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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Jovem indígena Pankará é aprovado em 1º lugar para medicina na Universidade de Brasília

Emanuel Lopes Pereira Basto, 17 anos, irá ingressar no 1° bimestre de 2020.
Enquanto Bolsonaro faz de tudo para exterminar os povos indígenas, eles resistem, e ocupam espaços de poder que são dominados pelas elites do país.
Emanuel Lopes Pereira Basto, 17 anos, 1° Lugar para medicina na Universidade de Brasília, irá ingressar 1° bimestre de 2020, índio do Povo Pankará da Serra do Arapuá- Carnaubeira da Penha PE.

Seus pais estão entre as maiores lideranças indígenas do Nordeste, Cacique Ary Pankará e Luciete Pankará. Mais uma conquista e fruto da luta dos povos indígenas de Pernambuco, uma vitória da nação Pankará, povos geográficamente com uma certa distância, cada um com sua cultura própria, porém unidos nas mesma luta, a preservação e manutenção do seus territórios, das suas culturas e costumes.

O guerreiro Pankará afirma que não será fácil sair do aconchego da sua família é se afasta um pouco da sua cultura, mais com as forças dos encantos de Luz, irá vencer, ate porque ele estará representando seu povo.

JORNALISTAS LIVRES

Parasitário é o governo federal


ARTIGO
Prof. Dr. Alexandre Santos de Moraes, do Instituto de História da Universidade Federal Fluminense
                Bolsonaro e demais personagens que ocupam Brasília se especializaram no conflito. Um bom manual de governabilidade recomendaria parcimônia e negociação, mas, por ignorância, incompetência ou truculência, o presidente e seus porcos fazem o perfeito oposto. O último grunhido veio do ministro Paulo Guedes, que em palestra realizada na Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas, equiparou servidores públicos a parasitas.
                Como sou servidor da Educação, área tão desprestigiada e combatida pela horda de que ocupa momentaneamente o governo, decidi consultar o pai de todos eles para que soubesse precisamente o que Guedes pensa a meu respeito. No reino animal, parasita seria “organismo que […] se encontra ligado à superfície ou ao interior de outro organismo, dito hospedeiro, do qual obtém a totalidade ou parte de seus nutrientes”, mas a metáfora de que o ministro se utilizou é tão célebre que já foi dicionarizada: “Indivíduo que não trabalha, habituado a viver, ou que vive, à custa alheia”.
                O governo, mais uma vez, se equivoca. Falo não apenas por mim, que trabalho mais do que deveria ou poderia, tanto por vocação como por necessidade, mas em nome dos garis, de médicos, de técnicos administrativos, bombeiros, policiais, militares e dos milhares de brasileiros que foram brutalmente aviltados pelo relincho de Guedes. Somos muitos, e apesar dos constantes ataques, é bom que se diga que somos menos do que deveríamos ser. De acordo com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os funcionários públicos representam 12% dos trabalhadores do Brasil, ao passo que a média dos países ligados à Organização é de 21%. No Reino Unido, por exemplo, são 23%; na Dinamarca, país que possui o mais alto índice de igualdade de riqueza do mundo, 35%. Estamos longe das melhores práticas internacionais.
                Mais do que uma ofensa pessoal a cada um dos servidores, Guedes ofende o povo brasileiro que não assume a ladainha liberal e defende a constante melhoria dos serviços públicos. A maioria sabe que o funcionalismo existe para que o país siga funcionando, apesar da incompetência de quem se instala em Brasília. As universidades públicas, por exemplo, além de formarem milhares de profissionais qualificados todos os anos, ocupam sempre as primeiras posições em qualquer ranking do país, além de serem responsáveis por mais de 90% do conhecimento produzido por aqui. É também por responsabilidade dos servidores públicos que a maioria dos brasileiros tem acesso à saúde, que crianças seguem estudando, que vítimas são resgatadas, que assaltos são combatidos, que nossas fronteiras são protegidas.
                É bem verdade que entre os funcionários públicos há parasitas, e talvez Guedes esteja tomando a si próprio e seus patrões como régua para medir quem não conhece. Parasita não é o professor que trabalha obstinadamente, mas alguém que se reformou aos 33 anos, passou outros 30 como deputado medíocre e hoje atua como presidente sem qualquer projeto ou direção. Parasitas talvez sejam seus filhos, que nunca calejaram a mão e sempre gozaram de privilégios fazendo de muletas o sobrenome do papai. Parasita é o próprio Paulo Guedes, que se formou com dinheiro público para se tornar lacaio do mercado financeiro, bajulando rentistas que enriquecem com base em juros, banqueiro inútil que nunca produziu um único prego que servisse para melhor apensar a vergonha em sua cara de pau.
                Parasita é, por fim, o funcionário público que assume um ministério para fazer serviço para particulares, desprezando o bem-estar do povo brasileiro e as necessidades urgentes que cada dia mais se acumulam por força de um projeto medonho que apenas aprofunda as desigualdades que deveriam ser combatidas. Por sorte, não tarda para que eles abandonem o hospedeiro, seja porque o tempo se encarregará da mudança, seja porque encontraremos, através da luta, o remédio necessário para expeli-los do lugar que jamais deveriam ter ocupado.  
Fonte: Jornalistas Livres

Saco de gatos - Mercadores da Noite

Caro leitor,
 
Durante muitos meses, boa parte dos analistas, inclusive este que escreve para vocês, disse que em 2020 a Bolsa de Nova York seria fortemente influenciada pelas eleições presidenciais americanas de 3 de novembro.
 
Pois bem, se achei, não acho mais. Penso que, a não ser que se descubra um fato terrivelmente escabroso (porque escabroso de primeiro grau já surgiram diversos) na vida de Donald Trump, sua eleição será um passeio pela raia.
 
Isso no colégio eleitoral, quero dizer. Na contagem do voto popular, pode até ser que ele perca, por causa dos votos da Califórnia e de Nova York.
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São duas as razões para essa minha quase certeza.
 
Trump está bem nas pesquisas de avaliação de seu governo, acaba de ser absolvido no processo de impeachment e a economia vai bem, apesar do coronavírus chinês, que pouco está afetando os Estados Unidos.
 
No caucus republicano de Iowa, o primeiro desta campanha eleitoral, Donald Trump conseguiu 97,1% dos votos, contra 1,3% de seu adversário, Bill Weld. Com esses números, Trump leva, para a convenção republicana, 39 delegados. Weld, apenas 1.
 
Do lado democrata, o caucus foi uma zona completa, um verdadeiro saco de gatos. Numa votação muito contestada, e que poderá até ser anulada, Pete Buttigieg e Bernie Sanders chegaram praticamente empatados: 26,2% dos votos, o primeiro; 26,1%, o segundo. Em terceiro lugar, aparece Elizabeth Warren (a Pocahontas), com 20,4%, seguida por Joe Biden (vice-presidente de Barack Obama), com 13,7%, e Amy Kobluchar, 12,2%. Michael Bloomberg, ex-prefeito de Nova York, surge lá na rabeira.
 
Esses resultados não são ainda definitivos, mas a contagem final, se mudar, será muito pouco.
 
Mas quem são essas pessoas que estão loucas para levar uma sova de Donald Trump?
 
Comecemos por Pete Buttigieg, 38 anos, apenas três a mais do que o mínimo necessário para assumir a presidência dos Estados Unidos. Sua experiência administrativa (é verdade que Trump não tinha nenhuma na área pública) se resume à prefeitura da pequena cidade americana de South Bend, no estado de Indiana.
 
Buttigieg é gay assumido. Em minha opinião, os americanos ainda não estão num estágio de avanço liberal para aceitar um presidente com esse perfil pessoal. Essa rejeição deve se manifestar no escondidinho das urnas.
 
 Os eleitores dos Estados Unidos levaram 219 anos para eleger um presidente negro. Nunca puseram uma mulher, nem um hispânico, nem um nativo americano (índio) no cargo. Os gays, julgo eu, ainda vão levar um bom tempo para atingir esse estágio, que ainda está em nível escandinavo.
 
Bem, mas Pete Buttigieg está empatado com Bernie Sanders.
 
E quem é Sanders? Para começar, tem minha idade: 79 anos. E terá oitenta ao (e se) assumir a presidência. Já sofreu um ataque cardíaco. É senador pelo estado de Vermont e extremamente popular entre os jovens, que constituem a grande maioria de seus eleitores.
 
Socialista declarado, promete um sistema universal e gratuito de saúde nos Estados Unidos, investimento maciço em educação, também gratuita. Quer promover a desconcentração de renda no país. É crítico feroz de Wall Street.
 
Vamos à terceira colocada entre os democratas no caucus de Iowa: Elizabeth Warren. O apelido de Pocahontas foi dado por Donald Trump. A história é a seguinte: Loiríssima, de olhos azuis, Elizabeth se declarou descendente de cherokees.
 
Como duvidaram, ela fez um teste de DNA que revelou uma percentagem irrisória de sangue indígena, retroativa a dez gerações. Os cherokees não gostaram nem um pouco e Trump aproveitou para chamá-la de Pocahontas. Ser cherokee não é problema. Mas seria um problemaço obter, em impostos, os US$ 20,5 trilhões necessários ao programa Medicare-for-All, que consta da plataforma de Warren.
 
Joe Biden, que seria bem acolhido pelo mercado financeiro, surge em quarto lugar na primeira disputa democrata da campanha.
 
Mas qual o peso de Iowa no colégio eleitoral? Seis votos num total de 538, ou seja, 1,1%.
 
Então, por que se dá tanta importância ao caucus desse estado agrícola do Meio-Oeste? Primeiro, porque é lá que se se trava a disputa inaugural. Segundo, porque quase sempre os vencedores em Iowa costumam ficar com a indicação na convenção decisiva de seu partido.
 
Barack Obama, George W. Bush, George H. W. Bush (Bush pai) venceram os caucus em Iowa e levaram a indicação (mais tarde, a presidência). Donald Trump foi a exceção que confirma a regra.
 
O sistema eleitoral americano favorece muito a reeleição. Enquanto a oposição se destrói, cada candidato tentando descobrir podres dos adversários, o presidente em exercício não costuma ser desafiado por ninguém, a não ser simbolicamente.
 
Fora isso, há de se admitir que a economia americana está indo bem. O nível de desemprego é baixíssimo (3,5%, praticamente pleno emprego). Os índices Dow Jones, S&P500 e Nasdaq estão próximos de suas máximas históricas, a despeito do susto do coronavírus chinês.
 
Raramente o Fomc (Federal Open Market Committee – Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed), mexe nas taxas de juros em ano eleitoral.
 
Por esses motivos, acho que Donald Trump será reconduzido ao cargo. Portanto, a disputa eleitoral não afetará a Bolsa de Nova York, tal como a gente pensava no ano passado. Isso pelo menos é o que o script do momento está mostrando.
 
Para quem opera ações no Brasil, é melhor se ligar nos fundamentos internos (como a recuperação da economia) e externos (como o coronavírus) não eleitorais. Eles darão o tom do mercado ao longo de 2020.
Um abraço,