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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Ocupação 9 de julho tem lançamento de coleção de cordéis com roda de conversa

Evento, com leitura do premiado escritor e editor Marcelino Freire, acontece durante almoço mensal com as 200 famílias que vivem na ocupação, no centro de São Paulo.

A coleção de cordéis “A CÉU ABERTO”, com obras inéditas de autores selecionados está sendo lançada neste domingo (17), na Ocupação 9 de julho (Rua Álvaro de Carvalho 427), com leitura do premiado escritor e editor Marcelino Freire, seguida de uma conversa sobre literatura e resistência.
Foto: Divulgação
O lançamento acontece durante o almoço mensal de domingo, que reúne as quase 200 famílias que vivem há dois anos no antigo prédio do INSS, região central de São Paulo. A entrada é gratuita.
O Cordel tradicional traz folhetos contendo poemas populares expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, dando origem ao nome. Inspirando-se nesta arte centenária, a Editora N-1 criou a coleção “A céu aberto”, livretos que trazem uma história ou um conto, com o preço simbólico de R$ 2,00.
O objetivo que norteia esta ação é popularizar a leitura e incentivá-la, esperando que os cordéis gerem leituras, conversas e discussões pelas ruas, praças e lugares públicos.
Parte da renda com a venda de títulos da editora pelos moradores será revertida para a Ocupação. O próximo cordel será do filósofo Juliano Pessanha.
Serviço
Lançamento coleção “A céu aberto”
Local: Ocupação 9 de Julho
Rua Álvaro de Carvalho 427 – Bela Vista, SP – Entrada Franca
Almoço: R$ 20,00
Fonte: Revista Fórum

“As pessoas estão curiosas para entender o que acontece no Brasil”, diz cineasta premiada em Berlim


Ainda na Alemanha, Eliza Capai revela à Fórum que os debates sobre o filme a ajudaram a entender melhor o momento político brasileiro
O cinema brasileiro está fazendo bonito no tradicional Festival de Berlim (Berlinale), na Alemanha. O filme Espero Tua (Re)Volta”, que aborda as ocupações dos estudantes secundaristas, exigindo educação de qualidade nas escolas de São Paulo em 2015, conquistou o importante prêmio da Anistia Internacional e da Paz.
Ainda em Berlim, a diretora Eliza Capai, em entrevista à Fórum, ressalta a importância de ser uma porta-voz das questões sociais brasileiras.
Segundo Eliza, a receptividade à sua produção foi ótima. “Eu cheguei aqui muito ansiosa, nervosa sem saber se as pessoas iriam entender o filme. Nossa estreia foi em um cinema na Casa de Cultura, que tem mais de mil lugares e estava lotado. Quando acabou a sessão, as pessoas aplaudiram de pé, e isso se repetiu na segunda sessão. Aconteceram quatro sessões e mais duas no domingo (17), todas lotadas”, revela a diretora.
“É emocionante viver isso. Nesses dias aqui em Berlim houve debates muito fortes. As pessoas estão curiosas para entender o que está acontecendo no Brasil. Eu me esforcei muito para contar fatos. E ao contar o que era fato, em inglês, para pessoas que não estão em nenhum dos dois lados do Fla-Flu e me escutar falando essas coisas eu fui levando um susto muito grande com o que a gente está vivendo agora no Brasil. Isso me ajudou muito a entender esse nosso momento político. Eu me senti muito honrada de servir como porta-voz disso tudo”, diz.
Eliza destaca que já se sentiu recompensada ao ver seu filme selecionado. “Estrear em um festival do tamanho da Berlinale, em uma cidade como Berlim, já é uma grande emoção. Ainda mais por se tratar de um filme que fala sobre lutas estudantis e que discute democracia e escola pública de qualidade, que é um belo cenário para começar essa trajetória”, acrescenta.
Estímulo
Para a diretoria, receber o prêmio da Anistia Internacional por um filme relacionado a direitos humanos vai impulsionar a produção. “Vai nos ajudar na distribuição na Alemanha e em outros países da Europa. Receber o prêmio pela paz, em um filme onde se explodem tantas bombas, por intermédio da polícia, com esse uso de força desproporcional, como a polícia trata os movimentos sociais no geral e, especificamente, os estudantes, é uma honra muito grande”, destaca.
Eliza conta sobre o enredo do filme: “O objetivo número 1 é contar a história dos estudantes secundaristas que ocuparam mais de 200 escolas em São Paulo, por que isso aconteceu e quais as consequências da luta para esses meninos. Então, o filme começa em junho de 2013, quando vários deles foram para a rua pela primeira vez, conta das ocupações de 2015 e termina na eleição de Bolsonaro com a pergunta: O que vai ser desse futuro?”.
Protagonismo
O filme é contado pelos personagens Coca, Nayara e Marcela. Coca é um menino negro, Nayara é uma menina do interior, que abraça as causas LGBT, e Marcela é uma mulher negra.
“Eles são os protagonistas e nesse momento do Brasil, em que a gente vê uma tentativa de falar para os LGBTs voltarem para o armário, para os negros voltarem para a senzala e para as mulheres voltarem para a cozinha, ver essas pessoas protagonistas é muito emocionante.”
Fonte: Revista FÓRUM