
  • Tosse com escarro em 27%
Em outro estudo na China, considerado o maior sobre o SARS-CoV-2 até o momento, pesquisadores do Centro Chinês de Controle e Proteção de Doenças analisaram 44.672 casos confirmados na China entre 31 de dezembro de 2019 e 11 de fevereiro de 2020. Desses casos, 80,9% (ou 36.160 casos) foram considerados leves, 13,8% (6.168 casos) graves e 4,7% (2.087) críticos. Casos críticos foram aqueles que exibiram insuficiência respiratória, choque séptico ou falência de múltiplos órgãos.
A atual taxa de mortalidade está ao redor de 3 a 4%, bem mais baixa que as taxas dos surtos recentes dos Coronavírus MERS e SARS. O problema é o elevado número de pessoas contaminadas, o que torna alto o número absoluto de mortos (cada 100 mil pessoas infectadas resultam em pelo menos 3 mil mortes).
A atual taxa de mortalidade do novo coronavírus de acordo com a faixa etária é:
  • 14,8% nos pacientes com 80 anos ou mais.
  • 8% entre as idades de 70 a 79 anos.
  • 3,6% para pessoas de 60 a 69 anos.
  • 1,3% para 50 a 59 anos.
  • 0,4% para a faixa etária de 40 a 49 anos.
  • 0,2% para pessoas de 10 a 39 anos.
  • Ninguém com 9 anos ou menos morreu deste coronavírus até o momento.
O tempo médio de recuperação é de 2 semanas para os casos leves e de 3 a 6 semanas para os casos mais graves.

Quando suspeitar de infecção pelo coronavírus?

Consideramos casos suspeitos de COVID-19 quado o paciente apresenta as duas seguintes características:
  • Febre e sintomas de doença respiratória baixa, como tosse e dificuldade em respirar.
  • Residir ou ter história de viagem a cidades onde o vírus circula entre a população nos últimos 14 dias antes do início dos sintomas OU contato próximo com uma pessoa que está sob investigação para CoVID-19 enquanto essa pessoa estava doente nos últimos 14 dias antes do início dos sintomas.

O Coronavírus é mais grave que a gripe (vírus influenza)?

Se a pergunta for em relação ao CoVID-19, a resposta é um sonoro sim. Mas vamos começar falando de todos os tipos de Coronavírus e de Influenza.
A resposta depende de qual Coronavírus e qual Influenza estamos comparando. Também depende se estamos falando em taxa de mortalidade ou número absoluto de mortes.
O atual vírus Influenza que tem circulado no mundo entre 2019 e 2020 apresenta taxa de mortalidade de apenas 0,05%, bem mais baixa que os 3 a 4% do SARS-CoV-2. Porém, só neste inverno nos EUA, mais de 30 milhões de pessoas tiveram gripe, com até 46 mil mortes. Números absolutos muito maiores que os do Coronavírus, pelo menos até o momento.
Além disso, não é adequado comparar números de um novo surto viral, como o atual coronavírus chinês, com a gripe comum, que é provocada por um vírus já em circulação há bastante tempo. Na época do surto de gripe A em 2009, por exemplo, a taxa de mortalidade chegou perto dos 2%, valor próximo ao do atual surto de SARS-CoV-2. Já a gripe espanhola de 1918 teve uma taxa de letalidade de cerca de 8% e infectou mais de 500 milhões de pessoas.
Por outro lado, se formos ver a taxa de mortalidade dos coronavírus comuns que provocam resfriado, ela é tão baixa que é até difícil encontrar dados confiáveis sobre o assunto. Portanto, surtos devem ser comparados com surtos e infecções comuns com infecções comuns.
Outro dado importante é a mortalidade em crianças. O SARS-CoV-2 tem sido bem agressivo com pacientes idosos, mas bastante benigno nas crianças, com nenhuma morte registrada até o momento. O vírus da gripe não tem esse comportamento tão “dócil” com as crianças, principalmente os bebês.
Para finalizar, devemos levar em conta também a existência de vacina e de medicamentos eficazes contra a gripe. O Coronavírus até o momento não dispõe de nenhum dos dois.
No momento, como estamos em plena pandemia de SARS-CoV-2 e a sua mortalidade é relativamente alta em idosos e pessoas debilitadas, o COVID-19 do ponto de vista de saúde pública é uma doença bem mais perigosa que a gripe comum.

Diagnóstico

O coronavírus pode ser identificado laboratorialmente através da coleta de amostras de secreção da nasofaringe. O método mais utilizado atualmente é o RT-PCR (reação em cadeia da polimerase com transcriptase reversa).

Tratamento

Não há tratamento disponível para infecções por coronavírus. O tratamento utilizado é apenas sintomático, com controle da febre e das dores. Na imensa maioria dos casos, a doença cura-se sozinha após alguns dias.
Pacientes com quadros mais graves e suspeita de pneumonia precisam ser internados para receber cuidados de suporte. Alguns pacientes evoluem com insuficiência respiratória e precisam de intubação orotraqueal e ventilação mecânica.
Vários antivirais, como lopinavir e ritonavir, e outros agentes, como a hidroxicloroquina, estão sendo usados em vários pacientes graves, mas a eficácia desses medicamentos ainda não foi devidamente comprovada.

Prevenção

Ainda não existem vacinas disponíveis contra a infecção por coronavírus humano. A prevenção, portanto, resume-se aos cuidados pessoais para reduzir o risco de contágio, incluindo:
  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos (leia: Por que lavar as mãos é importante para evitar infecções?).
  • Se não houver água e sabão disponíveis, uma alternativa é usar soluções alcoólicas para higienização das mãos, como álcool gel (sim, funciona, não acredite em boatos da Internet).
  • Evitar tocar nos olhos, nariz ou boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas com sintomas respiratórios. Pelo menos 2 metros de distância é recomendado.
  • Evitar viajar para áreas onde estejam ocorrendo surtos.
  • Em cidades onde o vírus esteja comprovadamente circulando, evite aglomerações de pessoas, principalmente em locais fechados. Fique em casa o máximo possível.
  • Locais públicos onde as pessoas tocam com as mãos devem ser frequentemente limpos com álcool 70% ou água sanitária (lixívia).
Esperamos que as primeiras vacinas com eficácia comprovada estejam disponíveis a partir de Maio ou Junho.

Dúvidas comuns

As máscaras são eficazes na prevenção do coronavírus?
Apenas parcialmente. O vírus pode ser transmitido por gotículas das vias respiratórias e as máscaras ajudam nessa situação. Porém, mãos infectadas costumam ser a principal via de contágio nesse tipo de virose. Se você contaminar suas mãos e depois for comer ou coçar os olhos, boca ou nariz, o vírus pode ser adquirido.
Não há evidências de que o uso de mascaras faciais por pessoas saudáveis seja uma estratégia eficaz para reduzir a contaminação. A máscara deve ser utilizada apenas em pessoas com infecção comprovada ou suspeita.
Existem máscaras faciais específicas para uso médico, que efetivamente previnem a contaminação, mas essas não são comercializada normalmente nas farmácias.
Meu animal de estimação pode transmitir o coronavírus?
Não há casos relatados de contaminação de animais domésticos, como cães e gatos.
Posso morrer se pegar o coronavírus COVID-19?
Pode. A taxa de mortalidade encontra-se ao redor de 4%, ou seja, cerca de 4 em cada 100 pessoas infectadas acaba falecendo. Idosos e pacientes com doenças cardíacas, pulmonares ou do sistema imunológico são aquelas com maior risco de óbito. Porém, há também casos de morte em adultos saudáveis.
A epidemia na China começou por causa da sopa de morcego?
Não. O RNA do vírus é semelhante ao de 2 coronavírus que circulam em morcegos, mas a forma como os primeiros humanos foram infectados ainda não foi esclarecida.
O novo coronavírus é uma arma biológica desenvolvida pela China?
Não. As análises genéticas do vírus mostram que ele é uma mutação de um subtipo do vírus que está amplamente distribuído na natureza. Esse atual coronavírus é estruturalmente semelhante ao que circula entre cobras na China.
Essa também não é a primeira vez que vírus “saltam” de uma espécie para outra. A última pandemia de gripe foi causada por um vírus Influenza que circulava inicialmente em porcos, daí ter sido chamada à época de gripe suína.
Já há estudos comprovando que o CoVID-19 é resultado de seleção natural e não de manipulação genética artificial.
Existe vacina contra o coronavírus?
Até o momento, não. E vacinas contra gripe, pneumococos ou Haemophilus influenza tipo B (Hib) não são efetivas contra o Coronavírus.
Comer alho pode ajudar a prevenir a infecção pelo novo Coronavírus?
Não há nenhuma evidência de que o alho ou qualquer outro tipo de alimento tenha efeito protetor.
Secadores de cabelo ou de mãos em banheiros públicos matam o Coronavírus?
Não, o calor dos secadores é insuficiente para matar qualquer tipo de vírus.
Tratamentos homeopáticos funcionam contra o Coronavírus?
Não, não existe nenhum estudo que comprove a eficácia da homeopatia ou qualquer outro tipo de medicina alternativa contra o Coronavírus.
Óleo de gergelim é eficaz contra o Coronavírus?
Não, como já referido, não existe nenhuma evidência sobre a eficácia de qualquer tipo de alimento ou tratamento alternativo.
Antibióticos são eficazes contra o SARS-CoV-2?
Não, antibióticos são fármacos utilizados no tratamento de doenças provocadas por bactérias. O Coronavírus é um vírus. Antibióticos não são eficazes contra vírus.
O Coronavírus é menos perigoso em países quentes?
Provavelmente sim, porém não o suficiente para impedir que ocorram epidemias. O Brasil, por exemplo, tem apresentado crescimento acelerado do número de casos, comprovando que o clima sozinho não é capaz de deter o vírus.
Qual é a diferença entre distanciamento social, isolamento e quarentena?
Isolamento é utilizado em pessoas sabidamente infectadas para que não contagiem outros cidadãos. O isolamento pode ser feito nos hospitais ou em casa, se houver condições e o estado clínico do paciente permitir.
A quarentena é utilizada em indivíduos que imaginamos estarem saudáveis, mas que possam ter estado em contacto com um paciente sabidamente infectado. Estes devem ficar 14 dias reclusos em casa.
Distanciamento social é feito nas pessoas saudáveis que não tiveram contato com infectados, de forma a impedir que as mesmas possam ser contaminadas. O distanciamento é feito em casa por tempo indeterminado até que a cadeia de transmissão do vírus seja interrompida.

Referências