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domingo, 29 de maio de 2022

A plataforma imagineRio

A Brasiliana Fotográfica apresenta a seus leitores o imagineRio com um artigo escrito por Martim Passos, gerente do projeto de colaboração entre o IMS e a plataforma, contando a história, as possibilidades e as funcionalidades do novo site. O imagineRio é um atlas digital que pode ser pesquisado e mostra a evolução social e urbana do Rio de Janeiro ao longo de sua história. Vistas da cidade criadas por artistas ou produzidas por fotógrafos, mapas de cartógrafos e plantas de arquitetos e urbanistas estão localizados no tempo e no espaço.

Muitas fotografias presentes no acervo da Brasiliana Fotográfica também estão no acervo do imagineRio e destacamos hoje algumas imagens procedentes das duas instituições fundadoras do portal: a Fundação Biblioteca Nacional e o Instituto Moreira Salles. O Arquivo Nacional e o Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, instituições parceiras da Brasiliana Fotográfica, também estão presentes no imagineRio com mapas de seus acervos.

Acessando o link para algumas fotografias presentes na plataforma imagineRio e também disponíveis na Brasiliana Fotográfica, o leitor poderá magnificar as imagens e verificar todos os dados referentes a elas. 

“Desenvolvido pelos professores Farès el-Dahdah e Alida C. Metcalf em colaboração com a Axis Maps, imagineRio conta com o apoio financeiro de uma bolsa de História da Arte Digital da Fundação Getty, que permitiu a integração com o importante acervo fotográfico do Instituto Moreira Salles. A plataforma não poderia ter sido desenvolvida sem o suporte técnico e financeiro da Rice University através do Laboratório de Estudos Espaciais, do Ken Kennedy Institute, do Fundo de Iniciativas do Corpo Docente, da Biblioteca Fondren, do Centro de Pesquisa em Humanidades, do Departamento de História e do Escritório de Estratégia Global e Digital, além do conteúdo disponibilizado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, entre muitas outras instituições”.

Até maio de 2022, as seguintes instituições estão representadas no imagineRio:

  • Akademie der Bildenden Künste, Wien [Kupferstichkabinett]
  • Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro
  • Arquivo Histórico do Exército, Rio de janeiro
  • Arquivo Histórico Ultramarino, Lisboa
  • Arquivo Nacional
  • Arquivo Público Mineiro [Fundo Arthur da Silva Bernardes]
  • Biblioteca Nacional (Brasil)
  • Bibliothèque Nationale de France
  • Casa de Lucio Costa
  • Casa Geyer, Museu Imperial
  • Coleção Maria Cecília e Candido Guinle de Paula Machado
  • Fondren Library, Rice University
  • Fundo Correio da Manhã, Arquivo Nacional, Brasil
  • Imagens do Povo
  • Library of Congress, Washington, D.C.
  • Mapoteca do Itamaraty, Rio de Janeiro
  • Oliveira Lima Library
  • Prefeitura do Rio de Janeiro
  • Woodson Research Center Special Collections & Archives
  • Instituto Moreira Salles

O site imagineRio

Martim Passos*

Com milhares de fotografias, mapas e plantas do Rio de Janeiro vindas de instituições como o Instituto Moreira Salles e a Biblioteca Nacional, o site imagineRio é uma plataforma que permite ao usuário investigar, geográfica e visualmente, como a cidade se configurou ano a ano, do início da urbanização no Morro do Castelo ao seu recém-celebrado 457º aniversário. Idealizado por professores de Humanidades da Universidade de Rice, em Houston, Texas, a plataforma chega a sua terceira versão graças a um projeto de colaboração entre a instituição e o IMS financiado pela Fundação Getty.

imagine

Fruto do casamento de mapas históricos com um amplo leque de representações – gravuras, aquarelas, fotografias – situadas no tempo e no espaço, o site oferece ferramentas poderosas para a pesquisa historiográfica e também para ser um passatempo inesgotável para os amantes da história carioca.

Escolhe-se uma data na linha do tempo e um mapa interativo se ajusta para refletir o Rio de Janeiro daquele ano. Em segundos, acessa-se um panorama de processos que aconteceram ao longo de séculos de intervenção: edifícios são construídos, modificados ou demolidos diacronicamente; ruas são abertas, desviadas ou estendidas; parques e jardins têm seus canteiros redesenhados, rios e mangues são aterrados, morros inteiros somem e a terra avança onde antes só havia mar. Tudo isso testemunhado pelas penas, lápis e lentes de artistas que registraram a cidade desde sua fundação e cujas obras tornaram-se evidências daquilo que o mapa mostra.

imagine1

O leitor pode ver o cotidiano de escravizados nas ruas do centro por Debret, as vistas secretas da Floresta da Tijuca capturadas em diversos formatos por Marc Ferrez, as primeiras tomadas aéreas da cidade realizadas pelo aviador pioneiro Jorge Kfuri, o movimento na Copacabana dos anos 20 nas estereoscopias de Guilherme Santos, o bota-abaixo da “Paris tropical” de Pereira Passos documentadas por Augusto Malta. A variada oferta de imagens é entregue em altíssima resolução, permitindo ao usuário mergulhar a fundo em cada uma e inspecionar detalhes longínquos, usando o painel cartográfico como apoio e vice-versa. No caso de objetos em domínio público, que configuram a grande maioria da coleção, também é possível baixar os arquivos originais para reuso livre.

Atrelada ao projeto está uma ferramenta de narrativas, voltada para a publicação de apresentações – criadas pelo público – aliando texto, imagens próprias e/ou publicadas no imagineRio e material cartográfico interativo. É possível anotar sobre o mapa, destacar pontos de interesse e animar transições entre diferentes áreas da cidade, contextualizando o leitor conforme avança na leitura. Mapear romances, esmiuçar grandes obras de engenharia e ilustrar processos e dinâmicas urbanas são alguns exemplos de uso empregados pelos primeiros usuários da plataforma.

 

Para aproveitar o imagineRio ao máximo, assista a este pequeno tutorial em vídeo. Junte-se também ao fórum para participar de discussões, sugerir melhorias e acompanhar as novidades.

*Martim Passos é o gerente do projeto Vistas Situadas do Rio de Janeiro e assistente técnico da Coordenadoria de Fotografia do Instituto Moreira Salles.

Link para o site imagineRio.


Fonte:https://brasilianafotografica.bn

ENTREVISTA "Somos uma pátria escrava do rentismo", afirma deputado constituinte Hermes Zaneti

 

A dívida pública da União é de mais de R$ 7,3 trilhões sendo que, deste montante, R$ 1,5 trilhão referem-se a títulos em carteira do Banco Central para executar a política monetária – compra e venda de moeda para assegurar a taxa de juros em patamar próximo ao definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Uma conta monstruosa que se alimenta com juros.

Deputado federal constituinte, Hermes Zaneti denunciou, no livro O Complô, o que chama de "sequestro da economia brasileira". Na obra, o autor defende que a política econômica pelo Executivo esconde uma manobra para favorecer as elites financeiras, às custas do sacrifício da população, que convive com a falta de investimentos em saúde, educação, além de carestia e baixos salários.

Para que o grande público entenda a quem interessa o endividamento, integrantes de movimentos sindicais tomaram a iniciativa de transformar o livro em filme. Dirigido pelo cineasta Luiz Alberto Cassol, com produção da Filmes de Junho e coprodução da Abravídeo, o curta-metragem O Complô vai abordar o sistema financeiro nacional e seus impactos na vida dos brasileiros.

Para expor os efeitos que esse déficit causa na sociedade, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) conversou com Hermes Zaneti. Confira:

CNTE - Muitas vezes, as pessoas têm dificuldades em entender o "economês", por isso é sempre importante fazer algumas traduções. Qual o impacto na vida das pessoas, no dia a dia, dessas manobras realizadas pela elite financeira e denunciadas no livro/filme?

Hermes Zaneti - A dívida é um tabu. O povo paga a conta sem saber que está pagando. E como é que o povo paga a conta? Nós vivemos um sistema tributário regressivo, ou seja, paga mais imposto quem ganha menos no Brasil. As grandes fortunas estão isentas do pagamento de impostos. Então quando uma dona de casa está preparando almoço com arroz e feijão está, neste ato, pagando dívida pública. Por quê? Porque a União paga a dívida pública com a arrecadação que faz dos impostos. E aí entra uma questão séria: quanto mais alta a inflação - como os tributos recaem sobre o preço das mercadorias -, mais o governo arrecada. Então quanto mais a dona de casa paga pelo arroz e pelo feijão de cada dia, mais o governo arrecada para pagar dívida pública também. O povo costuma pensar assim: "a dívida pública é um problema do governo." Não é verdade. A dívida pública é um problema nosso. É um problema de cada dia. E, no Brasil, em que a carga tributária é muito alta, uma das razões é porque o governo arrecada quase a metade em impostos no pagamento de juros e encargos da dívida pública. Nós vivemos um momento muito grave, onde os juros altos provocaram o fato de que 64% das famílias brasileiras estejam inadimplentes. O país vive com praticamente trinta milhões de pessoas desempregadas, subempregadas ou desiludidas. Tudo isso porque o sistema produtivo brasileiro está a serviço do sistema financeiro. Nós somos uma pátria escrava do rentismo onde 1% famílias brasileiras são beneficiárias do esforço nacional. E é por isso que nós, em 1988, fizemos uma Constituição que seria um projeto para o Brasil. Constituição que tem sido agredida ao longo dos anos. O Brasil não tem mais, a rigor, um projeto para o Brasil; mas o mundo tem um projeto para o Brasil, que prevê a exportação do estômago e do coração: o coração pelos minérios que alimentam a indústria do mundo e que o Brasil recompra a preços absurdos; e o estômago é exportando o resultado do trabalho do agronegócio colocando na mesa do mundo o falta na mesa do povo brasileiro.

 

CNTE - Quais ações precisam ser implementadas de imediato para estancar o agravamento dessa situação e, futuramente, promover o devido ajuste na relacão entre sistema financeiro e dívida publica?

Hermes Zaneti - A grande tarefa que a CNTE tem desenvolvido relaciona-se ao fato de os professores poderem discorrer, em sala de aula, sobre a politização da educação. Não é partidarizar, é politizar, levar a mensagem aos alunos em sala de aula. A discussão do orçamento da União, por exemplo. Quem estamos pagando? Por que estamos pagando? Onde foram os R$ 7,3 trilhões? Se de 1988, quando fizemos uma Constituição que era a baliza para uma sociedade mais igualitária, mais justa, o número de favelas mais do que dobrou no Brasil, quem é o beneficiário desses R$ 7,3 trilhões? Essa discussão precisa chegar às salas de aula, precisa conscientizar, através da escola, os alunos e os pais dos alunos, o povo brasileiro. Essa conscientização nos levará ao passo seguinte que é uma grande oportunidade que nós estamos tendo em 2022: constituir um poder político capaz de representar os interesses do povo que paga a conta. O que ocorre hoje? Nós vivemos a ameaça à democracia. Eu tenho feito uma reflexão e me pergunto por que morrem as democracias? E as democracias morrem porque não entregam o que prometem, e isso ocorre porque os operadores da democracia que o povo elege para defender os seus interesses se colocam a serviço de uma elite especialmente rentista. Então, essa é a primeira tarefa. Nós temos a oportunidade democrática de o povo decidir quem realmente vai defender os seus interesses. Esta é a grande questão e esse é o grande desafio.

 

CNTE - Qual o significado de ver sua obra ser instrumento para a inspiração de um filme, em termos de provocação de debates na sociedade?

Hermes Zaneti - A transformação do livro "O Complô" em filme é, para mim, um motivo de satisfação pessoal. Mas, mais do que tudo, no dia 12 de maio transcorreram trinta e cinco anos do primeiro grande embate na constituinte, onde eu defendi a aprovação do projeto de decisão constitucional, que era um exame analítico e pericial dos atos e fatos constitutivos da dívida pública. Até hoje isso não foi revisado, não foi analisado, não foi esclarecido. A dívida pública é uma caixa preta: o povo que paga a conta não sabe que está pagando e não sabe para quem foram destinados esses recursos. Então a minha alegria, a essa altura da vida, com setenta e oito anos de idade, é olhar para trás e ver uma luta de trinta e cinco anos começando a ser reconhecida nos debates, nas lives e agora, com o filme. A inspiração do filme tem como objetivo ajudar na conscientização do povo. É oportuno, necessário e decisivo que o povo tome consciência que está pagando uma conta que não é sua, conta que já está paga, abrir essa caixa preta, mostrar aos aos cidadãos como um todo que o Brasil é capaz de reagir a esse esmagamento a que está sendo submetido e é capaz de reverter esse quadro, construir como o Brasil tem o direito de fazer uma nação livre, democrática justa, independente, onde o povo que paga a conta seja beneficiário. Veja bem, nós vivemos um período de teto de gastos. O único fura-teto é o custo da dívida. Ou seja, educação, saúde, transporte, enfim, tudo aquilo que se destinaria ao bem-estar do povo tem limite no teto de gastos de imposto pelo Congresso Nacional, que deveria representar o povo. É preciso que essa realidade se rompa. Para finalizar, é preciso dizer que os R$ 7,3 trilhões da dívida pública de hoje são uma conta que o povo paga e que não teve nenhum benefício com esses recursos.

A expectativa dos produtores é que o curta amplie o alcance do livro, explique ao grande público o labirinto escuso da constituição da dívida pública e provoque os necessários debates. "Quiçá, a obra incite a apuração das denúncias, puna os culpados e recupere os recursos pagos ao sistema financeiro de forma abusiva", afirmam.

Interessados podem colaborar doando qualquer valor via PIX () ou pela plataforma Valeu Art (https://valeu.art/project/o-complo/). Os doadores receberão como recompensa o e-book do livro 'O Complô' e terão o nome inserido nos créditos finais do filme, na lista de incentivadores.

Fonte: CNTE

Ator de ‘A Grande Família’ pede ajuda financeira para realizar cirurgia: “A coisa está barra pesada”

A Grande Família” foi um dos seriados de maior sucesso na televisão brasileira. O programa ficou ao ar por 14 anos e é lembrado principalmente pelos personagens icônicos que passaram pelo show. Um deles é o pasteleiro, Beiçola, interpretado pelo ator Marcos Oliveira. Nas tramas, o proprietário se metia nas maiores enrascadas com o amigo, Agostinho Carrara.

“Estou precisando muito de ajuda. A coisa está barra pesada. Estou esperando para fazer a minha cirurgia da fístula que eu tenho na uretra, mas estou com a glicemia muito alta. Tenho marcado endocrinologista agora para o dia 7 e estou precisando de ajuda. Não é muito, mas se puderem me ajudar, eu vou agradecer muito, porque só estou eu e as minhas cachorras”, disse ele.

“Quero logo voltar a trabalhar. Não estou aguentando. Estou desde dezembro esperando a minha melhora, mas essa coisa do Estado, a gente fica na fila esperando, esperando… E eu quero resolver o mais rápido possível para voltar a trabalhar. A única coisa da minha vida que me interessa é o meu trabalho. Por favor, me ajudem”, finalizou.

VitorTobias

Fonte: Portal BRASIL CULTURA

Datas da Festa Junina

As Festas Juninas acontecem durante todo o mês de junho e comemoram Santo Antônio, São João e São Pedro, celebrados nas seguintes datas:

As festas dos santos são fixas e serão sempre celebradas nos dias 13 de junho (Dia de Santo Antônio), 24 de junho (Dia de São João) e 29 de junho (Dia de São Pedro).

Festa Junina

As festas juninas acontecem em diversos estados brasileiros, principalmente no Nordeste e no Sudeste do país, durante todo o mês de junho. As celebrações homenageiam três santos católicos : Santo Antônio (festejado no dia 13), São João (no dia 24) e São Pedro (no dia 29). Cada região celebra os santos a sua maneira, adaptando as tradições juninas aos costumes locais e misturando elementos religiosos, populares e folclóricos.

Realizados nas paróquias, nas casas, nas ruas da cidade ou em sítios, os arraiais possuem alguns elementos essenciais que os identificam : a fogueira, o mastro, a quadrilha, as bandeirinhas e os derivados do milho. A alegria, a euforia, a dança e a música também são elementos que completam o quadro de uma verdadeira festa junina. O período é tão importante que, em alguns estados brasileiros, como Alagoas e Pernambuco, o dia de São João é considerado feriado. Ainda em Alagoas e no Rio Grande do Norte, o dia de São Pedro também é considerado feriado estadual.

Origem

Embora seja atualmente uma comemoração ligada às tradições católicas, as festas juninas têm suas raízes nas celebrações pagãs que aconteciam durante o solstício de verão (dia mais longo do ano, 21 ou 22 de junho), no hemisfério norte. Nesse período, acontece no hemisfério sul o solstício de inverno (noite mais longa do ano). Na Antiguidade, diversos povos, como celtas e egípcios, aproveitavam o solstício de verão para organizar rituais em que pediam fartura nas colheitas. O costume foi reproduzido na Europa, até por volta do século 10. Como a igreja não conseguia combatê-lo, decidiu cristianizá-lo, instituindo dias de homenagem aos três santos no mês1.

Os festejos foram, então, trazidos para o novo mundo pela igreja católica. Assim sendo, as festas juninas são herança portuguesa no Brasil2. Curiosamente, os índios brasileiros também festejavam sua agricultura em junho, com cantos, danças e comidas, antes da chegada dos portugueses. Com a chegada dos europeus, os costumes das duas culturas se fundiram, mesclando os santos católicos com pratos feitos à base de alimentos locais. A inclusão de elementos da vida caipira às festas reflete a evolução da sociedade brasileira, que até meados do século 20, tinha 70% de sua população inserida no campo3.

As maiores festas

Especialmente no nordeste brasileiro, Santo Antônio, São Pedro e São João são reverenciados e pode-se dizer que a importância dessas festas ultrapassa a do Natal, principal festa cristã. Elas são, historicamente, o evento festivo mais importante daquela região, tanto culturalmente quanto politicamente4. As cidades de Caruaru, em Pernambuco, e Campina Grande, na Paraíba, realizam as maiores festas de São João do Brasil. A festa de Paritins, no Amazonas, também merece destaque. Os festejos estruturados, animados e coloridos atraem a cada ano uma multidão de curiosos vindos de cidades vizinhas, de outros estados e atualmente até mesmo de outros países. As festas regionais deixaram de ser apenas um evento local e transformaram-se em verdadeiros atrativos turísticos, movimentando não somente o fluxo financeiro da região, mas também a imagem do Brasil no exterior.

Caruaru

Em Caruaru, foi criada a Vila do Forró, no intuito de acolher os visitantes e reproduzir no centro da cidade todo o clima da roça típica do sertão. A Vila, que recria a arquitetura das cidades do interior, possui réplicas de casas simples, restaurantes, igrejas e outros elementos presentes no cotidiano regional. Além da cidade cenográfica, foi criado também o « Trem do Forró », uma das maiores atrações da festa pernambucana, que traz os visitantes vindos de Recife. Entre outras curiosidades de sua festa, Caruaru produz nessa época o « Maior Cuscuz do Mundo », de acordo com o Guiness Book. A cuscuzeira utilizada na preparação tem capacidade para 700 quilos de massa, e mede 3,3 metros de altura e 1,5 metros de diâmetro5.

Campina Grande

Campina Grande reivindica o título de « maior São João do mundo », e realiza a festa há mais de 30 anos. Durante 30 dias, a cidade é decorada com badeirolas para acolher os visitantes ao som do forró pé-de-serra. No Parque do Povo, onde os festejos são realizados, também foi criada uma cidade cenográfica, que reproduz os prédios históricos da cidade. O local abriga mais de 200 barracas e quiosques, que oferecem pratos típicos da região, como a buchada de bode, cuscuz com carne guisada, pamonha e pé-de-moleque, tapioca, entre outros. Já na pirâmide do povo, acontecem as apresentações de quadrilhas juninas, além de shows com artistas do forró e do universo sertanejo6.

Sudeste

No estado de São Paulo mantém-se a tradição de realizar quermesses e quadrilhas em torno das fogueiras. As festas acontecem nas paróquias, nas ruas, nas escolas e nas empresas. Em diversas cidades do interior, a programação é vasta e pode ir até o mês de julho, com as festas julhinas. Geralmente ao som do forró e do sertanejo, as festas são marcadas pelas fantasias caipiras, pelas bandeirolas e pelas comidas típicas, como a pamonha, cural, canjica, cuscuz, bomocado, cocada, churrasquinho, cachorro quente, entre outros7. Em algumas cidades do Vale do Paraíba, é possível encontrar o famoso « bolinho capira » . A iguaria, que tem origem na cultura dos tropeiros da região, é feita com uma massa de farinha de milho, recheada com carne temperada8.

Música

Geralmente, o forró e a música sertaneja embalam as festas juninas, ao som da zabumba, do triângulo e da sanfona. « São João, São João, acende a fogueira do meu coração ». Esse trecho de « Sonho de Papel » é um dos mais conhecidos das celebrações do mês de junho. O verso foi composto por Alberto Ribeiro, nos anos 30, e já foi cantado por diversos intérpretes brasileiros, como Carmem Miranda.

Comida

A lista das especialidades juninas é longa em pode variar de acordo com as regiões. Existem, porém, alguns quitutes tradicionais, como os seguintes : quentão, vinho quente, bolinho caipira, cuscuz, bolo de milho, pamonha, canjica, milho cozido, pipoca, pé de moleque, pinhão, curau, batata doce, bolo de fubá, maria-mole, churros, churrasquinho, pastel.

Brincadeiras

Fogueira – as antigas celebrações do solstício de verão do hemisfério norte, que pediam fartura para as colheitas, foram integradas pelo cristianismo. A fogueira de São João, santo festejado em 24 de junho (suposto dia de seu nascimento), é um exemplo de como o ritual pagão foi reinterpretado pela cultura cristã. Conta-se que Isabel, mãe de João, usou o recurso da fogueira para avisar Maria, mãe de Jesus, que seu filho havia nascido9.

Quadrilha – tem origem nos bailes de salão da cultura francesa. Palavras como balancê, anarriê, anavã têm origem na língua francesa : balancer (balançar), en arrière (para trás), en avant (para frente). A quadrilha é a encenação do casamento do caipira com uma linda moça, no qual estão presentes o padre, os pais dos noivos, o juiz, o delegado e os convidados. Colorida e alegre, a quadrilha é elemento obrigatório de todo arraial.

Fonte: Portal BRASIL CULTURA