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sexta-feira, 7 de setembro de 2018

MUSEU NACIONAL - A ciência perdida no incêndio do Museu Nacional

ciência perdida no museu nacional
Crianças observam reconstrução do rosto de Luzia no Museu Nacional. AP
Além do fóssil mais antigo das Américas, local abrigava registros não digitalizados de línguas nativas que já não existem mais.

As cinzas do Museu Nacional, no Rio de Janeiro consumido pelas chamas na noite do último domingo,, são mais do que restos de fósseis, cerâmicas e espécimes raros. O museu abrigava entre suas mais de 20 milhões de peças os esqueletos com as respostas para perguntas que ainda não haviam sido respondidas —ou sequer feitas— por pesquisadores brasileiros. E pode ter calado para sempre palavras e cantos indígenas ancestrais, de línguas que não existem mais no mundo

Três dias depois do incêndio que queimou o edifício de 200 anos que abrigava a primeira instituição científica do Brasil , ainda não há um balanço preciso do que se perdeu e do que se salvou. Mas o clima entre os professores e alunos é de pessimismo: eles convivem com a possibilidade de que o objeto de seus estudos tenha virado pó.
Uma das maiores preocupações é com o material coletado no sítio arqueológico de Lagoa Santa, no Estado de Minas Gerais, considerado de fundamental importância para entender as origens dos povos americanos pré-históricos. O museu abrigava o maior acervo do mundo coletado no Estado: são cerca de 200 indivíduos fossilizados que integram o que os pesquisadores chamam de “o grupo de Luzia”, em referência ao nome dado ao mais antigo esqueleto já encontrado nas Américas, descoberto em 1974, e com idade aproximada de 11.500 anos.
Luzia era a joia da coroa do museu. Sua descoberta abriu as portas para uma série de hipóteses sobre a colonização do continente. Estudos feitos com seu crânio na década de 80 pelo professor Walter Neves apontaram para uma possível origem africana dos primeiros nativos das Américas. Os traços de Luzia em pouco lembravam os de indígenas brasileiros da época do descobrimento. A partir daí formulou-se a hipótese de que houve uma primeira corrente migratória para o Brasil com estas características morfológicas africanas, que teria cruzado da Ásia para a América pelo estreito de Bering há 14.000 anos, seguida por outra leva de migrantes com traços asiáticos, como os dos ameríndios, há cerca de 12.000. Seu delicado crânio estava guardado dentro de uma caixa de aço nos arquivos do museu incendiado. Até o momento, não se sabe o que aconteceu com ele.
“Existem pequenas coleções do material escavado em Lagoa Santa na Universidade de São Paulo, na Universidade Federal de Minas Gerais e algo em Copenhague, mas não chega à metade do que havia no Museu Nacional”, lamenta Mercedes Okumura, coordenadora do Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos da USP, que trabalhou no acervo do museu por quatro anos. Segundo ela, uma série de exames modernos nos esqueletos, que ainda estavam sendo feitas ou aguardavam financiamento, como análise de isótopos e sequenciamento do genoma, poderiam confirmar (ou refutar) a teoria da migração africana para as Américas.
Nos corredores e armários do Museu Nacional também estavam guardados fósseis que trazem a hipótese dos ameríndios serem descendentes diretos de povos polinésios. São cerca de 40 esqueletos de índios botocudos, grupo já extinto, datados do período de contato com os portugueses. “Trata-se de um material que não existe em nenhum outro museu do mundo”, afirma Okumura.
O incêndio também pode ter colocado um fim em algumas pesquisas envolvendo uma das populações mais peculiares do Brasil: os sambaquianos. Eram indígenas que habitavam a região costeira do país e moravam no topo de pilhas de conchas e ossos de peixes (chamados de sambaquis). Estas estruturas, que podiam atingir muitos metros de altura, também eram local de sepultamento. Era um povo que habitava o litoral do país, então atualmente a maioria dos sambaquis já não existe mais, deu lugar a prédios e a outras construções. O museu abrigava a maioria do material destes povos do país –entre artefatos, esqueletos e pedaços do próprio sambaqui.

As vozes que calam

O acervo do local também continha gravações de conversas, cantos e rituais de dezenas de sociedades indígenas, muitas feitas durante a década de 1960 em antigos gravadores de rolo e que ainda não haviam sido digitalizadas. Alguns dos registros abordavam línguas já extintas, sem falantes originais ainda vivos. "A esperança é que outras instituições tenham registros destas línguas", diz a linguista Marilia Facó Soares. A pesquisadora, que trabalha com os índios Tikuna, o maior grupo da Amazônia brasileira, crê ter perdido parte de seu material. "Terei que fazer novas viagens de campo para recompor meus arquivos. Mas obviamente não dá para recuperar a fala de nativos já falecidos, geralmente os mais idosos", lamenta.
Lá também estavam arquivos considerados clássicos para o estudo da cultura indígena. Como os do professor Roquette Pinto, que durante uma expedição em 1912 realizou com um fonógrafo as primeiras gravações de música indígena que se tem conhecimento. Ou o material do etnólogo alemão Curt Nimuendajú, que na primeira metade do século XX percorreu centenas de aldeias de grande parte dos povos nativos do país, e é tido como o pai da etnologia brasileira —o museu abrigava seus negativos originais, cadernos de campo e outros manuscritos de valor inestimável.
No campo da biologia, as perdas do museu são inestimáveis, especialmente na área de invertebrados. "Tínhamos uma coleção centenária com alguns milhões de insetos, dentre eles milhares de espécimes-tipo, que são exemplares que ancoram a descrição de toda a espécie e se tornam um padrão, não podendo ser substituídos", explica Ronaldo Fernandes, professor associado do departamento de vertebrados do museu. "Tudo isso foi perdido. O setor de aracnologia, que estuda aranhas, escorpiões e carrapatos, foi completamente queimado", afirma. Segundo Fernandes, a coleção de malacologia (estudo de moluscos) foi salva graças a um professor e um funcionário que conseguiram resgatar, com o prédio já em chamas, 80% dos espécimes-tipo do acervo.
Alguns pesquisadores assistiram ao vivo pela TV todo seu trabalho ser consumido pelo fogo. "As bibliotecas dos professores foram todas embora. Meus arquivos, cadernos de campo, registros, fitas gravadas ao longo de 40 anos de pesquisas no Brasil, pesquisas ainda em andamento, tudo isso se perdeu", conta Luiz Fernando Dias Duarte, antropólogo e diretor adjunto do museu. "Tínhamos a melhor biblioteca de antropologia social do país. Tudo virou cinzas".
Nem tudo, entretanto, está perdido. Alguns departamentos do museu, localizados fora do prédio principal do palácio, continuam intactos, como o de invertebrados, com 500.000 espécies, e o de botânica, que possui um herbário com mais de 450.000 exemplares. Também se salvou o meteorito Bendegó, o maior do Brasil e o 16º maior do mundo. Apesar da dimensão das perdas e do clima de desalento, professores e alunos se mostram dispostos a reconstruir de alguma forma o Museu Nacional o mais rapidamente possível. A linguista Marilia Facó, se mostra esperançosa: "Dezenas de pesquisadores do Museu Nacional são arqueólogos. O que restou do local agora é um grande sítio arqueológico, e este pessoal não vê a hora de poder entrar lá para tentar recuperar, do meio das cinzas, os pedaços que ainda restaram".
Fonte> EL PAÍS
Gil Alessi

Privatização é objetivo dos ataques à UFRJ e ao Museu Nacional

Passados os primeiros dias do incêndio Museu Nacional, uma forte campanha midiática, buscando macular a imagem da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do reitor Roberto Leher, foi iniciada. Valendo-se de argumentos falaciosos, jornalistas, blogueiros e representantes do governo federal tentam blindar o governo Michel Temer e sua Emenda Constitucional 95. Assim, tentam jogar uma cortina de fumaça para os sérios cortes orçamentários que causaram o incêndio e têm precarizado as instituições de ensino superior no país
Fonte: ANDES

Manifesto pelo comum: um documento para inspirar candidaturas e ativistas

Georgia Nicolau e João Brant no lançamento do manifesto (Foto: Divulgação)

Lançado pelo Instituto Procomum, documento propõe estratégias e táticas coletivas para conquistar mais espaço para o comum na sociedade atual

O manifesto Juntxs pelo comum, lançado nesta terça-feira (4), pelo Instituto Procomum, traz uma proposta inovadora para enfrentar o período de crise atual, de pós-impeachment e retrocessos. Num momento de disputa eleitoral, a iniciativa busca ainda contribuir para que candidaturas do campo progressista, principalmente aquelas de ativistas e militantes, tenham um norte caso venham a ocupar um lugar no parlamento. A proposta é baseada no conceito do comum.
“O comum, mais do que um modelo formal, é um arranjo e um processo pelo qual se garante a gestão e organização de bens por uma comunidade ou pelo conjunto da sociedade. No comum, a posse é coletiva, assim como a gestão e governança desses bens e espaços”, diz trecho do manifesto, que está disponível aqui para ser lido e comentado.
Segundo Georgia Nicolau, diretora do instituto, a pauta do comum tem a ver com “expandir os limites do possível”. Pode inspirar o futuro que queremos construir, trazendo uma dimensão utópica de organização da sociedade em outras bases. Ao mesmo tempo, há inúmeros movimentos sociais, coletivos, produtores culturais, famílias sem-teto, cooperativas que desafiam a lógica excludente e privatista da sociedade atual e aplicam no cotidiano práticas do comum, como a autogestão, a colaboração e o bem-viver.
“O comum não prega o Estado mínimo, é o oposto, é desafiar o Estado a sair desse papel de violador e a projetar novos imaginários, inclusive daquele que promove o comum. Onde a gente coproduz um sistema, não somos só usuários”, esclarece Georgia.
De acordo com João Brant, ativista, doutor em ciência política e coordenador do documento, “muitas vezes pessoas oprimidas, de baixo, estão buscando outras maneiras de se relacionar e trocar, se entregando com enorme disposição de luta”.
Brant explica que o documento não nega o papel do Estado e reafirma como algo fundamental. “Mas partimos da constatação de que esse Estado é uma abstração. A gente imagina e projeta algo que não se realiza.”
O manifesto chega no período eleitoral, que para ele, “por um lado convida para sonharmos, mas tem necessidades imediatas e lutas ferozes que precisam ser feitas, e as discussões estratégicas acabam sendo escanteadas”.
“Nosso papel é fazer a provocação. O comum é tão forte e potente que pode ser um horizonte compartilhado entre nós. Ao mesmo tempo em que as eleições permitem debater o concreto, que a gente possa ter um compromisso de que este debate mais estratégico possa ser pauta de quem vai estar em Brasília ou nos palácios, que funcionam como máquinas pouco criativas. Não esqueçam dos nossos sonhos, das nossas utopias”, finaliza Brant.
Fonte: REVISTA FÓRUM

Após votação unânime, homossexualidade deixa de ser crime na Índia


A decisão, unânime, foi tomada com base no caso apresentado em 2016, de cinco cidadãos que diziam viver em um ambiente de medo e perseguição policial por conta da lei.

Nesta quinta feira (6), a Suprema Corte da Índia derrubou uma lei colonial que criminalizava a homossexualidade. A decisão, unânime, foi tomada com base no caso apresentado em 2016, de cinco cidadãos que diziam viver em um ambiente de medo e perseguição policial por conta da lei.
Os cinco juízes do Supremo indiano alegaram que a lei era usada apenas para oprimir e discriminar a população gay e transexual. As vítimas eram punidas com até dez anos de prisão. “A lei se transformou em uma arma de abuso contra a comunidade LGBT”, disse Dipak Misra, presidente da Suprema Corte.
Em 2009, a lei foi considerada inconstitucional devido ao artigo 377 da carta magna indiana, cujo texto considerava “contra a ordem da natureza” as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo. Entretanto, a ordem só servia para quando o ato sexual fosse consentido. Porém, em 2013, a liminar foi revogada pela Suprema Corte, após uma petição ser criada por uma coligação religiosa cristã, hindu e muçulmana.
Contudo, o parlamento indiano não desistiu de revogar a lei e repassou o caso ao Supremo por considerar este o órgão correto para lidar com a validação da legislação. A legislação, de 1860, foi criada pelo Reino Unido no período da colonização indiana.
Fonte: Revista Fórum

Festival Herança Nativa celebra cultura indígena no Ceará

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O artesão Carlinhos Pitaguary, da Terra Indígena Pitaguary (foto: Marco Krichanã/Funai)

Na 4ª edição do Festival Herança Nativa, as etnias residentes no estado do Ceará fortaleceram sua identidade indígena ao celebrar seus costumes culturais. Aberto ao público em geral, o festival reuniu cerca 1500 participantes entre indígenas, quilombolas e ciganos durante quatro dias (de 26 a 29 de agosto) no Sesc Iparana, em Caucaia – região metropolitana de Fortaleza.

A extensa programação incluiu 39 oficinas e 27 vivências, nas quais a cultura indígena foi experimentada na prática, como a extração de óleo de angico feita pelo povo Anacé, e a visita à casa de farinha na aldeia do povo Jenipapo-Kanindé onde aconteceu o ritual Karu-ybi, que quer dizer "comida na mata". Já o povo cigano Calon de Sobral apresentou ao público o costume secular da leitura de mão e baralho. O movimento quilombola realizou uma navegação de barco pela foz do Rio Ceará com palestra sobre a espiritualidade, a cultura e a resistência do povo negro.

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Artesanato e comida típica do povo Kalabaça (foto: Marco Krichanã/Funai)

Na 4ª edição do Festival Herança Nativa, as etnias residentes no estado do Ceará fortaleceram sua identidade indígena ao celebrar seus costumes culturais. Aberto ao público em geral, o festival reuniu cerca 1500 participantes entre indígenas, quilombolas e ciganos durante quatro dias (de 26 a 29 de agosto) no Sesc Iparana, em Caucaia – região metropolitana de Fortaleza

A extensa programação incluiu 39 oficinas e 27 vivências, nas quais a cultura indígena foi experimentada na prática, como a extração de óleo de angico feita pelo povo Anacé, e a visita à casa de farinha na aldeia do povo Jenipapo-Kanindé onde aconteceu o ritual Karu-ybi, que quer dizer "comida na mata". Já o povo cigano Calon de Sobral apresentou ao público o costume secular da leitura de mão e baralho. O movimento quilombola realizou uma navegação de barco pela foz do Rio Ceará com palestra sobre a espiritualidade, a cultura e a resistência do povo negro.
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. Artesanato e comida típica do povo Kalabaça (foto: Marco Krichanã/Funai)

Nos Círculos de Cultura, o festival abordou temas importantes tais como empoderamento das mulheres indígenas, violação de direitos dos povos tradicionais e a importância da espiritualidade própria das comunidades. A alimentação tradicional esteve bem representada por pratos típicos como a rã frita com baião de dois – preparados pela etnia Anacé, e os caracóis fritos da etnia Tapeba.
Em visita ao evento, o indigenista especializado da Coordenação Regional Nordeste II da Funai, Marco Krichanã, relatou a diversidade das atividades, entre as quais a feira de artesanatos típicos, as rodas de toré e torém (dança indígena), o relato de memórias e a troca de sementes e saberes medicinais. Expressões culturais de todas as 14 etnias do Ceará presentes no Herança Nativa: Tremembé, Tupinambá, Kariri, Tapuya-Kariri, Anacé, Tapeba, Pitaguary, Kanindé, Jenipapo-Kanindé, Potyguara, Tabajara, Gavião, Tubiba-Tapuya e Kalabaça

Fonte: FUNAI

O 7 de setembro – importância

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Dia 7 de setembro de 1822 foi muito importante na História do Brasil, pois foi nesta data que o príncipe regente Dom Pedro proclamou a Independência do Brasil. Desta forma, ficou oficializado o rompimento do vínculo de dependência que o Brasil tinha com relação a Portugal.
Contexto Histórico
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Dom Pedro vinha sofrendo forte pressão das cortes portuguesas para retornar para Portugal. A metrópole percebia que estava perdendo, aos poucos, o controle político do Brasil. As cortes portuguesas demonstravam forte interesse em recolonizar o Brasil, eliminando focos de resistência. A presença de Dom Pedro no Brasil atrapalhava estes interesses portugueses, porém o príncipe regente também sofria pressões da elite brasileira que estava ávida pela independência do país.

Como foi o 7 de setembro
Na tarde do dia 7 de setembro de 1822Dom Pedro estava em São Paulo,nas proximidades do riacho do Ipiranga, após retornar de uma viagem aSantos. Neste local, o príncipe regente recebeu uma carta de um mensageiro. Nesta carta, a corte portuguesa exigiam obediência às ordens portuguesas e seu retornou imediato a Portugal.
Foi neste momento que Dom Pedro proclamou a independência do Brasil, com o famoso grito: “Independência ou Morte!”. O fato histórico ficou conhecido nacionalmente como “O Grito do Ipiranga”.
Você sabia?
– A viagem que Dom Pedroestava fazendo, no começo de setembro de 1822, a São Paulotinha como objetivo resolver disputas políticas na província.
– Dom Pedro I foi aclamado imperador do Brasil, no Rio de Janeiro, em 12 de outubro de 1822.
– Somente em agosto de 1825, com intermediação da Grã-Bretanha, Portugal reconheceu a independência do Brasil.

Fonte: BRASIL CULTURA