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quinta-feira, 29 de agosto de 2019

O primeiro automóvel do Brasil

O primeiro automóvel do Brasil é licenciado no Rio de Janeiro, como propriedade de Francisco Leite de Bittencourt Sampaio em 29 de agosto de 1903.

Mas o primeiro automóvel mesmo, de motor a explosão, do Rio, foi dFernando Guerra Duval, então estudante de engenharia, irmão de Adalberto Guerra Duval, poeta, embaixador do Imperador na corte do czar da Rússia.
O carro de Guerra Duval era um “Decauville” e aqui circulou em agosto de 1909. O carro era aberto, sem capota, a direção em forma de guidon de bicicleta, motor a gasolina, de 2 cilindros. Com escapamento livre ele fazia muito barulho!
O interessante é que na falta do combustível, Guerra Duval ia às farmácias e comprava benzina.

O carro também circulou em Petrópolis – foto acima – e para lá foi transportado pela estrada de ferro.
A foto acima traz erradamente ,na legenda, Armando como o primeiro nome de Guerra Duval.
Portal BRASIL CULTURA

Lembrando Nelson Cavaquinho

Nelson Cavaquinho, nome artístico de Nelson Antônio da Silva, (Rio de Janeiro, 28 de outubro de 1911 – Rio de Janeiro, 17 de fevereiro de 1986) foi um importante músico brasileiro. Sambista carioca, compositor e cavaquinista na juventude, na maturidade optou pelo violão, desenvolvendo um estilo inimitável de tocá-lo, utilizando apenas dois dedos da mão direita.
Seu envolvimento com a música inicia-se com na família. Seu pai, Brás Antônio da Silva, era músico da banda da Polícia Militar e seu tio Elvino tocava violino. Depois, morando na Gávea, passou a frequentar as rodas de choro. Foi nessa época que surge o apelido que o acompanharia por toda a vida.
Casou-se por volta dos seus 20 anos com Alice Ferreira Neves, com quem teria quatro filhos e na mesma época consegue, graças a seu pai, um trabalho na polícia fazendo rondas noturnas a cavalo. E foi assim, durante as rondas, que conheceu e passou a frequentar o morro da Mangueira, onde conheceu sambistas como Cartola e Carlos Cachaça.
Deixou mais de quatrocentas composições, entre elas clássicos com “A Flor e o Espinho” e “Folhas Secas”, ambas em parceria com Guilherme de Brito, seu parceiro mais frequente. Por falta de dinheiro, depois de deixar a polícia, Nelson eventualmente “vendia” parcerias de sambas que compunha sozinho, o que fez com que Cartola optasse por abandonar a parceria e manter a amizade.
Sua primeira canção gravada foi “Não Faça Vontade a Ela”, em 1939, por Alcides Gerardi, mas não teve muita repercussão. Anos mais tarde foi descoberto por Cyro Monteiro que fez várias gravações de suas músicas. Começou a se apresentar em público apenas em 1960, no Zicartola, bar de Cartola e Dona Zica no centro do Rio. Em 1970 lançou seu primeiro LP, “Depoimento de Poeta”, pela gravadora Castelinho.
Suas canções eram feitas com extrema simplicidade e letras quase sempre remetendo a questões como o violão, mulheres, botequins e, principalmente, a morte, como em “Rugas”, “Quando Eu me Chamar Saudade”, “Luto”, “Eu e as Flores” e “Juízo Final”.
Com mais de 50 anos de idade, conheceria Durvalina, trinta anos mais moça do que ele, sua companheira pelo resto da vida. Morreu na madrugada de 18 de fevereiro de 1986, aos 74 anos, vítima de um enfisema pulmonar.

"SÓ LEMBRANDO!" - Criada Comenda de Incentivo à Cultura Luís da Câmara Cascudo por iniciativa da senadora Fátima Bezerra - PT-RN


Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte aprovou, nesta terça-feira (26), o Projeto de Resolução do Senado 14 /2017, de iniciativa da senadora Fátima Bezerra, que cria a comenda de Incentivo à Cultura Luís da Câmara Cascudo. A proposta foi relatada pelos senadores Lindbergh Farias e Cristovam Buarque (Ad hoc), que apresentaram parecer favorável à iniciativa legislativa. A Mesa do Senado agora deve definir os procedimentos para a instituição da comenda.

Um dos mais respeitados pesquisadores do folclore e da etnografia do país, Câmara Cascudo deixou sua marca em vários outros campos da literatura, como gastronomia, história e cultura da infância, o que denota a riqueza de sua pesquisa.

Para a autora da proposta, a comenda incentivará a cultura no país e eternizará a memória de Luís da Câmara Cascudo, que foi um dos maiores estudiosos da cultura popular brasileira.   “O Senado tem comenda na área de Direitos Humanos, de empoderamento das mulheres e, agora, nada mais oportuno do que criar esta comenda na área cultural”, disse. “Na condição de senadora, representando o povo potiguar, chão onde Cascudo nasceu, viveu e morreu, é gratificante ter a oportunidade dessa iniciativa. Esta é uma justa homenagem ao grande brasileiro, jornalista, escritor e pesquisador, que tanto contribuiu para a cultura brasileira”, completou emocionada a parlamentar.

A Comenda será conferida anualmente a cinco personalidades, instituições e grupos que desenvolvem trabalhos na área cultural. A indicação dos candidatos será realizada pelos senadores.

Também será constituído o Conselho da Comenda de Incentivo à Cultura Luís da Câmara Cascudo, composto por um representante de cada um dos partidos políticos com assento no Senado Federal. Caberá ao conselho definir os agraciados e a data de premiação.

A iniciativa da senadora Fátima Bezerra foi bastante elogiada pelos parlamentares. Parabenizaram a proposta os senadores, Antonio Anastasia, Cristovam Buarque, Ana Amélia Lemos e Lúcia Vânia. A proposta segue, agora, para a Mesa Diretora do Senado.

Fonte: culturadorn.blogspot.com

DESAPEGA OU NEM SE ESTRESSA!

Desfaça os nós com aqueles que já foram importantes, crie novos vínculos e sinta-se melhor. Esqueça a mensagem enviada, visualizada e por um certo alguém, ignorada. Toma banho, escova os dentes e tudo bem, nem todo dia pertence ao caçador. 

Não desanima se o dia de ontem não foi bacana, tampouco chore por aquilo que não lhe acrescenta. Hoje é um novo dia, e a porra do mundo não gira em torno do nosso redor. Não adianta fazer cara de quem comeu e não gostou, nem se fazer de vítima só porque o ônibus atrasou, sabe? Acontece. Ás vezes, só não é o nosso dia...então faça valer a pena pelas oportunidades. 

Aproveita a folga no fim de semana, compra uma roupa nova e vai no shopping. No shopping, na praia, no cinema...barzinho talvez. Chama aquele amigo que você não conversa há meses e faz isso: compra bastante guloseima e se empanturra de batata frita, refrigerante e chocolate. 

Nada de se abater pelo fora que lhe deram na balada no dia anterior...não adianta! Gente cabeça dura e sem conteúdo não faz falta...faz favor. Se o dia não melhorar, pega aquelas fotos bem antigas e chore. 

Chore pois nada melhor do que lavar a alma, se limpar por dentro e por fora pra poder renascer...porquê viver é isso, é amadurecer, crescer, se abater, se doar e se doer. Eu sei que uma palavra amiga, um cafuné antes de dormir e uma orelha pra cheirar faz falta, mas infelizmente não amamos por dois. 

Felizmente caminhamos sós, ainda que de mãos dadas, você me entende? Aparentemente, mesmo que aquela pessoa que você quer tanto bem esteja distante, sentimentalmente ela pode ter você em seus pensamentos. Então, desapega. Desapega ou nem se estressa, poxa. Faz valer a pena quem fez por você valer. Coloca a reciprocidade como critério não só de vida, mas também da alma.

Amazônia por quem sabe - Erica Berenguer

Erica Berenguer: “De 2004 para cá o Brasil reduziu a taxa de desmatamento em 70%. É possível sim combatermos o desmatamento, mas isso depende tanto da pressão da sociedade quanto da vontade do governo de assumir a responsabilidade pelas atuais taxas e parar com discursos que promovam a impunidade no campo”.

Erica Berenguer: “De 2004 para cá o Brasil reduziu a taxa de desmatamento em 70%. É possível sim combatermos o desmatamento, mas isso depende tanto da pressão da sociedade quanto da vontade do governo de assumir a responsabilidade pelas atuais taxas e parar com discursos que promovam a impunidade no campo”.

Há 12 anos eu trabalho na Amazônia e há 10 pesquiso sobre os impactos do fogo na maior floresta tropical do mundo. Meu doutorado e meu pós-doutorado foram com isso e já vi a floresta queimando sob os meus pés mais vezes do que gostaria de lembrar. Me sinto então na obrigação de trazer alguns esclarecimentos enquanto cientista e enquanto brasileira, já que pra maioria das pessoas a realidade amazônica é tão distante:

Primeiro, e mais importante, é que incêndios na floresta amazônica não ocorrem de maneira natural – eles precisam de uma fonte de ignição antrópica ou, em outras palavras, que alguém taque o fogo. Ao contrário de outros ecossistemas, como o Cerrado, a Amazônia NÃO evoluiu com o fogo e esse NÃO faz parte de sua dinâmica. Isso significa que quando a Amazônia pega fogo, uma parte imensa de suas árvores morrem, porque elas não tem nenhum tipo de proteção ao fogo. Ao morrerem, essas árvores então se decompõem liberando para a atmosfera todo o carbono que elas armazenavam, contribuindo assim pras mudanças climáticas. O problema nisso é que a Amazônia armazena carbono pra caramba nas suas árvores, a floresta inteira estoca o equivalente a 100 anos de emissões de CO2 dos EUA, então queimar a floresta significa colocar muito CO2 de volta na atmosfera.

Os incêndios, que são necessariamente causados pelo homem, são de 2 tipos: aquele usado pra limpar o roçado e o usado pra desmatar uma área; o que estamos vendo é do segundo tipo. Para desmatar a floresta, primeiro corta-se ela, normalmente com o que é chamado de correntão – dois tratores interligados por uma imensa corrente, assim com os tratores andando, a corrente entre eles vai levando a floresta ao chão. A floresta derrubada fica um tempo no chão secando, geralmente meses a dentro da estação seca, pois só assim a vegetação perde umidade suficiente pra ser possível colocar fogo nela, fazendo toda aquela vegetação desaparecer, e sendo então possível de plantar capim. Os grandes incêndios que estamos vendo agora e que fizeram o céu de São Paulo escurecer representam então esse último passo na dinâmica do desmatamento – transformar em cinzas a floresta tombada.

Além da perda de carbono e de biodiversidade causadas pelo desmatamento em si, existe também uma perda mais invisível – aquela que ocorre nas florestas queimadas. O fogo do desmatamento pode escapar para áreas não desmatadas e caso esteja seco o suficiente, queimar também a floresta em pé. Uma floresta que então passa a estocar 40% a menos de carbono do que anteriormente ela armazenada e, de novo, carbono esse que foi perdido para a atmosfera. As florestas queimadas deixam de ser de um verde luxuriante, esbanjando vida e a cacofonia de sons dos mais diversos bichos se silencia – a floresta adquire tons de marrons e cinzas, com os únicos sons sendo aqueles de árvores caindo.

A estação seca na Amazônia sempre trouxe queimadas e há anos tento chamar a atenção pros incêndios florestais, como os de 2015, quando a floresta estava excepcionalmente seca devido ao El Niño. O que tem de diferente esse ano é a dimensão do problema. É o aumento do desmatamento aliado aos  inúmeros focos de queimada e ao aumento das emissões de monóxido de carbono (o que mostra que a floresta está ardendo), o que culminou na chuva preta em São Paulo e no desvio de vôos de Rondônia pra Manaus, cidades situadas a meros mil quilômetros de distância. E o mais alarmante dessa história toda é que estamos no começo da estação seca. Em outubro, quando chegar ao auge do período seco no Pará, a tendência infelizmente é da situação ficar muito pior.

Em 2004 o Brasil chegou a 25000 km2 de floresta desmatados no ano. De lá pra cá reduzimos essa taxa em 70%. É possível sim frearmos e combatermos o desmatamento, mas isso depende tanto da pressão da sociedade quanto da vontade política. Depende do governo assumir a responsabilidade pelas atuais taxas de desmatamento e parar com discursos que promovam a impunidade no campo. É preciso entender que sem a Amazônia não há chuva no resto do país, seriamente comprometendo nossa produção agrícola e nossa geração de energia. É preciso entender que a Amazônia não é um bando de árvore juntas, mas sim nosso maior bem.

É de uma dor indescritível ver a maior floresta tropical do mundo, meu objeto de estudo, e meu próprio país queimarem. O cheio de churrasco acompanhado do silêncio profundo numa floresta queimada não são imagens que vão sair da minha cabeça jamais. Foi um trauma. Mas na escala atual, não vai precisar ser pesquisador ou morador da região pra sentir a dor da perda da Amazônia. As cinzas do nosso país agora buscam a gente até na grande metrópole. 

By Erica Berenguer
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"O castigo dos bons que não fazem política é

serem governados pelos maus."